sexta-feira, 26 de maio de 2017

GOVERNADOR PETISTA CAMILO SANTANA DEFENDE O NOME DO TUCANALHA TASSO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM ELEIÇÃO INDIRETA


Camilo Santana, governador do Ceará, afirmou que o senador tucano é “um dos nomes mais respeitados e para o Ceará seria muito bom” (Estadão 26/05), o detalhe é que Camilo atua no PT como um elemento de conexão política entre a ala lulista do partido e a oligarquia reacionária dos Ferreira Gomes. A esquerda reformista tem ao longo do último período embelezado o clã dos Ferreira como “progressista” e como um “aliado contra o golpe”, apesar de ter colocado sua candidatura à presidência da república pelo PDT os petistas ainda sonham com uma aliança eleitoral entre Ciro e Lula. Porém tanto a direção do PT como os Ferreira Gomes defendem (nos bastidores) que as reformas neoliberais devem ser concluídas por um governo tampão, como forma de “limpar” a pauta para as eleições gerais de 2018. Neste ponto, apesar da demagogia do PT e PDT em favor das “Diretas Já”, trabalham de fato para encontrar um nome de consenso na burguesia para substituir pela via do Congresso Nacional o falido Temer, trata-se apenas de uma questão de tempo político. Mas agora a Frente Popular e tucanato parecem ter encontrado um denominador comum: a figura do senador e mega empresário Tasso Jereissati, um dos maiores beneficiados com a privataria tucana na chamada “era FHC”, que reprimiu duramente os movimentos grevistas quando governador do Ceará. O anúncio do apoio a Tasso no “Colégio Eleitoral” por parte do governador petista não pode ser considerada propriamente uma novidade, o PSDB já participa ativamente da gestão de Camilo ocupando uma “super-secretaria” em seu governo, o tucano Maia Júnior (pasta do planejamento), com carta branca para impulsionar um amplo programa de privatizações. Camilo e Tasso já fazem várias parcerias no estado, inclusive inaugurando obras conjuntamente, com elogios mútuos. O fato do governador Camilo contar até com o apoio “crítico” do PSOL no Ceará, estamos falando do deputado estadual Renato Roseno, revela o grau de decomposição política da esquerda revisionista, como o grupo MAIS que integra o comitê do parlamentar psolista. Este mesmo arco revisionista do Marxismo (MAIS, NOS, LSR, INSURGÊNCIA, Etc..) se lança freneticamente na campanha por “Diretas Já”, uma bandeira democrático burguesa em plena etapa histórica de esgotamento total deste regime político instaurado no país com o fim da ditadura militar em 1985. Para os Marxistas Revolucionários “diretas ou indiretas” são duas faces da mesma moeda do capital e suas variantes políticas, exatamente porque a democracia dos ricos já se apresenta para as massas proletárias como uma grande farsa circense. Seja Tasso, Ciro, Lula ou o patético Chico Alencar que se candidatem a gerenciar o Estado Burguês, não haverá mudanças substanciais na vida do povo trabalhador, somente a Revolução Socialista poderá alterar o atual quadro de retrocesso econômico das forças produtivas. O ciclo de governança da Frente Popular e seus “derivativos” (como o PSOL), foi substituído por uma necessidade do capitalismo, em particular a escassez de crédito financeiro internacional, os governos subsequentes ao golpe parlamentar contra Dilma terão que aplicar a receita neoliberal dos rentistas, não há mais espaço para o “Welfare State” tupiniquim dos reformistas. Os estúpidos de “esquerda” que tem “orgasmo político” com uma campanha pelas “Diretas Já” não passam de massa de manobra da burguesia e de seu regime democrático, que no limite máximo defendem um “capitalismo sustentável e socialmente responsável”, são inimigos viscerais da revolução socialista e da Ditadura do Proletariado.