quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A “GRANDE FAMÍLIA” DO AMAPÁ: PSOL “FALA MUITO” DO PT, MAS FECHA COLIGAÇÃO ELEITORAL COM A DIREITA GOLPISTA (PMN E PV) ALÉM DE APOIAR A REELEIÇÃO DO SENADOR RANDOLFE RODRIGUES DA REDE


O PSOL fez convenção conjunta com o PMN e o PV no último final de semana no Amapá. Homologou Wagner Gomes (PMN) como seu candidato ao Senado. Desta forma, o PSOL que defende o mesmo programa neodesenvolvimentista de Lula e Ciro apesar de muito criticar o PT por suas coligações com os partidos da ordem capitalista, colocou agora o pé na “grande família” das alianças burguesas via o estado ao Amapá, coligando-se formalmente com o PV e o PMN. Vale ressaltar que o PV acaba de indicar Eduardo Jorge como vice na chapa presidencial de Marina Silva. O PMN, que em 2014 apoiou Aécio Neves para presidente, agora vai lotear seu apoio aos diversos candidatos da direita nacional. O deputado estadual Paulo Lemos (PSOL), que concorre à reeleição, confirmou que a aliança não tem candidato ao governo, mas reiterou que também apoiará, em dobradinha com Wagner Gomes, a reeleição do senador Randolfe Rodrigues (REDE). “Oficializamos as nossas pré-candidaturas a deputado estadual, deputado federal e na majoritária vamos com o companheiro Wagner Gomes, do PMN para o senado. Por decisão pessoal, coerência e convicção, eu vou apoiar, em dobradinha, o Wagner Gomes e a reeleição do senador Randolfe” (Diário do Amapá, 04.08). Sobre o posicionamento dele ao governo, considerando que é aliado do prefeito Clécio Luís, que apoia Davi Alcolumbre (DEM), Paulo Lemos declarou “Nós priorizamos as proporcionais e não teremos candidatura a governador. Deixamos o partido na neutralidade para avaliar. Temos grande respeito e gratidão pelo companheiro Clécio, que hoje apoia Davi Alcolumbre (DEM) e vamos ver como vamos tratar isso” (Idem). Essa relação entre o PSOL e DEM, intermediada pela dupla Senador Randolfe e Prefeito Clécio vem de longe! Em 2012 Clécio, que era candidato a prefeito pelo PSOL, recebeu o apoio do DEM no segundo turno. Hoje, mesmo fora do PSOL, o prefeito controla o partido junto com Randolfe, tanto que o PSOL tem cargos chaves na prefeitura de Macapá e uma relação muito próxima com a US de Ivan Valente. Não por acaso, a convenção do PSOL conjunta com o PV e PMN, deliberou por não ter candidato ao governo estadual e apenas lançar um candidato ao Senado, obedecendo piamente as ordens de Randolfe e Ivan para na prática o PSOL chamar voto para a Rede ao Senado e para o governo “por debaixo dos panos” cabalar apoio para o postulante ao governador do DEM, o arqui-reacionário Davi Alcolumbre. Em meio as escandalosas alianças do PSOL com a direita golpista, a chamada “esquerda” do PSOL (CST, LSR) e o agrupamento Resistência (ex-MAIS) no máximo balbuciam para o público interno algumas críticas inofensivas! A CST em nota conjunta com a Resistência limita-se a reclamar que “Mais grave ainda é a possibilidade real de que o fato de não termos candidaturas ao governo do estado ou ao senado, tenha relação com acordos políticos com figuras ainda mais abjetas que estão em outras coligações...É lamentável que o PSOL esteja reproduzindo este tipo de prática da velha política” (site da CST, 06.08). Nada mais!!! Como denunciamos, o PSOL é uma legenda que só não coligou-se em mais estados com partidos burgueses pelo seu pequeno peso eleitoral, mas a aliança no Amapá é apenas o exemplo mais evidente do que vai ocorrer com o PSOL nos próximos anos, com o aval cúmplice o covarde de sua “esquerda”. Além do programa neodesenvolvimentista da candidatura Boulos ser um cópia da plataforma de Lula e Ciro, agora o PSOL entra formalmente no “seleto clube” dos partidos que integram a aliança com os partidos burgueses em 2108! Os caciques da podre política venal burguesa já comemoram: "PSOL...bem vindo ao clube!".