78 ANOS DO ASSASSINATO DE TROTSKY: UM COMBATE HERÓICO ATÉ A
MORTE CONTRA O REFORMISMO NA TRINCHEIRA DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA MUNDIAL!
Nesse mês de agosto completa-se 78 anos da morte do grande
comunista revolucionário Leon Trotsky. No dia 21 de agosto de 1940 o dirigente
Bolchevique veio a falecer, produto de um ataque covarde na cabeça de golpes de
picareta desferido por um agente da KGB no México. Estes 78 anos correspondem a
um período relativamente curto para a história da humanidade, mas de intensa
transformação no planeta, onde desgraçadamente a “roda da história” moveu-se no
sentido contrário aos interesses do proletariado mundial e da revolução
socialista. No curso deste intervalo de tempo somos obrigados a constatar que a
causa do comunismo sofreu um duro revés. O maior deles foi justamente a
liquidação contrarrevolucionária da URSS no começo dos anos 90, com o fim do
Estado operário soviético que o velho bolchevique ajudou a construir ao lado de
Lênin com vitória da Revolução de Outubro. O próprio assassinato de Trotsky no
México, depois de vagar pelo planeta desde sua expulsão da União Soviética em
1928, foi uma expressão dramática da situação de perseguição e isolamento que
sua corrente política estava sofrendo por parte do stalinismo e do
imperialismo. Para os que até hoje defendem seu legado político e as lições
programáticas que deixou o velho bolchevique há o imenso desafio de manter de
pé a construção do partido revolucionário internacionalista em meio a uma etapa
histórica de profundo retrocesso político e ideológico das massas. Os dias de
hoje estão marcados por uma brutal ofensiva imperialista mundial. O cerco
imperialista a Venezuela, Irã, Síria e a Coreia do Norte fazem parte desta
nefasta estratégia que está ancorada em uma perda de referência da vanguarda
nos postulados políticos e teóricos do comunismo.
Passados 78 anos da morte do grande revolucionário, a Quarta
Internacional fundada por Trotsky já não mais existe, foi destruída pelos
epígonos do trotskismo, que eufemisticamente ainda se reclamam formalmente
(outros agora não mais) do legado de Trotsky. Estes revisionistas foram os
mesmos que durante a destruição do Estado operário soviético pelo bando
criminoso e restauracionista de Yeltsin saudaram o fim da URSS como uma
“triunfante revolução democrática”, não tendo o menor descaramento de
emblocarem-se com a contrarrevolução imperialista. Os shachtmanistas de hoje,
tendo a cabeça os Morenistas da LIT-UIT, não por coincidência, cometeram a
mesma traição dos de ontem, ao renegarem a defesa incondicional da URSS. Como
era evidente para os genuínos trotskistas que aprenderam com o velho
bolchevique, “Stalin derrubado pelos trabalhadores é um grande passo para o
socialismo; Stalin eliminado pelos imperialistas é a contrarrevolução
triunfante” (Em Defesa do Marxismo, 1940). A restauração da propriedade privada
dos meios de produção e a apropriação da mais-valia de quase 1/3 da população
mundial que antes viviam em Estados operários só poderia fortalecer o domínio
imperialista sobre o globo. A contrarrevolução triunfante impôs uma
superexploração à classe operária, eufemisticamente batizada de neoliberalismo
e globalização. A expressão militar desta ofensiva foi a recolonização bárbara
dos Bálcãs e em seguida a “guerra ao terror” cujo orçamento, um trilhão de
dólares, só foi menor do que o gasto pelos ianques na II Guerra, que catapultou
os EUA a maior potência bélica do planeta. Depois, em nome da fantasiosa
“revolução árabe” se colocaram ao lado da OTAN e de seus “rebeldes” mercenários
para supostamente derrotar as “ditaduras sanguinárias” no Oriente Médio, quando
na verdade estava em curso um processo de desestabilização dos decadentes
regimes nacionalistas daquela região! Nesse momento agitam o "Fora
Maduro" em frente única com a direita reacionária e golpista do MUD na
Venezuela! Fazem o mesmo papel vergonhoso na Nicarágua.
Nos últimos dois anos de sua vida Trotsky se dedicou a
formar a nova geração de militantes e a fundação da IV Internacional. Travou
sua última grande batalha, desta vez, contra uma ala de seus partidários que
por horror aos crimes do stalinismo sucumbiram à reação democrática
imperialista. Morreu com a convicção de que “o dever dos revolucionários é
defender todas as conquistas da classe trabalhadora, ainda que tenham sido
desfiguradas pela pressão de forças hostis. Aqueles que são incapazes de
defender as posições tomadas, nunca conquistarão outras novas” (Em defesa do
marxismo, 25/04/1940). Nenhuma vida encarnou com tamanha profundidade as lutas,
aspirações e tragédias da era imperialista como a de Trotsky. 78 anos após a
morte de nosso maior dirigente, ao lado de Lenin, esta é a batalha que os Bolcheviques
Leninistas da LBI estamos travando na atualidade. Mesmo sendo um pequeno núcleo
militante sabemos honrar as lições deixadas pelo “velho”, combatendo o
imperialismo e os revisionistas que defendem a contrarrevolução “democrática”
patrocinada pela Casa Branca! Na Síria, em luta contra o imperialismo e os
revisionistas, estamos honrando o legado do velho bolchevique que morreu
lutando bravamente pela construção da IV Internacional! Na Venezuela estamos
combatendo a reação fascista sem capitular ao nacionalismo burguês chavista. No
Brasil, lutando contra o governo golpista de Temer, sem abrir mão do combate a
frente popular, mas sem estabelecer nenhum tipo de aliança tática com a direita
reacionária, apontado o caminho da luta direta insurrecional para derrubar o
regime falido e seu circo eleitoral fraudado. Na Coreia do Norte enfrentando as
provocações de Trump mas denunciado o papel da burocracia stalinista. Neste
marco, reafirmamos que é tarefa dos autênticos trotskistas resgatar o último e
mais importante combate da vida de Trotsky, lutando pela defesa incondicional
dos Estados operários (Cuba e Coreia do Norte), dedicando o melhor dos nossos
esforços para a reconstrução da IV Internacional, o Partido Mundial da
Revolução Socialista! Trotsky Vive! Viva a IV Internacional!