quinta-feira, 27 de setembro de 2018

CAMPANHA PELO BOICOTE AO CIRCO ELEITORAL GANHA APOIO DOS OPERÁRIOS DO SANEAMENTO DE FORTALEZA


A campanha pelo boicote ao circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos vem sendo desenvolvida pela LBI nas bases sindicais onde sua militância atua. Hoje, a denúncia da farsa eleitoral ganhou apoio dos operários do saneamento de Fortaleza, um setor do proletariado brutalmente explorado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) e pelos patrões das empresas terceirizadas que ganham literalmente “tubos” de dinheiro dos cofres públicos em uma atividade vital para a população trabalhadora: a distribuição de água potável e a manutenção da rede de esgoto. Em uma iniciativa conjunta da Oposição Unidade da Luta dos Urbanitários do Ceará, dirigida pelo companheiro Antônio Luiz Oliveira e a Oposição de Luta dos Professores, coordenada pelo camarada Antônio Sombra Neto, foram realizados piquetes juntos aos operários, com a distribuição de panfletos e falações em defesa da luta direta e revolucionária dos trabalhadores contra o engodo das eleições burguesas.  A denúncia feita pela LBI ganhou ampla apoio dos operários que concordaram integralmente com nossa palavra de ordem “Saída para crise não é Eleição nem Conciliação! Nosso combate é pela Revolução!”. A luta contra a privatização da água e da educação foi discutida em vários locais de trabalho e vários trabalhadores levaram materiais da campanha pelo boicote para distribuir nos bairros operários da periferia de Fortaleza. Nem Haddad, nem Ciro e nenhum dos outros candidatos levanta uma plataforma política de anulação da reforma trabalhista promovida pelo governo golpista de Michel Temer. Nenhum pretende barrar a reforma previdenciária tão pretendida pelos patrões. Nenhum fala em abolir a propriedade privada da burguesia e acabar definitivamente com as desigualdades sociais. Nenhum se propõe a reestatizar as empresas privatizadas ou rever as privatizações que estão em curso. O próprio governador Camilo Santana (PT) está apenas aguardando sua reeleição para retomar o processo de privatização da CAGECE, em parceria com o governo Temer e com recursos públicos financiados pelo BNDES. Nessa conjuntura política, a classe trabalhadora se encontra completamente desarmada de um programa que lhe dê independência política e ideológica, tornando-se alvo fácil de ser seduzido pelos demagogos, pilantras e lacaios da burguesia, entre os quais estão seus próprios dirigentes sindicais. Nas eleições deste ano, a direção do Sindiágua está majoritariamente dividida entre Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), mas há quem diga que entre a numerosa diretoria do sindicato existem até simpatizantes do neonazista Jair Bolsonaro. Nós, trabalhadores não devemos depositar nenhuma ilusão neste circo eleitoral da burguesia. Ele só serve para legitimar os carrascos que, nos próximos quatro anos, irão jogar nas nossas costas o ônus da crise do sistema capitalista, como o arrocho salarial, a retirada de direitos, o desemprego e a carestia em geral, enquanto dão lucros exorbitantes aos patrões e enriquecem com seus altos salários e propinas. Devemos, sim, nos organizar para enfrentar esses ataques e para isso é necessário ter independência política, forjar novas lideranças, ter consciência de que nenhuma mudança significativa para a classe trabalhadora pode ser alcançada sob o capitalismo, nenhuma eleição burguesa dará poder de decisão aos trabalhadores e que somente uma revolução proletária, que arranque o poder econômico e político das mãos da burguesia, pode abrir o caminho para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa, sem desigualdades e sem exploração, uma sociedade socialista.