quinta-feira, 26 de julho de 2012


LBI participa da reunião anual da SBPC realizando uma importante campanha de assinaturas do Jornal Luta Operária

Ocorreu entre os dias 22 a 26 de julho a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em São Luís, no Maranhão. A LBI esteve presente na atividade expondo  suas inúmeras publicações, acompanhando os debates políticos e científicos de maior importância. No curso desta SBPC a LBI desenvolveu uma importante campanha de assinaturas de sua principal publicação, o Jornal Luta Operária. O JLO configura-se hoje no cenário da esquerda brasileira como o periódico mais regular (quinzenal) e dinâmico na análise e intervenção dos principais fatos da luta de classes. A recepção do JLO na SBPC surpreendeu até mesmo a equipe de editores que esteve presente no evento, realizando em apenas três dias mais de cem assinaturas anuais da imprensa operária. Ainda que modesto, o êxito da campanha de assinaturas do JLO na SBPC, é produto do reconhecimento da vanguarda militante em nosso país, que mesmo divergindo de nossa linha editorial guarda um profundo respeito pela seriedade do nosso trabalho de propaganda do marxismo revolucionário.

O principal encontro científico da América Latina contou com a participação de 10 mil estudantes e professores de todo o país e aconteceu em meio à greve nacional dos docentes universitários. Várias palestras “alternativas” discutiram o processo de sucateamento da universidade pública pelo governo Dilma e como organizar a resistência aos ataques do MEC as instituições federais de ensino. Durante a reunião, diversas obras clássicas de Marx, Engels, Lênin e Trotsky foram adquiridas pelos participantes da SBPC, com a banca de publicações da LBI constituindo-se em uma importante referência na defesa do socialismo científico como alternativa a barbárie imposta pelo senil modo de produção capitalista ao conjunto da humanidade.

Em meio à completa ausência de obras literárias referenciadas no marxismo na SBPC e da presença quase nula de correntes políticas de “esquerda” atuando de forma organizada, os militantes da LBI intervieram na reunião nacional aproximando uma série de companheiros que tiveram os primeiros contatos com o marxismo e da sua luta teórica e militante por tirar a humanidade do verdadeiro obscurantismo e da crise social que o capitalismo e sua “ciência” impõem ao planeta, tanto no terreno econômico, como político e ideológico. Não por acaso, vários livros sobre a necessidade da defesa de Cuba e sobre a guerra de rapina da OTAN na Líbia foram vendidos justamente como parte desse combate político e teórico contra a ofensiva que o imperialismo mundial leva adiante para dominar novos mercados e destruir qualquer foco de resistência a seus domínios geopolíticos.

Nesse sentido, a ampla repercussão do Jornal Luta Operária, particularmente o artigo intitulado “A descoberta da ‘Partícula de Deus’: a ‘última fronteira da ciência’ a serviço da reação contrarrevolucionária e ideológica do imperialismo”. O debate em torno desse tema vem sendo utilizado pela mídia e pelos cientistas a soldo do capital para desviar o foco daquilo que realmente representa o “Bóson de Higgs”, ou seja, a possibilidade da humanidade existir sem a necessidade de um “princípio” religioso que dê sustentabilidade ideológica e política à permanência do sistema capitalista como imutável e eterno (como Deus!). Como explicaram os militantes da LBI aos companheiros pretigiaram nosso banca na SBPC à resposta a esse debate somente poderá ser dada quando a civilização humana estiver despida dos preconceitos religiosos e da exploração alienante do homem, realidade que será possível com um novo modo de produção oriundo de uma revolução proletária voltado para o desenvolvimento material e intelectual de toda a sociedade e não de alguns poucos burgueses como é a sociedade socialista.

Ao publicitar o marxismo revolucionário na reunião anual da SBPC, os militantes da LBI explanaram a uma série de companheiros que ao fundir dialética com o materialismo, Marx e Engels criaram o materialismo filosófico que concebe a natureza como matéria em movimento a partir da luta constante de forças em conflito. O contato com a luta proletária e com o socialismo levou Marx e Engels a estender esta metodologia da natureza em geral à sociedade humana, descobrindo a lei do desenvolvimento da história do homem. Os homens exigem antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poder praticar a política, ciência, arte, religião. A existência determina a consciência. A concepção materialista da História, base da doutrina marxista, exposta no Manifesto Comunista, é a ciência que permite aos revolucionários comunistas prognosticar, a cada época, as tarefas táticas e estratégicas para potenciar o proletariado organizado em sua luta contra a exploração e a opressão capitalista. Foi justamente no terreno da estratégia proletária que residiu a maior contribuição de Marx, como o próprio assinalou: “Historiadores burgueses já haviam, muito antes de mim, apresentado o desenvolvimento histórico dessa luta de classes e os economistas burgueses, a anatomia econômica das classes. O que fiz de novo foi demonstrar: 1. que a existência das classes está vinculada meramente a determinadas fases históricas de desenvolvimento da produção; 2. que a luta de classes conduz necessariamente à Ditadura do Proletariado; 3. que essa Ditadura mesma constitui apenas a transição rumo à abolição de todas as classes e a uma sociedade sem classes” (Carta a J. Weydemeyer, 05/03/1852).

Contribuições tão caras ao pensamento humano, como a necessidade inexorável da revolução social violenta assim como da ditadura do proletariado para que a sociedade humana avance desta fase para a abolição de todas as classes são os legados de Marx mais abominados pelos revisionistas oportunistas de todos os matizes que se dizem marxistas, desde Bernstein até os pseudotrotskistas de nossos dias, como o PSTU-LIT. A LBI, ao contrário desses revisionistas não se furtou de usar o espaço de debates na SBPC para defender essas teses, publicitando o marxismo revolucionário e apresentando o socialismo científico como uma alternativa à barbárie capitalista!