PSTU DENUNCIA QUE PSOL É UM APÊNDICE DO PT... MAS EMBARCA NA
“FRENTE DE ESQUERDA” EM DEFESA DO “LULA LIVRE” EM RORAIMA: COM SEUS GIROS
OPORTUNISTAS, DIREÇÃO MORENISTA DESMORALIZA MILITÂNCIA E PROVOCA NOVA CRISE
POLÍTICA
O PSTU acaba de celebrar em Roraima uma "Frente de
Esquerda" social-democrata com o PSOL e o PCB, partidos que estão
integrados a campanha petista do “Lula Livre”. O PSTU inclusive indicou o dirigente nacional do partido, Lourival Gomes, para disputar o Senado Federal em uma prova de que aliança tem o aval da direção Morenista. Em 2012 vimos o PSTU fazendo
todo o malabarismo necessário para justificar suas alianças com o PSOL,
estivesse este partido coligado ou não com legendas burguesas quando isto lhe
trouxe dividendos eleitorais, como na aliança com o PCdoB em Belém. Na época
alertamos que na coligação do PSOL não estavam representadas as “sombras” da
burguesia e sim os seus mais declarados representantes, a começar pelo próprio
Edmilson, ex-prefeito, que era financiado por empreiteiras, empresas de ônibus
e de limpeza urbana. Não por acaso, teve ao seu lado o PCdoB e Marina Silva, em
uma típica frente popular de novo tipo nos mesmos moldes da montada pelo PT.
Agora, o mesmo PSTU deseja posar de “ortodoxo e principista” mas não consegue
sustentar sua política repleta de zig-zags oportunistas. A direção morenista
“oficial” para negar esse brusco “giro” em sua política supostamente “ultra
esquerdista” alega que o PSOL se tornou no último período um apêndice do PT.
Entretanto, no 2º turno das eleições municipais do Rio de Janeiro de 2016, o
PSTU apoiou a candidatura de Freixo, sustentada por uma “frente de
centro-esquerda” burguesa formada pelo PSOL, PT, PCdoB, PSB e Rede! O certo é
que os Morenistas estão completamente despreparados para travarem um debate
político-programático consistente com seus ex-camaradas da Resistência-PSOL,
pela simples razão de que também estão corroídos pelo “cupim” da democracia
burguesa e seu regime de benesses sindicais e corporativas, apesar de ainda
proclamarem formalmente a vigência do partido Leninista. O “giro esquerdista”
empírico do PSTU não esteve lastreado em um programa de ruptura com sua linha
socialdemocrata de “esquerda”. O PSTU vai se desmoralizando a passos largos e agora
será um alvo ainda mais frágil aos ataques da Resistência-PSOL. Definitivamente
2018 será um marco para a política de quebra do PSTU, esta organização sofrerá
novos rachas diante do seu isolamento político-eleitoral e de sua fragilidade
ideológica. O PSTU atualmente critica timidamente a “Resistência” pela sua
integração ao PSOL, porém sem o menor rigor marxista. A pressão nestas eleições
de 2018, onde o PSTU vem sendo extremamente tencionado pelo PSOL a dar seus
votos para garantir o coeficiente eleitoral dos candidatos psolistas em nome da
conformação da “Frente de Esquerda”, a exemplo de Roraima, uma fórmula
socialdemocrata lançada originalmente pelo próprio PSTU, vai aprofundar ainda
mais a crise da seção da LIT no Brasil, que deve sofrer novos rachas e
defecções.Os Marxistas Revolucionários entendem a importância do
estabelecimento de frentes e alianças no interior do campo da esquerda, focadas
na organização do proletariado para impulsionar seu combate de classe. Esta
política nada tem a ver com formação de frentes eleitoreiras com partidos
sociais democratas. Por esta razão, a LBI concentra nossos modestos esforços
militantes na convocação de uma frente de outro tipo, comunista e
revolucionária, com o objetivo centrado na denúncia radical da farsa eleitoral
destas eleições que represente o contraponto da fraude institucional montada
pelo Estado capitalista, com o aval do conjunto da esquerda reformista ávida
para ingressar no parlamento burguês.