sexta-feira, 3 de agosto de 2018

PSTU DENUNCIA QUE PSOL É UM APÊNDICE DO PT... MAS EMBARCA NA “FRENTE DE ESQUERDA” EM DEFESA DO “LULA LIVRE” EM RORAIMA: COM SEUS GIROS OPORTUNISTAS, DIREÇÃO MORENISTA DESMORALIZA MILITÂNCIA E PROVOCA NOVA CRISE POLÍTICA


O PSTU acaba de celebrar em Roraima uma "Frente de Esquerda" social-democrata com o PSOL e o PCB, partidos que estão integrados a campanha petista do “Lula Livre”. O PSTU inclusive indicou o dirigente nacional do partido, Lourival Gomes, para disputar o Senado Federal em uma prova de que aliança tem o aval da direção Morenista. Em 2012 vimos o PSTU fazendo todo o malabarismo necessário para justificar suas alianças com o PSOL, estivesse este partido coligado ou não com legendas burguesas quando isto lhe trouxe dividendos eleitorais, como na aliança com o PCdoB em Belém. Na época alertamos que na coligação do PSOL não estavam representadas as “sombras” da burguesia e sim os seus mais declarados representantes, a começar pelo próprio Edmilson, ex-prefeito, que era financiado por empreiteiras, empresas de ônibus e de limpeza urbana. Não por acaso, teve ao seu lado o PCdoB e Marina Silva, em uma típica frente popular de novo tipo nos mesmos moldes da montada pelo PT. Agora, o mesmo PSTU deseja posar de “ortodoxo e principista” mas não consegue sustentar sua política repleta de zig-zags oportunistas. A direção morenista “oficial” para negar esse brusco “giro” em sua política supostamente “ultra esquerdista” alega que o PSOL se tornou no último período um apêndice do PT. Entretanto, no 2º turno das eleições municipais do Rio de Janeiro de 2016, o PSTU apoiou a candidatura de Freixo, sustentada por uma “frente de centro-esquerda” burguesa formada pelo PSOL, PT, PCdoB, PSB e Rede! O certo é que os Morenistas estão completamente despreparados para travarem um debate político-programático consistente com seus ex-camaradas da Resistência-PSOL, pela simples razão de que também estão corroídos pelo “cupim” da democracia burguesa e seu regime de benesses sindicais e corporativas, apesar de ainda proclamarem formalmente a vigência do partido Leninista. O “giro esquerdista” empírico do PSTU não esteve lastreado em um programa de ruptura com sua linha socialdemocrata de “esquerda”. O PSTU vai se desmoralizando a passos largos e agora será um alvo ainda mais frágil aos ataques da Resistência-PSOL. Definitivamente 2018 será um marco para a política de quebra do PSTU, esta organização sofrerá novos rachas diante do seu isolamento político-eleitoral e de sua fragilidade ideológica. O PSTU atualmente critica timidamente a “Resistência” pela sua integração ao PSOL, porém sem o menor rigor marxista. A pressão nestas eleições de 2018, onde o PSTU vem sendo extremamente tencionado pelo PSOL a dar seus votos para garantir o coeficiente eleitoral dos candidatos psolistas em nome da conformação da “Frente de Esquerda”, a exemplo de Roraima, uma fórmula socialdemocrata lançada originalmente pelo próprio PSTU, vai aprofundar ainda mais a crise da seção da LIT no Brasil, que deve sofrer novos rachas e defecções.Os Marxistas Revolucionários entendem a importância do estabelecimento de frentes e alianças no interior do campo da esquerda, focadas na organização do proletariado para impulsionar seu combate de classe. Esta política nada tem a ver com formação de frentes eleitoreiras com partidos sociais democratas. Por esta razão, a LBI concentra nossos modestos esforços militantes na convocação de uma frente de outro tipo, comunista e revolucionária, com o objetivo centrado na denúncia radical da farsa eleitoral destas eleições que represente o contraponto da fraude institucional montada pelo Estado capitalista, com o aval do conjunto da esquerda reformista ávida para ingressar no parlamento burguês.