A “GRANDE FAMÍLIA” DO AMAPÁ: PSOL “FALA MUITO” DO PT, MAS FECHA
COLIGAÇÃO ELEITORAL COM A DIREITA GOLPISTA (PMN E PV) ALÉM DE APOIAR A
REELEIÇÃO DO SENADOR RANDOLFE RODRIGUES DA REDE
O PSOL fez convenção conjunta com o PMN e o PV no último
final de semana no Amapá. Homologou Wagner
Gomes (PMN) como seu candidato ao Senado. Desta forma, o PSOL que defende o
mesmo programa neodesenvolvimentista de Lula e Ciro apesar de muito criticar o PT por suas coligações com os partidos da ordem capitalista, colocou agora o pé na
“grande família” das alianças burguesas via o estado ao Amapá, coligando-se
formalmente com o PV e o PMN. Vale ressaltar que o PV acaba de indicar Eduardo
Jorge como vice na chapa presidencial de Marina Silva. O PMN, que em 2014
apoiou Aécio Neves para presidente, agora vai lotear seu apoio aos diversos
candidatos da direita nacional. O deputado estadual Paulo Lemos (PSOL), que
concorre à reeleição, confirmou que a aliança não tem candidato ao governo, mas
reiterou que também apoiará, em dobradinha com Wagner Gomes, a reeleição do
senador Randolfe Rodrigues (REDE). “Oficializamos as nossas pré-candidaturas a
deputado estadual, deputado federal e na majoritária vamos com o companheiro
Wagner Gomes, do PMN para o senado. Por decisão pessoal, coerência e convicção,
eu vou apoiar, em dobradinha, o Wagner Gomes e a reeleição do senador Randolfe”
(Diário do Amapá, 04.08). Sobre o
posicionamento dele ao governo, considerando que é aliado do prefeito Clécio
Luís, que apoia Davi Alcolumbre (DEM), Paulo Lemos declarou “Nós priorizamos as
proporcionais e não teremos candidatura a governador. Deixamos o partido na
neutralidade para avaliar. Temos grande respeito e gratidão pelo companheiro
Clécio, que hoje apoia Davi Alcolumbre (DEM) e vamos ver como vamos tratar isso”
(Idem). Essa relação entre o PSOL e DEM, intermediada pela dupla Senador
Randolfe e Prefeito Clécio vem de longe! Em 2012 Clécio, que era candidato a
prefeito pelo PSOL, recebeu o apoio do DEM no segundo turno. Hoje, mesmo fora
do PSOL, o prefeito controla o partido junto com Randolfe, tanto que o PSOL tem
cargos chaves na prefeitura de Macapá e uma relação muito próxima com a US de
Ivan Valente. Não por acaso, a convenção do PSOL conjunta com o PV e PMN,
deliberou por não ter candidato ao governo estadual e apenas lançar um
candidato ao Senado, obedecendo piamente as ordens de Randolfe e Ivan para na
prática o PSOL chamar voto para a Rede ao Senado e para o governo “por debaixo
dos panos” cabalar apoio para o postulante ao governador do DEM, o arqui-reacionário
Davi Alcolumbre. Em meio as escandalosas alianças do PSOL com a direita
golpista, a chamada “esquerda” do PSOL (CST, LSR) e o agrupamento Resistência
(ex-MAIS) no máximo balbuciam para o público interno algumas críticas
inofensivas! A CST em nota conjunta com a Resistência limita-se a reclamar que
“Mais grave ainda é a possibilidade real de que o fato de não termos
candidaturas ao governo do estado ou ao senado, tenha relação com acordos
políticos com figuras ainda mais abjetas que estão em outras coligações...É
lamentável que o PSOL esteja reproduzindo este tipo de prática da velha
política” (site da CST, 06.08). Nada mais!!! Como denunciamos, o PSOL é
uma legenda que só não coligou-se em mais estados com partidos burgueses pelo
seu pequeno peso eleitoral, mas a aliança no Amapá é apenas o exemplo mais
evidente do que vai ocorrer com o PSOL nos próximos anos, com o aval cúmplice o
covarde de sua “esquerda”. Além do programa neodesenvolvimentista da
candidatura Boulos ser um cópia da plataforma de Lula e Ciro,
agora o PSOL entra formalmente no “seleto clube” dos partidos que integram a
aliança com os partidos burgueses em 2108! Os caciques da podre política venal burguesa já comemoram: "PSOL...bem vindo ao clube!".