ATAQUE TERRORISTA CONTRA MADURO: A DIREITA FASCISTA
FINANCIADA PELOS EUA TENTAM REEDITAR NA VENEZUELA O QUE PRETENDERAM POR MAIS DE
TRINTA ANOS EM CUBA SEM O MENOR SUCESSO. OS MARXISTAS REVOLUCIONÁRIOS SE POSTAM
INCONDICIONALMENTE AO LADO DO REGIME CHAVISTA CONTRA AS INVESTIDAS ASSASSINAS
DO IMPERIALISMO IANQUE E SEUS ARÍETES LOCAIS! CONVOCAR A AÇÃO DIRETA DA CLASSE
OPERÁRIA PARA DERROTAR A OFENSIVA FASCISTA EM TODO O CONTINENTE! DENUNCIAMOS
COMO TRAIDORES DO PROLETARIADO O SETOR REVISIONISTA DA ESQUERDA (LIT&UIT)
QUE APOIA O BLOCO OPOSITOR DA "REAÇÃO DEMOCRÁTICA" NA VENEZUELA,
DIRETAMENTE LIGADO AO DEPARTAMENTO DE ESTADO DA "CASA BRANCA"
Um ataque terrorista contra o presidente Nicolas Maduro
aconteceu na capital venezuelana nesta tarde deste sábado, 04/08. Segundo o
ministro das Comunicações, Jorge Rodriquez, "dois artefatos voadores, tipo
drone" foram usados no "ataque". Horas depois, em pronunciamento,
Maduro disse: "Um objeto voador explodiu perto de mim. Uma grande
explosão. Segundos depois, houve uma segunda explosão." Fotos que circulam
nas redes sociais mostram seguranças protegendo Maduro com escudos à prova de
bala, após o covarde atentado planejado por agentes da CIA em território
venezuelano. Maduro informou que os "autores materiais do atentado foram
capturados". "A investigação está muito avançada. Sem dúvida, lidamos
com a situação em tempo recordo e se trata de um atentado para me matar",
afirmou em um pronunciamento. Maduro acusou o governo colombiano e pessoas de
dentro dos Estados Unidos de instigarem o que chamou de "atentado da
direita", ele acrescentou "não ter dúvida" de que o presidente
colombiano, Juan Manuel Santos, está "por trás desse ataque".
Enquanto isso a falange neofascista "Movimento Nacional Soldados de
Camiseta" disse na sua conta no Twitter que foi o autor do atentado. Esse
ataque terrorista não é um ato isolado, ocorre no lastro dos ataques de bandos
fascistas a prédios públicos e em um momento em que o chavismo atravessa uma
grave crise apesar da recente vitória eleitoral. Como se observa estão
amadurecendo as condições políticas para um Golpe de Estado contra Maduro. Vale
ressaltar que o setor revisionista da esquerda (LIT&UIT) apoia o bloco
opositor da "reação democrática" na Venezuela, diretamente ligado ao Departamento
de Estado da Casa Branca. A LIT defende “Fora Maduro” e afirma que “A cada dia,
mais e mais setores chegam à conclusão de que com este governo não há saída e
que a Venezuela não tem futuro... Aumenta a cada dia aqueles que dizem Fora
Maduro! O povo diz: “Maduro, vá embora já!”.” (Sitio LIT, 08.06). Por sua vez a UIT apregoa “AS RUAS!! Pela
saída de Maduro” (06.06), com os Morenistas fazendo claramente o jogo da reação
burguesa, do fascismo e dos EUA. O quadro social, político e econômico reflete
a investida do imperialismo e da direita golpista contra o governo Maduro.
Frente a esta situação defendemos a unidade de ação militar com o “chavismo”
para derrotar a reação burguesa pró-imperialista, forjando uma alternativa de
direção revolucionária para os trabalhadores! Por esta razão reafirmamos que é
preciso derrotar com os métodos de luta da classe operária a direita golpista
sem capitular ao “chavismo” e seu projeto nacionalista burguês! Os Marxistas Revolucionários não nutrem
ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações
históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos
na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua
incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos
acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o
Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o
caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada
aos interesses do “grande Amo do Norte”. O fundamental é que o proletariado
venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no
curso da luta política sua genuína bandeira socialista. O Chavismo como uma
expressão radicalizada do nacionalismo burguês, historicamente é incapaz de
levar adiante a tarefa de construção dos conselhos operários de poder, os
Soviets. A tarefa prioritária da classe operária venezuelana nesta conjuntura
de gestação da guerra civil, passa necessariamente pela construção do seu
próprio poder estatal (com todas suas instituições embrionárias) para derrotar
tanto a direita golpista como a iminente capitulação do Chavismo frente a
reação! Cabe aos revolucionários defender a formação de conselhos operários
para construir uma verdadeira república socialista na Venezuela, sobre o
cadáver das instituições burguesas tendo como estratégia a vitória da Revolução
Socialista e da Ditadura do Proletariado! O proletariado deve responder aos
ataques terroristas e a reação fascista com uma demonstração de força em defesa
da ampliação das conquistas sociais da classe operária e de repúdio aos
golpistas, forjando no calor da batalha um programa genuinamente comunista de
completa ruptura com o nacionalismo burguês. Devemos convocar a vanguarda
classista para a ação direta, contemplando uma plataforma de ocupações de
fábricas, nacionalizações de grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores
e socialização do latifúndio. A tarefa que se impõe nesta polarizada
conjuntura, acompanhando a evolução política das massas, é a construção do
partido operário revolucionário, única forma de combate consequente ao Estado
capitalista, cabendo à vanguarda do proletariado adotar uma política de
“estimular” as tendências de radicalização do setor popular e camponês do
nacionalismo burguês para que se choque com os limites impostos pelo próprio
Maduro e a direção do PSUV a frente do governo! Para os trabalhadores
venezuelanos e latino-americanos, que acompanham o desenrolar dos últimos
acontecimentos e buscam intervir de forma independente na crise venezuelana
fica claro que é preciso preparar uma alternativa política dos explorados tanto
ao chavismo decadente como à direita reacionária. Devemos chamar pela derrota
da direita golpista com manifestações populares que expressem os métodos de
luta e as reivindicações imediatas e históricas dos trabalhadores em unidade de
ação com Maduro mas com total independência política!