MANCHETES DE HOJE DA MÍDIA CONFIRMAM O QUE A LBI JÁ AFIRMAVA
HÁ DOIS ANOS: JATO DE EDUARDO CAMPOS CUJO “ACIDENTE” FATAL (MADE IN CIA) O
LEVOU A MORTE FOI COMPRADO POR “ESQUEMA CRIMINOSO” BURGUÊS
“Esquema criminoso teria comprado Jato que caiu e matou
Eduardo Campos” (G1)... “Avião de Campos leva à caixa 2 de empresas” (Estadão).
Estas manchetes estampadas na mídia de hoje baseadas em informações da PF
confirmam o que a LBI já denunciava há dois anos em uma série de artigos que
analisaram a queda do Cessna Citation no mês de agosto de 2014, provocando a
morte do presidenciável do PSB em condições não esclarecidas até hoje e que
abriu caminho para o lançamento da candidatura de Marina Silva. Como nossa caracterização teve bastante
impacto na vanguarda brasileira acabamos por agrupar a coletânea de textos
analisando todos os ângulos do estranho ocorrido em forma de livro intitulado
“O 'acidente' fatal de Campos e a 'Operação' embuste Marina”, cujo lançamento ocorreu em meio a campanha eleitoral de 2014 na Livraria Antonio Gramsci dirigida pelo saudoso Vito Giannotti, publicação que inclusive já chegou à sua
3ª edição. Na época, já afirmávamos o que a mídia e a "Operação Turbulência"
da PF só descobriu agora: o Cessna foi comprado ilegalmente por um “pool” de
empresários Pernambucanos beneficiados com “generosidades” fiscais do governo
estadual e dado de “presente” para a campanha presidencial de Campos cruzar o
Brasil inteiro. Fomos além! Como não tinha formalmente um dono, o Citation de
Campos era revisado pela própria fabricante Cessna, uma das empresas do
complexo militar ianque, a mesma que afirma até hoje que não é possível
“decifrar” a temporalidade das gravações da caixa preta de sua aeronave. Fica
evidente que o “acidente” foi deliberadamente provocado pela manipulação
técnica incorreta na última revisão da aeronave ao sabor dos interesses
políticos da Casa Branca. A LBI foi a primeira corrente política não só a
anunciar a morte de Campos como a denunciar que a queda do moderno avião não
foi produto de uma falha humana ou mesmo de um problema mecânico ocasional, mas
na verdade de uma operação que teve as digitais da CIA para retirar o
“socialista” da disputa a fim de abrir caminho para que Marina Silva (a
candidata preferencial dos rentistas e do imperialismo ianque naquele momento),
pudesse voltar a concorrer ao Palácio do Planalto. Esta artimanha fatal acabou
forçando um segundo turno disputadíssimo entre PT e PSDB e derivou na
polarização eleitoral e política em que está mergulhado nosso país até hoje. O
mais importante agora é compreender que a morte de Campos foi parte de uma
ofensiva reacionária do imperialismo que neste momento se condensa no
incremento da sanha da direita contra o PT apontando em uma única
direção: entronar no Planalto uma marionete diretamente alinhada com a Casa
Branca, que inclusive rompa futuramente as relações econômicas e comerciais com
os BRIC´s em favor do amo do norte e abra caminho para varrer qualquer vestígio
de influência da “esquerda” na política brasileira ou mesmo traço de soberania
nacional de nosso país. Para resgatar esse processo político que consideramos
ter um claro fio de continuidade, o BLOG da LBI apresenta para nossos leitores e simpatizantes
o artigo publicado no dia 29 de agosto de 2014
que desvenda não só quem eram os reais compradores do Jato como o caráter pró-imperialista da candidatura de Marina Silva que veio a encabeçar a aliança PSB-REDE após a
morte de Eduardo Campos
O EMBUSTE MARINA OU A ESTÓRIA DE UM AVIÃO SEM DONO E UMA
DONA SEM AVIÃO BLOG DA LBI 29/09/2014
A cada dia que passa vai se tornando mais cristalino que a
queda do avião que transportava o ex-governador de Pernambuco e sua equipe de
campanha ao Planalto não se tratou de mais um “acidente aéreo”. A propriedade
do jato Cessna Citation prefixo PR-AFA, ainda não foi esclarecida pelo PSB e
tampouco pelo atual comitê de campanha de Marina Silva, e duvidamos que ainda
venha a ser. Pela legislação vigente no país Eduardo Campos só poderia utilizar
um avião para sua campanha eleitoral se fosse de sua propriedade pessoal ou
mesmo contratar (por transporte, empréstimo ou aluguel) o serviço de uma
empresa especializada no seguimento de locação de aeronaves, caso não se
enquadrasse em uma destas duas modalidades estaria cometendo crime eleitoral. O
comitê de Campos não informou ao TSE a relação jurídica que mantinham com o
jato porque ainda esperavam “regularizar” a situação a tempo do final da
campanha. Na verdade, o Cessna que caiu foi comprado ilegalmente por um “pool”
de empresários Pernambucanos beneficiados com “generosidades” fiscais do
governo estadual e dado de “presente” para a campanha presidencial de Campos
cruzar o Brasil inteiro. Como não tinha formalmente um dono, o Citation de
Campos era revisado pela própria fabricante Cessna, uma das empresas do complexo
militar ianque, a mesma que agora afirma que não é possível “decifrar” a
temporalidade das gravações da caixa preta de sua aeronave. Fica evidente que o
“acidente” foi deliberadamente provocado pela manipulação técnica incorreta na
última revisão da aeronave, ao sabor dos interesses políticos da Casa Branca, e
como diz o ditado popular: “Cão sem dono é mais fácil morrer atropelado”.
Porém, o inusitado deste trágico episódio para a família Arraes (comemorado
efusivamente pela anturragem Marineira) é que a campanha de Campos e Marina
tinha um outro jato de “reserva”, bem mais moderno e luxuoso do que o modelo
Citation. Trata- se do Falcon 2000 Easy, “doado” a Marina pela família Setúbal
(dona do Banco ITAÚ) em 2010 para que finalizasse sua campanha presidencial sem
precisar usar mais o jato Legacy de Guilherme Leal (grupo Natura), então seu
companheiro de chapa. Leal e Marina estavam meio estremecidos politicamente
quando Neca Setúbal assumiu o financiamento da campanha do PV, aportando 20
milhões de Dólares para a compra do Falcon. Nestes últimos anos Marina voou
bastante em seu “falcão de aço” na campanha pela legalização do REDE, mas
quando foi abatida pelo TSE e relegada ao papel de vice no terreno estranho do
PSB optou politicamente por “camuflar” seu caríssimo jatinho deixando para o
finado Campos o ônus da empreitada aérea. Agora a “vestal” Marina não sabe o
que fazer, cobrada para dar explicações sobre o “acidentado” Citation, ficaria
bastante complicado apresentar para o seu eleitorado um novo e luxuoso jato,
ofertado ao REDE por rentistas e banqueiros. Para a maioria da classe
trabalhadora que luta por um transporte público com um mínimo de qualidade deve
parecer um verdadeiro escárnio o surgimento de uma frota aérea tão vasta
pertencente às principais candidaturas burguesas que disputam o botim estatal.
Modernos jatos, aeroportos privados com dinheiro do Estado e bilhões de Reais
em formato de “caixa dois” movimentam o cenário eleitoral desta democracia dos
ricos, onde a “fartura” (à custa do suor povo é claro!) é tão grande que existe
até “avião sem dono e dona sem avião”.
O chamado “tripé” econômico neoliberal tanto defendido por
Marina faz parte de sua verdadeira religião: O Deus mercado. É a esta
“entidade” por quem reza todos os dias e agradece as “dádivas” recebidas. A
conversão da ex-militante comunista em “evangélica” obviamente teve uma base
material muito forte, e para quem não possuía nem automóvel no Acre ganhar um
moderno jato pode até parecer um “milagre”, mas não foi! Trata-se do velho
processo de cooptação política e material de lideranças populares, como um dia
já foi Marina, pelas elites dominantes e corruptas deste país.
As promessas neoliberais de Marina, como “meta de inflação,
câmbio flutuante e superávit primário”, não são propriamente uma novidade no
debate econômico do país, a bem da verdade são parte do programa da atual
equipe palaciana, chefiada pelo neomonetarista Guido Mantega. Mas para uma
figura que se diz “eco-ambientalista” soa meio cômica a defesa da redução dos gastos
estatais (como saneamento básico, habitação popular e saúde) para a “folga de
caixa” destinada para o pagamento dos juros da dívida interna. Como se pode
aferir a “simpatia” da família Setúbal, detentora de grande parte dos títulos
públicos nacionais, por Marina tem bases sólidas que vão bem mais além do que
uma mera afinidade pessoal...
Para a oligarquia Arraes ficará o enorme prejuízo político e
pessoal pela morte de seu maior líder e assim como o assassinato de Tancredo
Neves foi devidamente “abafado” o de Campos seguirá pela mesma senda. Em
Pernambuco tudo caminha para uma derrota do PSB na disputa para manter o
governo do estado, quanto ao próprio futuro do partido ainda é cedo para um
prognóstico, levando em conta a disposição de Marina em se alojar
definitivamente na legenda caso conquiste o Planalto. A Frente Popular emite
claros sinais que está muito próxima de concluir seu primeiro ciclo histórico
(por esgotamento em todos os terrenos da vida nacional) no gerenciamento do
Estado burguês, cabe aos trabalhadores colocarem novamente de pé sua
perspectiva política de poder.