USINA NUCLEAR RUSSA EM BUSHEHR NO IRÃ: PUTIN DECLAROU QUE NÃO ACEITARIA SUA DESTRUIÇÃO POR ISRAEL. MAS FARÁ ALGO SE NETANYAHU A BOMBARDEAR?
Nesta sexta-feira(20/06), o presidente russo, Vladimir Putin, deu conhecimento público ao mundo que à Rússia construiu e ainda opera uma usina nuclear em território iraniano:"Apoiamos o Irã em sua luta por seus interesses legítimos, incluindo sua luta por seus interesses na energia nuclear pacífica”. Nesse contexto, Putin citou como exemplo a construção de um reator nuclear pela Rússia na cidade iraniana de Bushehr.
Putin detalhou a presença russa no programa de energia atômica no Irã: "Assinamos um contrato para construir mais dois reatores nucleares, apesar da complexidade da situação. Apesar do perigo envolvido, continuamos este trabalho. Não evacuamos nosso pessoal de lá", explicou o presidente russo.
O chefe do Kremlin também mencionou que tanto o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu quanto o presidente dos EUA, Donald Trump, tomaram conhecimento das “Exigências legítimas de Moscou para garantir a segurança do pessoal russo no país persa”. A grande questão a ser colocada no momento é se o sionismo, guiado pelo Deep State Global, irá cumprir o acordo apalavrado com o Kremlin. E mais grave ainda, em caso de bombardeios israelenses a usina nuclear de Bushehr, qual serão as medidas tomadas pela Rússia?
Os Marxistas Leninistas já delinearam claramente sua posição programática nesta guerra, estamos incondicionalmente no campo militar do Irã, com absoluta autonomia de ação política em relação ao regime nacionalista burguês dos Aiatolás. Refrisado mais uma vez este ponto de princípios, queremos afirmar que não nutrimos nenhuma expectativa em prováveis ações “revolucionárias” do governo Putin, e tampouco do regime dos Aiatolás. Exatamente porque já conhecemos muito bem o papel histórico do nacionalismo burguês, impotente para dirigir um combate consequente, até o final, para derrotar a Governança Global do Capital Financeiro e seus apêndices armados, como o Pentágono e a OTAN.
Por esta razão, desde a trincheira de apoio ao Irã, vimos delimitando insistentemente com as vacilações políticas e militares dos Aiatolás e mais ainda com a covarde “neutralidade” do governo Putin, em relação as táticas e estratégias adotadas nesta guerra contra o enclave sionista. Para superar as limitações históricas e sociais do caráter das atuais direções nacionalistas burguesas, é necessário colocar a classe operária e os povos oprimidos como os principais protagonistas políticos deste conflito de proporções mundiais.