sábado, 29 de setembro de 2018

NAS MANIFESTAÇÕES MULTITUDINÁRIAS QUE CORTARAM O PAÍS CONTRA A OFENSIVA FASCISTA, ESTEVE AUSENTE UMA POLÍTICA REVOLUCIONÁRIA CONTRA A CONCILIAÇÃO DE CLASSES: LBI MARCHOU INDEPENDENTE DENUNCIANDO O CIRCO ELEITORAL!

O Brasil foi sacudido hoje por manifestações multitudinárias contra o fascista Bolsonaro, com o eixo “#elenão”. O justo ódio popular contra o representante da extrema-direita entretanto foi capitalizado para uma política de conciliação de classes que concretamente significou em um chamado a todas as candidaturas burguesas, do PT ao PSDB, passado por Ciro e Marina, a se unirem contra “ele”. Longe de uma frente de luta contra o fascismo vimos nesse dia 29 de setembro a formação de uma frente burguesa entre as candidaturas da esquerda e do centro, com PT e PSOL no comando dessa orientação de pacto com os representantes do capital. 


Nos atos massivos, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, essa política foi levada a cabo de forma cristalina, inclusive abrindo-se o palanque para as falas de representantes da direita como Kátia Abreu e mesmo Marina Silva. Esse fato demonstra que essa política da Frente Popular é um bloqueio a luta direta dos trabalhadores contra o fascismo. Trata-se de uma prévia do que pode ser o governo de Haddad (PT), que chamou até o PSDB para fazer uma gestão de “união nacional” para levar adiante o ajuste neoliberal.


A LBI interveio nessas manifestações com um eixo político distinto, denunciando todas as candidaturas burguesas e em especial a política do PT e do PSOL que bloqueia o enfrentamento da classe operária com os fascistas (Bolsonaro) e seus aliados (Alckmin, Ciro, Marina, Dias, Meireles, Daciolo). Nossas colunas militantes distribuíram centenas de panfletos e jornais com o eixo “Saída para crise não é Eleição nem Conciliação! Nosso combate é pela Revolução!”, que também estava inscrito em nossa faixa.

Coluna da LBI em defesa de uma política revolucionária 
em oposição a colaboração de classes!
É preciso registrar que outros agrupamentos políticos que se declaram contrários a essa política de colaboração de classes ficaram completamente acovardados diante da pressão da frente popular. O MRT, por exemplo, em momento algum denunciou diretamente o PT e o PSOL como responsáveis por essa política de sabotagem da luta direta, apenas limitando-se a declarar diplomaticamente que “Não vamos marchar com golpistas e a direita latifundiária”. Por sua vez, o PSTU teve como centro a política distracionista de “#Elenão! Contra Bolsonaro, o machismo e a exploração! Vamos fazer a Rebelião!”, ou seja, nem sequer nominou os demais candidatos burgueses e, muito menos, denunciou a política de Haddad (PT) que através destas manifestações policlassistas visa construir a base para um governo futuro governo de centro para gerenciar os negócios da burguesia em nosso país. O balanço que os Marxistas Revolucionários fazem desse “29-S” é que apesar das manifestações multitudinárias que cortaram o país, esteve ausente uma política revolucionária contra a conciliação de classes. Dentro de suas modestas forças a LBI marchou independente denunciando o circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos, convocando a vanguarda classista a levarem adiante um boicote ativo a esta farsa do apodrecido regime burguês!