sexta-feira, 31 de agosto de 2018

TSE SEGUE O ROTEIRO DO SETOR HEGEMÔNICO DA BURGUESIA CASSANDO LULA. RESTOU A HADDAD UMA RECOMPOSIÇÃO POLÍTICA COM FRAÇÕES MINORITÁRIAS DA CLASSE DOMINANTE PARA O PT TENTAR, COM POUCAS CHANCES, VOLTAR A GERENCIAR O ESTADO CAPITALISTA


O TSE seguiu integralmente o roteiro político ditado pelos setores hegemônicos da burguesia nacional, cassando a candidatura de Lula e com isso reduzindo enormemente as chances do PT (Frente Popular) voltar a gerenciar o Estado capitalista, pelo "método" do neoliberalismo desenvolvimentista, como operou por mais de uma década até o golpe institucional sofrido por Dilma em 2016. Ocorre que a conjuntura econômica mundial não oferece mais as condições políticas para que países semicoloniais (emergentes no jargão moderno) pratiquem uma via de concessões sociais as grandes massas populares, o que ficou conhecido no Brasil como o "pacto da colaboração de classes". O ajuste monetário e fiscal oferecido pelo segundo mandato da presidente Dilma foi considerado pelo "mercado" (leia-se rentistas) insuficiente para a manutenção dos compromissos financeiros que o imperialismo ianque exigia do país, a alternativa encontrada pela burguesia nacional foi golpear o mandato presidencial do PT, posto que não poderia esperar pelo desenlace eleitoral de 2018. Rapidamente a "Base Aliada" do governo da Frente Popular se derreteu como soverte no sol da caatinga nordestina, e Dilma apesar de iniciar um cronograma de medidas neoliberais contra a classe trabalhadora (mini reforma da previdência, ajuste orçamentário, pacote da terceirização, etc..) não conseguiu conter a "avidez" dos rentistas, que seguiram institucionalmente com o "vice", um ex-homem da mais estreita confiança de Lula, o golpista Michel Temer. A direção do PT, seus "quadros pensantes", tem plena noção de todo este processo, só não poderiam supor que os golpistas (quase todos ex-aliados) fossem tão longe na "fúria" antipetista e trancafiassem Lula em uma cela, para não correrem o risco de um desastre eleitoral na corrida pelo Planalto. Como nos ensinou o "velho" Marx "a contradição é o motor da história", e justamente é a contradição da atual conjuntura política que lança os dois elementos centrais desta eleição: ao mesmo tempo que os golpistas impedem pela senda de uma manobra jurídica a candidatura Lula, mais ela cresce aos olhos da população oprimida, revoltada com a profunda recessão econômica imposta pelo brutal "ajuste". A resposta do PT ao impasse político nacional é "mais do mesmo", ou seja, pretende reeditar a política do pacto social, prometendo revogar os "excessos" da junta governativa dos rentistas, ao mesmo tempo que acena com o retorno da plataforma neodesenvolvimentista: crédito farto e indução estatal para o crescimento da burguesia nacional, além é claro do compromisso de manter o atual cronograma financeira de pagamento da dívida pública. O "nó górdio" do programa econômico do PT consiste exatamente na impossibilidade histórica de reeditar seu modelo de gestão estatal, plenamente triunfante em uma década, o "mundo mudou" e o Brasil é apenas uma pequena parte periférica da economia capitalista internacional. Não existem mais os grandes fluxos de capital especulativo e tampouco a economia chinesa continua crescendo a taxa de 10% ao ano, sem estes dois ingredientes fundamentais presentes no cenário econômico mundial da década passada, não há como ressuscitar a política da "bolha de crédito e consumo", peças chaves para um retorno vitorioso da Frente Popular ao Palácio do Planalto em 2018.


STF APROVA TERCEIRIZAÇÃO IRRESTRITA: ATAQUE INICIADO PELO TUCANO FHC E APROFUNDADO PELOS GOVERNOS PETISTAS AVANÇOU COM O GOLPISTA TEMER... AGORA SUPREMO “BATE O MARTELO” EM FAVOR DA COMPLETA PRECARIZAÇÃO TRABALHISTA


O plenário do Supremo Tribunal Federal aprovou nesta quinta-feira (30.08) por 7 votos a 4 a terceirização irrestrita do trabalho. Na prática, a decisão autoriza que empresas possam contratar, via terceiros, funcionários não só para atividades correlatas, mas agora, também, para atividades fins de seus negócios. A medida já havia sido posta em prática após a sanção do golpista Temer ano passado. Porém, como ainda havia milhares de ações esperando ser julgadas pelo TST, o atual entendimento do STF bate o martelo e põe fim à discussão. Com o julgamento do STF, a súmula do TST perde seu efeito, e ao menos 4 mil processos trabalhistas que a utilizavam como base terão agora as empresas como vencedoras certas, mostrando o monstruoso efeito que esse julgamento terá para precarizar as condições de trabalho no país. Lembremos esse ataque deve início com o projeto de lei (PL 4302/98) da era FHC. Com Lula a precarização avançou em várias empresas estatais. Depois, em abril de 2015, em plena gestão da presidente Dilma, houve uma divisão de tarefas pela precarização trabalhista: a base do então governo petista e a direita aprovam terceirização completa, que agora o STF confirma! Naquele momento o PT não obstrui votação no parlamento e a CUT não mobilizou nas ruas! Na época, o governo Dilma na figura de Levy e seu então articulador político, o vice-presidente, Michel Temer, trabalharam pela aprovação do PL de Terceirização! Justamente sob os governos petistas saltou de 4 para 12 milhões o número de terceirizados e mais de 20 milhões são vítimas da rotatividade do trabalho todos os anos. Todo “falatório” do PT contra o PL da terceirização em 2015 se resumiu a demagogia, na medida que os governos Lula e Dilma ampliaram a precarização no serviço público com a criação da EBSERH. Trata-se de uma empresa público-privada que serviria para gerir todos os Hospitais Universitários (HUs), onde se contrata funcionários regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e não servidores públicos, o que, em prática, ajuda a precarizar as relações de trabalho dentro dos HUs. O mesmo ocorreu com a PETROBRAS, onde mais de 300 mil funcionários são terceirizados e recebem a média salarial abaixo dos petroleiros da estatal. Com o golpista Temer e o judiciário completamente controlado pela burguesia neoliberal, o Brasil agora passa a autorizar oficialmente uma das formas mais modernas de exploração de sua classe trabalhadora. Este ataque gigantesco aos trabalhadores comprova é que necessário convocar a luta direta para derrubar o conjunto do regime político burguês e não alimentar expectativas no terreno eleitoral e no chamado da Frente Popular para votar no PT enquanto as reformas neoliberais são aprovadas no parlamento e no judiciário. Para impulsionar a resistência operário e popular é necessário levantar um programa de reivindicações operárias via uma verdadeira campanha contra o desemprego, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial e sem banco de horas. Para barrar os ataques dos patrões e seus governos a fim de flexibilizar direitos trabalhistas é necessário à construção de um plano de lutas unitário que aponte para um programa operário e anticapitalista sem qualquer ilusão no circo eleitoral em curso!

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

BALANÇO DA CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS/2018: BUROCRACIA SINDICAL DA CONTRAF - CUT/CTB DIVIDE AS ASSEMBLEIAS POR BANCO PARA SABOTAR A GREVE NACIONAL E IMPOR ACORDO REBAIXADO DE  2 ANOS EM TROCA DE UM  NOVO  “IMPOSTO SINDICAL”!


A pelegada da Contraf-CUT/CTB com o auxílio da Intersindical, mais uma vez, inova no seu cardápio de traições. Dessa vez, os guardiões dos interesses dos banqueiros deixaram de lado a demagogia sobre a unidade e manobraram para dividir as assembleias e votações por banco (privados, BB, Caixa, BNB), impedindo a deflagração da greve nacional dos bancários e, consequentemente, aprovar um acordo de dois anos ultra-rebaixado que prevê basicamente a manutenção das cláusulas já existentes da CCT e um reajuste de 5% (INPC de 3,78% + 1,18%) que é etiquetado como uma grande “conquista”! No entanto, a grande conquista mesmo foi da burocracia sindical que golpeou a greve em troca de um acordo vergonhoso que prevê a cláusula que resultou nessa traição: a taxa negocial que é um desconto anual compulsório de 3% nos salários de todos os bancários, sindicalizados ou não, que não terão direito a se oporem ao pagamento. E assim a quadrilha sindical da CUT/CTB, muito bem recompensada pelos banqueiros, confisca o bolso da categoria duas vezes: acordo rebaixado e contribuição obrigatória que substituirá a receita milionária, perdida com o fim do imposto sindical.

DELEGAÇÃO DO MOB CHEGANDO NA ASSEMBLÉIA PARA DEFENDER A GREVE GERAL DE UNIDADE 

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

35 ANOS DA FUNDAÇÃO DA CUT: PAULATINA INTEGRAÇÃO DA CENTRAL OPERÁRIA AO ESTADO BURGUÊS PROVOCOU SUA TRANSFORMAÇÃO EM UM APARATO BUROCRÁTICO PELEGO A SERVIÇO DA COLABORAÇÃO DE CLASSES 

Por: Hyrlanda Moreira - Fundadora da CUT, encabeçando a chapa de oposição que unificou a esquerda revolucionária em 1997


A Central Única dos Trabalhadores (CUT) celebra hoje seus 35 anos de fundação como principal entidade operária da classe trabalhadora brasileira. Fundada no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo, durante a ditadura militar na época sob o comando do general Figueiredo e opondo-se, via o chamado “novo sindicalismo”, aos pelegos do PCB, PCdoB e MR-8, a CUT hoje está completamente integrada ao Estado capitalista após os mandatos do PT no governo central. Mesmo agora estando na “oposição” ao golpista Temer a CUT não tem quase poder de reação operária pelos seguidos anos de sua política de colaboração de classes. Enquanto o ascenso das greves operárias no final dos anos 70 provocou o nascimento da CUT, uma central operária que centralizava a luta dos trabalhadores contra a ditadura militar, defendendo liberdade e autonomia sindical, significando um acontecimento histórico progressivo, a ascensão do governo de frente popular do PT, por sua vez, é um acontecimento político importante porque completou o processo de integração e cooptação política e material da CUT ao Estado burguês. Tal fato representa também um marco histórico que decretou a morte e a falência política dessa entidade como instrumento de luta das massas exploradas. Coube, por exemplo, ao VIII CONCUT em 2003 inaugurar essa nova etapa histórica em que a CUT dá um salto de qualidade no caráter de classe da Central. Se antes a CUT era um braço sindical do PT, depois de 14 anos de gestão da Frente Popular ela consolidou-se como uma sucursal do próprio governo petista, intervindo como guardiã dos interesses econômicos e políticos da burguesia, ao ponto de agora frente ao Golpe Institucional contra Dilma seguir a política da direção nacional do PT de apenas desgastar eleitoral e midiaticamente o governo Temer apostando na volta da Frente Popular em 2019, somando-se aos que já planejam apoiar a chapa Haddad-Manuela diante da impugnação arbitrária da candidatura Lula.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

ABAIXO A OPERAÇÃO "DESMONTE" DA GREVE NACIONAL DOS BANCÁRIOS!
REJEITAR A ESMOLA DA FENABAN, O ACORDO BIENAL E A COBRANÇA DA TAXA NEGOCIAL! CONTRAF-CUT/CTB COM A DIVISÃO DAS ASSEMBLEIAS POR BANCO IMPÕE UM ACORDO REBAIXADO DE 2 ANOS!


Como todo ano eleitoral, a burocracia da Contraf-CUT antecipou seu calendário para desembaraçar-se de suas “obrigações” sindicais, fechar um acordo rebaixado e, depois, focar na campanha eleitoral de seus candidatos da Frente Popular. Esse ano não foi diferente. Depois da Contraf-CUT apresentar uma pauta rebaixada (5% mais inflação), completamente aquém das necessidades e possibilidades da categoria, adotou uma postura estranhamente tolerante com a enrolação de mais de dois meses da Mesa “única” da Fenaban. Aliás, a farsa da mesa “única” da Fenaban que não é única, pois quem manda são os bancos privados e a presença de um representante do BB e da CEF na mesa tem uma função distracionista. Afinal, quando os bancos públicos, que têm maior capacidade de organização e mobilização, não aceitam a proposta da Fenaban, continuam em greve, mas sem qualquer efeito direto na mesa geral da Fenaban; no máximo conseguem um “pirulito” em algum item específico. Não por acaso as negociações especificas por banco (BB, CEF, BNB, BASA) que até então corriam em banho-maria, logo trataram de complementar a da Fenaban com alguns penduricalhos. E o recurso que a burocracia sindical se utiliza para acabar com a mobilização à revelia da base são as assembleias/votações divididas, até fisicamente, e separadas por banco para aprovar o que eles querem. Enfim, dividir para trair e reinar.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

TROTSKY: O ÚLTIMO GRANDE COMBATE


Nesse mês de agosto, quando se completa o 78º Aniversário da morte de Leon Trotsky, assassinado a mando de Stalin, na cidade do México, os revolucionários de hoje estão absolutamente convictos da justeza e correção de seus prognósticos em relação à crise fundamental de nossa época, ou seja, a ausência de uma direção revolucionária assim como a necessidade da construção do instrumento capaz de superar este paradigma, o partido mundial da revolução, a Quarta Internacional. Mas o que de tão extraordinário pode dimensionar a figura do velho bolchevique são os acertos de suas caracterizações, e muito em especial aquelas que dão os fundamentos teóricos da gênese de sua corrente, o trotskismo. Na realidade o termo trotskismo foi pela primeira vez utilizado por Stalin contra a Oposição de Esquerda formada por Trotsky no início dos anos 20. Neste momento, Trotsky rejeitou a "classificação" por considerá-la uma provocação, que se destinava a difundir a ideia de sua suposta oposição ao leninismo. A Oposição de Esquerda assumiu a designação de "bolchevique-leninista" afirmando sua completa lealdade política ao Partido Bolchevique e seu dirigente máximo, Lenin. Nesta etapa, o processo de burocratização da URSS não estava completamente consolidado, apesar do curso dos acontecimentos apontar nesta perspectiva. O stalinismo ainda era uma corrente interna do Partido Bolchevique (comunista) que oscilava entre posições do ultraesquerdismo ao oportunismo sem princípios, por isso mesmo considerada por Trotsky como "centrista".

sábado, 25 de agosto de 2018

HÁ 27 ANOS GENERAIS STALINISTAS PROTAGONIZARAM O FRACASSADO "GOLPE DE AGOSTO" NA URSS: OS TROTSKISTAS  SE POSICIONARAM NA DEFESA CRÍTICA DO GOLPE NO SENTIDO DA MANUTENÇÃO DAS CONQUISTAS DO ESTADO OPERÁRIO


Em 20 de agosto de 1991, há exatamente 27 anos atrás, um golpe militar dirigido por generais stalinistas e setores da KGB tentou barrar a divisão da URSS um dia antes da celebração do chamado "Tratado da União" que criava uma Federação de Repúblicas Independentes, com ampla autonomia para seus presidentes levarem a cabo a restauração capitalista. Sob o comando do então vice-presidente da União Soviética, Gennady Yanaiev, esta ala da burocracia prendeu Gorbachev com o objetivo de retomar o controle do aparelho central do então Estado operário soviético. O golpe foi derrotado militarmente e de seu fracasso surgiu como novo ícone da restauração capitalista o "herói" Boris Yeltsin, então presidente da Federação Russa, que tratou de dar curso ao processo de liquidação contrarrevolucionária da URSS. Yeltsin comandou politicamente um setor restauracionista que havia rompido com o aparato estatal do PCUS, se alçou à condição de representante direto do “mercado” e venceu, com a ajuda da burguesia mundial, o golpe de estado liderado pelos burocratas stalinistas do Comitê de Emergência. Os restauracionistas tomaram o poder de estado, instaurando um governo capitalista na Rússia, disposto a destruir as antigas bases sociais do Estado operário através da autonomia total das então repúblicas soviéticas, privatizar a economia estatizada e a restaurar o capitalismo na região, transformando a antiga URSS numa semicolônia capitalista, condição na qual atualmente se encontra a Rússia, apesar de uma certa recuperação econômica. Diante deste acontecimento, a grande maioria da esquerda mundial, incluindo os revisionistas (PSTU, PCO, MRT, EM, TPOR,etc...) saudaram a contrarrevolução liderada por Yeltsin como uma verdadeira “revolução democrática” ou um “acontecimento revolucionário”, engrossando as fileiras do imperialismo e da social-democracia em suas comemorações do “fim da ditadura stalinista”.  Cenas que  em muito se pareceram com o que ocorreu em 1991 com o fim da URSS, mas se passaram recentemente na Ucrânia, mais particularmente na capital do país, Kiev. Quando houve a restauração capitalista da União Soviética e do Leste Europeu, há quase 30 anos (89-91) ocorrendo exatamente as cenas que se passaram há pouco tempo na Ucrânia, as correntes revisionistas do trotskismo, como PSTU e PCO, apresentaram estes acontecimentos como uma “vitória revolucionária das massas”. Os Morenistas seguem até hoje com esta caracterização e inclusive apresentam as manifestações pró-imperialistas que ocorreram na Ucrânia como parte da “revolução” que derrotou o stalinismo no passado, já que a ligação entre o presidente ucraniano que acabou deposto, Viktor Yanukovich com Putin representaria a manutenção dos laços políticos e econômicos com a Rússia, que ainda influencia parte das antigas repúblicas soviéticas. Mais oportunista ainda é a posição do PCO, hoje um apêndice decomposto do PT, hoje critica as “teses” pró-imperialistas da LIT, e “finge” ser defensista e contrário à restauração capitalista, quando era uma das correntes mais fervorosas na defesa da suposta “revolução política” na RDA e na URSS, posição contrarrevolucionária que inclusive levou a nossa ruptura programática com a seita revisionista do PCO, controlada pela "família Pimenta" e a posterior fundação da LBI em 1995.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

64 ANOS DA MORTE DE GETÚLIO: PDT "ALUGA" LEGENDA PARA CIRO GOMES, A NEGAÇÃO COMPLETA DO LEGADO NACIONALISTA E TRABALHISTA DO VELHO VARGUISMO


Neste 24 de agosto completa-se 64 anos do suicídio de Getúlio Vargas. Episódio marcante da história política brasileira, a morte de Vargas ocorreu em meio a uma profunda crise que refletia as contradições do projeto desenvolvimentista de seu governo. Em 1953, a continuidade da política de estímulo à industrialização, uma das principais características do varguismo, começou a sofrer limitações, exigindo a ampliação de investimentos e o aumento das importações de equipamentos e máquinas, o que provocava déficit na balança comercial do país. O mesmo ocorria com a balança de pagamentos, devido à sangria das riquezas nacionais, promovida pelo crescimento das remessas ilegais de lucros pelas empresas estrangeiras que atuavam no país. Esse quadro tornava-se ainda mais grave com a queda dos preços do café no mercado mundial (principal commoditie para exportação no período), contribuindo para o declínio da receita externa, o que reacendeu a disputa feroz entre as diferentes frações da burguesia nacional pelas divisas em dólar e pelo controle do Estado burguês a fim de preservar seus interesses comerciais. Foi esse o “pano de fundo” fundamental da crise política que abalou profundamente o país nos anos 50 e levou ao “suicídio” induzido do “caudilho nacionalista” em agosto de 1954, sob a pressão direta do imperialismo ianque ávido pela “troca” do chefe de estado brasileiro. A principal força de oposição a Vargas era a União Democrática Nacional (UDN), que expressava os interesses das oligarquias agroexportadoras descontentes com as restrições às importações e à política de controle e confisco cambial, mecanismos que transferiam recurso do setor agrário-exportador para o setor industrial. A UDN também agrupava os estratos superiores da classe média, que temiam a esquerdização e o comunismo. O capital imperialista, que desejava utilizar as divisas do país para a conversão e a emissão de lucros para o exterior, era o aliado mais importante desse partido. O governo Vargas, por sua vez, tinha como base de sustentação o chamado pacto populista, uma espécie de aliança entre a burguesia industrial e as massas trabalhadoras das cidades, incluindo também as facções das oligarquias regionais atreladas ao Estado desde 1930 e setores nacionalistas das Forças Armadas, todos unidos em torno de uma ideologia nacionalista que apresentava o desenvolvimento industrial capitalista como meio de realização de interesses comuns da burguesia e do proletariado. Do velho nacionalismo burguês de Vargas não restou muita coisa, apenas um oportunista PDT sem o menor perfil ideológico, povoado por máfias sindicais e oligarquias regionais sem a menor história política, como é o caso de Ciro Gomes. Para os “nacionalistas” e “varguistas” que juram fidelidade ao trabalhismo de Getúlio fica a patética tarefa de hoje aceitar passivamente os novos “companheiros” representantes das reacionárias oligarquias dos Ferreira Gomes, inimigos históricos dos trabalhadores, de qualquer traço de soberania nacional.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

APOIANDO A CONCILIAÇÃO DE CLASSES NAS ELEIÇÕES: O RACHA SINDICAL DO PCO, A LPS, SEGUE OS MESMOS CAMINHOS DE CORRUPÇÃO POLÍTICA E MATERIAL DA DEGENERADA LEGENDA DO SR.RUI PIMENTA


A LPS (Luta Pelo Socialismo), racha sindical do PCO em Minas Gerais, acaba de anunciar o apoio eleitoral a candidatura Lula e seus correligionários estaduais do PT. Desta forma, o grupo dirigido pelo oportunista Pedro Paulo (o Pepê), que controla há várias décadas com "mão de ferro" o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (SINTECT/MG) segue os caminhos de corrupção política e material da degenerada legenda do Sr. Rui Pimenta, confirmando o que a LBI sempre denunciou quando da recente formação da LPS. Tratou-se de uma saída ocasionada por uma disputa de aparato burocrático (finanças e prestígio) entre Rui e Pepê. Com o título “Lula Livre nas eleições de 2018” a LPS declara “A militância antigolpista entende como fundamental se engajar na candidatura Lula como uma forma de lutar para impedir que se aprofunde no país a política dos presos políticos. Reforçamos que o período eleitoral, em especial o debate sobre a Presidência da República, deve ter como eixo central o debate do Lula Livre” (13.08). Como se observa esse é o mesmo argumento de Causa Operária, que em nome de defender a liberdade de Lula, avaliza o programa burguês de conciliação de classes do PT e integra uma coligação com o PCdoB (aliado dos golpistas em vários estados) e com o PROS, representante da direita fisiológica mais reacionária que nacionalmente vai lotear seu apoio também a Alckmin e Bolsonaro. Sabemos que a LPS é integrada por vários assessores sindicais e mesmo “ajudantes” que não são de fato militantes (na verdade funcionários pagos pela estrutura do sindicato), mas essa degeneração política e material foi mantida por anos a fio quando o grupo era a regional partidária de Minas Gerais da legenda vazia do Sr. Rui. Quando Rui Pimenta começou a receber as verbas milionárias do Fundo Partidário, integrando-se rapidamente ao regime político, não deu maior importância a saída dos que anos depois fundaram a LPS. Lembramos que o PCO defende a melhor divisão do Fundo Partidário, verba bilionária que o TSE usa para integrar (comprar a domesticação) todos os partidos no circo eleitoral da democracia dos ricos. O Estado burguês é bastante generoso com aqueles que legitimam o regime político democratizante, justamente porque deseja cooptar materialmente a “esquerda”, esteja ela dentro ou fora do governo, para que alimente o circo da democracia dos ricos que amortece a luta de classes e renova seus gerentes a cada eleição. Como a política da LPS é uma cópia do PCO esses também seguirão como cabos eleitorais da Frente Popular mesmo após o PT substituir Lula pela chapa Haddad-Manuela. A defesa da tese do “Lula ou Nada!” (PCO) ou da campanha “Lula Livre” (LPS) nada mais é do que uma cortina de fumaça para apoiar a candidatura burguesa do PT que além de aliar-se as oligarquias reacionárias em vários estados (Renan e Eunício - MDB, Paulo Câmara – PSB) vem anunciando seu compromisso com o ajuste neoliberal, tanto que Haddad já se declarou a favor de uma nova Reforma da Previdência, a mesma que Dilma iniciou em seu governo. Assim o PCO, LPS e outros grupúsculos satélites menores da Frente Popular querem convencer o grande capital a ungir novamente o PT ao papel de gerente dos negócios da burguesia a frente do Estado Brasileiro, tanto que em Minas Gerais a LPS vai apoiar as candidaturas estaduais do PT que está coligado com o PR e PSB (ver foto abaixo). Como a direção nacional do PT vai acatar a impugnação ilegal de Lula pelo TSE, já levando Haddad e Manuela a assumir a campanha eleitoral pelo país, o PCO perderá em breve seu bordão "Lula ou nada", sendo obrigado a engolir o neoliberal Haddad ou convocar um boicote geral as eleições de outubro, denunciando o PT pela capitulação, posição que se chocaria frontalmente com toda sua rendição política e material a Frente Popular. Nota-se que a LPS nem toca nas alianças burguesa do PT enquanto o PCO, que parece não ter limites ideológicos agora tenta apresentar o PROS como uma mera “legenda de aluguel” para atenuar sua própria desmoralização diante da vanguarda de esquerda. Em resumo, o PCO e a LPS são dois lados da mesma moeda revisionista, porém somos obrigados a reconhecer que é o Sr. Pimenta o verdadeiro mentor dessa política escandalosa de capitulação a Frente Popular...o tosco sindicalista Pepê em seu oportunismo vulgar só fez copiar os passos de seu antigo chefe!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

78 ANOS DO ASSASSINATO DE TROTSKY: UM COMBATE HERÓICO ATÉ A MORTE CONTRA O REFORMISMO NA TRINCHEIRA DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA MUNDIAL!


Nesse mês de agosto completa-se 78 anos da morte do grande comunista revolucionário Leon Trotsky. No dia 21 de agosto de 1940 o dirigente Bolchevique veio a falecer, produto de um ataque covarde na cabeça de golpes de picareta desferido por um agente da KGB no México. Estes 78 anos correspondem a um período relativamente curto para a história da humanidade, mas de intensa transformação no planeta, onde desgraçadamente a “roda da história” moveu-se no sentido contrário aos interesses do proletariado mundial e da revolução socialista. No curso deste intervalo de tempo somos obrigados a constatar que a causa do comunismo sofreu um duro revés. O maior deles foi justamente a liquidação contrarrevolucionária da URSS no começo dos anos 90, com o fim do Estado operário soviético que o velho bolchevique ajudou a construir ao lado de Lênin com vitória da Revolução de Outubro. O próprio assassinato de Trotsky no México, depois de vagar pelo planeta desde sua expulsão da União Soviética em 1928, foi uma expressão dramática da situação de perseguição e isolamento que sua corrente política estava sofrendo por parte do stalinismo e do imperialismo. Para os que até hoje defendem seu legado político e as lições programáticas que deixou o velho bolchevique há o imenso desafio de manter de pé a construção do partido revolucionário internacionalista em meio a uma etapa histórica de profundo retrocesso político e ideológico das massas. Os dias de hoje estão marcados por uma brutal ofensiva imperialista mundial. O cerco imperialista a Venezuela, Irã, Síria e a Coreia do Norte fazem parte desta nefasta estratégia que está ancorada em uma perda de referência da vanguarda nos postulados políticos e teóricos do comunismo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

PSTU CEDE SUA LEGENDA PARA GRUPO PRÓ-LAVA JATO E CELEBRA ALIANÇA SINDICAL COM A DIREITA BOLSONARISTA: MORENISMO RUMO À COMPLETA DESMORALIZAÇÃO POLÍTICA 


A desmoralização política do PSTU caminha a passos largos. Nos últimos anos foram as frentes únicas com os fascistas e nazistas na Ucrânia, Líbia, Síria, Nicarágua e Venezuela. A principal seção da LIT também comemorou no Brasil o impeachment da presidente Dilma (PT) junto com a direita reacionária. Em meio ao processo eleitoral burguês em curso, importantes dirigentes do PSTU chegaram a apontar nas redes sociais algo de progressivo no fascista Bolsonaro, alegando que ele seria um “candidato antisistema” cuja base política deveria ser “disputada”. Agora a desmoralização política do Morenismo deu mais um passo, ou melhor, dois. O grupo Transição Socialista (TS) acaba de anunciar que a direção do PSTU lhe cedeu “legenda democrática”. “Nesta eleição, a TS apoia criticamente os candidatos do PSTU, único partido de esquerda hoje no Brasil. O PSTU cedeu democraticamente sua legenda para o companheiro Rafael Padial representar as ideias da TS nestas eleições.”. Para quem não sabe, TS (ex-Negação da Negação) é o agrupamento político revisionista que apoia entusiasticamente a Operação Lava Jato, a caçada fascistoíde do Juiz Moro aos dirigentes do PT e fez atos conjuntos com os nazistas do MBL para exigir a prisão de Lula, comemorando em praça pública a ação arbitrária da PF contra o ex-presidente. Em resumo são os defensores públicos das frentes únicas até com os fascistas em nome de combater a Socialdemocracia representada pela Frente Popular. Sobre o pretexto de combater o “lulismo”, PSTU e TS se colocam no campo da reação burguesa e da escalada fascista que tem como objetivo estratégico perseguir o conjunto da esquerda, inclusive as correntes revolucionárias que combatem sem tréguas os governos da Frente Popular. No mesmo dia em que a TS anunciou o avanço de sua relação política com o PSTU, começou a circular nas redes sociais a denúncia de que a chapa da CSP-Conlutas que disputou a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Itabira-MG (Metabase) era encabeçada por um vereador do PR, André Viana, apoiador público do fascista Bolsonaro. Dessa forma, fica evidente que o PSTU se tornou um braço auxiliar da reação burguesa também nos sindicatos. Trata-se de uma orientação política geral. Sobre o pretexto de combater governos burgueses nacionalistas, reformistas ou frente populistas, a LIT se embloca no campo político e militar do imperialismo e da OTAN. Foi assim na Líbia, Síria, Ucrânia e mais recentemente na Nicarágua e Venezuela. No Brasil negaram-se a denunciar o golpe parlamentar e acabaram por comemorar o impeachment, quando era tarefa dos trotskistas combater a direita reacionária sem capitular ao PT e seu governo de colaboração de classes. Agora, os sindicalistas da Conlutas-PSTU, sob o pretexto de combater uma chapa da CUT (mas na verdade defendendo seus interesses de casta sindical parasitária) fizeram uma aliança sindical com um político burguês fascista, apoiador de Bolsonaro em Minas Gerais. Sabemos que essa relação podre com a burocracia sindical de direita vem de várias décadas atrás, desde que José Maria de Almeida elegeu-se e reelegeu-se presidente da Federação Sindical e Democrática dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais (FSDM), um aparato amorfo controlado até hoje pelo PSTU e também filiado a Conlutas. O que era uma clara degeneração política e material agora avançou para uma traição de classe, um acontecimento escandaloso que tem provocado a desmoralização da militância de base do PSTU, que começa a questionar publicamente essa linha sindical vergonhosa. A nota do PSTU sobre as eleições do Metabase justificando a aliança com o Bolsonaro de Itabira é uma insustentável defesa da unidade com o fascismo nos sindicatos. Lá está escrito que “Fazemos unidade pra luta com todos os trabalhadores, independentemente de sua localização política ou ideológica”, ou seja, não há problema algum em celebrar uma aliança sindical com os fascistas, inimigos históricos do proletariado revolucionário, entregando-lhes inclusive a cabeça da chapa em nome de combater o reformismo, uma política que rompe com o Trotskismo! Cabe aos militantes honestos que ainda restam no PSTU romper com esse partido, que vem sofrendo rachas atrás de rachas (Resistência, GOI, GTR). Pelo caráter centrista do PSTU essas rupturas no Brasil acabam se adaptando ao lulismo/PSOL ou enveredam pela via de um Morenismo ainda mais direitista. Como já alertamos o “giro esquerdista” empírico do PSTU é a outra face, como diria Trotsky, de sua faceta oportunista de direita, na medida que não está lastreado em um programa de ruptura com sua linha socialdemocrata anterior (“Frente de Esquerda”). O PSTU vai se desmoralizando a passos largos e agora será um alvo ainda mais frágil aos ataques da Resistência-PSOL que já desatou a denunciar o acordo sindical podre do Metabase, apesar de na mesma disputa o grupo de Valério Arcary ter ficado a reboque da CUT. O certo é que os Morenistas também estão corroídos pelo “cupim” da democracia burguesa e seu regime de benesses sindicais e corporativas, apesar de ainda proclamarem formalmente a vigência do partido Leninista. Mas a falsa “ortodoxia” oca não pode se sustentar diante de uma linha tão direitista...Triste ocaso do Morenismo no Brasil.

DEBATE DA REDE TV: MARINA REIVINDICA O “DESARMAMENTO DA POPULAÇÃO” SENDO APLAUDIDA PELA ESQUERDA E OS REVISIONISTAS DO TROTSKYSMO... BOLSONARO DEFENDE ARMAS PARA O FASCISMO AVANÇAR CONTRA OS TRABALHADORES. OS MARXISTAS REVOLUCIONÁRIOS ESTÃO PELO DIREITO AO ARMAMENTO POPULAR CONTRA A BURGUESIA E A CONSTRUÇÃO DE MILÍCIAS DE AUTO-DEFESA OPERÁRIAS!


No debate entres os candidatos a presidente realizado pela Rede TV, Bolsonaro defendeu a "posse de armas de fogo pelos cidadãos de bem" no que foi rechaçado por Marina Silva, que condenou a proposta alegando que tal medida "patrocina a violência". Sua defesa do “desarmamento” foi aplaudida nas redes sociais pelo conjunto da esquerda e inclusive pelos revisionistas do trotskismo. Obviamente que a plataforma do fascista Bolsonaro está ligada a aumentar a ofensiva reacionária contra os trabalhadores, mas a reação burguesa somente pode ser respondida pelo amamento operário e não pelo pacifismo como reivindica a esquerda em geral que aplaudiu Marina. Nós da LBI não nos opormos ao direito democrático de autodefesa diante do Estado burguês e muito menos defendemos o monopólio das armas pela burguesia. Quando da marcha do “Ocupe Brasília” em maio de 2017, diante da dura repressão da polícia, defendemos os comitês de autodefesa e o armamento popular, enquanto esses mesmo grupos que aplaudiram Marina Silva se calaram. Vale lembrar que essa mesma esquerda defendeu no referendo de 2005 o “sim” ao desarmamento, uma negativa do direito do armamento a população. Na época houve a expressiva vitória do “Não” no referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo, com cerca de 64% dos votos válidos contra 36% de votos pelo “Sim”. Tragicamente, nenhum dos grupos políticos que se reivindicam trotskistas defendem em seus programas a necessidade de formar comitês de autodefesa e de criar milícias operárias e revolucionárias para responder a repressão estatal e forjar as condições para a derrubada insurrecional do capitalismo. Trotsky já nos dizia no Programa de Transição que “Por ocasião de cada greve e de cada manifestação de rua, é necessário propagar a ideia da necessidade da criação de DESTACAMENTOS OPERÁRIOS DE AUTO DEFESA. É necessário inscrever esta palavra-de-ordem no programa da ala revolucionária dos sindicatos. É necessário formar praticamente os destacamentos de auto-defesa em todo o lugar onde for possível a começar pelas organizações de jovens e conduzi-los ao manejo das armas. A nova onda do movimento de massas deve servir não somente para aumentar o número de destacamentos, mas ainda para unificá-los por bairros, cidades, regiões. É necessário dar uma expressão organizada ao ódio legítimo dos operários pelos pelegos e bandos de gangsters e de fascistas. É necessário lançar a palavra-de-ordem de MILÍCIA OPERÁRIA como única garantia séria para a inviolabilidade das organizações, reuniões e imprensa operárias”. Como se observa, enquanto o fundador da IV Internacional orienta publicitar amplamente essas medidas de luta, os hilários revisionistas do trotskismo de hoje tratam de esconder essas palavras de ordem em nome de saídas políticas e ordeiras dentro dos marcos do regime político vigente! O Armamento Popular, os Comitês de Autodefesa e as Milícias Operárias não existem como medidas de luta e resistência dos trabalhadores para esses revisionistas, verdadeiros pacifistas pequeno-burgueses cuja principal arma é a “radicalização da democracia” contras as potentes bombas de gás e armas letais da polícia e das FFAA! Essa tarefa, segundo esses senhores, não estaria colocada para agora, nesse momento devemos ser “realistas” defendendo fórmulas concretas para resgatar a democracia burguesa totalmente desacreditada aos olhos dos trabalhadores! Convocar a formação desses instrumentos de autodefesa armada, como propõe a LBI, seria para esses senhores uma “provocação”. Em resposta, reproduzimos o que nos ensinou historicamente Trotsky: “Conclamar a organização da milícia é uma ‘provocação’, dizem alguns adversários certamente pouco sérios e pouco honestos. Isto não é um argumento, mas um insulto. Se a necessidade de defender as organizações operárias surge de toda a situação, como é possível não se conclamar a criação de milícias? É possível nos dizer que a criação de milícias ‘provoca’ os ataques dos fascistas e a repressão do governo? Neste caso, trata-se de um argumento absolutamente reacionário. O liberalismo sempre disse aos operários que eles ‘provocam’ a reação, com sua luta de classes.” (Aonde vai a França, LT). Muitos desses grupos como o Resistência, a CST e o PSTU pleiteiam melhores condições de trabalho para os policiais reprimirem os trabalhadores e não lutam pelo fim do aparato repressivo pelas mãos dos explorados organizados em milícias operárias e comitês de autodefesa! Não por coincidência, estes setores da esquerda reformista são os mesmos que defendem a “democratização das polícias” e, sistematicamente, apoiam as greves policiais por “maiores salários e melhores condições de trabalho”. São, portanto, caudatários de que a questão dos conflitos da violência urbana sejam resolvidos pela instituição policial, “renovada e democratizada”. Os marxistas revolucionários não podem ser confundidos com os pacifistas pequeno-burgueses, nem tampouco com os apologistas do “Estado de Direito”. Entendemos que o braço armado do Estado burguês, como a polícia e suas forças militares, não pode ser “reformado”, deve ser liquidado sob a nova ordem socialista. A constituição política do direito à autodefesa e ao próprio armamento do proletariado, assumida por sua vanguarda, deverá ser conquistado à margem e por fora da legalidade burguesa e do “Estado de Direito”. Como definiu Marx, o Estado, em última instância, não passa de um destacamento de homens armados a serviço de uma classe social. A política militar e de segurança colocada neste momento para a vanguarda classista passa pela construção de milícias operárias e camponesas de autodefesa para derrotar a ofensiva criminosa do grande capital e latifúndio. Não semeando nenhuma ilusão de que a democracia dos ricos poderá resolver os graves conflitos sociais existentes em nosso país. Somente com uma perspectiva de total independência de classe é que poderemos superar o grande embuste da frente popular, apontando na direção da revolução socialista e da instauração da ditadura do proletariado. A LBI ao contrário da esquerda em geral e dos revisionistas em particular defende que faz-se necessário debater com o movimento de massas a tarefa de organizar de conjunto nossas milícias de autodefesa, independente dos matizes políticos que nos separam. No campo, nas periferias e nos centros urbanos a organização dos círculos de autodefesa deve estar colada à ação direta nos sindicatos e associações, sempre na perspectiva da luta concreta por melhores condições de vida e salário. Não devemos encarar a formação das milícias de autodefesa como uma tarefa “militarista”, separada de nossas reivindicações pontuais e históricas. Nossas lutas estão enfrentando uma etapa bastante delicada nesta correlação de forças, onde teremos que enfrentar o duro ajuste neoliberal em curso que tem a cumplicidade do próprio PT porque foi desatado inicialmente pelo governo Dilma, sendo agora aprofundada por Temer e na mesma proporção a “onda” fascistizante que deve se avolumar na medida do agravamento da própria crise econômica. Estabelecer uma enérgica resposta política dos oprimidos a cada ataque direitista contra nossos companheiros e lutas como os vociferados pelo fascista Bolsonaro no debate da Rede TV, perpassa pela organização de nossas milícias de autodefesa, sabemos muito bem que com o fascismo que ameaça nossas liberdades democráticas “Não se dialoga, se combate de armas na mão, se preciso for!”.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

GOVERNO CAPACHO DO EQUADOR ANUNCIOU QUE VAI EXPULSAR ASSANGE DA EMBAIXADA EM LONDRES: UM LENIN QUE NÃO HONRA SEU NOME E TAMPOUCO SEU "PADRINHO POLÍTICO” O NACIONALISTA BURGUÊS RAFAEL CORREA


O presidente do Equador, Lenin Moreno, confirmou nesta quarta-feira, 15, que irá pedir para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixe a embaixada do País em Londres. “Se o governo britânico garante que Julian Assange não vai estar em perigo o tempo para ser extraditado para outro país, vamos pedir-lhe para deixar a nossa embaixada em Londres e na frente da Justiça inglesa”, disse Moreno em declaração divulgada pelo governo equatoriano nas redes sociais. Ele já negociou de fato a entrega de Julian Assenge para as garras do imperialismo, com sua expulsão da embaixada do Equador em Londres, onde encontra-se há 06 anos. Essa conduta vergonhosa é admitida pelo próprio ex-presidente Rafael Correa, seu ex-"padrinho politico”, rompido com Lenin (que não honra seu nome!) depois do alinhamento deste ultimo à Casa Branca; “Você pode ter certeza de que ele [Lenin] é um hipócrita. Ele já tem um acordo com os EUA sobre o que vai acontecer com Assange. E agora ele está apenas tentando adoçar a pílula dizendo que vai ter um diálogo. Ele fala sobre um diálogo, mas tudo já foi acordado com o governo do Reino Unido, especialmente depois da visita do vice-presidente Pence ao Equador há algumas semanas” (Russia Today, 31 de julho). Afirmou ainda estar com medo “de que os dias de Assange estejam contados”. Assange recebeu asilo político do Equador há seis anos, quando respondia por um processo na Suécia, e poderia ser extraditado para os Estados Unidos para responder por ter vazado informações da Casa Branca através do Wikileaks. À época, abrigar o jornalista e hacker foi uma decisão política de Correa que estava muito relacionada à soberania da política externa equatoriana. Não é segredo que Lenin vê Assange na embaixada como um “incômodo” e já afirmou que não concorda com os “métodos” utilizados pelo jornalista para vazar informações – através do Wikileaks. Na semana passada, em passagem pela Espanha, o presidente equatoriano disse que esta questão já se estendeu por muito tempo e deve ser resolvida imediatamente. Moreno se reuniu em Madrid com responsáveis de um governo espanhol que também exigiu a expulsão depois da sua posição sobre a independência da Catalunha. De acordo com informações da CNN e do Times of London, ele pode ser expulso de lá a qualquer momento. Jennifer Robinson, integrante da equipe jurídica de Assange, disse que a crise disparou planos de contingência para ele sair em “horas, dias ou semanas. Assange deve perder seu status de asilo iminentemente. Isto significa que ele será expulso da embaixada. É impossível dizer quando isso vai acontecer”. Em março, a embaixada cortou o acesso de Assange à internet, dizendo que ele havia violado um acordo para não interferir nas relações internacionais do Equador. Assange está, há três meses, proibido de usar a rede de internet da embaixada o que o deixa completamente isolado e sem comunicações com o exterior. O fundador do Wikileaks encontrava-se perseguido e acuado pelo governo dos Estados Unidos e vários de seus aliados (Reino Unido e Suécia, principalmente). A justiça sueca exige que Assange apresente-se em Estocolmo para testemunhar pessoalmente sobre as acusações de agressão sexual forjada, uma cortina de fumaça para calar o ativista para depois deportá-lo para as masmorras dos EUA. Desde a LBI, que se solidarizou com o jovem soldado Bradley Manning, o real responsável por dar visibilidade mundial ao WikiLeaks e demonstrar que o verdadeiro terrorista é o imperialismo ianque através da cópia de arquivos provenientes da “diplomacia secreta” dos EUA, exigimos também o fim da perseguição e da farsa judicial contra Assange, como fizemos há seis anos atrás e denunciamos a conduta vergonhosa do novo governo do Equador! É necessário neste exato momento deflagrar uma campanha internacionalista para impedir que o imperialismo com a ajuda do servil governo do Equador prenda o fundador do “Wikileaks”!
ATO EM BRASÍLIA ANUNCIA HADDAD COMO "PLANO B" PALATÁVEL PARA O REGIME GOLPISTA, ALÉM DE CONFIRMAR A COLIGAÇÃO POLÍTICA COM PCdoB, PROS E PCO


"Eles não têm nome competitivo, não conseguem apresentar nenhum plano de governo, a não ser esse já rejeitado pelo povo. Hoje, chegamos unidos, com PCdoB, Pros e PCO em torno da liderança de Lula. E não vamos arredar o pé das ruas até reconduzir Lula ao Planalto”, assim Fernando Haddad encerrava seu discurso diante da multidão de cerca de 15 mil apoiadores da candidatura do PT ao Planalto que foram neste dia 15 de agosto em Brasília. PT e PCdoB juntos nas eleições não são propriamente uma novidade, porém o revisionista PCO unido a um partido de direita como o PROS é fato histórico novo em toda a história do Trotskismo Internacional. A degeneração da família Pimenta, que controla o PCO, parece não ter limites ideológicos, e agora tenta apresentar o PROS como uma mera "legenda de aluguel" para atenuar sua própria desmoralização diante da vanguarda de esquerda. Como a direção nacional do PT se encaminha rapidamente para acatar a impugnação ilegal de Lula pelo TSE, (chegaram a retirar o recurso de liberdade ao STF em nome de não atrapalhar o registro eleitoral) levando Haddad e Manuela a assumir a campanha eleitoral pelo país, o PCO perderá seu bordão "Lula ou nada", sendo obrigado a engolir o neoliberal Haddad ou convocar um boicote geral as eleições de outubro, posição que se chocaria frontalmente com toda sua rendição política e material a Frente Popular. Se na política burguesa legendas de aluguel povoam o cenário institucional, na esquerda o PCO inaugurou uma "nova era": as legendas de aluguel do revisionismo do Trotskismo...

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

15 MIL PESSOAS NO REGISTRO ELEITORAL EM BRASÍLIA: ADOÇÃO DO “PLANO B” (HADDAD-MANUELA) COMPROMETIDO COM O CIRCO ELEITORAL GOLPISTA, FRAUDADO E AINDA POR CIMA ACOMPANHADO DO PROGRAMA NEOLIBERAL ESVAZIOU A MARCHA “LULA OU NADA!”


15 mil pessoas, a maioria militantes ligados ao MST, participaram hoje da marcha ao TSE em apoio ao registro eleitoral da candidatura Lula. A óbvia opção do PT de lançar de fato a dupla Haddad-Manuela diante da previsível impugnação da candidatura Lula esvaziou a manifestação. As recentes declarações de Haddad totalmente servis ao imperialismo condenando a Venezuela e Nicarágua além de seus compromissos de levar a cabo a reforma neoliberal da previdência ajudaram ainda mais em desmobilizar a atividade. Ficou claro que o PT longe que qualquer “radicalização” mesmo que midiática (“Lula ou nada!") já havia optado pelo “Plano B” visando credenciar junto a burguesia a dupla frente populista para conquistar uma vaga no segundo turno do circo eleitoral da democracia dos ricos, ancorada na coligação PT, PCdoB, PROS e PCO. A marcha de hoje, completamente ordeira e pacífica, ficou aquém de todas as manifestações do último período realizadas na capital federal, como o “Ocupe Brasília” de 25 de maio de 2017 duramente reprimida pela polícia para não falarmos da “Greve Geral” de 28 de abril de 2017 ou mesmo do “dia nacional de luta” de 05 de dezembro de 2016. No discurso final de Haddad aos presentes no ato ocorrido depois que foi protocolado o registro da candidatura petista, ex-prefeito de São Paulo leu a carta de Lula em que este se compromete com a “respeitar a democracia” ainda que preso. Em resumo, Lula já “passou o bastão” oficialmente para Haddad, mesmo antes da impugnação pelo TSE, que deve ocorrer em breve. Este, ao lado de Manuela (PCdoB) nada mais fez que reforçar seu compromisso com a ordem burguesa e com um programa de colaboração classes. Por volta das 18hs a orientação foi que os manifestantes voltassem imediatamente para os ônibus e “não aceitassem provocações” em um claro aviso de que estava encerrado o teatro montado pela Frente Popular. Agora, em aliança com as oligarquias regionais em vários estados do Nordeste (PSB) e coligado com a escória fisiológica do PROS e do PCdoB de Flávio Dino (junto com o DEM e outros golpistas no Maranhão), além de ter o apoio do corruto PCO, Haddad vai tentar garantir a ida da candidatura presidencial da Frente Popular para o segundo turno, apresentando um programa de “união nacional” voltado a convencer o grande capital a ungir novamente o PT ao papel de gerente dos negócios da burguesia a frente do Estado Brasileiro. Cabe aos Marxistas Revolucionários denunciarem vigorosamente esse engodo e propagandear uma plataforma revolucionária que denuncie tanto a direita reacionária (Alckmin, Dias, Bolsonaro, Marina...) como as candidaturas do PT. PDT e PSOL que não passam de porta-vozes do neodesevolvimentismo burguês, seja pela voz de Lula, Haddad, Ciro ou Boulos.

A FARSA DO "SPCIRO" OU O VELHO ENGODO DA "BOLHA DE CRÉDITO" QUE TODOS QUEREM COPIAR DO PT: DE BOLSONARO A BOULOS...


Ciro, o candidato que alugou a legenda do PDT para disputar a corrida ao Planalto nestas eleições, vem tentando se recuperar das "rasteiras" sofridas em sua curta campanha com uma bombástica e demagógica proposta eleitoral, que "dialogaria" diretamente com o "bolso e a alma" do povão: tirar 60 milhões de inadimplentes do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Os "gurus" da campanha do ex-governador do Ceará, mais precisamente o economista Roberto Mangabeira Unger, tentaram com a proposta do "SPCiro", uma fusão das teses acadêmicas do neodesenvolvimentismo com a demagogia barata de prometer crédito "mais barato" para as camadas populares reativarem pela via do consumo a estagnada economia nacional. Se analisarmos com um pouco mais de cuidado a "proposta bomba" com que Ciro pensa em cravar seu lugar no segundo turno das eleições de outubro, vamos verificar que se trata de uma reedição da própria "plataforma" do SPC e Serasa que oferece para os inadimplentes de seus clientes (grandes empresas e bancos). Já algum tempo no país os consumidores inadimplentes recebem "cartas" de empresas de recuperação de crédito, oferecendo super descontos e parcelamento de dívidas, além da promessa de iniciada a quitação do débito retirar os devedores da temida "lista negra" do SPC e Serasa. Também não é novidade que financeiras de médio porte já oferecem "crédito novo"  aos chamados "negativados", com taxas de juros um pouco maiores em função do risco, a CREFISA, por exemplo, tem uma política agressiva na mídia nacional ofertando crédito consignado ao nicho de mercado considerado "negativado". A "pitada" neodesenvolvimentista da entourage cirista seria que os bancos públicos, como Caixa e BB, passariam a também oferecer o "crédito novo" aos milhões de inadimplentes para se endividarem um pouco mais. O que é realmente mais "fake", para usar uma expressão da moda, na proposta de Ciro Gomes é o fato de que mesmo saindo do SPC e Serasa os milhões de devedores não terão a menor garantia de que as grandes financeiras concederão crédito suplementar para além da quitação de seus débitos, ou seja, você pode estar com o nome absolutamente "limpo" na praça e nem por isso o Bradesco e Itaú são obrigados a lhe conceder novos cartões de crédito ou empréstimos pessoais, como ocorre com milhões de consumidores que estão totalmente adimplentes mas possuem um passado de restrições em suas "fichas" bancárias. Se o truque fajuto do candidato do PDT poderá engrupir alguns milhares de tolos, com toda certeza não terá a capacidade de levar Ciro sequer ao segundo turno das eleições presidenciais. Porém a falta de originalidade da proposta cirista , copiado "porcamente" do programa econômico que embalou os doze anos de governo da Frente Popular e que resultou no fiasco da recessão que hoje o país atravessa, parece atrair candidatos da esquerda até a direita. A equipe de assessoria do neofascista Bolsonaro também acenou com o reaquecimento da economia nacional pela senda do "crédito generoso", com a distinção de que a "operação" teria que ser manejada pela iniciativa privada. O PSOL, com seu candidato "Boulula", apresentou uma plataforma de governo, expressa no programa econômico "VAMOS" que nada mais é do que a clonagem social democrata das teses neodesenvolvimentistas do PT, que o professor Guido Mantega defendia ainda nos tempos quando era professor da PUC. Por sinal as teses cepalinas (em referência a CEPAL) de construir um "capitalismo autônomo e popular", não propriamente uma novidade no cenário político nacional, foram postas em práticas com JK em meados da década de 50, com a criação dos bancos de fomento e da SUDENE para a região do nordeste. O regime militar fortaleceu os bancos estatais que sobreviveram a predação do mercado financeiro internacional desembocando no governo Lula que aproveitou a bolha de crédito internacional e "encharcou" o BNDES de capital, tornando-o um dos dez maiores bancos de fomento do mundo. Mas longe de criar um "capitalismo nacional", o resultado de toda política neodesenvolvimentista ao longo da história do país foi resultar na maior dependência da economia semi-colonial aos fluxos do capital financeiro internacional. Sem a ruptura radical com este sistema imperialista mundial não há nenhuma saída minimamente progressista, somente breves períodos de interregno que logo se encaminham para novas crises econômicas.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

VISITA DO SECRETÁRIO DE DEFESA DOS EUA, JAMES MATTIS: FORA O IMPERIALISMO DO BRASIL! NÃO A ENTREGA DA BASE DE ALCÂNTARA! DERROTAR O CERCO DA CASA BRANCA AO GOVERNO MADURO! PELA UNIDADE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES LATINO-AMERICANOS CONTRA QUALQUER AGRESSÃO IANQUE!


O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, se reuniu nesta segunda-feira com os ministros brasileiros da Defesa e das Relações Exteriores para debater assuntos de interesse do imperialismo ianque no continente. Trata-se da visita do chefe do Pentágono um mês e meio depois da visita do vice-presidente Mike Pence ao país. Na agenda oficial de Mattis, estavam a discussão para avançar na cooperação nas áreas técnica, científica, político-militar e de indústria de defesa, como no caso do uso, pelos EUA, da base de lançamento de foguetes de Alcântara, no Maranhão. Em resumo, há um interesse claro de parte do Pentágono em cercar política e militarmente o governo de Maduro, com o país tendo acesso a tecnologia bélica controlada pelos EUA agora que a Embraer irá pertencer a Boeing. A opção militar dos EUA contra Caracas fica da vez mais evidente, vide o atentado contra Maduro ocorrido recentemente. Lembremos que Maduro acusou o governo colombiano e pessoas de dentro dos Estados Unidos de instigarem a direita golpista e acrescentou "não ter dúvida" de que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, está "por trás desse ataque". Os EUA também tem um conhecido interesse no centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão e com certeza a presença do chefe do Pentágono indica que deve haver um acordo governo a governo com relação a questão do emprego da base de lançamentos de Alcântara para a ofensiva ianque na América Latina. Desde a LBI denunciamos a presença militar ianque no Brasil. Em alto e bom som dizemos: Fora o imperialismo do Brasil! Não a entrega da base de Alcântara! Derrotar o cerco da casa branca ao governo maduro! Pela unidade revolucionária dos trabalhadores latino-americanos contra qualquer agressão ianque!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

57 ANOS DA CONSTRUÇÃO DO MURO DE BERLIM: UM SÍMBOLO DA DIVISÃO ENTRE O CAOS DO MERCADO CAPITALISTA E OS ESTADOS OPERÁRIOS BUROCRATIZADOS...SUA DERRUBADA PELAS FORÇAS DA CONTRARREVOLUÇÃO FOI UM DERROTA HISTÓRICA PARA OS TRABALHADORES


No dia 13 de agosto de 1961, há exatos 57 anos, teve início a construção do Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer). Hoje o imperialismo se regozija desta data histórica para comemorar com toda empáfia e cinismo o oposto, a restauração capitalista do antigo Estado operário alemão, produto da queda contrarrevolucionária do Muro. A mídia burguesa "murdochiana" aproveita para espalhar por todos os cantos do planeta que a Alemanha “unificada” está agora, sem o muro, mergulhada no paraíso do mercado livre ! Nas palavras da chanceler alemã Angela Merkel: “A queda do muro foi um acontecimento que mudou a minha vida e a de milhões de outras para melhor” (Der Spiegel, 03/8). A verdade é, no entanto, outra, completamente oposta. Os trabalhadores da antiga Alemanha Oriental estão pagando um alto preço social com o fim do Estado operário: o “sonho” do consumo capitalista em troca do pleno emprego e de todas garantias sociais, como habitação, saúde e educação acessíveis a toda população. O "Muro" passou a simbolizar todo o ódio de classe da reação mundial ao "socialismo real", e desgraçadamente a esquerda revisionista do Trotskismo (LIT, UIT, PCO) também embarcou nesta "onda" ideológica afirmando que o Muro de Berlim significava a opressão contra a classe operária, ignorando que do outro lado do "Muro" se condensava a verdadeira exploração capitalista sobre o proletariado.

sábado, 11 de agosto de 2018

11 DE AGOSTO - DIA DOS ESTUDANTES: VIVA A ALIANÇA OPERÁRIO-ESTUDANTIL! FORÇA A JUVENTUDE BOLCHEVIQUE!


Publicamos abaixo o artigo “As tarefas da Juventude Revolucionária” elaborado por Lênin em 1903. Trata-se de uma contribuição teórica ao debate sobre a construção de uma autêntica juventude comunista proletária, no seio da disputa ideológica de setores da pequena-burguesia estudantil entre os revolucionários comunistas, socialdemocratas e as forças da reação burguesa. A Juventude Bolchevique (JB) vem aplicando as lições nos legadas por Lênin e faz da formação política e ideológica seu móvel de organização nas escolas, universidades, fábricas e na juventude camponesa. Nesse dia do estudante, 11 de agosto, quando as entidades estudantis (UBES e UNE) estão totalmente prostradas diante do circo eleitoral da democracia dos ricos, a JB convoca a vanguarda estudantil a cerrar fileiras na unidade revolucionária com o proletariado, como nos ensinou Lênin. Esse terreno é o "celeiro de quadros" para forjar um autêntico Partido Revolucionário que desafia, com a rebeldia da juventude e a força da classe operária, as instituições do regime político burguês!

AS TAREFAS DA JUVENTUDE REVOLUCIONÁRIA
Lênin - Setembro de 1903

A declaração da redação do jornal Student, publicada pela primeira vez, se não nos enganamos, no n.° 4 (28) da Osvobojdénie e recebida igualmente pelo Iskra, testemunha, em nossa opinião, um passo em frente dado nas concepções da redação depois da saída do n.° 1 do Student. O Sr. Struve não se enganou quando se apressou a declarar o seu desacordo com as opiniões expostas na declaração: estas opiniões, de fato, diferem radicalmente da corrente do oportunismo a que tão consequente e zelosamente se agarra o órgão liberal-burguês. Reconhecendo que «apenas um sentimento revolucionário não pode criar a unidade ideológica dos estudantes», que «para este objetivo é necessário um ideal socialista, que se apoie numa ou noutra concepção socialista do mundo», e além disso numa concepção do mundo «definida, integral», a redação do Student rompeu já no campo dos princípios com a indiferença ideológica e o oportunismo teórico, colocando numa base correcta a questão dos meios de revolucionar os estudantes.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

DIA DO BASTA: MAIS UMA FRAUDE DA BUROCRACIA SINDICAL CONTRA A MOBILIZAÇÃO REAL DOS TRABALHADORES. ORGANIZAR UMA VERDADEIRA GREVE GERAL PARA DERROTAR A OFENSIVA PATRONAL! 


A LBI participou no "Dia do Basta" em várias capitais do país, porém tendo pleno conhecimento que se tratava de mais uma fraude política contra a real mobilização dos trabalhadores. Das paralisações anunciadas pelas centrais sindicais, em particular a CUT, nada ocorreu... somente atos e poucas passeatas muito esvaziadas com um eixo totalmente voltado para o circo eleitoral. A burocracia sindical chegou inclusive a cancelar greves nacionais, como os correios e bancários que estão em plena campanha salarial e já tinham apontado em suas assembleias vontade de paralisar, no caso dos bancários ao menos por um dia, no próprio 10/08 como "advertência" pelo atendimento de sua pauta de reivindicações. Mas como o "centro das atenções" dos reformistas se volta para o cenário eleitoral, os arremedos de greves e paralisações, como este "Dia do Basta" servem apenas para desviar e "esfriar" a legítima vontade de luta e ação direta da classe trabalhadora. A vanguarda classista deve tomar em suas mãos a preparação e organização de greves e ocupações, sem depositar nenhuma ilusão nas direções corrompidas das centrais sindicais totalmente embriagadas com a farsa da democracia burguesa. Para derrotar a brutal ofensiva neoliberal em curso, no bojo do golpe palaciano, o proletariado necessita construir seus próprios instrumentos independentes de mobilização e luta!