quinta-feira, 16 de agosto de 2018

GOVERNO CAPACHO DO EQUADOR ANUNCIOU QUE VAI EXPULSAR ASSANGE DA EMBAIXADA EM LONDRES: UM LENIN QUE NÃO HONRA SEU NOME E TAMPOUCO SEU "PADRINHO POLÍTICO” O NACIONALISTA BURGUÊS RAFAEL CORREA


O presidente do Equador, Lenin Moreno, confirmou nesta quarta-feira, 15, que irá pedir para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixe a embaixada do País em Londres. “Se o governo britânico garante que Julian Assange não vai estar em perigo o tempo para ser extraditado para outro país, vamos pedir-lhe para deixar a nossa embaixada em Londres e na frente da Justiça inglesa”, disse Moreno em declaração divulgada pelo governo equatoriano nas redes sociais. Ele já negociou de fato a entrega de Julian Assenge para as garras do imperialismo, com sua expulsão da embaixada do Equador em Londres, onde encontra-se há 06 anos. Essa conduta vergonhosa é admitida pelo próprio ex-presidente Rafael Correa, seu ex-"padrinho politico”, rompido com Lenin (que não honra seu nome!) depois do alinhamento deste ultimo à Casa Branca; “Você pode ter certeza de que ele [Lenin] é um hipócrita. Ele já tem um acordo com os EUA sobre o que vai acontecer com Assange. E agora ele está apenas tentando adoçar a pílula dizendo que vai ter um diálogo. Ele fala sobre um diálogo, mas tudo já foi acordado com o governo do Reino Unido, especialmente depois da visita do vice-presidente Pence ao Equador há algumas semanas” (Russia Today, 31 de julho). Afirmou ainda estar com medo “de que os dias de Assange estejam contados”. Assange recebeu asilo político do Equador há seis anos, quando respondia por um processo na Suécia, e poderia ser extraditado para os Estados Unidos para responder por ter vazado informações da Casa Branca através do Wikileaks. À época, abrigar o jornalista e hacker foi uma decisão política de Correa que estava muito relacionada à soberania da política externa equatoriana. Não é segredo que Lenin vê Assange na embaixada como um “incômodo” e já afirmou que não concorda com os “métodos” utilizados pelo jornalista para vazar informações – através do Wikileaks. Na semana passada, em passagem pela Espanha, o presidente equatoriano disse que esta questão já se estendeu por muito tempo e deve ser resolvida imediatamente. Moreno se reuniu em Madrid com responsáveis de um governo espanhol que também exigiu a expulsão depois da sua posição sobre a independência da Catalunha. De acordo com informações da CNN e do Times of London, ele pode ser expulso de lá a qualquer momento. Jennifer Robinson, integrante da equipe jurídica de Assange, disse que a crise disparou planos de contingência para ele sair em “horas, dias ou semanas. Assange deve perder seu status de asilo iminentemente. Isto significa que ele será expulso da embaixada. É impossível dizer quando isso vai acontecer”. Em março, a embaixada cortou o acesso de Assange à internet, dizendo que ele havia violado um acordo para não interferir nas relações internacionais do Equador. Assange está, há três meses, proibido de usar a rede de internet da embaixada o que o deixa completamente isolado e sem comunicações com o exterior. O fundador do Wikileaks encontrava-se perseguido e acuado pelo governo dos Estados Unidos e vários de seus aliados (Reino Unido e Suécia, principalmente). A justiça sueca exige que Assange apresente-se em Estocolmo para testemunhar pessoalmente sobre as acusações de agressão sexual forjada, uma cortina de fumaça para calar o ativista para depois deportá-lo para as masmorras dos EUA. Desde a LBI, que se solidarizou com o jovem soldado Bradley Manning, o real responsável por dar visibilidade mundial ao WikiLeaks e demonstrar que o verdadeiro terrorista é o imperialismo ianque através da cópia de arquivos provenientes da “diplomacia secreta” dos EUA, exigimos também o fim da perseguição e da farsa judicial contra Assange, como fizemos há seis anos atrás e denunciamos a conduta vergonhosa do novo governo do Equador! É necessário neste exato momento deflagrar uma campanha internacionalista para impedir que o imperialismo com a ajuda do servil governo do Equador prenda o fundador do “Wikileaks”!