terça-feira, 21 de agosto de 2018

78 ANOS DO ASSASSINATO DE TROTSKY: UM COMBATE HERÓICO ATÉ A MORTE CONTRA O REFORMISMO NA TRINCHEIRA DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA MUNDIAL!


Nesse mês de agosto completa-se 78 anos da morte do grande comunista revolucionário Leon Trotsky. No dia 21 de agosto de 1940 o dirigente Bolchevique veio a falecer, produto de um ataque covarde na cabeça de golpes de picareta desferido por um agente da KGB no México. Estes 78 anos correspondem a um período relativamente curto para a história da humanidade, mas de intensa transformação no planeta, onde desgraçadamente a “roda da história” moveu-se no sentido contrário aos interesses do proletariado mundial e da revolução socialista. No curso deste intervalo de tempo somos obrigados a constatar que a causa do comunismo sofreu um duro revés. O maior deles foi justamente a liquidação contrarrevolucionária da URSS no começo dos anos 90, com o fim do Estado operário soviético que o velho bolchevique ajudou a construir ao lado de Lênin com vitória da Revolução de Outubro. O próprio assassinato de Trotsky no México, depois de vagar pelo planeta desde sua expulsão da União Soviética em 1928, foi uma expressão dramática da situação de perseguição e isolamento que sua corrente política estava sofrendo por parte do stalinismo e do imperialismo. Para os que até hoje defendem seu legado político e as lições programáticas que deixou o velho bolchevique há o imenso desafio de manter de pé a construção do partido revolucionário internacionalista em meio a uma etapa histórica de profundo retrocesso político e ideológico das massas. Os dias de hoje estão marcados por uma brutal ofensiva imperialista mundial. O cerco imperialista a Venezuela, Irã, Síria e a Coreia do Norte fazem parte desta nefasta estratégia que está ancorada em uma perda de referência da vanguarda nos postulados políticos e teóricos do comunismo.


Passados 78 anos da morte do grande revolucionário, a Quarta Internacional fundada por Trotsky já não mais existe, foi destruída pelos epígonos do trotskismo, que eufemisticamente ainda se reclamam formalmente (outros agora não mais) do legado de Trotsky. Estes revisionistas foram os mesmos que durante a destruição do Estado operário soviético pelo bando criminoso e restauracionista de Yeltsin saudaram o fim da URSS como uma “triunfante revolução democrática”, não tendo o menor descaramento de emblocarem-se com a contrarrevolução imperialista. Os shachtmanistas de hoje, tendo a cabeça os Morenistas da LIT-UIT, não por coincidência, cometeram a mesma traição dos de ontem, ao renegarem a defesa incondicional da URSS. Como era evidente para os genuínos trotskistas que aprenderam com o velho bolchevique, “Stalin derrubado pelos trabalhadores é um grande passo para o socialismo; Stalin eliminado pelos imperialistas é a contrarrevolução triunfante” (Em Defesa do Marxismo, 1940). A restauração da propriedade privada dos meios de produção e a apropriação da mais-valia de quase 1/3 da população mundial que antes viviam em Estados operários só poderia fortalecer o domínio imperialista sobre o globo. A contrarrevolução triunfante impôs uma superexploração à classe operária, eufemisticamente batizada de neoliberalismo e globalização. A expressão militar desta ofensiva foi a recolonização bárbara dos Bálcãs e em seguida a “guerra ao terror” cujo orçamento, um trilhão de dólares, só foi menor do que o gasto pelos ianques na II Guerra, que catapultou os EUA a maior potência bélica do planeta. Depois, em nome da fantasiosa “revolução árabe” se colocaram ao lado da OTAN e de seus “rebeldes” mercenários para supostamente derrotar as “ditaduras sanguinárias” no Oriente Médio, quando na verdade estava em curso um processo de desestabilização dos decadentes regimes nacionalistas daquela região! Nesse momento agitam o "Fora Maduro" em frente única com a direita reacionária e golpista do MUD na Venezuela! Fazem o mesmo papel vergonhoso na Nicarágua.

Nos últimos dois anos de sua vida Trotsky se dedicou a formar a nova geração de militantes e a fundação da IV Internacional. Travou sua última grande batalha, desta vez, contra uma ala de seus partidários que por horror aos crimes do stalinismo sucumbiram à reação democrática imperialista. Morreu com a convicção de que “o dever dos revolucionários é defender todas as conquistas da classe trabalhadora, ainda que tenham sido desfiguradas pela pressão de forças hostis. Aqueles que são incapazes de defender as posições tomadas, nunca conquistarão outras novas” (Em defesa do marxismo, 25/04/1940). Nenhuma vida encarnou com tamanha profundidade as lutas, aspirações e tragédias da era imperialista como a de Trotsky. 78 anos após a morte de nosso maior dirigente, ao lado de Lenin, esta é a batalha que os Bolcheviques Leninistas da LBI estamos travando na atualidade. Mesmo sendo um pequeno núcleo militante sabemos honrar as lições deixadas pelo “velho”, combatendo o imperialismo e os revisionistas que defendem a contrarrevolução “democrática” patrocinada pela Casa Branca! Na Síria, em luta contra o imperialismo e os revisionistas, estamos honrando o legado do velho bolchevique que morreu lutando bravamente pela construção da IV Internacional! Na Venezuela estamos combatendo a reação fascista sem capitular ao nacionalismo burguês chavista. No Brasil, lutando contra o governo golpista de Temer, sem abrir mão do combate a frente popular, mas sem estabelecer nenhum tipo de aliança tática com a direita reacionária, apontado o caminho da luta direta insurrecional para derrubar o regime falido e seu circo eleitoral fraudado. Na Coreia do Norte enfrentando as provocações de Trump mas denunciado o papel da burocracia stalinista. Neste marco, reafirmamos que é tarefa dos autênticos trotskistas resgatar o último e mais importante combate da vida de Trotsky, lutando pela defesa incondicional dos Estados operários (Cuba e Coreia do Norte), dedicando o melhor dos nossos esforços para a reconstrução da IV Internacional, o Partido Mundial da Revolução Socialista! Trotsky Vive! Viva a IV Internacional!