CAMPANHA PELO BOICOTE AO CIRCO ELEITORAL GANHA APOIO DOS
OPERÁRIOS DO SANEAMENTO DE FORTALEZA
A campanha pelo boicote ao circo eleitoral fraudado da
democracia dos ricos vem sendo desenvolvida pela LBI nas bases sindicais onde
sua militância atua. Hoje, a denúncia da farsa eleitoral ganhou apoio dos
operários do saneamento de Fortaleza, um setor do proletariado brutalmente
explorado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) e pelos patrões das
empresas terceirizadas que ganham literalmente “tubos” de dinheiro dos cofres
públicos em uma atividade vital para a população trabalhadora: a distribuição de
água potável e a manutenção da rede de esgoto. Em uma iniciativa conjunta da
Oposição Unidade da Luta dos Urbanitários do Ceará, dirigida pelo companheiro
Antônio Luiz Oliveira e a Oposição de Luta dos Professores, coordenada pelo
camarada Antônio Sombra Neto, foram realizados piquetes juntos aos operários,
com a distribuição de panfletos e falações em defesa da luta direta e
revolucionária dos trabalhadores contra o engodo das eleições burguesas. A denúncia feita pela LBI ganhou ampla apoio
dos operários que concordaram integralmente com nossa palavra de ordem “Saída
para crise não é Eleição nem Conciliação! Nosso combate é pela Revolução!”. A
luta contra a privatização da água e da educação foi discutida em vários locais
de trabalho e vários trabalhadores levaram materiais da campanha pelo boicote
para distribuir nos bairros operários da periferia de Fortaleza. Nem Haddad,
nem Ciro e nenhum dos outros candidatos levanta uma plataforma política de
anulação da reforma trabalhista promovida pelo governo golpista de Michel Temer.
Nenhum pretende barrar a reforma previdenciária tão pretendida pelos patrões. Nenhum
fala em abolir a propriedade privada da burguesia e acabar definitivamente com
as desigualdades sociais. Nenhum se propõe a reestatizar as empresas
privatizadas ou rever as privatizações que estão em curso. O próprio governador
Camilo Santana (PT) está apenas aguardando sua reeleição para retomar o
processo de privatização da CAGECE, em parceria com o governo Temer e com
recursos públicos financiados pelo BNDES. Nessa conjuntura política, a classe
trabalhadora se encontra completamente desarmada de um programa que lhe dê
independência política e ideológica, tornando-se alvo fácil de ser seduzido
pelos demagogos, pilantras e lacaios da burguesia, entre os quais estão seus
próprios dirigentes sindicais. Nas eleições deste ano, a direção do Sindiágua
está majoritariamente dividida entre Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT),
mas há quem diga que entre a numerosa diretoria do sindicato existem até
simpatizantes do neonazista Jair Bolsonaro. Nós, trabalhadores não devemos
depositar nenhuma ilusão neste circo eleitoral da burguesia. Ele só serve para
legitimar os carrascos que, nos próximos quatro anos, irão jogar nas nossas costas
o ônus da crise do sistema capitalista, como o arrocho salarial, a retirada de
direitos, o desemprego e a carestia em geral, enquanto dão lucros exorbitantes
aos patrões e enriquecem com seus altos salários e propinas. Devemos, sim, nos
organizar para enfrentar esses ataques e para isso é necessário ter
independência política, forjar novas lideranças, ter consciência de que nenhuma
mudança significativa para a classe trabalhadora pode ser alcançada sob o
capitalismo, nenhuma eleição burguesa dará poder de decisão aos trabalhadores e
que somente uma revolução proletária, que arranque o poder econômico e político
das mãos da burguesia, pode abrir o caminho para a construção de uma sociedade
verdadeiramente justa, sem desigualdades e sem exploração, uma sociedade
socialista.