quinta-feira, 30 de junho de 2016

“VAQUINHA” PARA A “POBRE” DILMA VIAJAR COM SUA CORTE PALACIANA: ONDE ESTÁ A VERBA MILIONÁRIA DO FUNDO PARTIDÁRIO E O DINHEIRO DAS COMISSÕES QUE A FRENTE POPULAR RECEBEU DOS CAPITALISTAS PARA BANCAR SUAS CANDIDATURAS BURGUESAS?


Uma “vaquinha virtual” organizada oficialmente por duas amigas de Dilma Rousseff já arrecadou mais de R$ 120 mil em seis horas para custear as viagens pelo Brasil da presidente afastada. Pouco mais de 1,2 mil pessoas já doaram para ajudar na campanha "Jornada pela Democracia - Todos por Dilma: Vamos somar esforços e contribuir para que a resistência ao golpe possa avançar" cuja meta é arrecadar R$ 500 mil. As criadoras da vaquinha - Guiomar Lopes e Celeste Martins - afirmam que lutaram contra o regime militar ao lado de Dilma, nos anos 70, e que acreditam que a ferramenta de arrecadação é a continuidade da luta pela democracia: “Achamos importante abrir uma conta onde as pessoas pudessem fazer doações e haver disponibilidade de recursos que a presidenta pudesse usar para as suas viagens" diz Guiomar. No início de junho, o golpista Temer limitou o uso de aviões da FAB por Dilma apenas para deslocamentos de Brasília a Porto Alegre (RS), onde mora a família da presidenta afastada. Esta semana, no entanto, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou Dilma a usar as aeronaves da FAB em viagens pelo país, desde que os custos sejam ressarcidos por ela ou pelo PT. Como Marxistas Revolucionários que denunciamos o Golpe Institucional contra Dilma e combatemos nas ruas a farsa montada em torno do Impeachment pela direita, temos a obrigação de dizer a verdade às massas: embora Dilma seja alvo de uma fraude político-jurídica armada pela elite capitalista e seus antigos aliados do PMDB, esta senhora do "ajuste" contra os trabalhadores não precisa de apoio financeiro algum da militância de base do PT. A atual estrutura burguesa do PT é financiada tanto pelo Fundo Partidário como por “contribuições” das grandes empresas e bancos que patrocinam fartamente seus candidatos de todas as alas do partido aos cargos eletivos. As verbas milionários do Fundo Partidário que o PT recebe do Estado burguês já dariam para pagar tranquilamente os deslocamentos de Dilma pelo país. Registre-se o fato que o PT recebeu somente no ano de 2015 do Fundo Partidário a "pequena bagatela" de cerca de 120 milhões de Reais. O caixa do PT está secando mais ainda restam fartos recursos das “doações legais” obtidas junto aos grandes grupos econômicos nacionais. Dilma e os dirigentes petistas não são “santos” e “pobrezinhos” como desejam se apresentar agora para a sua base social e eleitoral. Muitos inclusive acumularam patrimônio originário de "comissões" financeiras obtidas nas transações comerciais entre o Estado Burguês e corporações empresariais. É certo que grande parte deste “caixa 2” é investido em campanhas eleitorais do próprio PT, inclusive esta é a gênese de todo processo rotulado de “Mensalão” (agora "Petrolão"), mas não podemos omitir que estes dirigentes do PT gozam de um alto padrão de vida e de um acúmulo patrimonial completamente distante do que tinham quando o PT foi fundado no início dos anos 80. Repetimos: não seria nem um grande esforço para o PT, que recebe nutridas verbas estatais via o Fundo Partidário, pagar as viagens de Dilma, mas o chamado a militância a colaborar financeiramente faz parte de uma estratégia de “beatificação” dos dirigentes petistas, que vão continuar fazendo seus negócios bilionários com a burguesia porém agora posando de vestais sem dinheiro para os que lutam “pela democracia”. No caso em questão, como nos anteriores (Dirceu, Genoíno) podemos concluir que o grande êxito político da “vaquinha” organizada pelos apoiadores da presidente afastada não está relacionada à “falência financeira” desta e do PT, é sim reflexo direto do repúdio da militância de esquerda no país à farsa do impeachment apoiada pela Rede Globo e a direita reacionária que deseja criminalizar a esquerda e os movimentos sociais. Por mais que a mídia “murdochiana” ataque o PT e a esquerda socialista em geral, a enorme solidariedade demonstrada a Dilma revela que as posições políticas de direita estão longe de serem uma unanimidade no Brasil, daí a instabilidade atual do regime político e a necessidade de um presidente bonapartista no futuro para impor a “democracia dos tribunais de exceção e da baioneta”. Os Marxistas Leninistas, extremamente minoritários mas íntegros em sua moral revolucionária, não podem admitir o recebimento de nenhum financiamento eleitoral das classes dominantes, seja pela forma do Estado burguês ou pela via das grandes corporações capitalistas. A decomposição política e programática do PT em mais um partido da esquerda burguesa, confirma a lógica de ferro abstraída por Trotsky quando se referia ao fenômeno da Social Democracia europeia, como dizia um velho ditado russo: "Quem paga o violinista cigano tem o direito de ouvir a polca". Por outro lado, a eliminação das "comissões estruturais” recebidas pelos gerentes do Estado burguês diretamente das empresas capitalistas, só é possível sob outro modo de organizar a economia nacional, ou seja, o modo de produção socialista, programa que o PT não defende! A cooptação do capital e seu Estado ocorre não exclusivamente com os partidos burgueses que realizam “negócios” vultuosos quando gerenciam a chamada “máquina pública”, também está presente nas concessões legais como o Fundo Partidário e as “generosas” indenizações estatais recebidas por militantes que lutaram contra o regime militar, uma espécie de “ressarcimento” dos agentes do capital pelos anos passados de militância revolucionária. Estes mecanismos embora “perfeitamente legais” não passam de uma forma de integrar forças políticas de “esquerda” ao regime burguês, com as verbas estatais produto da extração da mais valia do proletariado. Portanto da ótica marxista não existe diferença alguma (apenas nos volumes financeiros) dos “mimos” (legais ou ilegais) recebidos por Lula diretamente oriundos de grandes empresas ou das verbas estatais contabilizadas para o caixa partidário. Ambas são formas de corrupção do capital dirigidas ao amortecimento da luta de classes e cooptação das lideranças operárias.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

ATENTADO TERRORISTA NO AEROPORTO INTERNACIONAL DE ISTAMBUL: MAIS UMA VEZ ERDOGAN É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL!

O novo ataque terrorista promovido pelo EI na Turquia, desta vez no aeroporto internacional de Istambul, deixou quase meia centena de mortos e mais de duzentos feridos. A sinistra criatura impulsionada pelo facínora Erdogan, o Estado Islâmico, contra os governos nacionalistas árabes agora se volta contra o seu criador. Não foi a primeira vez que o EI ataca em território turco, ou melhor, para além de suas fronteiras, em outubro de 2015 os terroristas fundamentalistas armados pela CIA agiram criminosamente contra uma marcha de sindicalistas e da esquerda comunista deixando um trágico saldo de cem mortos. Como agora OTAN e a CIA resolveram "desinflar o monstro" em função da sequência de suas derrotas militares contra a guerrilha curda e o governo sírio, o EI pretende chantagear o "padrinho" Erdogan promovendo atentados em pontos turísticos de afluência internacional na Turquia. Para entender melhor a complexidade da conjuntura política da Turquia e seus desdobramentos na região do Oriente Médio e norte da África o Blog da LBI reproduz o artigo sobre o ataque criminoso a manifestação da esquerda ocorrida no ano passado na cidade de Ancara, e que até o momento o governo Erdogan não responsabilizou seu antigo aliado, o EI.



ATENTADO TERRORISTA CONTRA MANIFESTAÇÃO DA ESQUERDA NA TURQUIA: CARNICEIRO ERDOGAN É O RESPONSÁVEL!
BLOG DA LBI 10/10/2015

Quase uma centena de mortos e outros duzentos feridos é o trágico resultado do criminoso atentado terrorista que atacou a marcha dos sindicatos turcos contra a repressão policial e pela paz nacional neste sábado (10/10) na capital Ancara. Pelos informes até agora divulgados o ataque terrorista foi desferido por dois "homens bombas" quando a marcha passava em frente a uma estação de trens de Ancara. O brutal e covarde ato terrorista esteve focado justamente contra o movimento de massas que exige o fim imediato da política de opressão nacional e cerceamento das liberdades democráticas por parte do regime autocrático encabeçado pelo presidente Recep Erdogan. O reacionário governo turco tem impulsionado o fundamentalismo islâmico, alimentando grupos de mercenários terroristas para combaterem o PKK (guerrilha curda), assim como o regime nacionalista sírio, considerado um inimigo do país e do Islã. Não são poucas as evidências que ligam Erdogan a criação do famigerado "Estado Islâmico", adversário frontal do PKK. O certo é que o atentado terrorista de hoje, o maior da recente história republicana da Turquia, contou com a participação de milicianos fanáticos, muito provavelmente à serviço do ISIS. O partido legal pró-curdo, HDP, acusou diretamente os órgãos de inteligência do governo Erdogan de no mínimo terem sido negligentes com a ação terrorista, não alertando o movimento social sobre os operativos dos grupos fundamentalistas. Selahattin Demirtas, líder do HDP, falou agora há pouco a repórteres em Istambul e perguntou-se como um "Estado com tamanha Inteligência como o da Turquia não previu um ataque tão robusto". Ele também perguntou-se, referindo-se de maneira velada ao governo Erdogan, como "líderes de gangues podem realizar manifestações a salvo neste país, mas aqueles que querem a paz são assassinados". Porém o mais revelador sobre a autoria real dos crimes foi mesmo a declaração do próprio Erdogan, responsabilizando os organizadores da marcha por "não condenarem na mesma medida a morte de policiais pelo PKK, quanto repeliram o atentado de hoje", para concluir cinicamente: "os maiores aliados do terrorismo são aqueles que usam duas medidas diante do terrorismo". O PKK, por sua vez, anunciou durante o sábado, conforme já era esperado, um "cessar-fogo unilateral". Kemal Kiliçdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP) principal força política de oposição ao governo orientou o cancelamento de todos os atos eleitorais de seu partido e afirmou que a: “Turquia não merece essa situação. A Turquia pode continuar sendo dirigida dessa maneira? Por que nossos jovens devem morrer em ações terroristas?”. A Turquia está a poucas semanas de eleições parlamentares, onde Erdogan e seu partido (AKP) podem amargar uma nova derrota, por esta razão o governo não perdeu tempo e decretou estado de sítio em várias regiões do país, utilizando como pretexto o atentado terrorista. O terrível massacre de Ancara não pode ficar impune, as bombas estavam dirigidas contra as colunas das correntes mais à esquerda da marcha, como a organização Partizan e o HDP, o carniceiro Erdogan deve pagar muito caro por seus sanguinários crimes dirigidos contra a esquerda e povo turco. Nenhuma ilusão nas eleições controladas e fraudulentas. É necessário a convocação imediata de uma poderosa greve geral unificando todos os setores sindicais, populares e nacionais para exigir a derrubada insurrecional do governo assassino de Erdogan, subordinado ao terrorismo patrocinado pelos EUA , OTAN, ISIS e Israel.

terça-feira, 28 de junho de 2016

20 ANOS DA MORTE DE PC FARIAS: OPERADOR DO ESQUEMA COLLOR

A mídia tem dado grande destaque ao “aniversário” de 20 anos da morte de PC Farias, principal operador financeiro do esquema de Collor de Melo quando ele era Presidente da República e o pivô de um escândalo de corrupção (a compra de uma Fiat Elba vermelha) que levou ao início do processo de impeachment do então “caçador de Marajás”. Esse renovado interesse pelo caso se deve ao fato de nesses dias ter sido morto um empresário do esquema de corrupção de Eduardo Campos (PSB) e para apoiar a Operação Lava Jato contra o governo do PT, cinicamente apresentado hoje pela mídia “murdochiana” como o partido que criou “o maior esquema de desvio de verbas das estatais do país”. Para compreender esse processo de corrupção estatal, pela via de financiamento das candidaturas burguesas, que não iniciou com Collor, mas aprofundou-se com as gestões tucanas e petistas, publicamos o artigo histórico que analisa o chamado “Caso PC Farias” a luz do Marxismo Revolucionário.

PC FARIAS: UM LADRÃO DE GALINHAS DIANTE DA PRIVATARIA TUCANA E DA GENEROSIDADE PETISTA NO BNDES
BLOG da LBI 08/05/2013

A sanha "moralizadora" da Justiça brasileira destampou mais um episódio da república tupiniquim e continua a ganhar destaque na mídia "murdochiana" como um "grande espetáculo". Através das manchetes de jornais e chamadas na TV "exumou-se" das profundezas empoeiradas do judiciário o caso PC Farias, morto em 1996, o ex-tesoureiro de Fernando Collor de Melo na campanha presidencial de 1989. Passados 17 anos do crime que vitimou PC Farias e sua namorada, vão a julgamento os quatro ex-seguranças do empresário acusados pela promotoria de "queima de arquivo". À época o chamado "esquema PC" consistia em doações de empresários à campanha eleitoral de Collor em contraposição à candidatura de Lula através de contas bancárias criadas em nome de "laranjas" e depois, já no governo, desvios dos cofres públicos, envio de dinheiro para bancos estrangeiros e propinas em negociatas nos bastidores do Estado. Este "esquema" plantado pela opinião pública burguesa detonou o processo de impeachment do então presidente Collor que já não dava garantias de estabilidade ao regime político. Sua queda ocorreu graças a "descoberta" de propina recebida de seu braço direito, PC Farias, um Fiat Elba e pequenas comissões que foram para os bolsos de seu "chefe"! Entre doações de campanha e os "esquemas" de propinas montados nas entranhas do Estado burguês na Era Collor a quantia açambarcada dos cofres públicos chegou a 2,5 bilhões de reais. Uma verdadeira piada se comparada aos esquemas da Privataria Tucana no governo FHC e nas negociatas do BNDES operadas pelos neopetistas da frente popular. A farra das privatizações na era FHC e as "generosidades" do governo Dilma para os grandes capitalistas faz de PC Farias um reles "ladrão de galinhas".

domingo, 26 de junho de 2016

“ACORDO DE PAZ” FARC-SANTOS: VITÓRIA DA “REAÇÃO DEMOCRÁTICA” BURGUESA CONTRA A LUTA REVOLUCIONÁRIA NA COLÔMBIA... OS MARXISTAS-LENINISTAS NÃO TEM NADA A COMEMORAR!


Está sendo comemorado como “histórico” pela mídia mundial e os governos de todos os matizes políticos o acordo celebrado entre o governo de Manoel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Seus representantes assinaram no final desta semana em Cuba o “acordo de cessar-fogo bilateral e definitivo” após mais de meio século de conflitos no país. O acordo oficializado em Havana (sede dos chamados “diálogos de paz” entre as duas partes) inclui cessar fogo, entrega de armas e garantia de segurança para os guerrilheiros que passariam a civis. As FARC se comprometeram a depor suas armas em até 180 dias à ONU, que as destruirá e utilizará o material na construção de três monumentos. “Hoje é um dia histórico para a Colômbia”, disse Santos. Além dele, compareceram à cerimônia o comandante das FARC, Timoleón Jiménez, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, que atuou como um dos mediadores do processo. Serão estabelecidas 22 áreas de transição temporárias e 8 campos para os guerrilheiros das Farc, que devem existir por seis meses, onde os militantes entregarão suas armas e voltarão à vida civil. Os que tiverem que responder por crimes terão penas reduzidas, em alguns casos podendo ser convertidas para prestação de serviços. A negociação entre o governo de Santos e as FARC envolveram seis pontos. Quatro deles já estavam definidos: a participação política dos guerrilheiros, as drogas ilegais, o programa agrário e a justiça e vítimas. Na quarta-feira desta semana, chegou-se ao acordo sobre o quinto ponto, que é o desarmamento da guerrilha e depois sobre o sexto, que é a convocação de um referendo para aprovação popular do acordo. Acertada a entrega das armas pelas FARC e o plano de sua transformação em partido político subordinado as regras da democracia burguesa, o imperialismo ianque felicitou o governo colombiano por ter chegado a um acordo de cessar-fogo definitivo com a guerrilha: “Apesar de persistirem os desafios no momento em que as duas partes continuam negociando um acordo de paz definitivo, o anúncio de hoje representa um importante avanço para por fim ao conflito", declarou Susan Rice, assessora para segurança nacional do presidente Barack Obama. Durante seu discurso na cerimônia formal de assinatura do pacto em Havana, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o cessar-fogo “fortalecerá o caminho” rumo à paz definitiva na Colômbia: “Na ONU estamos fazendo todo o possível para que este processo de negociação se transforme em uma implementação da paz. Trabalhemos juntos para que a promessa da paz que se sela hoje em Havana se torne realidade”. Também participaram do ato na capital os presidentes do Chile, Michelle Bachelet, e da Venezuela, Nicolás Maduro, para demonstrar o aval dos governos da centro-esquerda burguesa. Para entrar em vigor, o acordo de paz precisará passar por um referendo popular, a ser convocado pelo governo Santos. A Corte Constitucional ainda não se pronunciou sobre a legalidade do referendo, que caso seja convocado se tornará objeto de disputa entre Santos e o ex-presidente Álvaro Uribe. Santos, comandando um governo de “centro-direita” foi ministro da Defesa de Uribe e ordenou o assassinato do comandante Afonso Cano, mas agora é acusado de ser um “traidor” pelo seu antigo chefe. Para nós, revolucionários trotskistas, não há nada a comemorar! As “negociações de paz” com Santos e o conjunto das medidas anunciadas pelas FARC foram sendo tomadas desde 2012 no marco de uma enorme pressão “democrática” de seus “aliados”, particularmente do governo venezuelano e os irmãos Castro, comandantes da burocracia cubana, elas não fortalecem a luta revolucionária na Colômbia e no mundo, na verdade a sabotam . A ofensiva militar imperialista na Líbia e na Síria, apoiando-se na onda de “reação democrática” que varre o Oriente Médio, é a prova do que afirmamos. Frente a essa conjuntura dramática, os revolucionários bolcheviques criticam publicamente as decisões tomadas pela direção das FARC porque estas medidas desgraçadamente levam paulatinamente à sua rendição política e não “só” militar. Através de concessões crescentes se aposta na via da conciliação de classes e na política de integração ao regime títere como prega Piedad Córdoba e seu movimento “Colombianos pela Paz”. Na Colômbia, mais que em qualquer outra parte do mundo, hoje a simples luta sindical contra os patrões e as multinacionais exige a ruptura do proletariado com os limites da legalidade burguesa e a construção de milícias operárias armadas para desarmar os exércitos paramilitares e as escaramuças do aparato repressivo. Não é por acaso, que os mesmos moralistas pequeno-burgueses de “esquerda” se mostram tão preocupados com os danos que os métodos da guerrilha causam à consciência e à organização dos trabalhadores, sejam incapazes de conclamar a organização de milícias operárias para combater o assassinato sistemático de trabalhadores pelos bandos armados burgueses. Isso acontece porque tal tarefa deve ser encabeçada por um genuíno partido trotskista completamente independente da opinião pública burguesa e de sua moral, armado de um programa revolucionário capaz de preparar pacientemente a insurreição das massas colombianas. É vital para o movimento de massas colombiano organizar milícias operárias tão fortes que sejam capazes de acaudilhar atrás de si as organizações guerrilheiras, submetendo-as militarmente à democracia das assembleias proletárias para desarmar o aparato repressivo oficial e paramilitar assassino.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

VITÓRIA DO BREXIT ABRE A SENDA PARA REORGANIZAÇÃO DO IMPERIALISMO FASCISTA EUROPEU


A derrota da campanha eleitoral do "SIM" no plebiscito pela permanência ou não da Inglaterra no marco da União Europeia, terá consequências diretas no processo de reorganização do fascismo europeu, agora impulsionado a ingressar em uma escala estatal. A renúncia do primeiro ministro David Cameron (Partido Conservador) é um sintoma imediato de que as forças políticas do fascismo, agrupadas na campanha do "NÃO" se preparam para governar o Reino Unido nas próximas eleições de outubro e estender sua influência para os aliados franceses da Frente Nacional. Nigel Farage, dirigente do partido neonazista de extrema direita UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), um dos líderes da campanha pelo "NÃO" declarou o 24 de junho como o “Dia da Independência” do Reino Unido. É bem verdade que segmentos importantes do Tory (Partido de Cameron) também comemoraram a decisão "popular" pela saída da UE, como Boris Johnson, ex-prefeito de Londres. Cameron decidiu-se opor a campanha do "BREXIT" sob pressão direta de seu chefe ianque, Barack Obama, e de seus pares do imperialismo alemão e francês, porém estava consciente dos riscos que corria caso fosse derrotado: perder o governo e rachar seu próprio partido, conduzindo a um inexorável triunfo da extrema direita nas próximas eleições para o parlamento. O Partido Trabalhista envidou todos seus esforços políticos e materiais pela vitória do "SIM", com seu "renovado" líder de "esquerda", Jeremy Corbyn, prometendo lutar por "medidas anti-recessivas" e " mudanças políticas" na política conservadora da cúpula estatal europeia. Nem mesmo a rara unidade entre o Labour Party e o Tory foi suficiente para deter a "avalanche" de descontentamento popular com os ajustes neoliberais exigidos pela União Europeia. Na ausência de um partido revolucionário de massas que impulsionasse uma outra campanha pela "União das Repúblicas Socialistas da Europa", o neofascismo xenófobo saiu vitorioso, nada a comemorar! Entretanto uma parte da esquerda revisionista se perfilou com a direita pelo "BREXIT", como os Morenistas, e outra pela abstenção no referendum como o PTS argentino, por exemplo. Na própria UK houve uma tímida e covarde participação política da esquerda no plebiscito, como o SWP que apoiou envergonhadamente o "NÃO" (Left Exit)". Na verdade a esquerda revisionista do Trotskismo esperava que Labour Party e Corbyn convocasse o voto crítico pelo "Não", como forma de abater Cameron e fincar a "bandeira" antineoliberal, não ocorreu e "BREXIT" ficou integralmente nas mãos da direita neofascista com seu discurso reacionário do "medo da imigração". É óbvio que muito além das questões institucionais está em jogo neste "BREXIT" poderosos interesses de mercado do imperialismo ianque, que apontavam para manter a subordinação comercial da Europa a indústria dos EUA. É neste ponto que se concentra o papel econômico da UK, um forte entreposto comercial dos EUA no mercado comum europeu. Obama já afirmou que aceitará a derrota mas que a decisão dos ingleses trará mais recessão e desemprego, ao contrário das expectativas populares do "NÃO", que saiu amplamente vitorioso em todas as regiões operárias do país. Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusão alguma na unidade do capital financeiro europeu celebrada no Tratado de Maastricht, porém não podemos assistir passivos a ofensiva fascista protoimperialista ganhar fôlego com o triunfo do "BREXIT". Sabemos historicamente que o nazismo necessita controlar um forte estado nacional para "desafiar" seus concorrentes imperialistas "democráticos", a Inglaterra pode servir de escada para esta escalada mundial, ao contrário da Alemanha atual que não possui contingente militar autônomo da OTAN. Sabemos muito bem que a besta do fascismo não será derrotada pelas urnas, mas isto não deve significar a adoção de nenhum tipo de abstencionismo político por parte da vanguarda mais consciente do proletariado europeu e mundial. Como Trotsky nos ensinou a negativa de conformar a frente única eleitoral entre o PC alemão e a Social Democracia custou o preço político da chegada de Hitler a chancelaria do Reischstag...

quinta-feira, 23 de junho de 2016

“LAVA JATO” ATACA NOVAMENTE O PT: PF INVADE SEDE NACIONAL DO PARTIDO E PRENDE PAULO BERNARDO, MORO MOSTRA QUE SUA "CORAGEM" SÓ ALCANÇA AS LIDERANÇAS DA ESQUERDA


Como parte da Operação Java Jato em sua versão “Custo Brasil”, o ex-ministro Paulo Bernardo (PT) foi preso nesta quinta-feira (23). Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa da senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba. Policiais federais também cercaram a sede do PT no Centro de São Paulo, invadindo-a para “realizar buscas e apreensões”. De acordo com nota divulgada pela PF, há "indícios de que o ministério direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados" entre os anos de 2010 e 2015, em uma clara medida para preparar os ataques a Dilma na véspera da votação do impeachment no Senado, fragilizando inclusive o papel da senadora paranaense na Comissão, esposa de Bernardo. Não resta há menor dúvida que o conjunto do PT e seu arco de sustentação política reproduziu o velho "metiê" da cobrança de "comissões" (propinas como a mídia corporativa gosta de chamar) em cada operação comercial praticada pelo Estado burguês. Entretanto caracterizamos as prisões e fustigamentos jurídicos da Lava Jato são voltadas exclusivamente a eliminar do mapa nacional a influência política do PT. Não somos ingênuos e denunciamos os interesses diretos do "Juiz Nacional" Sergio Moro nesse processo, para abrir caminho para sua escala ao Planalto na condição de neobonarparte. O governo Dilma foi cúmplice deste processo de ofensiva apoiando e depois se acovardando diante da Lava Jato. Não defenderemos a inexistente "honra" de um Ministro que faz a apologia das privatizações, não defendia sequer a chamada “regulação da mídia” quando no comando da pasta da Comunicação e impôs o arrocho salarial dos servidores no Planejamento (Orçamento), mas nem por isso deixaremos de pontuar vigorosamente o caráter reacionário e antinacional da operação Lava Jato. A Lava Jato “turbinada” com a prisão de Bernardo segue no encalço pessoal de Lula e para inviabilizar a derrota do impeachment no Senado. Como já alertamos o ódio concentrado a corrupção estatal generalizada não será capitalizado pela esquerda revolucionária. Um cenário está cada vez mais fértil para o surgimento de novos "salvadores da pátria" tipo Moro, que depois de chantagear o “golpista Temer” com denúncias contra a cúpula do PMDB agora mira novamente no PT. Para os Marxistas Revolucionários só há uma maneira de parar a escalada fascista chefiada por Moro e seus “compadres” da Famiglia Marinho que já “tem na mão” o governo Temer e a cúpula do PMDB e avança a passos largos contra o PT de conjunto, colocar o movimento de massas em luta direta contra a escalada bonapartista que atinge as lideranças da esquerda.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

HÁ 12 ANOS DA MORTE DE LEONEL BRIZOLA: UM ADVERSÁRIO POLÍTICO QUE OS REVOLUCIONÁRIOS RESPEITAM POR SEUS ACERTOS E O COMBATERAM POR SEUS GRAVES ERROS, PRÓPRIOS DO LIMITE DE CLASSE DO NACIONALISMO BURGUÊS


O Blog da LBI publica o artigo elaborado logo após a morte de Leonel Brizola, em 21 de junho de 2004. Como Marxistas Revolucionários somos críticos da trajetória do legendário Brizola, porta-voz do nacionalismo burguês no Brasil, limitado por seu próprio conteúdo de classe, mas respeitamos a sua combatividade e a denúncia de fazia da submissão do Brasil ao imperialismo e a sua representante no país, as organizações Globo, tão denunciada por ele como uma máfia midiática anti-povo. Lembramos que o histórico fundador do PDT, que inicialmente apoiou o governo de Lula em 2003, havia rompido com o PT em função da opção entreguista e do arco de aliança reacionário montado para dar apoio político a Frente Popular. O velho Brizola pouco antes de morrer em 2004 travava uma dura batalha no interior do PDT para tirar completamente o partido da “base aliada”, apesar dos inúmeros arrivistas sedentos por cargos e verbas estatais do Planalto. Pessoalmente Brizola se preparava para sua candidatura à prefeitura do Rio em 2004, com uma plataforma política de oposição frontal ao governo de Lula, mas a sua vida faltou a este último e decisivo “encontro”, deixando o PDT “órfão” como mais um partido fisiológico e nas mãos de picaretas sem nenhuma história de luta, como Lupi e seus comparsas mafiosos. O carioca Carlos Lupi foi quem se apropriou do espólio partidário do finado Leonel Brizola, que em função de sua morte súbita não preparou um herdeiro político a sua altura no PDT. Lupi, sem a menor história no trabalhismo e dotado de uma “ideologia” pragmática, primeiro vendeu o partido para a primeira oferta do governo da frente popular, com o qual o velho Brizola mantinha uma certa reserva e agora para Ciro Gomes ser candidato à presidente pela legenda em 2018.  Neste sentido, o atual PDT de Lupi representa uma caricatura grotesca do que foi o velho “Brizolismo”, com toda a sua carga de incoerências e sua própria natureza de classe. O PDT hoje é uma sigla oca ultracorrompida que nada tem a ver com o velho nacionalismo burguês de Brizola e Darcy Ribeiro. Do velho nacionalismo burguês de Jango, Darcy Ribeiro e Brizola parece que não restou muita coisa, apenas um oportunista PDT sem o menor perfil ideológico, povoado por máfias sindicais e oligarquias regionais sem a menor história política, como os irmãos Gomes no Ceará.  Brizola, que chegou a presidir a Internacional Socialista, deve estar se remoendo no túmulo ao ver seu velho partido nacionalista burguês ser traficado por Lupi em negociatas com figuras sinistras deste calibre. Para os “nacionalistas” do PDT que juram fidelidade ao trabalhismo de Brizola fica a patética tarefa de hoje aceitar passivamente os novos “companheiros” representantes das reacionárias oligarquias dos Ferreira Gomes, inimigos históricos dos trabalhadores, de qualquer traço de soberania nacional e, obviamente, do socialismo!

MORRE LEONEL BRIZOLA, UMA CARICATURA DO ESGOTADO NACIONALISMO BURGUÊS
 BLOG DA LBI 27/06/2004

  
Na noite de 21 de junho morreu, aos 82 anos, o ex-governador do estado do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola. Era o presidente de honra do PDT e vice-presidente da Internacional Socialista. Um dos políticos burgueses mais antigos em atividade no país, sua trajetória remonta do populismo varguista, ao qual aderira formalmente em 1945. Nesta época fundou um núcleo do PTB (partido recém-criado por Vargas) no Rio Grande do Sul na rabeira do chamado “movimento trabalhista”, uma vertente do populismo na América Latina, o qual primava em seu âmago por atrelar as massas ao Estado capitalista através dos aparatos sindicais semi-estatais, estimulando a formação do peleguismo. Para o populismo era necessário destruir a independência de classe do jovem proletariado brasileiro que começava a se enfrentar com a exploração e miséria capitalistas, características de um país semicolonial.Um ano depois fora eleito deputado estadual e posteriormente reeleito para um segundo mandato (1950), tornando-se líder da bancada petebista na Assembléia Legislativa. Cinco anos depois, consegue eleger-se prefeito de Porto Alegre com um número recorde de votos, superando em muito a soma de todos os adversários juntos. Até então sua trajetória era obscura. Somente a partir de 1958, após assumir a cadeira do Palácio do Piratini como governador do estado do Rio Grande Sul, é que sua figura começa a ganhar projeção nacional, ao encampar as companhias de energia elétrica (Bond & Share) e de telefonia (ITT), pertencentes a empresas norte-americanas. João Goulart, seu cunhado, assume a vice-presidência do país no dia 31 de janeiro de 1961.

terça-feira, 21 de junho de 2016

MANCHETES DE HOJE DA MÍDIA CONFIRMAM O QUE A LBI JÁ AFIRMAVA HÁ DOIS ANOS: JATO DE EDUARDO CAMPOS CUJO “ACIDENTE” FATAL (MADE IN CIA) O LEVOU A MORTE FOI COMPRADO POR “ESQUEMA CRIMINOSO” BURGUÊS

“Esquema criminoso teria comprado Jato que caiu e matou Eduardo Campos” (G1)... “Avião de Campos leva à caixa 2 de empresas” (Estadão). Estas manchetes estampadas na mídia de hoje baseadas em informações da PF confirmam o que a LBI já denunciava há dois anos em uma série de artigos que analisaram a queda do Cessna Citation no mês de agosto de 2014, provocando a morte do presidenciável do PSB em condições não esclarecidas até hoje e que abriu caminho para o lançamento da candidatura de Marina Silva. Como nossa caracterização teve bastante impacto na vanguarda brasileira acabamos por agrupar a coletânea de textos analisando todos os ângulos do estranho ocorrido em forma de livro intitulado “O 'acidente' fatal de Campos e a 'Operação' embuste Marina”, cujo lançamento ocorreu em meio a campanha eleitoral de 2014 na Livraria Antonio Gramsci dirigida pelo saudoso Vito Giannotti, publicação que inclusive já chegou à sua 3ª edição. Na época, já afirmávamos o que a mídia e a "Operação Turbulência" da PF só descobriu agora: o Cessna foi comprado ilegalmente por um “pool” de empresários Pernambucanos beneficiados com “generosidades” fiscais do governo estadual e dado de “presente” para a campanha presidencial de Campos cruzar o Brasil inteiro. Fomos além! Como não tinha formalmente um dono, o Citation de Campos era revisado pela própria fabricante Cessna, uma das empresas do complexo militar ianque, a mesma que afirma até hoje que não é possível “decifrar” a temporalidade das gravações da caixa preta de sua aeronave. Fica evidente que o “acidente” foi deliberadamente provocado pela manipulação técnica incorreta na última revisão da aeronave ao sabor dos interesses políticos da Casa Branca. A LBI foi a primeira corrente política não só a anunciar a morte de Campos como a denunciar que a queda do moderno avião não foi produto de uma falha humana ou mesmo de um problema mecânico ocasional, mas na verdade de uma operação que teve as digitais da CIA para retirar o “socialista” da disputa a fim de abrir caminho para que Marina Silva (a candidata preferencial dos rentistas e do imperialismo ianque naquele momento), pudesse voltar a concorrer ao Palácio do Planalto. Esta artimanha fatal acabou forçando um segundo turno disputadíssimo entre PT e PSDB e derivou na polarização eleitoral e política em que está mergulhado nosso país até hoje. O mais importante agora é compreender que a morte de Campos foi parte de uma ofensiva reacionária do imperialismo que neste momento se condensa no incremento da sanha da direita contra o PT apontando em uma única direção: entronar no Planalto uma marionete diretamente alinhada com a Casa Branca, que inclusive rompa futuramente as relações econômicas e comerciais com os BRIC´s em favor do amo do norte e abra caminho para varrer qualquer vestígio de influência da “esquerda” na política brasileira ou mesmo traço de soberania nacional de nosso país. Para resgatar esse processo político que consideramos ter um claro fio de continuidade, o BLOG da LBI apresenta para nossos leitores e simpatizantes o artigo publicado no dia 29 de agosto de 2014  que desvenda não só quem eram os reais compradores do Jato como o caráter pró-imperialista da candidatura de Marina Silva que veio a encabeçar a aliança PSB-REDE após a morte de Eduardo Campos


O EMBUSTE MARINA OU A ESTÓRIA DE UM AVIÃO SEM DONO E UMA DONA SEM AVIÃO BLOG DA LBI 29/09/2014

A cada dia que passa vai se tornando mais cristalino que a queda do avião que transportava o ex-governador de Pernambuco e sua equipe de campanha ao Planalto não se tratou de mais um “acidente aéreo”. A propriedade do jato Cessna Citation prefixo PR-AFA, ainda não foi esclarecida pelo PSB e tampouco pelo atual comitê de campanha de Marina Silva, e duvidamos que ainda venha a ser. Pela legislação vigente no país Eduardo Campos só poderia utilizar um avião para sua campanha eleitoral se fosse de sua propriedade pessoal ou mesmo contratar (por transporte, empréstimo ou aluguel) o serviço de uma empresa especializada no seguimento de locação de aeronaves, caso não se enquadrasse em uma destas duas modalidades estaria cometendo crime eleitoral. O comitê de Campos não informou ao TSE a relação jurídica que mantinham com o jato porque ainda esperavam “regularizar” a situação a tempo do final da campanha. Na verdade, o Cessna que caiu foi comprado ilegalmente por um “pool” de empresários Pernambucanos beneficiados com “generosidades” fiscais do governo estadual e dado de “presente” para a campanha presidencial de Campos cruzar o Brasil inteiro. Como não tinha formalmente um dono, o Citation de Campos era revisado pela própria fabricante Cessna, uma das empresas do complexo militar ianque, a mesma que agora afirma que não é possível “decifrar” a temporalidade das gravações da caixa preta de sua aeronave. Fica evidente que o “acidente” foi deliberadamente provocado pela manipulação técnica incorreta na última revisão da aeronave, ao sabor dos interesses políticos da Casa Branca, e como diz o ditado popular: “Cão sem dono é mais fácil morrer atropelado”. Porém, o inusitado deste trágico episódio para a família Arraes (comemorado efusivamente pela anturragem Marineira) é que a campanha de Campos e Marina tinha um outro jato de “reserva”, bem mais moderno e luxuoso do que o modelo Citation. Trata- se do Falcon 2000 Easy, “doado” a Marina pela família Setúbal (dona do Banco ITAÚ) em 2010 para que finalizasse sua campanha presidencial sem precisar usar mais o jato Legacy de Guilherme Leal (grupo Natura), então seu companheiro de chapa. Leal e Marina estavam meio estremecidos politicamente quando Neca Setúbal assumiu o financiamento da campanha do PV, aportando 20 milhões de Dólares para a compra do Falcon. Nestes últimos anos Marina voou bastante em seu “falcão de aço” na campanha pela legalização do REDE, mas quando foi abatida pelo TSE e relegada ao papel de vice no terreno estranho do PSB optou politicamente por “camuflar” seu caríssimo jatinho deixando para o finado Campos o ônus da empreitada aérea. Agora a “vestal” Marina não sabe o que fazer, cobrada para dar explicações sobre o “acidentado” Citation, ficaria bastante complicado apresentar para o seu eleitorado um novo e luxuoso jato, ofertado ao REDE por rentistas e banqueiros. Para a maioria da classe trabalhadora que luta por um transporte público com um mínimo de qualidade deve parecer um verdadeiro escárnio o surgimento de uma frota aérea tão vasta pertencente às principais candidaturas burguesas que disputam o botim estatal. Modernos jatos, aeroportos privados com dinheiro do Estado e bilhões de Reais em formato de “caixa dois” movimentam o cenário eleitoral desta democracia dos ricos, onde a “fartura” (à custa do suor povo é claro!) é tão grande que existe até “avião sem dono e dona sem avião”.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

MÉXICO URGENTE
MASSACRE DE PROFESSORES EM OAXACA: TODA SOLIDARIEDADE À LUTA DOS TRABALHADORES! FORA O GOVERNO ASSASSINO DE PEÑA NIETO!


Pelo menos seis pessoas morreram e 100 ficaram feridas por ataques da polícia durante um protesto de professores na cidade mexicana de Nochixtlán nesta segunda-feira, 20.06.  A luta explodiu no estado de Oaxaca, palco há 10 anos de um levante popular no México. Com barricadas os trabalhadores resistiram à repressão estatal.  800 policiais atacam manifestantes, em greve desde o último dia 15 de maio, contra reformas privatistas do Peña Nieto que visam destruir a educação pública e atacar as conquistas sociais. Trabalhadores que integram a Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) do México protagonizam uma greve geral que atinge 28 dos 32 estado mexicanos, mas se concentra nos estados do sul, em Chiapas, Oaxaca e Michoacan. No domingo (19), forças da polícia estadual de Oaxaca e a polícia federal mexicana se dirigiram à Asunción Nochixtlán, município próximo a capital oaxaqueña, para despejar os professores que bloqueavam a estrada Oaxaca-México como forma de protesto. De acordo com o jornal La Jornada, a operação repressiva começou por volta das 10:30h e se estendeu até o inicio da noite, deixando como saldo 6 mortos, mais de 90 feridos e 21 detidos. A ação policial, que contou com armas de fogo, bombas de gás lacrimogênio, helicópteros e centenas de agentes, fez da estrada um campo de batalha. Os manifestantes resistiram, com o apoio de pais, alunos e pessoas contrárias à reforma, que ajudaram a construir barricadas para evitar a aproximação dos policiais. A CNTE informou que cinco dos mortos eram professores (Andrés Aguilar, de 29 anos; Yalid Jiménez, de 22; Óscar Santiago, de 22; Jesús Cadena, de 19 e Anselmo Cruz, sem idade divulgada). O outro morto durante o ataque foi o repórter local Elpidio Ramos, que fazia a cobertura do confronto para o jornal regional El Sur.  Além disso, os professores exigem a libertação imediata de dois de seus líderes detidos recentemente: Rubén Núñez, secretário-geral da seção 22 da CNTE e Francisco Villalobos, secretário da mesma entidade sindical. Desde a LBI e do Núcleo de professores da TRS que intervem na greve do magistério em vários estados do Brasil nos colocamos em defesa da luta dos professores mexicanos, solidários a sua luta e denunciamos o governo Peña Nieto, lacaio do imperialismo ianque. Os trabalhadores e seus sindicatos devem convocar a greve geral em todo o país em repúdio contra o massacre em Oaxaca e pela derrubada do governo reacionário assassino! 

sábado, 18 de junho de 2016

AS LIÇÕES DO GOLPE EM HONDURAS: DA DEPOSIÇÃO REACIONÁRIA DE ZELAYA AO “ACORDÃO NACIONAL” QUE RESULTOU EM NOVAS ELEIÇÕES LEGITIMANDO O RETORNO DA DIREITA BURGUESA NA PRESIDÊNCIA ATÉ HOJE

O Blog da LBI publica uma série de artigos sobre o golpe constitucional em Honduras contra o governo de Manuel Zelaya, ocorrido há 7 anos atrás, em junho de 2009. Este arremedo de putsch “civil” reacionário inaugurou a onda de “golpes parlamentares” na América Latina no Século XXI contra os governos da centro-esquerda burguesa, que agora tem como alvo o mandado da petista Dilma Rousseff no Brasil. Além de denunciar a trama da direita apoiada pelo imperialismo ianque, em uma ação orquestrada pela Justiça e o Congresso Nacional executada por um grupo de militares que expulsaram o presidente hondurenho para a Costa Rica, os textos elaborados pela LBI analisam também o acordo político em torno da volta de Zelaya a Honduras meses depois, costurado por Obama e Lula que previa a realização de eleições presidenciais e a acolhida do presidente deposto na embaixada brasileira. Zelaya acabou dando seu aval para a convocação do pleito que só viria a ocorrer em 2013. Na disputa sua esposa (candidata pelo Partido Libre - Liberdade e Refundação) foi derrotada pelas forças políticas civis conservadoras agrupadas no PN (Partido Nacional), legenda de direita apoiada pelos golpistas. Essa manobra eleitoral estabelecida por um “acordão nacional” contou com participação da “esquerda” agrupada na Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe (FNRG) e acabou por legitimar os golpistas que controlam até hoje a presidência do país via o PN, sabotou de fato a resistência das massas. Como Marxistas consideramos necessário abstrair as lições políticas e programáticas deste episódio fundamental para a esquerda revolucionária brasileira, inclusive porque Dilma e amplos setores da Frente Brasil Popular agora defendem a convocação de um plebiscito por novas eleições caso consiga derrotar o impeachment no Senado. Ela busca um acordo aos moldes do estabelecido por Zelaya em Honduras, caminho que pavimentou o fortalecimento da reação burguesa no país, o que pode acontecer aqui com a vitória do neobonarpatista Moro nas eleições antecipadas convocadas com o aval do PT.


HONDURAS URGENTE: DERROTAR COM A AÇÃO DIRETA DA CLASSE OPERÁRIA O "PUTSCH" REACIONÁRIO!

Na madrugada deste domingo, dia 28, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi alvo de um golpe de Estado. Ele foi preso pelo Exército, pouco antes da realização de um referendo para a mudança na Constituição do país que entre outros temas abordaria a possibilidade da reeleição presidencial. A ação foi orquestrada pela Justiça e o Congresso Nacional, sendo executada por um grupo de militares que o expulsaram para a Costa Rica. Carros blindados e tanques ocupam desde então Tegucigalpa. Veículos de combate tomaram as ruas que dão acesso à residência presidencial, enquanto aviões-caça sobrevoam a capital hondurenha, impondo repressão às manifestações populares contrárias ao golpe. Eleito presidente pelo Partido Liberal em 27 de novembro de 2005, uma legenda tradicional de uma das alas da classe dominante hondurenha, Zelaya liderou um frágil governo burguês que levou a adesão de Honduras à Alba em 2008, provocando a reação do empresariado temeroso de que ele fosse promover estatizações, devido sua aproximação com o chavismo. Enquanto se afastava de sua base tradicional oligárquica, tratou de cooptar os sindicatos e o movimento indígena, ganhando a simpatia de parte dos explorados do país ao aumentar em 60% o salário mínimo em 2006. A reacionária ultra-direita, aproveitando a margem de manobra cada vez mais estreita do governo de Zelaya, denunciou suas relações com o chavismo (Petrocaribe e a ALBA) e promoveu uma campanha reacionária contra a suposta intromissão do presidente venezuelano nos assuntos internos de Honduras. Esta cantilena serviu de cobertura para a oposição burguesa ao governo ir à ofensiva, mas desta vez com o apoio das FFAA.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

DELAÇÕES INDUZIDAS DE MACHADO FAZEM PARTE DO PLANO DE PODER DA “REPÚBLICA DE CURITIBA”: DIANTE DA CRISE DO REGIME “LAVA JATO” JÁ É O EMBRIÃO POLÍTICO DO FUTURO GOVERNO BONAPARTISTA DE MORO


Antes de mais nada é preciso esclarecer o termo marxista "bonapartista", confundido pela esquerda revisionista com sinônimo de "autoritário e antidemocrático". Para o próprio Marx um regime bonapartista significa bem mais do que um governo "ditatorial", representa em síntese um poder estatal burguês que aparentemente pode atuar contra os interesses de sua própria classe social. Por exemplo, a prisão dos maiores empreiteiros do país, fato inédito na história do Brasil, foi um típico ato de um poder bonapartista, neste caso, ainda um embrião de governo liderado pelo juiz Sérgio Moro e sua anturragem do MPF. Retomando ao outro Sérgio, o Machado, sua espetaculosa delação é apenas um peça na engrenagem da estratégia da "República de Curitiba" em desmoralizar politicamente o núcleo pemedebista do golpista Temer. Machado não sofria ameaça alguma de prisão (nem sequer processado pela Lava Jato estava) tampouco seus filhos morando bem longe do Brasil poderiam ser implicados pelos crimes do PMDB na Transpetro, gerenciavam um fundo financeiro sob legislação britânica, portanto as justificativas para a delação de Machado, com requintes de ópera bufa, são todas risíveis e não se sustentam diante de uma análise mais rigorosa dos fatos que abalaram mortalmente o governo "tampão". Machado está atuando friamente sob as ordens de Moro tendo a prometida perspectiva de fortalecer seu grupo econômico (empresas de comunicação, TV e rádio) em um futuro regime bonapartista que destroçaria seus concorrentes regionais (emissoras ligadas ao senador Tasso Jereissati, ex-sócio de Sérgio). Esta por sinal será a "especialidade" do próximo governo bonapartista de Moro, liquidar grandes monopólios capitalistas para beneficiar outros... As "revelações" de Machado são uma obviedade ululante, somente parvos e idiotas se escandalizam com o fato de que no modo de produção capitalista todas as transações comerciais que envolvem o Estado (no sentido amplo do termo) são adicionadas das comissões para cada "gestor" político que celebrou o contrato (a mídia corporativa costuma apelidar equivocadamente de propinas). Desde a compra de um simples lápis escolar pela prefeitura do interior do Amazonas, passando pela reforma do prédio da justiça federal de Brasília ou a construção de uma grande refinaria da Petrobras, as comissões são pagas para os "gestores" na mesma certeza que o sol nascerá e se porá no dia seguinte. As "comissões" são um mecanismo de reprodução do capital para aquecer a cadeia da economia, além de serem apropriadas em parte para o patrimônio pessoal dos "gestores". Não existe uma só economia capitalista do planeta onde não se exerça a prática das "comissões" no âmbito do Estado, a diferença é que em países imperialistas esta prática é regulamentada pela legislação para escapar da pecha da "corrupção". No Brasil o governo da Frente Popular "democratizou" a cobrança das comissões, tanto baixando seus percentuais como ampliando o leque de partidos que dela se beneficiaram. Este movimento do governo petista acabou desagradando parcelas do establishment político que pretendiam manter a antiga estrutura tucana das comissões, bem mais seletiva e muito mais cara. O fato é que todos os partidos que possuem registro institucional, do PSOL (oposição de esquerda) ao DEM (oposição de direita) acabaram abocanhando um naco das comissões obtidas sob a égide dos governos da Frente Popular. Agora que Machado detalha o funcionamento do esquema das comissões da Transpetro ("a mais honesta madame dos cabarés do Brasil") fingem estar chocados os falsos vestais do PMDB, PT, PSDB, PCdoB, PSOL etc... A cara de pau não tem limites quando é encenada para um público de "Homer Simpson". Porém o foco deste artigo não é a abordagem das históricas "comissões" republicanas, parte inerente a qualquer regime capitalista e sim a espetacularização  destas pela mídia, vocalizadas agora pelo marionete Sérgio Machado. A quem interessa e a serviço de que movimento político estão as "bombásticas denúncias" do filho do Ministro janguista da Viação, exilado após o golpe militar de 64? Claro como uma manhã nordestina que Machado opera como um simples peão no tabuleiro da luta pelo poder do Estado, travado pelos "intocáveis" de Curitiba, seu alvo: mostrar ao país que a quadrilha de Temer é tão corrupta ou mais do que o bando petista apeado do governo. Próximo passo da Lava Jato será definir os prazos de validade do interino Temer, ou seja, se o golpista tem condição política de concluir o ajuste neoliberal iniciado por Dilma ou terá que ser retirado por meio de "acordão nacional" que antecipe a realização das eleições presidenciais. Nesta segunda alternativa Moro já costura um acordo com a REDE, forçando Marina a ceder a cabeça da chapa, não por coincidência a Lava Jato resolveu expor a irregularidade nas contas "suspeitas" da campanha eleitoral da ex-senadora petista. Com o agravar da crise política, impulsionada pela aliança titânica entre a "República de Curitiba" e a mídia "Murdochiana", não nos surpreenderíamos se Dilma e Temer abraçarem conjuntamente a "tese" de novas eleições, tudo dependerá daqui para a frente do nível dos "esgotos republicanos", caso transbordem não restará outro caminho a não ser a convocação de novas eleições, já que ironicamente tanto PT como PMDB juram fidelidade absoluta com a Lava Jato. Quanto a Moro, que inocula seu "veneno ético" mortal em todo o espectro da política nacional (da esquerda a extrema direita), só resta compassar seus movimentos para instaurar um regime de "salvação patriótica" para livrar o Brasil de "todos os políticos corruptos", erigindo um governo bonapartista em parceria com novos agentes capitalistas (muitos dos quais sediados nos centros imperialistas), que de certa forma estão marginalizados nas estruturas de poder do PT, PMDB e PSDB.


A burguesia nacional coloca suas fichas em duas apostas para atenuar a crise gerada pelo esgotamento do "modelo de gestão estatal" de colaboração de classes, inaugurado pela Frente Popular em 2003. A primeira aposta é redirecionar a combalida economia para um novo eixo internacional, avaliando que os BRICS não oferecem mais o suporte de absorver a exportação das commodities nacionais. A segunda aposta, fruto da decisão anterior, vai no sentido de reajustar o regime político na medida de adequar as reformas neoliberais internas e garantir um governo bonapartista para celebrar os novos "pactos" com outros setores das classes dominantes (alijadas dos governos petistas) e o imperialismo ianque. Nesta etapa de transição turbulenta, onde se rompeu o cronograma eleitoral, a função da Lava Jato é "lembrar" a Temer que sua "ponte para o futuro" deve ser breve, inclusive já tendo nome e sobrenome: Sérgio Moro. Por isto mesmo o interino golpista está sendo chantageado sistematicamente no Planalto pela "República de Curitiba" antes mesmo de iniciar seu "pacote de bondades" no Congresso Nacional. As "confissões" de Machado (homem cooptado para o esquema de Moro) são apenas um aperitivo do que ainda está por vir.

Como uma alternativa de poder já constituída a "República de Curutiba" debutou em 2015 com sua plataforma de governo bem delineada: obstruir o crescimento industrial da Petrobras, nos setores do refino e fabricação de plataformas. A "iniciativa" criminosa da Lava Jato foi favorecida pela conjuntura negativa do preço mundial do barril de petróleo, o resultado foram  as paralisações nas obras das novas refinarias do Rio e Recife e a desarticulação das empresas subsidiárias na construção de novas sondas e plataformas. O beneficiário direto desta operação foi o truste petrolífero das multinacionais do setor, já que o Brasil é grande importador de derivados refinados do óleo cru e recém retomava o funcionamento da indústria naval no país, totalmente solapada na era FHC. Para resumir, a Lava Jato apenas usou o pretexto da "corrupção" existente na Petrobras para debilitar a estrutura da estatal, seguindo desta forma o primeiro item de sua plataforma de governo: favorecer a desnacionalização da economia brasileira. Interromper o mandato de Dilma, pela via de um golpe institucional, não significa para a "República de Curitiba" apoio incondicional a Temer e a quadrilha do PMDB. Se Moro se utilizou de figuras como Cunha, Temer e Renan para apear o PT do Planalto, foi por um pragmático cálculo político e não se pode descartar que a própria Lava Jato venha ser a algoz destes bandidos de Brasília. 

Nos frios e imundos cárceres de Curitiba até agora só estão "alojados" dirigentes petistas e empresários que estabeleceram "parcerias" comerciais  com o governo da Frente Popular, nenhum cacique pemedebista foi preso, a não ser o ex-senador Sérgio Machado que ficará "detido" em sua suntuosa mansão em frente ao belíssimo mar de Fortaleza. Porém o coadjuvante de Moro na PGR, Rodrigo Janot, não para de enviar ao STF pedidos de investigação e até mesmo prisão contra os dirigentes da máfia palaciana e pemedebista, uma barganha permanente que facilita a vida de Moro e sua anturragem curitibana. Ainda é muito cedo para finalizar um prognóstico preciso acerca do desenlace dos golpes da Lava Jato e sua " cavalgada" até o Palácio do Planalto, existe um Temer no meio do caminho e uma Dilma "pendurada" no Alvorada. Por outro lado o calendário eleitoral oficial só será reaberto em 2018, e não se sabe ainda se o  "apetite" de Moro pode esperar até lá, entretanto o mercado exige a conclusão do "ajuste" e para os barões do cassino financeiro a política não deve atrapalhar a economia, neste ponto o ministro Meirelles está aferrado ao cargo.


O movimento operário e popular não pode estar subordinado as variantes burguesas que se postulam como alternativas de governo diante da crise estrutural do regime capitalista. A vanguarda classista do proletariado deve começar a debater e organizar sua própria alternativa de poder em oposição frontal ao bonapartismo que surge para ocupar o espaço vazio da falência política da Frente Popular. O PT já demonstrou que não tem nenhum interesse em derrocar o governo golpista de Temer, quando muito acena com a proposta de antecipação de novas eleições, um verdadeiro "presente de natal" para os planos nefastos de Moro e sua famigerada Lava Jato. Somente o combate ideológico por um poder revolucionário, produto da luta direta do proletariado e não das viciadas eleições burguesas, poderá apontar um norte socialista para a catástrofe em curso do regime capitalista.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

CARTA AO SENADO: DILMA REÚNE-SE COM PARLAMENTARES E MOVIMENTOS SOCIAIS PARA COSTURAR “ACORDÃO NACIONAL” POR ELEIÇÕES ANTECIPADAS, LULA RESISTE... PROPOSTA DE PLEBISCITO GERA DIVERGÊNCIAS NO CRETINO PLANO DO CÁLCULO ELEITORAL DA FRENTE POPULAR


A presidenta afastada Dilma Rousseff participou, nesta terça-feira (14), de encontro com representantes de movimentos sociais e senadores. Ela já teria inclusive o esboço de uma “Carta ao Senado”, na qual assume uma série de compromissos, caso retorne ao cargo com a suspensão do impeachment. Na reunião, ela apresentou a proposta de realização de um plebiscito para que a população decida se quer ou não convocar novas eleições. Além de Dilma, participaram da reunião os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Jorge Viana (PT-AC) e Armando Monteiro Neto (PTB-PE), assim como integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e dirigentes partidários. No encontro, Dilma reiterou que houve no país uma ruptura democrática e que a saída para a crise política passa por "devolver ao povo a prerrogativa de decidir os rumos do país". Os representantes da CUT, MST, MTST ouviram os argumentos da presidenta e dos senadores que apoiam a proposta também defendida pelo PCdoB. Não por acaso, o portal 247, em editorial “Que o povo aponte a saída” de 13.06 aponta: “A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, embora tenha um mandato legítimo para cumprir até 31 de dezembro de 2018, tem ciência plena de que, hoje, não reúne condições para governar com o Congresso que aí está. Portanto, a saída mais sábia será transferir à população brasileira não apenas o direito de escolher, mas o dever de apontar saídas para o impasse atual por meio de um plebiscito. A democracia passa por sua volta, mas ela terá que exercitar o desapego. Se, no plebiscito, a população decidir por sua permanência, que assim seja”. Segundo o plano dessa ala da Frente Popular, Dilma através de uma “Carta ao Senado” conseguiria barrar o impeachment, mas alerta-se que a convocação de um referendo ou plebiscito é prerrogativa exclusiva do Congresso. Segundo seus cálculos, o decreto legislativo marcando a consulta pode ser apresentado por apenas um terço dos senadores, ou seja, 27, número que o bloco anti-impeachment comandado por Requião pode conseguir.  Mas depois, só um grande “acordão nacional” garantiria a aprovação por maioria absoluta em votações nas duas Casas do Congresso. No campo da Frente Popular, o grande empecilho até agora é o próprio Lula que resiste a ideia. Do outro lado, os setores "golpistas" e a Rede Globo desejam ver Temer aprovar logo a Reforma da Previdência antes de qualquer mudança no Planalto. Na verdade, Lula sequer defende o “Fora Temer”, como ouvimos de sua boca no ato do dia 10 na Av. Paulista, devido ao cretino cálculo eleitoral dessa ala da Frente Popular de corroer ao máximo o governo “tampão” prevendo uma vitória em 2018. Assim também argumenta Valter Pomar, da AE: “Novas eleições, neste momento? Um erro. Meu motivo para ser contrário a proposta de novas eleições segue sendo fundamentalmente o seguinte: não devemos abrir mão da legalidade e da legitimidade do mandato conquistado em 2014... Estes setores estão fazendo imensa pressão para que a presidenta Dilma aceite a proposta de antecipação das eleições. Na sua entrevista a Nassif, a presidenta deu uma resposta confusa acerca do tema do plebiscito, refletindo a contradição entre esta pressão e a necessidade de defender o mandato...Fora Temer, vamos reconquistar a presidência!” (14.06). A crise no bloco dilmista é tamanha que o PCO chega a denunciar que “Plebiscito é tentativa de ocultar o golpe” e afirma: “A imprensa chegou a colocar palavras na boca da presidenta Dilma Rousseff, ao afirmar que na entrevista que ela concedeu ao jornalista Luís Nassif ela teria dito que se for reconduzida ao cargo, ou seja, se o impeachment não passar no Senado, ela realizaria eleições ou plebiscito. Dilma falou sobre uma consulta popular, mas essa consulta pode ser qualquer coisa; desde eleições ou plebiscito, como quer um setor da burguesia diante do impasse atual com o governo Temer; ou até mesmo na convocação de uma Assembleia Constituinte”. Rui Pimenta conclui: “Eleições ou plebiscito são a aceitação do golpe. Qualquer medida que não seja a derrota dos golpistas significa ocultar e aceitar o golpe. Mesmo porque seriam as mesmas instituições golpistas que realizariam uma ou outra” (DCO, 12.06). Em resumo, as duas alas da frente popular são reféns do jogo institucional, divergem quanto ao “time” de quando melhor seria a realização das eleições presidenciais. Em todo o caso, para o PT e seus apêndices somente estão na “mesa do jogo” institucional duas cartas: novas eleições e a “compra” de uma nova “base aliada” no Senado. As duas tentativas da Frente Popular podem afundar juntas, na completa ausência do protagonismo do movimento operário, atado a uma política criminosa de colaboração de classes diante da brutal ofensiva da direita pró-imperialista, podendo abrir o caminho para Moro e sua corte de procuradores da “República do Paraná” assumir o Planalto legitimada pelas eleições diretas. O que está claro é que o “Fora Temer” para as duas alas da Frente Popular não passa de eixo de mobilização eleitoral, visando desgastar o governo golpista para catapultar a candidatura Lula, seja com eleições antecipadas seja em 2018. Como já alertamos, esse “movimento” não serve como ponto de apoio para as lutas dos trabalhadores contra o ajuste neoliberal em curso levado adiante por Temer (vide a Reforma da Previdência), copiando e aprofundando o receituário aplicado por Dilma. Desde a LBI declaramos “Nem eleições gerais, nem a defesa da democracia”, duas variantes da democracia burguesa que não servem para a revolução. O desenlace progressista da atual crise de dominação burguesa repousa exclusivamente na possibilidade da classe operária começar a construção de seu embrião de poder revolucionário em denuncia aberta das armadilhas eleitorais e do regime da democracia dos ricos! Cabe aos trabalhadores participar dos atos pelo “Fora Temer” com um programa de luta que denuncie essa transição acordada, para derrotar os golpistas nas ruas sem ficar refém do programa de colaboração de classes da Frente Popular, nem das alternativas democratizantes e institucionais das correntes revisionistas do Trotskismo, como “eleições gerais” (PSTU, MES) versus “Assembleia Constituinte” (CST, MRT, PCO) ou mesmo do “Plebiscito por Diretas já” (Dilma, PCdoB, Insurgência). Embora todas maquiadas com o “Fora Temer” são desprovidas de qualquer conteúdo revolucionário e se inserem nas tentativas de salvaguardar o regime da democracia dos ricos em plena decadência histórica. O eixo de agitação e propaganda dos Comunistas Leninistas neste período de instabilidade do regime burguês, no marco geral da ofensiva imperialista neoliberal, deve ser o da construção de uma alternativa independente do proletariado rumo ao seu próprio governo, demarcando vigorosamente com todos os atalhos democratizantes ardorosamente defendidos pelo arco da esquerda reformista, que não servem como ponto de apoio para a luta direta contra a plataforma neoliberal de Temer, “copiada” do ajuste até então levado a cabo por Dilma!    

terça-feira, 14 de junho de 2016

POLÍCIA DA OLIGARQUIA GOMES PERSEGUE PROFESSORES GREVISTAS QUE OCUPARAM A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ, ENQUANTO ISSO CIRO É BAJULADO PELO PT, PCdoB E PCO COMO "HERÓI DA DEMOCRACIA"


Os companheiros Ronaldo Rogério e Arivalto Alves foram intimados a depor em inquérito aberto na Polícia Civil do Ceará sobre a ocupação da Assembleia Legislativa na greve dos professores ocorrida em 2011, quando Cid Gomes era governador. A intimação chegou “por coincidência” no momento em que os trabalhadores em educação estão novamente paralisados, há mais de 50 dias, agora em luta contra os ataques do governo Camilo (PT), filhote e capacho dos irmãos Gomes. Os dois companheiros professores agora intimados pela polícia foram brutalmente agredidos em 2011 na desocupação da Assembleia Legislativa pela PM ocorrida há 5 anos atrás, mas de vítimas da repressão estatal passaram a perigosos “criminosos”. Na imagem que ficou conhecida nacionalmente, Ronaldo protegia Arivalto, que saiu ferido pela brutal repressão desferida por policiais durante a manifestação. Agora eles são cinicamente acusados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) de danos ao patrimônio público. À época, os professores estaduais declararam greve de fome para pressionar o Governo Cid quanto à execução de um plano de cargos e carreiras e pelo cumprimento da Lei Federal do Piso. Esse é o método fascista com que Ciro e Cid (paladinos contra o golpe) tratam os professores em luta no Ceará. Apesar disso, o PT, PCdoB e PCO apresentam o reacionário oligarca Ciro como o mais fiel combatente do “golpe”, um democrata exemplar. Nesta farsa grotesca de embelezar o clã Gomes é seguido pelo corrupto PCO e por seu seguidor no estado, o Paulo Érico Pontes Cardoso um ex-militante da esquerda que hoje presta serviços políticos para a oligarquia Gomes. Rui Pimenta anuncia “Em uma conferência nos EUA, o ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), denunciou o golpe e Eduardo Cunha, um dos principais articuladores do impeachment. Ciro denuncia que o deputado peemedebista não chegou à presidência por acaso. Para que Cunha chegasse, foram comprados 250 deputados para apoiá-lo, diz ele. De fato, Ciro está certo” (DCO, 27 de abril). O PCO limpa a cara de Ciro, um dos políticos mais corruptos do Brasil e do Ceará, envolvidos em escândalos milionários quando ministro de Itamar Franco e governador. Já o vigarista Paulo Érico vende seus serviços no Ceará para a oligarquia Gomes divulgando nas redes sociais vídeos de Ciro em que o apresenta como o melhor “combatente do fascismo”. Este protótipo de ex-militante revisionista tem a cara de pau de elogiar um canalha burguês que junto com seu irmão Cid persegue covardemente os professores em greve, PCO e sua corja de apoiadores venais fazem esse serviço sujo em troca de favores e benesses materiais, como por exemplo um mísero "emprego" no governo do estado do Ceará. Os militantes do núcleo dos professores da LBI que não se corromperam diante das verbas estatais e dos cargos comissionados distribuídos pelo governo Camilo e a oligarquia Gomes convocam o movimento de massas a se mobilizar contra a perseguição aos companheiros Ronaldo Rogério e Arivalto Alves. Denunciamos que o “capitão da oligarquia”, Ciro Gomes, apesar de bajulado pelo PT, PCdoB e PCO e seus satélites corruptos não passa de um inimigo de classe dos trabalhadores, um  político burguese que não vacila em reprimir as greves e perseguir os lutadores da vanguarda classista com sua polícia e justiça a serviço da classe dominante!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

ATAQUE A BOATE “GAY” NOS EUA: TERRORISMO DOMÉSTICO DE UMA SOCIEDADE “DOENTE” A SERVIÇO DA OFENSIVA IMPERIALISTA CONTRA OS POVOS!


O ataque a tiros de fuzil AR-15 em uma boate LGBT em Orlando, nos EUA, na madrugada de domingo (12.06) deixou pelo menos 50 mortos e dezenas de feridos. A maioria das vítimas tinha origem latina, como cubanos e caribenhos, como o atentado ocorrendo no final de semana em que boa parte do país celebra o chamado dia do “Orgulho Gay”. Logo a imprensa estadunidense tratou de apresentar o assassino, Omar Mateen, nascido nos EUA mas filho de pais afegãos, como um simpatizante do Estado Islâmico (EI) apesar dele está sendo monitorado e ter sido interrogado pelo FBI desde 2013 sem que qualquer ligação tenha sido provada. Tanto que ele não estava na lista oficial de suspeitos por “terrorismo” e legalmente estava autorizado a ter licença para portar armas, de acordo com os registros oficiais da Florida. As redes de TV anunciaram que o EI havia reivindicado o ataque, como parte dos “lobos solitários” que são simpatizantes do grupo. Na verdade Mateen, de 29 anos, além de assassino, era mais uma vítima da sociedade doente gerada no coração do monstro imperialista. Instável emocionalmente, homofóbico, admirador da polícia (chegando ter fotos com camisetas com o nome e emblema da polícia de Nova York nas redes sociais -ver abaixo), ia muito à academia por ser segurança privado que trabalhava em um centro de prisão de jovens infratores, um ambiente de violência, abuso e repressão. A esposa separou-se dele em 2011 após sofrer anos de violência física. Ela disse a repórteres que Mateen era bipolar e que, apesar de muitos ligarem sua ação a religião ou ao EI, as razões estariam ligadas a problemas de saúde mental e social. Pelo que disse o pai, ele estava irritado por ter presenciado um beijo gay em Miami e planejou o ataque a boate “Pulse”, uma das casas noturnas mais emblemáticas da causa da comunidade LGBT na Flórida e nos Estados Unidos. O estabelecimento foi fundado em 2004, após um drama familiar: a morte, em 1991, do irmão da coproprietária do local, vítima da Aids. A Pulse faz parte de uma rede comunitária dinâmica na Flórida para “despertar as consciências” sobre a homossexualidade. O ataque em Orlando faz parte de uma onde de violência doméstica nos EUA, aguçada pela própria disputa presidencial. Um país que tem Trump e Hillary como candidatos a presidentes, ambos belicistas, racistas, pró-sionistas e patrocinadores do terrorismo de estado tende a gerar psicopatas como Omar. Trump aproveitou para pedir a restrição temporária de muçulmanos estrangeiros nos Estados Unidos, para proteger o país de “ameaças potenciais” e Hillary defendeu o  guerra contra o terror e o controle na venda de armas. No distrito de West Hollywood, reduto LGBT de Los Angeles, preparava-se para começar a Parada do Orgulho Gay quando policiais encontraram um carro com munição e explosivos. O proprietário do veículo, James Howell, de 20 anos, foi detido em Santa Mônica neste domingo. Ele tinha intenção de usar o material contra a parada gay. A prisão ocorreu horas após o atentado em Orlando. Na madrugada do sábado, 11, uma cantora lésbica foi assassinada em Orlando. Ex-participante do programa de TV The Voice, Christina Grimmie, de 22 anos, foi atacada após um show por um atirador que se matou em seguida. Apesar de estarmos solidários com os mortos e seus familiares lembramos que o ataque em Orlando vem ocupando desde domingo as manchetes de jornais e TV pelo mundo afora, o que não ocorre quando os EUA matam diariamente em seus ataques militares dezenas de pessoas no Afeganistão ou Iraque, assassinatos que ocorrem sem a menor cobertura dos meios de comunicação. Além disso, o atentado doméstico vem servindo como móvel midiático para aprofundar a ofensiva imperialista contra os povos e recrudescer as normas internas que cerceiam as mais elementares liberdades democráticas do povo estadunidense. Obama logo saiu a condenar o ato como o “mais mortal da história americana” e declarou “Nós sabemos o suficiente para dizer que foi um ato de terror e um ato de ódio”, insinuando que era um atentado terrorista, quando é público que foi um ataque racista e homofóbico de uma besta humana gerada no seio da sociedade ianque. Este genocídio covarde muito utilizado por hordas fascistas contra as comunidades homossexuais nos EUA e no mundo afora deve ser amplamente repudiado pela esquerda classista e revolucionária como um ataque ao conjunto do movimento operário e as liberdades democráticas do povo trabalhador! Os revolucionários nunca defendem a “democracia” para a burguesia e seus setores mais reacionários poderem livremente organizar ofensivas reacionárias contra o povo trabalhador e as chamadas “minorias”! Ao contrário, intervém nos protestos e manifestações contra a homofobia para apresentar uma plataforma revolucionária que una a luta pelas liberdades democráticas do povo trabalhador no sistema capitalista ao combate para derrotar a burguesia e seu regime senil de conjunto, demonstrando que as posições reacionárias e preconceituosas são as expressões mais cruentas de seu desejo de “eliminar” os trabalhadores por meio da fome, miséria, do desemprego e da exploração capitalista! Fazemos um combate de classe ao racismo, à homofobia e ao preconceito social, racial e de gênero. Nesse sentido, apoiamos a marcha em solidariedade as vítimas de Orlando ocorrida em frente ao icônico Stonewall Inn. Em 1969, o bar foi palco de manifestações que marcariam o início da luta pelos direitos LGBT, quando homossexuais que frequentavam a casa noturna entraram em combate com a polícia durante mais de uma semana, exigindo seus direitos civis, data que deu origem ao chamado “Orgulho Gay” nos EUA. Apesar disso, nos delimitamos das paradas gay que são eventos cada vez mais exclusivamente festivos, policlassistas e que mais estão para um desfile hedonista de culto a “beleza” e ao “exótico” do que propriamente pela luta emancipatória de um setor brutalmente oprimido da sociedade. Denunciamos que o ataque em Orlando, assim como outros atos de terror doméstico nos EUA, tem o claro conteúdo fascista e estão em consonância com a época de ofensividade bélica e de reação ideológica preconizada pelo imperialismo norte-americano. Estamos vendo a volta, com força, do neonazismo ianque em escala interna e planetária. Para se opor a essa escalada arquirreacionária deve-se ter claro que ela é uma expressão da dura etapa de contrarrevolução e profunda ofensiva imperialista em curso, onde ao lado dos mortos de Orlando estão os cadáveres de mais de 200 mil líbios trucidados pelos bombardeios da OTAN ou as vítimas dos mercenários “rebeldes” na Síria, ao melhor estilo dos jogos de guerra vendidos às crianças norte-americanas. Para que não se repitam novas cenas sanguinárias dentro e fora dos EUA, somente a ação revolucionária do proletariado mundial poderá reverter estas tendências nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo de produção capitalista e tendo como estratégia a imposição de seu próprio projeto de poder socialista.