sexta-feira, 3 de agosto de 2018

AMEAÇADO DE IMPLODIR, PACTO PODRE CELEBRADO PELO PT COM O SICÁRIO SIQUEIRA, INTERVÉM NO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PSB E TAMBÉM AGORA AVANÇA PARA UM ACORDO COM O MDB EM MINAS. MARÍLIA ARRAES SE REBELA EM PERNAMBUCO PARA MANTER SUA CANDIDATURA AO GOVERNO CONTRA A VONTADE DE LULA


Prestes a implodir, o pacto podre celebrado entre a direção nacional do PT e o sicário Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB (com a devida chancela do governador de Pernambuco Paulo Câmara), segue a trilha de intervenções em diretórios regionais "rebelados", tanto do PSB como também do PT. Para conseguir a "neutralidade" nacional do PSB, na corrida eleitoral ao Planalto, Lula autorizou a executiva do PT a sacrificar a candidatura ao governo de Pernambuco da vereadora Marília Arraes (na dianteira em todas as pesquisas) e receber em troca a "decapitação" do candidato do PSB ao governo mineiro, Marcio Lacerda (com pouquíssimas chances de vitória). O grande beneficiado deste "acordão", não seria o próprio Lula, já que o PSB não integrará a chapa presidencial petista, mas sim os governadores Câmara (PSB) e Pimentel (PT), que teriam o caminho "limpo" para buscar uma reeleição mais "tranquila". Registre-se o fato que em ambos os acordos estaduais existe também o "dedo" do MDB, que integra a chapa de Câmara em Pernambuco com a candidatura ao senado de Jarbas Vasconcelos ao lado do petista Humberto Cunha. Em Minas o presidente nacional do MDB, o escroque senador Jucá, interveio no diretório regional para tentar forçar seu partido a compor a chapa com o PT, indicando um parceiro seu para a lista encabeçada por Dilma ao Senado. O anúncio do "pacto", anunciado pela grande mídia "murdochiana" como uma manobra do PT para esvaziar a candidatura do oligarca Ciro Gomes que "alugou" o PDT para sua empreitada eleitoral, sofreu forte resistência pelos flancos de "esquerda e direita" em ambos campos partidários. No interior do PT, as alas direitistas que eram simpáticas a um acordo com Ciro, em um provável segundo turno, reclamaram da "agressividade" contra o neopedetista, nomes de peso como o jornalista Ricardo Kostcho, chegaram a anunciar que não mais seguiriam o PT depois deste "espúrio acordão". Ciro Gomes a "raposa" mais bem preparada da política burguesa na atualidade (vem sofrendo "rasteiras" pesadas, primeiro a do "Centrão" e agora o "drible" do PT por dentro de suas pernas), costurou uma coligação estadual no Ceará a imagem e semelhança da antiga base aliada de sustentação dos governos petistas...só que não conseguiu reproduzi-la em âmbito nacional, ficou órfão da "direita e da esquerda" e sua candidatura marcha agora para a agonia final, a menos que haja uma decidida intervenção das "forças ocultas do mercado" para reverter seu isolamento. No pântano do PT, Marília Arraes organiza uma verdadeira revolta contra os caciques lulistas, conseguiu ganhar por ampla maioria a convenção estadual do partido ocorrida após o anúncio do pacto com o PSB, e promete levar sua candidatura ao Palácio das Princesas até as "últimas consequências", leia-se o desgaste total da vendida burocracia petista junto ao ativismo de esquerda. Na arena interna do PSB, embora Siqueira e a viúva de Eduardo Campos controlem com mão de ferro o "cartório partidário", diretórios inteiros declararam "guerra total" ao Pacto, além de Minas, estados como BSB, SP, RJ e RGS são completamente avessos a qualquer aproximação com o PT, pretendem seguir fiéis a nova linha do partido como apêndice auxiliar da velha direita neoliberal tucana, que organizou o golpe parlamentar contra o governo da Frente Popular, anteriormente também integrada pelo PSB. Ainda é prematuro para afirmar se o "pacto da vergonha" vingará ou não, é óbvio que sua celebração não agradou nem um pouco a famiglia Marinho, que joga no time da liquidação total do PT. Algumas convenções estaduais partidárias ocorrerão neste final de semana em paralelo com as nacionais e tudo pode acontecer, ou permanecer como está...A única certeza é que estamos assistindo "composições políticas se formando e desfazendo" dentro da dinâmica de uma mesma lógica: a manutenção do regime burguês vigente! PT, PSB, PSDB, PMDB, PCdoB, PDT, DEM, PR, PP etc..são parte de uma mesma família e "trocam figurinhas" no mesmo álbum do Estado capitalista. Fora da "grande família" restou o PSOL, que comparte do mesmo programa de colaboração de classes do PT, mas que ainda não acumulou força eleitoral suficiente para gerenciar uma parcela do Estado, mas é só uma questão de tempo e assim como seu irmão ideológico, o Syriza grego, quando assumir o "comitê dos negócios" da burguesia, como se referia o velho Marx para definir o Estado burguês, sua máscara de "socialismo puritano" cairá definitivamente.