quinta-feira, 23 de junho de 2016

“LAVA JATO” ATACA NOVAMENTE O PT: PF INVADE SEDE NACIONAL DO PARTIDO E PRENDE PAULO BERNARDO, MORO MOSTRA QUE SUA "CORAGEM" SÓ ALCANÇA AS LIDERANÇAS DA ESQUERDA


Como parte da Operação Java Jato em sua versão “Custo Brasil”, o ex-ministro Paulo Bernardo (PT) foi preso nesta quinta-feira (23). Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa da senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba. Policiais federais também cercaram a sede do PT no Centro de São Paulo, invadindo-a para “realizar buscas e apreensões”. De acordo com nota divulgada pela PF, há "indícios de que o ministério direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados" entre os anos de 2010 e 2015, em uma clara medida para preparar os ataques a Dilma na véspera da votação do impeachment no Senado, fragilizando inclusive o papel da senadora paranaense na Comissão, esposa de Bernardo. Não resta há menor dúvida que o conjunto do PT e seu arco de sustentação política reproduziu o velho "metiê" da cobrança de "comissões" (propinas como a mídia corporativa gosta de chamar) em cada operação comercial praticada pelo Estado burguês. Entretanto caracterizamos as prisões e fustigamentos jurídicos da Lava Jato são voltadas exclusivamente a eliminar do mapa nacional a influência política do PT. Não somos ingênuos e denunciamos os interesses diretos do "Juiz Nacional" Sergio Moro nesse processo, para abrir caminho para sua escala ao Planalto na condição de neobonarparte. O governo Dilma foi cúmplice deste processo de ofensiva apoiando e depois se acovardando diante da Lava Jato. Não defenderemos a inexistente "honra" de um Ministro que faz a apologia das privatizações, não defendia sequer a chamada “regulação da mídia” quando no comando da pasta da Comunicação e impôs o arrocho salarial dos servidores no Planejamento (Orçamento), mas nem por isso deixaremos de pontuar vigorosamente o caráter reacionário e antinacional da operação Lava Jato. A Lava Jato “turbinada” com a prisão de Bernardo segue no encalço pessoal de Lula e para inviabilizar a derrota do impeachment no Senado. Como já alertamos o ódio concentrado a corrupção estatal generalizada não será capitalizado pela esquerda revolucionária. Um cenário está cada vez mais fértil para o surgimento de novos "salvadores da pátria" tipo Moro, que depois de chantagear o “golpista Temer” com denúncias contra a cúpula do PMDB agora mira novamente no PT. Para os Marxistas Revolucionários só há uma maneira de parar a escalada fascista chefiada por Moro e seus “compadres” da Famiglia Marinho que já “tem na mão” o governo Temer e a cúpula do PMDB e avança a passos largos contra o PT de conjunto, colocar o movimento de massas em luta direta contra a escalada bonapartista que atinge as lideranças da esquerda.