15 MIL PESSOAS NO REGISTRO ELEITORAL EM BRASÍLIA: ADOÇÃO DO
“PLANO B” (HADDAD-MANUELA) COMPROMETIDO COM O CIRCO ELEITORAL GOLPISTA,
FRAUDADO E AINDA POR CIMA ACOMPANHADO DO PROGRAMA NEOLIBERAL ESVAZIOU A MARCHA “LULA OU NADA!”
15 mil pessoas, a maioria militantes ligados ao MST,
participaram hoje da marcha ao TSE em apoio ao registro eleitoral da
candidatura Lula. A óbvia opção do PT de lançar de fato a dupla Haddad-Manuela
diante da previsível impugnação da candidatura Lula esvaziou a manifestação. As
recentes declarações de Haddad totalmente servis ao imperialismo condenando a
Venezuela e Nicarágua além de seus compromissos de levar a cabo a reforma
neoliberal da previdência ajudaram ainda mais em desmobilizar a atividade. Ficou
claro que o PT longe que qualquer “radicalização” mesmo que midiática (“Lula ou
nada!") já havia optado pelo “Plano B” visando credenciar junto a burguesia a
dupla frente populista para conquistar uma vaga no segundo turno do circo
eleitoral da democracia dos ricos, ancorada na coligação PT, PCdoB, PROS e PCO.
A marcha de hoje, completamente ordeira e pacífica, ficou aquém de todas as
manifestações do último período realizadas na capital federal, como o “Ocupe
Brasília” de 25 de maio de 2017 duramente reprimida pela polícia para não falarmos da “Greve Geral” de 28 de abril de 2017 ou mesmo do “dia nacional de
luta” de 05 de dezembro de 2016. No discurso final de Haddad aos presentes no
ato ocorrido depois que foi protocolado o registro da candidatura petista,
ex-prefeito de São Paulo leu a carta de Lula em que este se compromete com a
“respeitar a democracia” ainda que preso. Em resumo, Lula já “passou o bastão”
oficialmente para Haddad, mesmo antes da impugnação pelo TSE, que deve ocorrer
em breve. Este, ao lado de Manuela (PCdoB) nada mais fez que reforçar seu
compromisso com a ordem burguesa e com um programa de colaboração classes. Por
volta das 18hs a orientação foi que os manifestantes voltassem imediatamente
para os ônibus e “não aceitassem provocações” em um claro aviso de que estava
encerrado o teatro montado pela Frente Popular. Agora, em aliança com as
oligarquias regionais em vários estados do Nordeste (PSB) e coligado com a
escória fisiológica do PROS e do PCdoB de Flávio Dino (junto com o DEM e outros
golpistas no Maranhão), além de ter o apoio do corruto PCO, Haddad vai tentar
garantir a ida da candidatura presidencial da Frente Popular para o segundo
turno, apresentando um programa de “união
nacional” voltado a convencer o grande capital a ungir novamente o PT ao papel
de gerente dos negócios da burguesia a frente do Estado Brasileiro. Cabe aos Marxistas Revolucionários denunciarem vigorosamente esse engodo e propagandear uma plataforma
revolucionária que denuncie tanto a direita reacionária (Alckmin, Dias,
Bolsonaro, Marina...) como as candidaturas do PT. PDT e PSOL que não passam de
porta-vozes do neodesevolvimentismo burguês, seja pela voz de Lula, Haddad,
Ciro ou Boulos.