FAMIGLIA MARINHO E SUA "FILIAL" IBOPE BATEM O MARTELO: HADDAD NA FRENTE E A SEGUNDA VAGA EM DISPUTA, BOLSONARO, CIRO OU ALCKMIN
A pesquisa do IBOPE encomendada pela Rede Globo (verdadeira
proprietária do "instituto"), indicou toda uma orientação política da
burguesia nacional e do imperialismo nestas eleições presidenciais. Os números
divulgados apontam para vitória de Haddad (43%) sobre Bolsonaro (37%) no 2º
turno. Esse quadro eleitoral montado pela Famiglia Marinho é um sinal evidente
que a classe dominante “bateu o martelo”: coloca o candidato do PT na dianteira
do circo eleitoral da democracia dos ricos, sendo a outra vaga disputada entre
Bolsonaro, Ciro ou Alckmin. Tanto que Haddad aparece vencendo Bolsonaro no 2º
turno, ao mesmo tempo em que o neofascista é derrotado também por todos os
outros candidatos a exceção de Marina Silva. A campanha “Ele Não” impulsionada
pelo PT teve forte efeito na classe média e agora quem pode ver a possibilidade
de ser rifado pela burguesia na corrida presidencial é o próprio Bolsonaro, com
Ciro (11%) e Alckmin (8%) mantendo-se firmes na disputa para ser o
representante da centro-direita. Esse cenário criado pela grande mídia e seus
institutos de pesquisa revela que a manipulação da vontade popular em curso tem
como objetivo garantir uma vaga para a Frente Popular depois que Haddad se
comprometeu com o ajuste neoliberal e declarou que desejava até o PSDB em seu
governo. O imperialismo e o grande capital trabalham seriamente com a
possibilidade de Haddad ser o seu candidato preferencial (o ex-prefeito de São
Paulo foi assessor do Banco UNIBANCO). Por outro lado, demonstra que a opção
mais segura desta mesma burguesia para disputar com o PT o posto de gerente de
seus negócios será o PSDB ou mesmo o PDT, como já tínhamos alertado. A
fragilidade de Bolsonaro não garante a estabilidade que o grande capital
necessita para levar seu plano de guerra contra os trabalhadores em meio a uma
grave crise econômica. Com a clara opção da burguesia em catapultar a campanha
de Haddad, os apoiadores da Frente Popular fazem todo malabarismo político para
encobrir o acordo interburguês em curso. O PCO chega a afirmar que Bolsonaro
talvez seja fascista e não representa ameaça e que a campanha “Ele Não” é
impulsionada pelo PSDB, um delírio completo pois o principal protagonista da
campanha pequeno-burguesa é o PT e suas colaterais sindicais e políticas. No
artigo “#elenão é Alckmin sim” a seita de Rui Pimenta declara “É necessário
alertar que Bolsonaro é o espantalho da eleição e que o plano A da burguesia
golpista nas eleições é o PSDB de Geraldo Alckmin, fazer campanha contra
Bolsonaro sem explicar que o PSDB, na prática tem mais recursos para atacar a
população brasileira, é entrar na campanha da direita, que está tentando
unificar os candidatos golpistas em torno de Alckmin a fim de levá-lo para o 2°
turno das eleições e depois forçar a esquerda a apresentar o voto útil no
também direitista Geraldo Alckmin”. O corrupto PCO afirma literalmente que
Bolsonaro é supostamente fascista mas Alckmin é o genuíno fascista, só esquece
de dizer que é Haddad quem acena para o “Picolé de Xuxu” no segundo turno,
inclusive convocando um governo de “união nacional” com o PSDB para derrotar
Bolsonaro e estabilizar o regime político burguês em nosso país. Como Marxistas
Revolucionários declaramos que a Frente Popular sempre se apresentou como uma
servil gerente dos negócios da burguesia, seja com Lula, Dilma e agora
apresenta Haddad para assumir esse posto. Não vemos qualquer surpresa que ele
seja “ungido” para essa tarefa, mas tudo ainda deve ser decidido no 2º turno pelos
barões do capital, que não descartaram os nomes de Bolsonaro, Ciro e Alckmin.
Convocamos a vanguarda classista a enfrentar a pressão do “voto útil” na Frente
Popular apostando na campanha de denúncia do circo eleitoral fraudado da
democracia dos ricos, não escolhendo qual “feitor” vai fazer a vontade do “senhor” na escravização do povo trabalhador nas correntes do sistema
capitalista!