segunda-feira, 24 de setembro de 2018

FAMIGLIA MARINHO E SUA "FILIAL" IBOPE BATEM O MARTELO: HADDAD NA FRENTE E A SEGUNDA VAGA EM DISPUTA, BOLSONARO, CIRO OU ALCKMIN


A pesquisa do IBOPE encomendada pela Rede Globo (verdadeira proprietária do "instituto"), indicou toda uma orientação política da burguesia nacional e do imperialismo nestas eleições presidenciais. Os números divulgados apontam para vitória de Haddad (43%) sobre Bolsonaro (37%) no 2º turno. Esse quadro eleitoral montado pela Famiglia Marinho é um sinal evidente que a classe dominante “bateu o martelo”: coloca o candidato do PT na dianteira do circo eleitoral da democracia dos ricos, sendo a outra vaga disputada entre Bolsonaro, Ciro ou Alckmin. Tanto que Haddad aparece vencendo Bolsonaro no 2º turno, ao mesmo tempo em que o neofascista é derrotado também por todos os outros candidatos a exceção de Marina Silva. A campanha “Ele Não” impulsionada pelo PT teve forte efeito na classe média e agora quem pode ver a possibilidade de ser rifado pela burguesia na corrida presidencial é o próprio Bolsonaro, com Ciro (11%) e Alckmin (8%) mantendo-se firmes na disputa para ser o representante da centro-direita. Esse cenário criado pela grande mídia e seus institutos de pesquisa revela que a manipulação da vontade popular em curso tem como objetivo garantir uma vaga para a Frente Popular depois que Haddad se comprometeu com o ajuste neoliberal e declarou que desejava até o PSDB em seu governo. O imperialismo e o grande capital trabalham seriamente com a possibilidade de Haddad ser o seu candidato preferencial (o ex-prefeito de São Paulo foi assessor do Banco UNIBANCO). Por outro lado, demonstra que a opção mais segura desta mesma burguesia para disputar com o PT o posto de gerente de seus negócios será o PSDB ou mesmo o PDT, como já tínhamos alertado. A fragilidade de Bolsonaro não garante a estabilidade que o grande capital necessita para levar seu plano de guerra contra os trabalhadores em meio a uma grave crise econômica. Com a clara opção da burguesia em catapultar a campanha de Haddad, os apoiadores da Frente Popular fazem todo malabarismo político para encobrir o acordo interburguês em curso. O PCO chega a afirmar que Bolsonaro talvez seja fascista e não representa ameaça e que a campanha “Ele Não” é impulsionada pelo PSDB, um delírio completo pois o principal protagonista da campanha pequeno-burguesa é o PT e suas colaterais sindicais e políticas. No artigo “#elenão é Alckmin sim” a seita de Rui Pimenta declara “É necessário alertar que Bolsonaro é o espantalho da eleição e que o plano A da burguesia golpista nas eleições é o PSDB de Geraldo Alckmin, fazer campanha contra Bolsonaro sem explicar que o PSDB, na prática tem mais recursos para atacar a população brasileira, é entrar na campanha da direita, que está tentando unificar os candidatos golpistas em torno de Alckmin a fim de levá-lo para o 2° turno das eleições e depois forçar a esquerda a apresentar o voto útil no também direitista Geraldo Alckmin”. O corrupto PCO afirma literalmente que Bolsonaro é supostamente fascista mas Alckmin é o genuíno fascista, só esquece de dizer que é Haddad quem acena para o “Picolé de Xuxu” no segundo turno, inclusive convocando um governo de “união nacional” com o PSDB para derrotar Bolsonaro e estabilizar o regime político burguês em nosso país. Como Marxistas Revolucionários declaramos que a Frente Popular sempre se apresentou como uma servil gerente dos negócios da burguesia, seja com Lula, Dilma e agora apresenta Haddad para assumir esse posto. Não vemos qualquer surpresa que ele seja “ungido” para essa tarefa, mas tudo ainda deve ser decidido no 2º turno pelos barões do capital, que não descartaram os nomes de Bolsonaro, Ciro e Alckmin. Convocamos a vanguarda classista a enfrentar a pressão do “voto útil” na Frente Popular apostando na campanha de denúncia do circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos, não escolhendo qual “feitor” vai fazer a vontade do “senhor” na escravização do povo trabalhador nas correntes do sistema capitalista!