terça-feira, 23 de maio de 2017

VISITA DE TRUMP A ISRAEL: TODO APOIO À GREVE GERAL NA PALESTINA PELA LIBERDADE IMEDIATA DOS PRESOS POLÍTICOS DAS GARRAS DO ENCLAVE SIONISTA! POR UMA NOVA INTIFADA!


Hoje entramos no 37º dia da greve de fome dos cerca de 1500 presos políticos palestinos nas cadeias israelenses. Em solidariedade a seus lutadores milhares de palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia e mesmo em Israel (o enclave ocupante) aderiram em massa à Greve Geral convocada para os apoiar, fechando lojas e comércio. É “a primeira vez desde a Primeira Intifada palestina (1987-1993) que uma Greve Geral é observada na Margem Ocidental ocupada, no território palestino ocupado em 1948 (atual Israel) e na diáspora”, destacou, em nota a Comissão da Imprensa para a Greve da Fome Liberdade e Dignidade. A paralisação que se iniciou nesta segunda-feira teve uma adesão massiva fechando escolas, instituições públicas, bancos e transportes nos territórios ocupados e no interior do enclave sionista. Esta Greve Geral é a segunda empreendida pelos palestinos desde que os 1500 prisioneiros entraram em greve de fome nas cadeias israelenses, em 17 de Abril. A primeira, também com ampla adesão, realizou-se no 11.º dia da luta. Os presos políticos em greve de fome exigem, entre outros direitos básicos, os direitos às visitas familiares e a prosseguir os estudos, cuidados médicos apropriados, o fim do isolamento e da detenção administrativa. Desde o início da manhã, grupos de grevistas cortaram as vias de acesso a Ramallah, principal centro comercial da Margem Ocidental, usando pedras e pneus. À tarde, vários pontos dos territórios ocupados foram palco de manifestações em solidariedade com os presos em greve de fome. Nas regiões de Hebron e Ramallah, as forças israelenses reprimiram de forma violenta os protestos e registaram-se confrontos, nomeadamente nas imediações do ponto de controle militar de Qalandiya. Pelo menos 20 palestinos foram feridos a tiro, um deles com gravidade. A Greve Geral teve lugar no dia em que o presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a Israel. Na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza cercada, um grupo de manifestantes ateou fogo a bandeiras de Israel e dos Estados Unidos da América e incendiou um boneco com uma foto de Donald Trump à cabeça. Em Israel, houve protestos contra a visita de Trump e as suas políticas em Telaviv e Jerusalém. Para hoje, foi agendado um “Dia de Raiva” nos territórios ocupados da Palestina, tendo em conta um breve deslocamento de Trump a Belém, na Margem Ocidental ocupada, para um encontro com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade palestina. Em seu segundo dia de viagem a Israel e à Palestina, o presidente Donald Trump visitou à Cisjordânia ocupada. Em Belém, ele se reuniu com o presidente palestino, Mahomoud Abbas. Trump reafirmou sua intenção de mediar um acordo de paz definitivo entre palestinos e israelenses. Eles caminharam juntos por tapete vermelho nas proximidades do palácio sede do governo palestino, participaram de uma cerimônia de execução dos hinos nacionais dos Estados Unidos e depois tiveram uma conversa reservada por cerca de 20 minutos. Em declarações à imprensa após o encontro, em Belém, ambos condenaram o ataque de ontem à noite em Manchester. E Trump se ofereceu novamente para mediar um farsa em torno de um suposto “acordo definitivo de paz” entre Israel e Palestina. “Já falei com o presidente israelense, Reuven Rivlin e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. E eles estão prontos para trabalhar nisso. E estou aqui para ajudar. Paz é uma escolha, e o Estados Unidos estão aqui para apoiar e fazer este sonho possível”, afirmou. Abbas ponderou e disse que está pessimista por alguns aspectos, e otimista por outros. Ele afirmou que para alcançar a paz há alguns pontos difíceis na negociação até agora, como a divisão dos territórios israelenses e palestinos, bem como o reconhecimento do Estado Palestino. Mas frisou estar otimista com o fato de que ambos os países: Estados Unidos, Israel e Palestina têm um alvo em comum, que é combater o terrorismo. Enquanto o encontro entre os dois líderes acontecia, em Belém, centenas de manifestantes marcharam, em um protesto pacífico, carregando fotos dos prisioneiros palestinos em greve de fome há 37 dias. Para nós, a justa aspiração do povo palestino pela sua pátria, a retomada de seu território histórico e a edificação de seu Estado nacional apenas podem ser alcançados ligando as tarefas democráticas pendentes com a luta pela revolução social. Essa imposição decorre do controle que o imperialismo exerce sobre a região e devido ao caráter de enclave militar de Israel, um Estado artificial montado pelos EUA para controlar o Oriente Médio. A utopia reacionária da existência de “dois estados” convivendo lado a lado, um sendo uma máquina de guerra instalada no território palestino e outro um “Estado-bantustão”, revela-se uma farsa. Essa fraude é o único “Estado palestino” que o imperialismo e Israel estão dispostos a aceitar. A única via para a vitória palestina é a unidade revolucionária dos explorados árabes alicerçada em um programa marxista que defenda a destruição da máquina de guerra nazi-sionista. Para avançar nesta tarefa é imprescindível superar a orientação contrarrevolucionária da ANP de Abbas e edificar, sob os escombros da ordem capitalista na região, a Federação das Repúblicas Socialistas Árabes! A conquista da verdadeira pátria palestina no conjunto dos territórios históricos rapinados pela máquina de guerra sionista, rumo à edificação de uma Palestina soviética, em todo o território histórico, baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e hebreus!