quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A FARSA DO FALSO "ESQUERDISMO" DO PCO ACERCA DO "#ELENÃO": UMA CORTINA DE FUMAÇA PARA ENCOBRIR SUA RENDIÇÃO A POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO PT 


Desde que se deixou corromper materialmente pelo peso estatal da Frente Popular, o PCO vem criando um cenário politicamente imaginário, onde o PT e Lula seriam os principais protagonistas da "luta revolucionária" contra a ofensiva neoliberal que se catalisou drasticamente com o golpe institucional sofrido pelo governo Dilma Rousseff. Segundo o PCO, da noite para o dia, os governos centrais do PT passaram de "representantes dos banqueiros e do FMI" para "a expressão da luta popular contra o golpe". É neste mundo visionário de ilusões que para o PCO, Lula teria se transformado de um "burocrata traidor " a uma "liderança popular" que deve ser seguida incondicionalmente, onde chegam até a acusar a maioria dos dirigentes petistas de "infidelidade" com o ex-presidente, tal a devoção que agora prestam a Lula. Como "lulistas de puro sangue" o PCO tem seguidamente encoberto a política de colaboração de classes do PT e seus governos, suas alianças com setores mais reacionários das classes dominantes e fundamentalmente a plataforma neoliberal adotada que escancarou as portas para o golpe da direita contra sua própria gerência estatal. Nestas eleições, onde "juraram" que só apoiariam Lula e nenhum outro candidato a presidente indicado pelo PT, se meteram em um beco sem saída. Como Lula foi impedido de disputar a corrida pelo Planalto, por uma imposição autocrática do novo establishment que hoje controla o regime político de conjunto, ele mesmo apontou seu substituto nas eleições: Haddad tem o perfil político perfeito do "neoliberal de esquerda" que poderia ser "digerido" pelo atual regime de exceção. Como passaram o ano todo repetindo que "eleição sem Lula é fraude" (um bordão criado pelo próprio PT), o PCO agora se sente "constrangido" em apoiar Haddad, apesar de estar metido até a medula nestas mesmas eleições fraudulentas, com uma série de candidatos inexpressivos e "colhidos no pomar" da Frente Popular. Então para barganhar um apoio indireto a Haddad, já que grande parte dos seus "militantes" estão engajados na campanha presidencial do ex-prefeito de São Paulo, o PCO resolveu atirar a esmo em supostos "adversários" de esquerda e de direita do PT, com o foco principal no PSOL e no segundo plano no PSDB de Alckmin. Em seu diário virtual na internet o PCO classificou o movimento "#ELE NÃO" como uma criação política de tucanos e do PSOL para tirar Haddad do segundo turno, já que não consideram o ultrarreacionário Bolsonaro como uma ameaça real e tampouco fascista. Nesta ficção criada pelo PCO, o PT não seria o principal impulsionador do "#ELE NÃO", escandalosamente também omitem o apelo feito pelo próprio Lula a formação de uma nova frente de conciliação de classes, onde caberiam Ciro Gomes, os tucanos e uma grande leva de golpistas da antiga "base aliada". Se é verdade que Alckmin também quer surfar no "29S", é cômico tentar "tapar o sol com a peneira" desconhecendo que foram as lideranças sociais do PT que pariram o "#ELE NÃO" com a concepção de um movimento de mulheres policlassista e com um tênue conteúdo de combate somente eleitoral a ofensiva fascista, personificada na candidatura do "Bolsonazi". Mas como o PCO desconhece historicamente a ofensiva reacionária mundial, na medida que saudaram a derrubada da antiga URSS como um "fenômeno revolucionário", apoiaram a queda do regime nacionalista da Líbia pelas mãos da OTAN com a justificativa que "Kadafi era um ditador", nada mais justo do desconsiderar o perigo da escalada fascista hoje no Brasil. Neste ponto o PCO e PSTU convergem na mesma posição, apesar de estarem em pólos antagônicos no espectro da esquerda: a eleição de Bolsonaro não interessaria a burguesia, já que seria um "governo fraco" e portanto mais fácil de ser combatido pelas massas... É onde o falso esquerdismo se encontra com o ultra oportunismo e nos faz lembrar o "Terceiro Período" da III Internacional stalinizada. "Os dias em que os estrategistas da I. C. proclamaram que a vitória de Hitler era apenas um passo em direção à vitória de Thaelmann (dirigente do Partido Comunista Alemão) estão bem distantes.", nos lembrava Trotsky no Programa de Transição, agora o "teórico" Rui Pimenta quer nos convencer que o círculo fascista de Bolsonaro não representa ameaça alguma ao movimento operário, segundo o PCO é "apenas um espantalho". Porém os Marxistas sabem muito bem que o terreno de combate frontal ao fascismo não se dá no campo eleitoral e muito menos com a política policlassista da Frente Popular, seja no movimento de mulheres ou na luta do proletariado. Não podemos nos esquecer que o stalinismo após sua fase "esquerdista" de omissão criminosa do combate ao fascismo, foi quem formulou a "teoria" da colaboração de classes da Frente Popular, tendo como porta voz George Dimitrov um dos dirigentes da Internacional Comunista. Por estas razões não avalizamos o programa sem nenhum conteúdo classista posto para o "#ELE NÃO", impulsionado pelo PT, porém marcharemos separados e golpearemos juntos na proporção de debilitar a ofensiva fascista, não somente na trincheira eleitoral mas sim na perspectiva da revolução socialista!