domingo, 30 de setembro de 2018

DESORIENTAÇÃO DA ESQUERDA REFORMISTA DIANTE DO MOVIMENTO "#ELENÃO": PCO AFIRMA QUE FOI IMPULSIONADO PELA DIREITA PARA PREJUDICAR O PT, PSTU SIMPLESMENTE CLASSIFICA BOLSONARO COMO UM "CANDIDATO MACHISTA" E O PSOL SE DILUI JUNTO COM O PT NA POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO DE CLASSES



Seria até risível, se não fosse trágica a análise das correntes da esquerda acerca do movimento multitudinário que tomou conta do país no último sábado de setembro. O chamado "#EleNão", convocado inicialmente de forma quase espontânea pelas redes sociais, para confrontar a candidatura do fascista Bolsonaro, tomou corpo nacional e hoje às vésperas das eleições é o principal fato político da conjuntura nacional. Quase meio milhão de pessoas saíram às ruas das principais cidades do país, principalmente as mulheres e a juventude, suplantado em mais de cem vezes numericamente os atos de apoio ao fascista que acabara de receber alta hospitalar neste mesmo final de semana. O "#EleNão" catalisou um sentimento de resposta popular de massas a ofensiva direitista de uma candidatura que não só representa o machismo reacionário contra as mulheres, mas incorpora toda uma plataforma de ataque as conquistas históricas da classe trabalhadora de conjunto, potencializando a pauta de ajuste neoliberal iniciada desde o governo Dilma e muito incrementada com o golpe institucional protagonizado pela quadrilha do PMDB de Temer. É bem verdade que a expressiva mobilização "#EleNão" carece de uma perspectiva da classe operária (sendo dirigida por uma coalizão de partidos da Frente Popular) e está completamente embriagada no leito do atual circo eleitoral fraudado. Por este mesma razão exigiria das forças da esquerda revolucionária um escopo programático de intervenção, delimitando nosso campo de classe e apontando o norte político da derrota cabal do fascismo pela única via da ação direta das massas na perspectiva do socialismo. Desgraçadamente está longe de ser esta a vereda construída pela esquerda reformista no curso dramático dos atuais acontecimentos, no meio a uma etapa permeada por um regime de exceção instaurado na sequência do golpe parlamentar, onde a camarilha togada parece ter a última palavra. O PCO poderia ganhar o "título" da corrente mais exótica e oportunista nesta conjuntura, depois de terem se transformado em "lulistas de pura cepa", conseguem praticar as mais delirantes acrobacias políticas, e a última delas foi justamente caracterizar o "#EleNão" como um movimento impulsionado pelo PSDB e a direita para prejudicar a campanha do petista Haddad. Chegam a afirmar que Bolsonaro "não é tão fascista assim", e que seria um mero "espantalho eleitoral" criado para ajudar a derrota do PT no segundo turno. O mais "curioso" desta seita revisionista corrompida é que até agora não declararam apoio formal a Haddad, alegando uma fidelidade absoluta ao ex-presidente Lula, embora tenham lançado candidatos estaduais que nos bastidores estão apoiando não só Haddad mas uma série de "personalidades" petistas, como Dilma e o governador Fernando Pimentel. Porém depois deste sábado "29S" ficará muito difícil convencer alguém com um mínimo de lucidez política que os grandes beneficiários do "#EleNão" foram justamente os partidos da Frente Popular, no caso PT, PDT e PSOL, ameaçando inclusive um segundo turno sem a presença Bolsonaro e Alckmin. Na esteira do oportunismo vem o PSTU, que não chega a ter delírios como o PCO, mas nem por isso é isento do mesmo "vírus" político. Para os Morenistas não existe nenhuma ofensiva neoliberal fascista no país e tampouco no mundo, só enxergam "revoluções" onde na realidade campeou a barbárie imperialista, como na Líbia. Por isso o PSTU se integrou ao "#EleNão" com sua tradicional plataforma sindicalista, acusando Bolsonaro simplesmente de "machista e misógino", propondo uma "rebelião" no sentido mais rebaixado deste termo, ou seja, sem relação alguma com uma ruptura revolucionária que conduza a destruição violenta do Estado burguês. O PSOL não poderia sair do seu clássico cardápio Social Democrata e foi com toda sua militância e grupos satélites (internos e externos) defender no "29S" uma política de conciliação de todas as classes sociais, policlassista, para derrotar Bolsonaro nas urnas...fazem o papel de força política auxiliar do PT e já se preparam para festejar uma provável vitória de Fernando Haddad. Os Marxistas Leninistas da LBI vem de há muito tempo combatendo a ofensiva reacionária imperialista mundial, identificando o fenômeno contemporâneo do neofascismo como um produto direto da crise estrutural do capitalismo, fundindo os ingredientes mais ácidos da xenofobia e do neoliberalismo econômico. Não disseminamos ilusões de que o nazifascismo poderá ser sepultado combatendo limitadamente no terreno institucional e alertamos a classe trabalhadora e sua vanguarda que somente o triunfo da revolução socialista poderá deter a barbárie que ameaça o conjunto da humanidade.

sábado, 29 de setembro de 2018

NAS MANIFESTAÇÕES MULTITUDINÁRIAS QUE CORTARAM O PAÍS CONTRA A OFENSIVA FASCISTA, ESTEVE AUSENTE UMA POLÍTICA REVOLUCIONÁRIA CONTRA A CONCILIAÇÃO DE CLASSES: LBI MARCHOU INDEPENDENTE DENUNCIANDO O CIRCO ELEITORAL!

O Brasil foi sacudido hoje por manifestações multitudinárias contra o fascista Bolsonaro, com o eixo “#elenão”. O justo ódio popular contra o representante da extrema-direita entretanto foi capitalizado para uma política de conciliação de classes que concretamente significou em um chamado a todas as candidaturas burguesas, do PT ao PSDB, passado por Ciro e Marina, a se unirem contra “ele”. Longe de uma frente de luta contra o fascismo vimos nesse dia 29 de setembro a formação de uma frente burguesa entre as candidaturas da esquerda e do centro, com PT e PSOL no comando dessa orientação de pacto com os representantes do capital. 


Nos atos massivos, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, essa política foi levada a cabo de forma cristalina, inclusive abrindo-se o palanque para as falas de representantes da direita como Kátia Abreu e mesmo Marina Silva. Esse fato demonstra que essa política da Frente Popular é um bloqueio a luta direta dos trabalhadores contra o fascismo. Trata-se de uma prévia do que pode ser o governo de Haddad (PT), que chamou até o PSDB para fazer uma gestão de “união nacional” para levar adiante o ajuste neoliberal.


A LBI interveio nessas manifestações com um eixo político distinto, denunciando todas as candidaturas burguesas e em especial a política do PT e do PSOL que bloqueia o enfrentamento da classe operária com os fascistas (Bolsonaro) e seus aliados (Alckmin, Ciro, Marina, Dias, Meireles, Daciolo). Nossas colunas militantes distribuíram centenas de panfletos e jornais com o eixo “Saída para crise não é Eleição nem Conciliação! Nosso combate é pela Revolução!”, que também estava inscrito em nossa faixa.

Coluna da LBI em defesa de uma política revolucionária 
em oposição a colaboração de classes!
É preciso registrar que outros agrupamentos políticos que se declaram contrários a essa política de colaboração de classes ficaram completamente acovardados diante da pressão da frente popular. O MRT, por exemplo, em momento algum denunciou diretamente o PT e o PSOL como responsáveis por essa política de sabotagem da luta direta, apenas limitando-se a declarar diplomaticamente que “Não vamos marchar com golpistas e a direita latifundiária”. Por sua vez, o PSTU teve como centro a política distracionista de “#Elenão! Contra Bolsonaro, o machismo e a exploração! Vamos fazer a Rebelião!”, ou seja, nem sequer nominou os demais candidatos burgueses e, muito menos, denunciou a política de Haddad (PT) que através destas manifestações policlassistas visa construir a base para um governo futuro governo de centro para gerenciar os negócios da burguesia em nosso país. O balanço que os Marxistas Revolucionários fazem desse “29-S” é que apesar das manifestações multitudinárias que cortaram o país, esteve ausente uma política revolucionária contra a conciliação de classes. Dentro de suas modestas forças a LBI marchou independente denunciando o circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos, convocando a vanguarda classista a levarem adiante um boicote ativo a esta farsa do apodrecido regime burguês!

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

DATAFOLHA SEGUE CARTEL DOS INSTITUTOS E "DECRETA": HADDAD NO SEGUNDO TURNO E MORTE POLÍTICA DO TUCANO ALCKMIN, O EX-QUERIDINHO DA BURGUESIA...


O DATAFOLHA, outro pseudo "instituto" controlado pelos barões da mídia corporativa, seguiu à risca a orientação da famiglia Marinho equiparando seus resultados as últimas pesquisas do IBOPE. Há uma semana das eleições gerais, a possibilidade é remota de uma brusca reviravolta dos percentuais dos quatro principais candidatos à presidência (Bolsonaro, Haddad, Ciro e Alckmin), seguindo esta dinâmica podemos abstrair dois elementos fundamentais: o primeiro é que o segundo turno está praticamente definido entre o fascista Bolsonaro e o petista neoliberal Haddad, faltando ainda a definição de qual dos deles largará em primeiro lugar para a disputa final ao Planalto. O segundo elemento político central revelado pelas pesquisas é o da eliminação precoce do candidato tucano, Geraldo Alckmin, o ex-queridinho da burguesia e do imperialismo para triunfar em outubro sobre os possíveis escombros do PT. Este cenário não se configurou pelo fato da candidatura de Ciro Gomes ter ocupado todo o espectro do "centro" político do país e a sua direita o capitão neofascista ter hegemonizado o imenso corredor direitista que varre o Brasil desde o completo fiasco do segundo mandato de Dilma Rousseff. Pela primeira vez desde o impeachment de Collor, o PSDB não enfrenta um adversário forte a sua direita, mesmos os tucanos após a "era FHC", derrotados consecutivamente em quatro eleições presidenciais (Serra(2), Alckmin e Aécio Neves), nunca tiveram qualquer preocupação em demarcar espaço com um competidor que se apresentasse como o " anti-PT". Mas agora a situação eleitoral e política é bastante distinta, se Alckmin soube "furtar" de Ciro para a coligação tucana o arco de partidos reacionários chamado de "Centrão", o mesmo não ocorreu em relação ao próprio eleitorado de direita, que seguiu firme com Bolsonaro na perspectiva de uma alternativa mais dura para defenestrar o PT. O "caldo de cultura" do ódio de classe ao PT, identificado distorcidamente pela elite dominante como um partido que ainda carrega traços operários, disseminado fartamente em vários segmentos sociais, catapultou a escalada fascista de Bolsonaro, mas contraditoriamente também reforçou a defesa militante do PT diante da brutal ofensiva midiática contra suas principais lideranças. Neste cenário extremamente polarizado, o partido do eterno "em cima do muro" e do "príncipe da sociologia", não pode sobreviver por muito tempo, ameaçado até de perder sua "cidadela" histórica, o governo de São Paulo. Os tucanos, em guerra fratricida interna, marcham aceleradamente para um retumbante desastre eleitoral, o que obrigará os estrategistas da Casa Branca a moverem rapidamente suas fichas em outro escaninho da mesa do jogo político.
LEIA A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 329, SETEMBRO/2018


EDITORIAL
Saída para crise não é Eleição nem Conciliação! Nosso combate é pela Revolução!

“#ELENÃO”, O FASCISTA BOLSONARO!
Lutar também contra eles... os candidatos da burguesia: Alckmin, Ciro, Marina, Meireles, Amoêdo, Daciolo, Dias e Haddad! No “29-S”, marchar com as mulheres trabalhadoras pela independência de classe, contra a conciliação e no combate sem trégua a ofensiva neoliberal fascista!

O PT É O GRANDE AVALISTA DO CIRCO ELEITORAL FRAUDADO
Haddad sinaliza para o “Deus Mercado” um governo de centro-esquerda burguês até com o PSDB, comprometido com o ajuste neoliberal dos rentistas

FAMIGLIA MARINHO E SUA "FILIAL" IBOPE BATEM O MARTELO
Haddad na frente e a segunda vaga em disputa, Bolsonaro, Ciro ou Alckmin

LULA É FORÇADO A ACIONAR O “PLANO B” DA FRENTE POPULAR
PT oficializa o moderado Haddad como uma confiável opção eleitoral de “centro” da burguesia para enfrentar o neofascista Bolsonaro no 2º turno

A FARSA DO FALSO "ESQUERDISMO" DO PCO ACERCA DO "#ELENÃO"
Uma cortina de fumaça para encobrir sua rendição a política de colaboração de classes do PT

RUI PIMENTA E A PEQUENA DURAÇÃO DO SEU "TEATRO" DA "ELEIÇÃO SEM LULA É FRAUDE"
PCO já sinaliza que votará em Haddad no segundo turno...

“ELEIÇÕES SEM LULA É FRAUDE”?
PCO proclama que “Haddad é submissão ao golpe”... porém seus candidatos fisiológicos nos estados legitimam a farsa da democracia burguesa, assumindo o vergonhoso papel de laranjas do PT e de seus aliados golpistas

VERA É "PREMIADA" PELOS FRAUDADORES PROFISSIONAIS DAS ELEIÇÕES
Ibope e Datafolha colocam candidata do PSTU a frente de Boulos do Psol, será uma "generosidade" dos institutos de pesquisa por ter apoiado o golpe contra o PT?
  
PSOL
Um “guarda chuva” oportunista que serviu de abrigo até para fascistas como Daciolo e agora tornou-se “puxadinho do PT” com Boulos

PF PEDE MAIS TEMPO PARA “INVESTIGAR” ATENTADO CONTRA BOLSONARO
Está em curso uma armação contra o PT ou uma manobra para fragilizar a candidatura do neofascista?

EM NOME DA DEMOCRACIA
A esquerda reformista presta solidariedade com o fascista Bolsonaro

ATENTADO TERRORISTA DA EXTREMA DIREITA CONTRA A NEODIREITA
Nenhuma solidariedade com o fascista Bolsonaro. Organizar os comitês de autodefesa do movimento operário e popular para barrar as provocações da reação e também da democracia dos ricos!

LBI INTERVÉM NO “GRITO DOS EXCLUÍDOS” EM SP
Combate militante contra as duas variantes do eleitoralismo (PT e PSOL) e defesa da revolução proletária como alternativa à política de colaboração de classes

7 DE SETEMBRO – 24º GRITO DOS EXCLUÍDOS
Para acabar com a desigualdade social e a violência contra os trabalhadores, a saída não é nem eleição, nem conciliação! A verdadeira independência nacional será conquistada com a luta direta pela Revolução proletária e o Socialismo!

INCÊNDIO DO MUSEU NACIONAL
Dos governos do PT ao golpista Temer (MDB) ... passando pela reitoria da UFRJ (PSOL), todos gerentes da crise capitalista responsáveis por transformar em cinzas uma parte fundamental da memória histórica brasileira

17 DE SETEMBRO DE 1971
Tomba o capitão revolucionário Carlos Lamarca cercado pelos facínoras assassinos... Nossa melhor homenagem a esse herói da luta do povo brasileiro contra a ditadura militar é manter vigoroso o combate ao capitalismo enfrentando a farsa da democracia dos ricos!

26 ANOS DO “FORA COLLOR”
Impeachment do falso “caçador de marajás” abre caminho para um governo de “união nacional” que inicia a era neoliberal das grandes privatizações

HÁ 80 ANOS DE FUNDAÇÃO DA IV INTERNACIONAL
Uma história de princípios e fragmentação revisionista

"IV INTERNACIONAL: TROTSKISMOS, GALHOS DISPERSOS DE UMA MESMA ÁRVORE"
Nossa árvore não pode ser a mesma de quem apoiou a contrarrevolução na URSS e a destruição da Líbia, chamadas cretinamente de "revoluções democráticas". Uma polêmica vigente com a social democracia de esquerda

SETEMBRO DE 1949 PROCLAMADA A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
Da revolução para atual transição ordenada para economia de mercado pelas mãos da burocracia restauracionista

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

CAMPANHA PELO BOICOTE AO CIRCO ELEITORAL GANHA APOIO DOS OPERÁRIOS DO SANEAMENTO DE FORTALEZA


A campanha pelo boicote ao circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos vem sendo desenvolvida pela LBI nas bases sindicais onde sua militância atua. Hoje, a denúncia da farsa eleitoral ganhou apoio dos operários do saneamento de Fortaleza, um setor do proletariado brutalmente explorado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) e pelos patrões das empresas terceirizadas que ganham literalmente “tubos” de dinheiro dos cofres públicos em uma atividade vital para a população trabalhadora: a distribuição de água potável e a manutenção da rede de esgoto. Em uma iniciativa conjunta da Oposição Unidade da Luta dos Urbanitários do Ceará, dirigida pelo companheiro Antônio Luiz Oliveira e a Oposição de Luta dos Professores, coordenada pelo camarada Antônio Sombra Neto, foram realizados piquetes juntos aos operários, com a distribuição de panfletos e falações em defesa da luta direta e revolucionária dos trabalhadores contra o engodo das eleições burguesas.  A denúncia feita pela LBI ganhou ampla apoio dos operários que concordaram integralmente com nossa palavra de ordem “Saída para crise não é Eleição nem Conciliação! Nosso combate é pela Revolução!”. A luta contra a privatização da água e da educação foi discutida em vários locais de trabalho e vários trabalhadores levaram materiais da campanha pelo boicote para distribuir nos bairros operários da periferia de Fortaleza. Nem Haddad, nem Ciro e nenhum dos outros candidatos levanta uma plataforma política de anulação da reforma trabalhista promovida pelo governo golpista de Michel Temer. Nenhum pretende barrar a reforma previdenciária tão pretendida pelos patrões. Nenhum fala em abolir a propriedade privada da burguesia e acabar definitivamente com as desigualdades sociais. Nenhum se propõe a reestatizar as empresas privatizadas ou rever as privatizações que estão em curso. O próprio governador Camilo Santana (PT) está apenas aguardando sua reeleição para retomar o processo de privatização da CAGECE, em parceria com o governo Temer e com recursos públicos financiados pelo BNDES. Nessa conjuntura política, a classe trabalhadora se encontra completamente desarmada de um programa que lhe dê independência política e ideológica, tornando-se alvo fácil de ser seduzido pelos demagogos, pilantras e lacaios da burguesia, entre os quais estão seus próprios dirigentes sindicais. Nas eleições deste ano, a direção do Sindiágua está majoritariamente dividida entre Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), mas há quem diga que entre a numerosa diretoria do sindicato existem até simpatizantes do neonazista Jair Bolsonaro. Nós, trabalhadores não devemos depositar nenhuma ilusão neste circo eleitoral da burguesia. Ele só serve para legitimar os carrascos que, nos próximos quatro anos, irão jogar nas nossas costas o ônus da crise do sistema capitalista, como o arrocho salarial, a retirada de direitos, o desemprego e a carestia em geral, enquanto dão lucros exorbitantes aos patrões e enriquecem com seus altos salários e propinas. Devemos, sim, nos organizar para enfrentar esses ataques e para isso é necessário ter independência política, forjar novas lideranças, ter consciência de que nenhuma mudança significativa para a classe trabalhadora pode ser alcançada sob o capitalismo, nenhuma eleição burguesa dará poder de decisão aos trabalhadores e que somente uma revolução proletária, que arranque o poder econômico e político das mãos da burguesia, pode abrir o caminho para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa, sem desigualdades e sem exploração, uma sociedade socialista.
PETROBRAS É CONDENADA A "DOAR" 1 BILHÃO DE DÓLARES AOS CHACAIS IANKES, PORÉM AGENDA NEOLIBERAL NÃO COMEÇOU COM O GOLPISTA TEMER: ARTIGO DO BLOG DA LBI PUBLICADO EM 2015 DENUNCIAVA A SUBMISSÃO DO GOVERNO DILMA (PT) AOS CARTÉIS IMPERIALISTAS



ALTA NO PREÇO DA GASOLINA E DIESEL: DILMA MANDA "DESMONTAR" AS REFINARIAS DO PAÍS PARA IMPORTAR DERIVADOS DOS EUA QUEBRANDO PETROBRAS COM A DISPARADA DO DÓLAR...
(Artigo da LBI publicado em setembro de 2015)

O governo "nacional e democrático" da presidenta Dilma acaba de anunciar um novo aumento dos preços da gasolina e diesel. Na distribuição dos derivados no mercado do atacado, as refinarias da Petrobras elevarão o valor em 6% e 4% respectivamente. O aumento na ponta final do consumo, ou seja, na bomba do posto, pode chegar em média a 10% para a gasolina e 5% para o diesel. Enquanto os preços internacionais do barril de petróleo caem vertiginosamente (hoje bem menos de 50 Dólares) e a Petrobras aumenta (apesar da Lava Jato) sua extração em alto mar de óleo cru, o governo decreta um aumento de combustíveis que deverá colocar ainda mais "gasolina no incendo inflacionário" da economia nacional. Alguns tolos sinceros e outros falsos ingênuos perguntarão como é possível que os preços dos combustíveis despenquem no mundo todo e no Brasil já sofram o segundo aumento em menos de dois anos. A resposta é bem simples, o país é um grande importador de derivados refinados de petróleo e gás, apesar de ser também um grande produtor mundial de óleo cru e literalmente queimar o gás natural que emana de seus poços marítimos. O resultado da "equação da gasolina e diesel" é amplamente desfavorável para nós, o déficit da chamada "conta petróleo" fechou o ano de 2014 com um rombo de 19,9 bilhões de Dólares, cerca de 80 bilhões de Reais pela cotação cambial de hoje, bem superior aos 60 bilhões de Reais de cortes sociais no orçamento deste ano. Com a vertiginosa subida do Dólar, que ameaça alcançar a casa dos 5 para 1, o déficit da "conta petróleo" poderá chegar a marca de 30 bilhões de Dólares e isto apesar das reduções das importações feitas pela Petrobras em 2015 em virtude da recessão econômica vigente. O saldo negativo da "conta petróleo" também incide diretamente no déficit da balança comercial brasileira (cerca de quatro bilhões de Dólares em 2014) gravemente avolumado pela queda nas exportações e cotações das comodities agrominerais. Porém o governo petista ("nacional e democrático") caminha no sentido inverso das necessidades da economia do país, mandou desmontar as novas refinarias da Petrobras, ainda em fase de construção, e nas parcas e sucateadas existentes ordenou a redução da produção de derivados. Tudo para forçar que a Petrobras importasse os combustíveis diretamente das refinarias ianques, sob controle dos trustes imperialistas, como ChevronTexaco, ExxonMobil etc... Acontece que a vertiginosa escalada do Dólar em 2015 acabou por deteriorar as contas da Petrobras, que exporta um barril de petróleo barato para depois comprar os derivados com alto valor agregado. Enquanto faz propaganda do "pré sal como uma reserva nacional" a ser defendida contra "as investidas privatistas do PSDB", a "esquerda chapa branca" silencia criminosamente a política do governo Dilma em quebrar a Petrobras, trazendo milhares de demissões para os operários das plantas das refinarias paradas. É verdade que a quadrilha tucana quer entregar o petróleo do país para os oligopólios transnacionais, mas Dilma faz o "outro papel": Asfixiar com a alta do Dólar a Petrobras e sucatear sua produção industrial de combustíveis refinados. O resultado desta "operação" de sabotagem será cada vez mais a venda de ativos da maior estatal do país para poder equilibrar seu fluxo de caixa. Somado ao "carnaval" midiático promovido pela Lava Jato, que já inviabilizou uma série de negócios da empresa, como a fabricação dos navios sondas (plataformas), o horizonte da Petrobras aponta para uma situação falimentar, caso não seja revertida esta política antinacional do governo Dilma. A forte alta dos combustíveis deverá gerar mais recessão e inflação, incluindo o aumento nas tarifas de transporte público, mas nada que desagrade a equipe econômica palaciana que terá um "bom motivo" para novamente subir a taxa de juros com o pretexto do "controle da inflação". Rentistas atuam articulados com Levy no desmonte da Petrobras, enquanto fazem a farra com o dinheiro do Estado nos "swaps cambiais", efeito a elevação da cotação do Dólar. Mas parece que a vestal e austera presidenta está muito preocupada com o aumento dos gastos públicos e já mandou até acabar com o projeto das "Farmácias do Povo" que subsidiava remédios essenciais para a população mais carente. São apenas detalhes insignificantes o importante mesmo é apoiar o governo e "lutar contra a direita golpista"... Porque com o PSDB seria pior...

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

“#ELENÃO”, O FASCISTA BOLSONARO! LUTAR TAMBÉM CONTRA ELES... OS CANDIDATOS DA BURGUESIA: ALCKMIN, CIRO, MARINA, MEIRELES, AMOÊDO, DACIOLO, DIAS E HADDAD!

NO “29-S”, MARCHAR COM AS MULHERES TRABALHADORAS PELA INDEPENDÊNCIA DE CLASSE, CONTRA A CONCILIAÇÃO E NO COMBATE SEM TRÉGUA A OFENSIVA NEOLIBERAL FASCISTA!

Neste 29 de Setembro todos os lutadores e lutadoras sociais devem marchar nas ruas em repúdio ativo ao nefascista Bolsonaro. “Ele” representa a extrema-direita em nosso país, as forças da reação burguesa que desejam espoliar os trabalhadores a ponta de baioneta. Devemos ter claro que o fascismo não será derrotado política e socialmente pela via das eleições burguesas, mas sim através da luta direta e revolucionária do proletariado, com seus métodos de ação classista (comitês de autodefesa, armamento popular, Greve Geral). O justo ódio contra Bolsonaro não pode encobrir ou secundarizar nosso combate de classe as demais candidaturas da classe dominante que se apresentam no circo eleitoral da democracia dos ricos. Todos “eles” (Alckmin, Ciro, Marina, Meireles, Daciolo, Amoêdo, Álvaro Dias e Haddad) desejam, como o neofascista, assumir o posto de gerente dos negócios da burguesia na Presidência da República para levar adiante o ajuste neoliberal exigido pelo imperialismo. Apesar da campanha “#EleNão” ter sido impulsionada inicialmente pelo PT e suas colaterais sindicais e políticas (a partir do movimento de mulheres), esse eixo político policlassista foi adotado às vésperas do “29-S” por figuras sinistras da direita como o tucano Alckmin e sua vice arquireacionária Ana Amélia (PP). A Rede Globo da Famiglia Marinho também liberou seus artistas “globais” para entrarem na campanha. O Tucano deseja ocupar o lugar de Bolsonaro na disputa com Haddad no 2º turno, onde PT e PSDB pretendem “duelar” quem será o mais serviçal representante do “Deus Mercado” a frente do Palácio do Planalto. Por essa razão, os revolucionários declaram em alto e bom som neste 29-S: “Eles Não”! Lutemos contra todos os candidatos da burguesia, o movimento das mulheres que ganhou força não pode aceitar acordos podres com a burguesia em nome de estabilizar o regime político, as mulheres trabalhadores devem se opor a todo tipo de conciliação, lutar contra a diluição do caráter de classe de sua luta contra o capitalismo!
A FARSA DO FALSO "ESQUERDISMO" DO PCO ACERCA DO "#ELENÃO": UMA CORTINA DE FUMAÇA PARA ENCOBRIR SUA RENDIÇÃO A POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO PT 


Desde que se deixou corromper materialmente pelo peso estatal da Frente Popular, o PCO vem criando um cenário politicamente imaginário, onde o PT e Lula seriam os principais protagonistas da "luta revolucionária" contra a ofensiva neoliberal que se catalisou drasticamente com o golpe institucional sofrido pelo governo Dilma Rousseff. Segundo o PCO, da noite para o dia, os governos centrais do PT passaram de "representantes dos banqueiros e do FMI" para "a expressão da luta popular contra o golpe". É neste mundo visionário de ilusões que para o PCO, Lula teria se transformado de um "burocrata traidor " a uma "liderança popular" que deve ser seguida incondicionalmente, onde chegam até a acusar a maioria dos dirigentes petistas de "infidelidade" com o ex-presidente, tal a devoção que agora prestam a Lula. Como "lulistas de puro sangue" o PCO tem seguidamente encoberto a política de colaboração de classes do PT e seus governos, suas alianças com setores mais reacionários das classes dominantes e fundamentalmente a plataforma neoliberal adotada que escancarou as portas para o golpe da direita contra sua própria gerência estatal. Nestas eleições, onde "juraram" que só apoiariam Lula e nenhum outro candidato a presidente indicado pelo PT, se meteram em um beco sem saída. Como Lula foi impedido de disputar a corrida pelo Planalto, por uma imposição autocrática do novo establishment que hoje controla o regime político de conjunto, ele mesmo apontou seu substituto nas eleições: Haddad tem o perfil político perfeito do "neoliberal de esquerda" que poderia ser "digerido" pelo atual regime de exceção. Como passaram o ano todo repetindo que "eleição sem Lula é fraude" (um bordão criado pelo próprio PT), o PCO agora se sente "constrangido" em apoiar Haddad, apesar de estar metido até a medula nestas mesmas eleições fraudulentas, com uma série de candidatos inexpressivos e "colhidos no pomar" da Frente Popular. Então para barganhar um apoio indireto a Haddad, já que grande parte dos seus "militantes" estão engajados na campanha presidencial do ex-prefeito de São Paulo, o PCO resolveu atirar a esmo em supostos "adversários" de esquerda e de direita do PT, com o foco principal no PSOL e no segundo plano no PSDB de Alckmin. Em seu diário virtual na internet o PCO classificou o movimento "#ELE NÃO" como uma criação política de tucanos e do PSOL para tirar Haddad do segundo turno, já que não consideram o ultrarreacionário Bolsonaro como uma ameaça real e tampouco fascista. Nesta ficção criada pelo PCO, o PT não seria o principal impulsionador do "#ELE NÃO", escandalosamente também omitem o apelo feito pelo próprio Lula a formação de uma nova frente de conciliação de classes, onde caberiam Ciro Gomes, os tucanos e uma grande leva de golpistas da antiga "base aliada". Se é verdade que Alckmin também quer surfar no "29S", é cômico tentar "tapar o sol com a peneira" desconhecendo que foram as lideranças sociais do PT que pariram o "#ELE NÃO" com a concepção de um movimento de mulheres policlassista e com um tênue conteúdo de combate somente eleitoral a ofensiva fascista, personificada na candidatura do "Bolsonazi". Mas como o PCO desconhece historicamente a ofensiva reacionária mundial, na medida que saudaram a derrubada da antiga URSS como um "fenômeno revolucionário", apoiaram a queda do regime nacionalista da Líbia pelas mãos da OTAN com a justificativa que "Kadafi era um ditador", nada mais justo do desconsiderar o perigo da escalada fascista hoje no Brasil. Neste ponto o PCO e PSTU convergem na mesma posição, apesar de estarem em pólos antagônicos no espectro da esquerda: a eleição de Bolsonaro não interessaria a burguesia, já que seria um "governo fraco" e portanto mais fácil de ser combatido pelas massas... É onde o falso esquerdismo se encontra com o ultra oportunismo e nos faz lembrar o "Terceiro Período" da III Internacional stalinizada. "Os dias em que os estrategistas da I. C. proclamaram que a vitória de Hitler era apenas um passo em direção à vitória de Thaelmann (dirigente do Partido Comunista Alemão) estão bem distantes.", nos lembrava Trotsky no Programa de Transição, agora o "teórico" Rui Pimenta quer nos convencer que o círculo fascista de Bolsonaro não representa ameaça alguma ao movimento operário, segundo o PCO é "apenas um espantalho". Porém os Marxistas sabem muito bem que o terreno de combate frontal ao fascismo não se dá no campo eleitoral e muito menos com a política policlassista da Frente Popular, seja no movimento de mulheres ou na luta do proletariado. Não podemos nos esquecer que o stalinismo após sua fase "esquerdista" de omissão criminosa do combate ao fascismo, foi quem formulou a "teoria" da colaboração de classes da Frente Popular, tendo como porta voz George Dimitrov um dos dirigentes da Internacional Comunista. Por estas razões não avalizamos o programa sem nenhum conteúdo classista posto para o "#ELE NÃO", impulsionado pelo PT, porém marcharemos separados e golpearemos juntos na proporção de debilitar a ofensiva fascista, não somente na trincheira eleitoral mas sim na perspectiva da revolução socialista!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

26 ANOS DO “FORA COLLOR”: IMPEACHMENT DO FALSO “CAÇADOR DE MARAJÁS” ABRE CAMINHO PARA UM GOVERNO DE “UNIÃO NACIONAL” QUE INICIA A ERA NEOLIBERAL DAS GRANDES PRIVATIZAÇÕES


No final do mês de setembro de 1992, há exatos 26 anos, o Congresso Nacional votava o relatório da CPI do “PC Farias” que encaminhava a perda do mandato do então presidente da república Fernando Collor de Melo por crime de responsabilidade, era o início do fim para o alagoano conhecido como o “caçador de marajás”. A “histórica” sessão do Congresso, presidida pelo deputado gaúcho Ibsen Pinheiro (pouco tempo depois o próprio parlamentar peemedebista foi cassado pelos seus pares) teve um resultado acachapante a favor do “impeachment”, 441 votos sim e somente 38 contra, pela primeira vez a burguesia brasileira descartava um presidente eleito, pela via institucional, sem recorrer aos tradicionais golpes de estado comandados por milicos treinados pela CIA. As acusações que pesavam contra Collor foram concentradas contra seu tesoureiro de campanha, o lendário “PC Farias”, por ter recebido de “propina” de corrupção um automóvel Fiat Elba, uma verdadeira piada da vida real, chancelada como verídica por todos seus ex-apoiadores, como seu próprio irmão (Pedro) e a poderosa organização mafiosa Globo. Fiel politicamente até o fim ao amigo Collor somente o falecido ACM, que com uma fração de seu partido, o PFL, lhe brindou os 38 votos contrários a sua cassação. Mas, o “inferno astral” do primeiro presidente eleito após o fim do regime militar, começou mesmo no mesmo dia que assumiu o governo, em março de 1990, com um decreto de congelamento da poupança popular, Collor iniciava uma sinuosa trajetória de “rupturas” que poucos anos depois acabaram por deflagrar o movimento dos “Cara Pintadas”, considerado pelos revisionistas da LIT, como a “segunda revolução democrática no país” (a primeira teria sido a campanha das “Diretas Já”), na verdade mais uma manobra política das classes dominantes que granjeia o apoio das massas. Para compreender as razões da queda de Collor, de um ângulo marxista, será necessário retroceder um pouco mais na história e voltar ao final dos anos 80, precisamente no processo de esgotamento da chamada “Nova República” do biônico Sarney.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

FAMIGLIA MARINHO E SUA "FILIAL" IBOPE BATEM O MARTELO: HADDAD NA FRENTE E A SEGUNDA VAGA EM DISPUTA, BOLSONARO, CIRO OU ALCKMIN


A pesquisa do IBOPE encomendada pela Rede Globo (verdadeira proprietária do "instituto"), indicou toda uma orientação política da burguesia nacional e do imperialismo nestas eleições presidenciais. Os números divulgados apontam para vitória de Haddad (43%) sobre Bolsonaro (37%) no 2º turno. Esse quadro eleitoral montado pela Famiglia Marinho é um sinal evidente que a classe dominante “bateu o martelo”: coloca o candidato do PT na dianteira do circo eleitoral da democracia dos ricos, sendo a outra vaga disputada entre Bolsonaro, Ciro ou Alckmin. Tanto que Haddad aparece vencendo Bolsonaro no 2º turno, ao mesmo tempo em que o neofascista é derrotado também por todos os outros candidatos a exceção de Marina Silva. A campanha “Ele Não” impulsionada pelo PT teve forte efeito na classe média e agora quem pode ver a possibilidade de ser rifado pela burguesia na corrida presidencial é o próprio Bolsonaro, com Ciro (11%) e Alckmin (8%) mantendo-se firmes na disputa para ser o representante da centro-direita. Esse cenário criado pela grande mídia e seus institutos de pesquisa revela que a manipulação da vontade popular em curso tem como objetivo garantir uma vaga para a Frente Popular depois que Haddad se comprometeu com o ajuste neoliberal e declarou que desejava até o PSDB em seu governo. O imperialismo e o grande capital trabalham seriamente com a possibilidade de Haddad ser o seu candidato preferencial (o ex-prefeito de São Paulo foi assessor do Banco UNIBANCO). Por outro lado, demonstra que a opção mais segura desta mesma burguesia para disputar com o PT o posto de gerente de seus negócios será o PSDB ou mesmo o PDT, como já tínhamos alertado. A fragilidade de Bolsonaro não garante a estabilidade que o grande capital necessita para levar seu plano de guerra contra os trabalhadores em meio a uma grave crise econômica. Com a clara opção da burguesia em catapultar a campanha de Haddad, os apoiadores da Frente Popular fazem todo malabarismo político para encobrir o acordo interburguês em curso. O PCO chega a afirmar que Bolsonaro talvez seja fascista e não representa ameaça e que a campanha “Ele Não” é impulsionada pelo PSDB, um delírio completo pois o principal protagonista da campanha pequeno-burguesa é o PT e suas colaterais sindicais e políticas. No artigo “#elenão é Alckmin sim” a seita de Rui Pimenta declara “É necessário alertar que Bolsonaro é o espantalho da eleição e que o plano A da burguesia golpista nas eleições é o PSDB de Geraldo Alckmin, fazer campanha contra Bolsonaro sem explicar que o PSDB, na prática tem mais recursos para atacar a população brasileira, é entrar na campanha da direita, que está tentando unificar os candidatos golpistas em torno de Alckmin a fim de levá-lo para o 2° turno das eleições e depois forçar a esquerda a apresentar o voto útil no também direitista Geraldo Alckmin”. O corrupto PCO afirma literalmente que Bolsonaro é supostamente fascista mas Alckmin é o genuíno fascista, só esquece de dizer que é Haddad quem acena para o “Picolé de Xuxu” no segundo turno, inclusive convocando um governo de “união nacional” com o PSDB para derrotar Bolsonaro e estabilizar o regime político burguês em nosso país. Como Marxistas Revolucionários declaramos que a Frente Popular sempre se apresentou como uma servil gerente dos negócios da burguesia, seja com Lula, Dilma e agora apresenta Haddad para assumir esse posto. Não vemos qualquer surpresa que ele seja “ungido” para essa tarefa, mas tudo ainda deve ser decidido no 2º turno pelos barões do capital, que não descartaram os nomes de Bolsonaro, Ciro e Alckmin. Convocamos a vanguarda classista a enfrentar a pressão do “voto útil” na Frente Popular apostando na campanha de denúncia do circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos, não escolhendo qual “feitor” vai fazer a vontade do “senhor” na escravização do povo trabalhador nas correntes do sistema capitalista!

domingo, 23 de setembro de 2018

SETEMBRO DE 1949 PROCLAMADA A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: DA REVOLUÇÃO PARA ATUAL TRANSIÇÃO ORDENADA PARA ECONOMIA DE MERCADO PELAS MÃOS DA BUROCRACIA RESTAURACIONISTA


A China é um ex-Estado Operário burocratizado que transita ordenadamente ao capitalismo e vem se convertendo em uma poderosa semicolônia, porque as bases econômicas do desenvolvimento chinês se apoiam em relações de produção capitalistas onde a burocracia restauracionista cada vez mais assume o papel de sócia subordinada e dependente do capital financeiro internacional. Na medida em que na China está em curso um processo de acumulação primitiva de capital para forjar a nova burguesia, a Casa Branca e o imperialismo europeu buscam incentivar no curso dessa transição divisões políticas que lhes favoreçam. Historicamente, o imperialismo tem recorrido a vários meios políticos e militares para impor seu controle nos países que consideram adversários ou desejam fragilizar. As manifestações pela “autonomia total” de Hong Kong, pela independência no Tibet para “recriar” uma classe dominante baseada na dinastia lamaísta e as tentativas de patrocinar, desde o governo Clinton, o separatismo islâmico e muçulmano em algumas províncias chinesas via patrocínio da CIA às atividades da Al Qaeda na região são parte dessa estratégia que até agora tem fracassado pela unidade da burocracia em sua “via chinesa ao capitalismo”. A grande mídia e a própria burocracia restauracionista qualifica a China como uma grande potência, no que é grotescamente imitada pela esquerda revisionista do trotsquismo. A realidade, no entanto, é distinta e deve ser analisada além das aparências. A China, no curso do processo de restauração capitalista, vem se transformando na verdade no maior entreposto comercial e industrial do mundo, uma grande consumidora de commodities e é nisto que consiste a sua “exuberância” econômica. Caracteriza-se por ser uma economia semicolonial com fortes induções estatais, remanescentes da herança stalinista. Em suma, por maior que seja o crescimento do PIB chinês, a hegemonia militar em todo o planeta ainda se concentra plenamente nas mãos da Casa Branca, sendo apenas um “sonho” da China converter-se em uma superpotência capitalista. Nesse sentido “a via chinesa” de restauração capitalista como vemos reafirmada por Xi Jinping é um processo lento, ordenado e centralizado de medidas que, levadas a frente sob o férreo controle político do PPCh, avançam o ritmo da restauração capitalista para se fortalecer futuramente como contraponto militar e econômico ao imperialismo ianque. Essa estratégia encontra-se resumida nas palavras do Secretário-Geral do Partido Comunista, Xi Jinping na abertura do XIX Congresso do PCCh, ocorrido em Outubro de 2107.  Em um longo discurso ele descreveu seu governo como uma nova era em que “a China se moverá para mais perto do centro do palco”. Prometeu abrir ainda mais a economia e respeitar os interesses das empresas estrangeiras no país. Um dos objetivos declarados de Xi Jinping é levar a China a tornar-se uma “sociedade modestamente próspera” até 2021, nas comemorações do centenário do PCCh. Para isso, será preciso manter o crescimento na faixa de 6,5% ao ano até 2020. Outro objetivo é que, no centenário da revolução, em 2049, ela seja um país rico e desenvolvido. O Congresso do PC chinês ocorre a cada cinco anos quando a burocracia restauracionista herdeira do stalinismo de Mao-Tsé-Tung anuncia formalmente ao mundo seus planos estratégicos, políticos e econômicos. No discurso de Xi, Mao foi apresentado como o responsável pela revolução socialista e pela consolidação do Partido Comunista no poder. Deng Xiao Ping pela abertura e pela era de crescimento econômico. Ele, Xi, pela conquista do poderio como superpotência global. A realidade nem de longe é a retratada pelo dirigente da burocracia tendo como base uma análise mais apurada do ponto de vista do Marxismo Revolucionário.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

PF PEDE MAIS TEMPO PARA “INVESTIGAR” ATENTADO CONTRA BOLSONARO: ESTÁ EM CURSO UM ARMAÇÃO CONTRA O PT OU UMA MANOBRA PARA FRAGILIZAR A CANDIDATURA DO NEOFASCISTA?


As “investigações” da PF sobre o atendado a Bolsonaro podem gerar desdobramentos em direções distintas no caótico cenário político nacional. Em um quadro tão instável e polarizado como o que marcam as eleições presidenciais brasileiras, recheadas por componentes evidentes de fraudes clássicas e prosaicas no lastro de um cenário de profunda crise do regime político devido ao golpe parlamentar ocorrido em 2016, tudo literalmente pode ocorrer. Se o alto-comando da PF, ligado diretamente a CIA, em conjunto com a Famiglia Marinho, representante do imperialismo ianque em nosso país, resolverem incriminar o PT ao estilo do sequestro de Abílio Diniz em 1989 contra a candidatura Lula, o golpe será contra Haddad, podendo ter vários caminhos políticos a seguir. Como se recorda, nas eleições de 1989, procurou-se vincular ao PT com o sequestro do empresário Abílio Diniz, então dono do grupo Pão de Açúcar. Presos no cativeiro de Diniz usando camisas da campanha de Lula, os envolvidos no sequestro do empresário disseram depois que a Polícia os obrigou a vestir as roupas. O mesmo pode ser feito agora via uma ofensiva policial-midiática contra Haddad e a Frente Popular. A operação Lava Jato tramada pelo imperialismo via o Juiz Moro mostrou bem como esse planejamento da classe dominante é científico ao prenderem e tornarem Lula inelegível com o aval da Corte Suprema. Caso os barões da mídia e os rentistas desejem “substituir” Bolsonaro por Alckmin ou mesmo Ciro (mais estáveis do ponto de vista da classe dominante) na reta final da campanha para em um 2º turno derrotar o PT com mais tranquilidade o alvo será o neofascista, basta acusá-lo de ter fabricado um auto-atentado, com a mídia martelando essa tese dias afins. Por fim, se desejarem apostar na polarização Haddad versus Bolsonaro para melhor chantagear os dois, como vem fazendo até agora os representantes do “Deus Mercado”, fica a versão que tudo não passou de um ato isolado de um “lobo solitário”. O dado novo nesse picadeiro manipulado como um teatro de bonecos mamulengos é que a Polícia Federal pediu à Justiça a prorrogação, por mais 15 dias, do inquérito que investiga o atentado contra o deputado federal Jair Bolsonaro, ocorrido no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora. De acordo com o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Rodrigo Morais, perícias ainda estão sendo feitas no material que foi apreendido em posse do agressor confesso Adélio Bispo de Oliveira. Todo material apreendido durante as investigações - um notebook, quatro aparelhos celulares e documentos, além de computadores de uma lan house - está sendo periciado na superintendência da PF, na capital mineira. O agressor de Bolsonaro foi indiciado no dia 7 pela PF pelo crime de “atentado pessoal por inconformismo político” com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. Nesta semana, a PF voltou a ouvir o agressor, preso em penitenciária de Campo Grande. Já alertamos anteriormente tratar-se de um atentado terrorista envolto em circunstâncias muito “estranhas”, para falar apenas o mínimo. Bolsonaro teria sido alvo de uma “facada”, aparentemente desferida por uma pessoa com “distúrbios” mentais. Não há nada conclusivo neste atentado, sequer podemos afirmar que assumiu a gravidade letal com que a mídia corporativa tratou o fato. Sabemos historicamente que os “barões murdochianos” são capazes de produzir qualquer “fake News”, e esta constatação não faz parte de qualquer adesão as “teorias da conspiração”, utilizada sempre para desqualificar as denúncias feitas pela esquerda revolucionária. Pela grande dimensão política do atentado, só podemos garantir uma questão, se foi “fabricado” artificialmente partiu de uma iniciativa do regime burguês em seu conjunto (polícia, justiça e forças armadas), e com o apoio “logístico” da Rede Globo, não podemos desconsiderar que Bolsonaro reuniu-se com a Famiglia Marinho uma semana antes da suposta agressão a sua integridade física. A grande mídia vem insinuando “levemente” que o autor do ataque ao candidato fascista teria simpatias pela esquerda, embora em outras abordagens faça referência a uma relação com as posições defendidas pelo Cabo Daciolo. Para além das obviedades, é absolutamente lógico que nenhuma organização de esquerda ou mesmo militantes lúcidos do movimento de massas praticaria atos violentos desconectados, sem que correspondesse a uma ação de autodefesa da classe trabalhadora. No dia do atentado declaramos que um ato “tresloucado” como este (no caso de ter sido uma iniciativa pessoal de Adélio), que joga água no moinho da candidatura de Bolsonaro ao Planalto, não poderia contar com o aval político da esquerda revolucionária, outra posição completamente distinta seria solidarizar-se com o fascista, em nome da democracia dos ricos e seu circo eleitoral, como fez grande parte da esquerda naquele momento. Agora, fica evidente que o novo prazo solicitado pela PF tem um claro componente político e golpista. Mais 15 dias para “investigações” significa dizer que a conclusão do inquérito ocorrerá as vésperas das eleições de 07 de Outubro. Tendo um debate na Rede Globo anunciado para o dia 04 de Outubro, tudo pode ocorrer, abater Haddad para consolidar Bolsonaro, abrir caminho para Alckmin ou mesmo Ciro liquidando o neofascista, fechar acordos com o PT ou com o próprio neofascista para garantir um duro ajuste neoliberal. A mídia tem campo livre junto com os institutos de pesquisa para erguer candidaturas assim como para demoli-las, ou seja, a burguesia move seus peões como melhor lhe convém. Como denunciamos, nesse circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos o “voto popular” tem apenas um sentido figurativo não expressa qualquer “soberania cidadã” mesmo que segundo os conceitos burgueses, ainda mais com as urnas eletrônicas que podem alterar o resultado via comando de software. Essa manipulação escandalosa de dados das pesquisas e dos resultados das urnas eletrônicas é resultado do controle que a burguesia e as oligarquias regionais têm dos “institutos de pesquisa” e da própria totalização virtual das urnas, sem que haja qualquer comprovação física dos votos ou possibilidade de recontagem com cédulas de papel impressas. A introdução da urna eletrônica no Brasil, sem a menor comprovação do voto físico (fato ímpar em todo o mundo), facilitou enormemente a fraude eleitoral que tem sua primeira manifestação nas pesquisas dos “institutos”. Brizola que pode demonstrar e desmontar em 1982 a fraude armada contra ele pelo IBOPE e pela empresa “Proconsult”, responsável a época pela totalização das urnas físicas do Rio de Janeiro, não cansava de afirmar o caráter farsesco dos tais "institutos", mesmo que fosse impotente para evitar a recorrência do estelionato político praticado largamente pelos “IBOPE's” que se duplicaram pelo país a fora. Agora em 2018, mais vez podemos constatar facilmente como os “institutos” manipulam os dados reais. Candidatos à presidência da república sem a menor expressão política ou densidade eleitoral aparecem na parte de cima das pesquisas e por consequência acabam induzindo o eleitorado a “ratificar” a fraude. Basta o IBOPE divulgar sua mais nova pesquisa no Jornal Nacional da Globo, para a “mentira logo se tornar verdade”. Desgraçadamente a esquerda reformista, crédula na lisura do regime da democracia dos ricos, “compra” integralmente a versão da “última pesquisa” do mercado e logo sai "teorizando" sobre os resultados. A LBI alerta mais uma vez que o projeto político contemporâneo da burguesia nacional continua sendo o de aprofundar o golpe parlamentar, iniciando a transição para um regime de exceção bonapartista, onde a formalidade institucional das próprias eleições presidenciais podem ser levadas "as favas", como diria o Ministro (coronel) Jarbas Passarinho diante da promulgação do AI 5 em 1968. A Famiglia Marinho e seus satélites, os barões do capital, os representantes dos grandes grupos financeiros e do agronegócio junto com os estrategistas do Departamento de Estado ianque estão nesse momento planejando quem será “ungido” ao governo central para desatar o plano de guerra contra o povo. Cabe aos trabalhadores e sua vanguarda política mais esclarecida tirar as lições do circo montado onde o povo trabalhador é o verdadeiro palhaço eleitoral, denunciando mais um capítulo do golpe em curso. Contra as ilusões na democracia burguesa e seus lacaios de “direita” e “esquerda”, convocamos mais uma vez os agrupamentos políticos classistas e as correntes marxistas que dispersamente denunciam o circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos a somar forças em uma intervenção unitária para combater a direita e a Frente Popular nas ruas e nas lutas, através de uma vigorosa campanha pelo boicote eleitoral ativo!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

36 ANOS DO MASSACRE DE SABRA E SHATILA: OS ASSASSINOS SIONISTAS CONTINUAM HOJE SUA OFENSIVA GENOCIDA CONTRA A SÍRIA!


Durante três dias, entre 16 a 19 de setembro de 1982, foi desferido o mais sangrento genocídio contra o povo palestino da história. Passados 36 anos, ainda está presente na memória dos palestinos e dos revolucionários que apoiam sua causa a ação covarde das Falanges maronitas (aliadas de Israel) contra os campos de refugiados de Sabra e Shatila no oeste de Beirute, Líbano, em meio à guerra civil deflagrada após o assassinato de um líder da extrema-direita cristã. Neste contexto de guerra, Israel invade o Líbano em junho de 1982. Poucos meses depois iria consumar um ato nitidamente inspirado nos métodos nazistas de extermínio, um ataque surpresa a uma população completamente desarmada, sem qualquer poder de se defender ou de reação. Os campos de refugiados palestinos foram invadidos pelas falanges da extrema-direita cristã explicitamente estimuladas pelo exército israelense que “garantia a salvaguarda” dos palestinos. Guardadas as diferenças, as falanges cristãs do passado podem ser comparadas aos “rebeldes” mercenários islâmicos de hoje que atuam na Síria. À época, sob o comando do facínora genocida Ariel Sharon, os sionistas forneceram armamentos pesados, sinalizadores para iluminar os caminhos da invasão, tanques etc... o mesmo que as potências imperialistas fazem hoje com os supostos “rebeldes” na Síria. Tanques Merkeva, que partiram de Israel, cercavam os dois campos de (concentração) refugiados palestinos, impediam que crianças, mulheres grávidas, idosos e outros civis escapassem do massacre. Foram mais de 62 horas de um terror extremo, sem precedentes na história contra uma população indefesa, cujo resultado foi o assassinato de aproximadamente 3.500 civis que já viviam em uma situação de miséria e abandono. Uma típica política de extermínio étnico, uma vez que se trataram de execuções sumárias com requintes de crueldade: estupros, facadas (degola), tiros na nuca, esquartejamentos... O pretexto para um crime desta magnitude foi o assassinato do líder falangista Bachir Gemayel poucos dias antes supostamente – nunca comprovado – por um palestino. O genocídio não poder ser encarado como um fato isolado: envolveu um enorme operativo de guerra, um jogo “diplomático” articulado desde a Casa Branca e o enclave militar de Israel. Hoje, 36 anos depois, para que não ocorram novos massacres como o Sabra e Shatila, nossa tarefa é defender a Síria e o Irã da agressão imperialista e dos “rebeldes” financiados pelo enclave sionista, aliados de Israel e inimigos do povo palestino!

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

ATAQUE DE ISRAEL CONTRA A SÍRIA PROVOCA DERRUBADA DE AVIÃO DA RÚSSIA: POR UMA RESPOSTA POLÍTICA E MILITAR CONTRA OS CHACAIS DE TEL AVIV!  TODO APOIO A FRENTE ÚNICA ENTRE ASSAD-PUTIN-HEZBOLLA! PELA UNIDADE REVOLUCIONÁRIA DO PROLETARIADO PARA DESTRUIR O ENCLAVE SIONISTA!   


O avião russo Ilyushin-20 desapareceu dos radares em 17 de setembro, por volta das 23h durante o retorno planejado à base aérea de Hmeymim, acima do território do mar Mediterrâneo, a 35 quilômetros da costa da Síria, informou o comunicado do Ministério da Defesa da Rússia. O representante oficial da Defesa russa, Igor Konashenkov sublinhou que os aviões israelenses “propositalmente criaram uma situação perigosa para navios e aviões nessa região". Para evitar as baterias antiaéreas sírias, aviação israelense acabou tornando o Ilyushin-20 alvo de ataque. O Il-20, cuja superfície efetiva capaz de repelir ataques é maior que a do F-16, foi derrubado por um míssil do complexo S-200, declarou Konashenkov. Os sistemas de controle aéreo israelenses e pilotos de F-16 não podiam deixar de ver o avião russo, tanto que ele aterrissou de uma altura de 5 quilômetros. Não obstante, eles intencionalmente causaram essa provocação. Os israelenses informaram o Comando russo na Síria sobre sua operação aérea planejada com menos de um minuto de antecedência. Consequentemente, isso não permitiu ao Il-20 a abandonar a zona de perigo. "Consideramos tais ações provocativas de Israel de hostis. Como resultado dessa atitude irresponsável dos pilotos israelenses, morreram 15 militares russos", destacou. Essa é uma lição importante na guerra, porque a Rússia vinha permitindo os ataques de Israel a alvos na Síria. No outono de 2015, Israel e Rússia estabeleceram um canal de comunicação para proteger as aeronaves de ambos os países de incidentes durante operações na Síria, em que jatos de Israel regularmente atacam alvos do Irã e do Hezbolah. Os militares da Rússia disseram que consideram as ações provocativas de Israel hostis e que se reservam ao direito a uma resposta adequada. Com esse “acidente” provocado pelo enclave sionista é preciso exigir uma resposta imediata a essa provocação militar, romper qualquer relação diplomática com Israel. Para os Leninistas não pode haver neutralidade possível entre um conflito destas proporções no Oriente Médio, nosso objetivo central na região é a derrota cabal do "porta aviões" (Estado artificial de Israel) do imperialismo ianque "ancorado" no coração da nação palestina. A justificativa de que Assad seria um "ditador sanguinário" para não apoiar a Síria, não se sustenta por um único ângulo da política revolucionária, a não ser para a "família morenista", que tem sua história manchada pelo sangue do povo líbio, quando apoiaram os bombardeios da OTAN contra o "ditador" Kadafi. Os genuínos Comunistas têm "lado" nesta guerra que já se iniciou há algum tempo, estamos incondicionalmente no campo militar do regime Assad contra o enclave sionista de Israel! A derrota do enclave de Israel representa a vitória dos povos oprimidos pelo imperialismo independente se os regimes da Síria e Irã possuam um caráter socialista, o que obviamente não se configura politicamente. Tendo total independência diante do regime burguês de Assad, pois sabemos que os governos burgueses “nacionalistas”, como o da Síria, são impotentes em enfrentar consequentemente as potências capitalistas por suas próprias características de classe, os Marxistas Revolucionários têm como centro programático o combate mortal ao imperialismo, postando-se sem vacilações na trincheira oposta à do pior inimigo dos povos e pela destruição de seu enclave assassino no Oriente Médio! Nossa tarefa estratégica continua sendo a unidade do proletariado árabe, persa, palestino e hebreu em direção a uma única República Socialista!
RUI PIMENTA E A PEQUENA DURAÇÃO DO SEU "TEATRO" DA "ELEIÇÃO SEM LULA É FRAUDE": PCO JÁ SINALIZA QUE VOTARÁ EM HADDAD NO SEGUNDO TURNO....
Os princípios programáticos do PCO viraram deletérios como o éter em contato com o ar, principalmente depois que o seu dirigente, Rui Pimenta, deixou-se corromper pelo "generoso caixa" da Frente Popular. Convertido politicamente em "lulista de primeira linha", o PCO tinha feito grande estardalhaço de que seria "Lula ou nada!" nestas eleições presidenciais, posto que para a seita corrompida a "eleição sem Lula é fraude"...apesar de terem lançado uma série de candidatos fisiológicos aos governos estaduais. Pois bem como os "rígidos" princípios do PCO se alteram ao sabor das propostas financeiras vindas da burocracia dirigente do PT, que tem uma longa tradição em comprar "aliados", como fez recentemente com o PROS (legenda de aluguel da direita), o Sr. Rui parece que começa a abandonar o slogan de "Lula ou nada!", sinalizando um possível apoio eleitoral a Fernando Haddad em um segundo turno contra o fascista Bolsonaro. Os candidatos do PCO aos governos estaduais começaram a divulgar nas redes sociais que votarão em Haddad, apesar de ainda não confirmarem a mesma disposição já no primeiro turno. O desconhecido Mikaelton Carantino, candidato do PCO ao governo do Ceará postou em sua página do Facebook: "Pretendo votar nulo no primeiro turno e no segundo turno já tenho candidato, votarei no adversário do Bolsonaro." Também o candidato ao senado do PCO no Rio de Janeiro seguiu a mesma linha. Pelo que conhecemos das artimanhas políticas do Sr. Pimenta, trata-se de liberar seus neófitos militantes para apoiarem Haddad no segundo turno, esperando uma compensação financeira do PT para o compensar o "prejuízo político" de terem que mudar uma orientação mais "principista" (Eleição sem Lula é fraude!), por outra mais oportunista (Votar em Haddad para derrotar Bolsonaro!). Não seria a primeira vez que o PCO altera drasticamente sua linha política em função de um "acordo vantajoso", todos na esquerda devem se lembrar ainda do slogan "Lula Presidente dos banqueiros", para depois adotarem "Lula maior liderança popular do país". Foi assim também no início do primeiro governo da presidenta Dilma, 2011, quando a atacaram violentamente de neoliberal para depois em 2015 a chamarem de "governo que luta com o povo", todos os "zigue-zagues" ao sabor dos ventos que sopram vindos do botim da Frente Popular. Agora após caracterizar a candidatura de Haddad como uma "traição ao presidente Lula", já começam a "amolecer" diante da pressão material exercida pela burocracia petista. Como na famosa música argentina de Mercedes Soza "Todo cambia", o arrivista PCO assumiu o mote político da "metamorfose ambulante", obviamente movido pelo farto combustível financeiro do PT...

terça-feira, 18 de setembro de 2018

O PT É O GRANDE AVALISTA DO CIRCO ELEITORAL FRAUDADO: HADDAD SINALIZA PARA O “DEUS MERCADO” UM GOVERNO DE CENTRO-ESQUERDA BURGUÊS ATÉ COM O PSDB, COMPROMETIDO COM O AJUSTE NEOLIBERAL DOS RENTISTAS


As atuais eleições presidenciais brasileiras, que ocorrem dois anos após um golpe parlamentar, são uma fraude completa. Não somente segundo os critérios clássicos do Marxismo (manipulação midiática, total controle dos grandes capitalistas, nenhum traço de soberania popular), mas também em seus aspectos mais concretos e prosaicos. O candidato de maior preferência popular, Lula (PT), encontra-se impedido de ser eleito pela ditadura do Judiciário, com o Juiz Moro e a Lava Jato impondo sua prisão e inelegibilidade. Abaixo dele, o neofascismo cresce apoiado pela mídia e no lastro de um “atentado” nebuloso que garantiu uma vaga para Bolsonaro no 2º turno, deixando-o no hospital desde então. O uso das urnas “roubotrônicas” podem definir quem ganha e quem perde, generais se pronunciam em favor da intervenção direta das FFAA. O PT, em nome da “normalidade democrática”, avaliza esse circo eleitoral e apresenta um homem afinado com o mercado para substituir Lula, um quadro petista que está à direita das próprias posições do partido, como Haddad demonstrou na entrevista na Jornal Nacional e nas sabatinas da Folha de São Paulo-UOL-SBT e hoje na do G1-CBN, sinalizando inclusive para um governo de “união nacional” até mesmo com o PSDB e com homens indicado pelo rentismo. Nesse “vácuo” as pesquisas de opinião completamente manipuladas ditam a “vontade popular” e montam um cenário em que duas candidaturas de “centro” (Haddad e Ciro) se apresentam opções da burguesia para a disputa em 7 de Outubro contra Bolsonaro. Ainda é cedo para “bater o martelo” em um quadro tão instável e polarizado, as supostas “investigações” da PF sobre o atendado a Bolsonaro podem gerar desdobramentos em direções distintas no cenário político. O que fica evidente é que o PT pôs em marcha um movimento não só de legitimar as eleições golpistas como de apresentar seu candidato ultra-moderado como um homem completamente confiável as grandes corporações, com Haddad defendendo abertamente a Lava Jato, sem qualquer crítica como balbucia a direção petista em dias de festa. Nem sequer se comprometer com o indulto a Lula se eleito Haddad o fez. Sempre alertamos que a burguesia e o imperialismo deram o golpe parlamentar porque o governo Dilma patinava nos ritmos do ajuste neoliberal, não fazendo sentido o retorno do PT nas eleições presidenciais atuais, mas apenas após um ciclo de duro ataque aos trabalhadores e suas conquistas, com um governo de direta forte, tipo Alckmin. Essa análise mantém toda sua correção mas deve ser “atualizada” dia a dia. Com Lula fora da disputa e o PT legitimando as eleições golpistas, aliando-se aos estados com as oligarquias reacionários (PSB, PDT, MDB) e quadros que sustentam o governo Temer (Eunício, Renan), fica evidente que a classe dominante se sentiu com mais “liberdade” para escolher seu novo gerente a frente do Planalto, onde os votos populares são apenas um “detalhe”. Com uma crise econômica profunda, um desemprego galopante e um país à deriva é preciso agir com “inteligência” pensam seus estrategistas. Esse é justamente o sentido das pesquisas eleitorais que colocam Bolsonaro na ponta com Haddad e Ciro empatados, com o candidato do PT tendo inclusive um crescimento bem maior em potencial. A Família Marinho e seus satélites, os barões do capital, os representantes dos grandes grupos financeiros e do agronegócio junto com os estrategistas do Departamento de Estado ianque estão nesse momento planejando quem será “ungido” ao governo central para desatar o plano de guerra contra o povo. Aparentemente será um nome de “centro” da burguesia o escolhido, a não ser que a opção seja o frágil Bolsonaro para transitar em breve para um governo neoBonapartista tutelado pelas FFAA e o Judiciário. Se não for esse o caminho, seria mais “lógico” Ciro Gomes, que tem como vice a latifundiária Kátia Abreu e comanda uma oligarquia no Ceará com lanços sólidos com o capital. Entretanto nesse cenário de “centro-esquerda” vem aparecendo com força o nome de Haddad que substituiu Lula. O ex-prefeito de São Paulo não se cansa em se mostrar um “homem de diálogo” inclusive elogiando o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, ligado ao Itaú, além de se comprometer em levar a frente as privatizações, a reforma da previdência e outras pautas chaves para o capital, como Haddad reafirmou na sabatina de hoje da CBN-G1. Não nos surpreenderia que Haddad pudesse ser um nome do PT que no futuro possa até mesmo romper com Lula como ocorreu no Equador, onde Rafael Correia elegeu Lenin Moreno como seu sucessor. Este após assumir a presidência rompeu com seu “padrinho político” e aliou-se incondicionalmente ao imperialismo contra Correia. O ex-presidente tem uma ordem de prisão expedida contra si por um conluio entre Lenin Moreno e a Justiça equatoriana, hoje vive na Bélgica para não ser detido. Nesse jogo burguês sujo nada pode ser descartado a priori. No picadeiro do circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos, Haddad, Ciro, Bolsonaro e seus afins são todas opções da burguesia contra os trabalhadores, tem diferenças de “estilos”, ritmos e graus mas estão unidos no compromisso da aplicação do plano de guerra do capital contra os trabalhadores. Nesse momento em que a Frente Popular faz pressão pelo “voto útil” em Haddad para derrotar o neofascista Bolsonaro nas urnas, os Marxistas Revolucionários declaram em alto e bom som que o fascismo se derrota na luta direta do proletariado e não patrocinando ilusões na democracia burguesa, muito menos no suposto “mal menor” representado pelo PT completamente comprometido com os ditames do grande capital. O “estelionato eleitoral” com Dilma em 2014 que começou a aplicar um duro programa neoliberal contra tudo que prometia em campanha deve ter sido uma lição para os que ainda tinha ilusões na Frente Popular. No curso destas eleições golpistas “tudo pode ocorrer” menos que elas sejam um ponto de apoio da luta dos trabalhadores contra os ataques da burguesia e seus lacaios. Nesse sentido, o chamado ao Boicote ativo ao circo eleitoral é uma tarefa fundamental que se coloca na ordem do dia!