quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária nº 221, 2ª Quinzena de Agosto/2011



EDITORIAL
Utilizando-se do “fantasma” da crise mundial, Dilma presenteia rentistas com aumento do superávit

ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO
Dilma troca um quadrilheiro amador por um mafioso profissional no comando da agricultura

NAS ENTRANHAS DO ESTADO BURGUÊS
Quem matou a juíza Patrícia Acioli?

LUTA NO CAMPO
Latifúndio assassina impunemente mais um dirigente camponês no Pará em pleno mandato da ex-guerrilheira Dilma Rousseff

DEFLAGRAR A GREVE GERAL DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS
Governo Dilma e quadrilha do PT e PCdoB aprovam privatização da ECT na Câmara dos Deputados

PROFESSORES - CEARÁ
Rechaçar a proposta da direção da APEOC de suspender a greve e as manobras do PSTU para enfraquecer nossa luta!

BALANÇO DO “LOBBY” EM BRASÍLIA - 24/08
Uma marcha do “turismo sindical” para credenciar a Conlutas como central sindical reconhecida pelo governo Dilma

AMÉRICA LATINA
Trabalhadores e estudantes unidos se levantam em greve geral de 48 horas no Chile. Sem uma plataforma revolucionária movimento pode reforçar demagogia “antineoliberal” do PS

PALESTINA OCUPADA
Pela vitória dos “vingadores palestinos” em sua resistência contra o enclave de Israel!

TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO
Planos para intervenção “humanitária” na Síria é antessala do ataque imperialista ao Irã

SÍRIA
PSTU exige que “Dilma rompa relações com a ditadura síria”, mas não se incomoda com sua “diplomacia” diante dos “governos democráticos” carniceiros de Cameron, Sarkozy e Obama

EM DEFESA DO TROTSKISMO
Há 71 anos de sua morte, Trotsky combateria se estivesse vivo os “Burnham e Shachtman” de hoje, que apóiam os “rebeldes” pró-OTAN na Líbia em nome da farsesca “Revolução Árabe”

ESPECIAL LÍBIA

CARTA ABERTA AO MST
Transformar o “Grito dos Excluídos” em um Grito de Luta contra a ocupação imperialista na Líbia!

CAIU A MÁSCARA
OTAN é forçada a reconhecer seu papel de direção militar dos “rebeldes” líbios

GUERRA DE RAPINA
O ouro da Líbia, um saque pouco mencionado pelos piratas da OTAN

RESISTÊNCIA LÍBIA
Bairro a bairro, rua a rua de Trípoli se desenvolvem os combates entre a heróica resistência popular e a contra-revolução imperialista

REBELDES” AVANÇAM CONTRA KADAFFI
Aplastar a ofensiva contrarrevolucionária da OTAN sobre Trípoli! Armar as milícias populares para a batalha final! Denunciar o silêncio criminoso do revisionismo como cúmplice do imperialismo!

JUSTA RESPOSTA DOS POVOS OPRIMIDOS
ONU, covil de abutres que autorizou agressão imperialista a Líbia, é alvo do legítimo ódio do povo da Nigéria

SERVIL “DIPLOMACIA” BRASILEIRA
Submissa ao imperialismo, Dilma pretende reconhecer o governo títere do CNT/OTAN na Líbia

POLÊMICA COM A LIT I
Os “rebeldes” travaram uma guerra contra a OTAN na Líbia? Ou o delírio pró-imperialista das “duas guerras” teorizado pela LIT

POLÊMICA COM A LIT II
O novo porta-voz “de esquerda” da OTAN: a LIT!

POLÊMICA COM CAUSA OPERÁRIA
PCO acredita mesmo que são os “revolucionários” líbios capazes de tomar o reduto de Kadaffi? Ou a omissão do revisionismo delirante diante dos criminosos bombardeios da OTAN!

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

terça-feira, 30 de agosto de 2011

PCO acredita mesmo que são os “revolucionários” líbios capazes de tomar o reduto de Kadaffi? Ou a omissão do revisionismo delirante diante dos criminosos bombardeios da OTAN!

A estreita colaboração entre os “rebeldes” made in CIA e as forças da OTAN na Líbia vem sendo saudada entusiasticamente pelo PCO. Enquanto a aliança militar imperialista lança novos bombardeios sobre Sirte, a cidade natal de Kadaffi, simplesmente porque os “rebeldes” não conseguem avançar por terra para tomar a localidade, apesar de todo armamento recebido, os cretinos do PCO comemoram o fato de que os “revolucionários líbios avançam contra Sirte, reduto das forças de Kadafi” (Causa Operária On Line, 24/08). Dias depois, esses verdadeiros agentes do imperialismo travestidos de “esquerda” reconheceram no artigo “A batalha por Trípoli: o caminho aberto pelas bombas da OTAN” (26/08) que os “rebeldes” só avançavam por terra devido ao rastro assassino imposto pelo bombardeio da Aliança. Mas se alguém pensa que este fato causa alguma náusea no PCO engana-se redondamente! Além de festejarem o genocídio em curso perpetrado pelas tropas piratas, ainda contam o “verso” que os “rebeldes” são autênticos “revolucionários” e que não estão sob o comando político e militar do império!

Esses trânsfugas que enlameiam a bandeira da Quarta Internacional desejam fazer crível a farsa de que está em curso uma revolução na Líbia e que esta não pode ser controlada pelo imperialismo! Por esta razão alertam, pasmem, que “ao mesmo tempo em que a revolução avança para esmagar todas as alavancas de poder do antigo regime, o imperialismo tem se aproveitado de todas as oportunidades para estabelecer uma aliança com a ala mais conservadora dos revolucionários” (CO on line 26/08). Pelas asneiras que escreve o PCO, haveria uma ala genuinamente revolucionária dos “rebeldes” que estaria em luta ao mesmo tempo contra Kadaffi e o imperialismo! Em seu estúpido delírio, Causa Operária só se iguala aos ultra-Morenistas da LOI-DO argentina que gritam: “Fora as tropas da OTAN, com seu ‘fogo amigo’, as que durante dois meses impediram que as milícias avançassem desde Misarrata a Trípoli. As heróicas milícias revolucionárias chegaram a Trípoli, apesar e contra a OTAN e o CNT” (Sítio Democracia Obrera, 27/08). Finalmente, esses dementes do quilate do PCO nos “informaram” que a OTAN passou dois meses bombardeando os “rebeldes” para impedir sua entrada em Trípoli e assim preservar o regime de Kadaffi! Mas não foi o próprio PCO que comunga da mesma tese “revolucionária” que comemorou o fato dos “rebeldes” terem o “caminho aberto pelas tropas da OTAN” para conseguirem entrar em Trípoli? Ora, o que importa a realidade para esses senhores! O malabarismo retórico do PCO trata-se apenas de uma cópia bastarda da estapafúrdia “teoria” das “duas guerras” fabricada pela LIT para enganar bobos, vendendo a cantilena que os “rebeldes” algum dia tenham lutado contra as tropas da OTAN ou adotado uma plataforma “anti-imperialista”. Não pode se tratar “apenas” de confusão, delírio ou idiotice... será que alguém está pagando bem para estes filisteus darem uma cobertura de “esquerda” à ofensiva imperialista na região em nome da farseca “revolução árabe”?

Como denunciou a LBI desde o início das manifestações pró-imperialistas em Benghazi ainda no mês de fevereiro, os mercenários “rebeldes” estavam a serviço da CIA justamente pelas suas estreitas ligações políticas e econômicas com as transnacionais do petróleo instaladas na cidade portuária. Não por acaso, o CNT criou um banco central em plena guerra e continuou a exportar religiosamente óleo cru barato para as potências estrangeiras que lhes patrocinavam!

O PCO ainda nos avisa em Editorial intitulado “Líbia: o que está em jogo?” (28/08) que “O ‘confisco’ da revolução líbia pelo imperialismo foi a forma encontrada para, ao mesmo tempo, modificar as relações econômicas com o país e garantir que a transição de poderes – considerada à altura em que as manifestações começaram como algo inevitável – se desse dentro dos limites impostos pela política imperialista, isto é, sob o controle dos elementos mais alinhados com os interesses dos EUA, da França e da Itália na Líbia dentro do próprio regime kadafista”. Quer dizer que agora houve uma revolução na Líbia e, num passe de mágica, o imperialismo conseguiu “confiscá-la” pondo-a sob seu controle? Alguém em sã consciência pode acreditar em tamanha imbecilidade já que os “rebeldes” (ou revolucionários para o PCO) nunca lançaram um único tiro contra as tropas da OTAN, receberam armas e ajuda de seus especialistas militares e agora buscam caçar Kadaffi em Sirte depois dos seguidos bombardeios contra a cidade natal do dirigente líbio? Que “revolução” é esta que se vale de uma agressão imperialista para vencer um regime nacionalista burguês que tem atritos com a Casa Branca e empunha a bandeira da monarquia arqui-reacionária do rei Idris? Simples: não é uma revolução, mas uma contra-revolução, estúpido!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Latifúndio assassina impunemente mais um dirigente camponês no Pará em pleno mandato da ex-guerrilheira Dilma Rousseff

Mais um dirigente camponês foi assassinado no Pará. O crime aconteceu no sudeste do estado, em Marabá, onde o agricultor Valdemar Oliveira Barbosa, conhecido como Piauí, que dirigia a ocupação de uma fazenda em Jacundá e era diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, foi morto a tiros no último dia 25 de agosto. O modus operandi da execução sumária do agricultor segue quase sempre o mesmo padrão pelos pistoleiros contratados pelos latifundiários: tocaia na estrada e tiro na cabeça, bastante similar ao que aconteceu em maio passado que assassinou o casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva. Valdemar é o sexto dirigente camponês vítima de pistolagem desde maio nesta região. O agricultor já havia registrado várias ocorrências desde o início do ano alegando que estava sendo ameaçado de morte pelo latifundiário Vicente Correa, proprietário da fazenda Califórnia, a qual tinha sido ocupada pelos sem-terra.

A morte de Valdemar é uma demonstração cabal de como o grande latifúndio e o governo estadual e federal tratam a luta pela terra. Os interesses de empresas ligadas ao agronegócio, à mineração e as centenas de famílias sem-terra transformaram o sul/sudeste do Pará numa área de alta tensão de enfrentamento entre o capital e os explorados do campo. Assim, as mortes por pistolagem não são fenômenos isolados, mas correspondem a uma política de vale tudo por parte dos fazendeiros e multinacionais encasteladas na região que organizam verdadeiras “milícias” de extermínio, contratando bandos armados para aterrorizar e matar impunemente as lideranças do campo que porventura se colocarem contra seus interesses.

Este crime é de responsabilidade direta dos governos Simão Jatene (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), em razão de Valdemar já ter pedido “proteção” ao Estado por diversas vezes. Evidentemente que nada poderia ser feito pelo próprio aparato repressivo estatal da Polícia Federal, Civil ou Militar que por seu caráter de classe, estão voltados a perseguir, acabar com a organização e a vida dos lutadores do campo. Este é, na realidade, um beco sem saída e um cheque em branco para a burguesia perpetrar novos e bárbaros assassinatos de dirigentes camponeses no país, porque contam não só com a aquiescência, mas também com o acobertamento do governo da frente popular. Denúncias da Comissão Pastoral da Terra aferem que a Polícia Civil não investiga o verdadeiro criminoso que é o agronegócio, ela passa a investigar e criminalizar as vítimas e o movimento sem-terra!

Para barrar estes crimes e preservar a vida dos lutadores do campo é necessário criar comitês armados de autodefesa dos trabalhadores rurais para que estes possam exercer a genuína justiça dos explorados contra os grupos paramilitares a soldo do latifúndio e enfrentar organizados o aparato repressivo do Estado burguês, cuja polícia está a serviço dos grandes fazendeiros. Nenhuma ilusão nas chamadas “apurações” prometidas pelo governo Dilma! Por comitês de autodefesa para barrar a sanha assassina do latifúndio!

domingo, 28 de agosto de 2011

OTAN é forçada a reconhecer seu papel de direção militar dos “rebeldes” líbios

“O papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na virada militar dos rebeldes líbios sobre o regime de Muamar Kadafi não se limitou aos bombardeios aéreos nem à entrega de armas aos rebeldes em Zintan. Desde abril, forças especiais de França, Grã-Bretanha e Itália estão na Líbia para auxiliar a organização dos combatentes do Conselho Nacional de Transição (CNT). Eles teriam coordenado a estratégia de tomada de Trípoli por terra, via Zintan, e mar, via Misrata”. A revelação acima foi feita pela fonte insuspeita do “Financial Times” neste domingo, diante das crescentes denúncias de jornalistas independentes baseados em Trípoli acerca da presença de tropas da OTAN na ocupação por terra da capital líbia. A mídia imperialista, cobrindo a ação dos “rebeldes” na ofensiva final sobre Trípoli, selecionou imagens “exclusivas” do assalto ao QG de Kadaffi, sob a supervisão direta de agentes da CIA que já tinham se instalado nos arredores de Trípoli, vindos de Benghazi. A cobertura do conflito militar feita pelos “filhotes de Murdoch”, que se dizem jornalistas (como o enviado palhaço Marcos Uchoa da rede Globo), foi orientada a apagar os rastros das forças  da OTAN em solo, limitando-se a relatar os pesados bombardeios aéreos, com o objetivo de tentar veicular uma suposta autonomia dos “rebeldes” frente ao imperialismo.

Segundo fontes citadas pela grande imprensa burguesa de um líder “rebelde” da região de Jabal Nafusah, a OTAN orientou a inversão da ofensiva, que tentava avançar pelo leste, enfrentando resistência das forças leais a Kadaffi. A mudança de foco foi decidida com base em relatos dos “rebeldes” e de cerca de 90 agentes especiais estrangeiros que trabalham na Líbia. Essa presença não é segredo. Em julho o deputado francês Axel Poniatowski, presidente da Comissão de Relações Estrangeiras da Assembleia Nacional, disse à imprensa que o CNT e a OTAN precisavam ter entre 200 e 300 agentes para coordenar a ofensiva. François Baroin, então porta-voz do governo francês, confirmou cinicamente o envio de “um pequeno número de oficiais para organizar a proteção de civis”. O papel dos agentes, no entanto, foi além disso. Segundo um líder “rebelde”, responsável pela comunicação com os correspondentes internacionais, a orientação foi reforçar o front oeste, o que acabaria sendo decisivo para a tomada de Trípoli. “Por isso recebemos vários carregamentos de armas e munições da Otan”, disse o “rebelde” Mokhtar Ghazduri, de Zintan. Segundo o jornal Daily Telegraph, os agentes do serviço secreto britânico já têm nova missão: localizar Kadaffi.

A LBI já tinha inicialmente denunciado a presença do destacamento militar “Alfa” da OTAN nas operações táticas na “tomada” de Trípoli, agora os próprios abutres imperialistas foram obrigados a revelar a coordenação de suas ações militares com os “rebeldes” na ofensiva para liquidar o regime nacionalista burguês do coronel Kadaffi. O chamado governo provisório do CNT, não passa de um instrumento político-institucional da ocupação imperialista sobre o país semicolonial, já que do ponto de vista militar é a própria OTAN quem dá as “cartas” no combate à verdadeira resistência nacional e popular travada heroicamente pelos milicianos líbios.

Os “rebeldes” travaram uma guerra contra a OTAN na Líbia? Ou o delírio pró-imperialista das “duas guerras” teorizado pela LIT

Apesar das forças de rapina da OTAN já estarem ocupando há mais de uma semana o território líbio em colaboração direta e aberta com os mercenários “rebeldes”, o PSTU insiste em afirmar, em seu delírio pró-imperialista, que existiram “duas guerras” no país levadas a cabo pelos “rebeldes”: uma para derrotar as tropas de Kadaffi e outra contra a agressão da OTAN. Será mesmo? Como a realidade não se encaixa em seu esquema farsesco, a LIT se vale inutilmente do artigo “Líbia: uma revolução, duas guerras” em que Eduardo Almeida “teoriza” tal fantasia para tentar esconder o óbvio: os “rebeldes” foram organizados e financiados desde o início das “manifestações” em fevereiro pelas potências capitalistas e sempre se constituíram em uma força auxiliar à invasão imperialista. A LBI foi a primeira corrente política a denunciar tal orquestração, quando até mesmo o castrismo no site Cubadebate ou o PCdoB no Vermelho mostravam simpatia com os chamados “rebeldes”. Só depois do acirramento do conflito mudaram de posição e passaram a denunciar estes mercenários. Nesta mesma época, a LIT afirmava que sequer haveria intervenção militar da OTAN, acusando a denúncia sobre a iminente agressão imperialista de ser uma “invenção” para justificar nossa defesa da frente única militar com Kadaffi. Logo depois dos primeiros bombardeios, ainda mais cínico, o PSTU alegou que a ação da OTAN era para deter a fantasiosa “revolução árabe”! Dizer agora que os “rebeldes” travaram uma guerra contra a OTAN faz parte deste embuste!

Para Eduardo Almeida “Existe uma revolução na Líbia, dos trabalhadores e do povo rebelado contra a ditadura de Kadafi, que começou de forma muito parecida com a do Egito e a da Tunísia... É fundamental que os lutadores em Bengazhi e outros territórios liberados retomem a atitude antiimperialista que existia na área antes da contraofensiva de Kadafi” (sítio PSTU). A LIT-PSTU quer nos fazer crer que é possível ter ocorrido uma “revolução” na Líbia encabeçada pelos “rebeldes” que se utilizam das armas da OTAN, cuja ofensiva por terra foi vitoriosa devido aos bombardeios da mesma OTAN e, ainda assim, os “rebeldes” terem protagonizado uma guerra contra a aliança militar imperialista! Trata-se de puro delírio! Para apoiar os “rebeldes”, a ONU aprovou a “zona de exclusão aérea”, mas a debilidade das forças de oposição burguesa e sua evidente ausência de base social foram tamanhas que as potências capitalistas foram obrigadas a ir além da resolução nº 1973. Atacaram diretamente o povo líbio, as grandes cidades, instalações militares e o exército nacional do país para abrir caminho aos “rebeldes”, que estavam sendo derrotados pela grande base de apoiadores do regime Kadaffi. É exatamente esta operação de rapina sustentada pela OTAN, hoje vitoriosa, que o PSTU saúda como uma “insurreição popular”.

Como não pode responder a nada seriamente, já que não há nem nunca houve “duas guerras na Líbia”, Eduardo afirma em seu texto que foi Kadaffi quem possibilitou a intervenção imperialista para derrotar, pasmem, a fantasiosa revolução árabe: “Kadafi está dando ao imperialismo a possibilidade de lançar uma contraofensiva para derrotar a revolução árabe”. Mais um novo embuste da LIT. A intervenção militar da OTAN foi montada para apoiar a insipiente oposição reacionária em Benghazi orquestrada pela CIA a partir de uma aliança entre os remanescentes da monarquia para promover uma guerra contra o regime de Kadaffi. Por isto, soa tragicômico o PSTU nos dizer até hoje que “É muito importante que se articule um pólo anti-imperialista dentro de Bengazhi e das regiões controladas pelos rebeldes. A revolução contra Kadafi não pode deixar de identificar no imperialismo um inimigo e se situar também na luta política e militar contra a agressão estrangeira” (sítio PSTU). É impossível os “rebelados” se transformarem em lutadores anti-imperialistas, porque estes foram desde o início do conflito armados e orientados pela CIA e o imperialismo!!! O que ocorre na Líbia é uma agressão contra-revolucionária coordenada militarmente pela OTAN em conjunto com os “rebeldes”! Definitivamente, o delírio pró-imperialista das “duas guerras” teorizado pela LIT não se sustenta por um minuto sequer, trata-se de pura picaretagem política!

sábado, 27 de agosto de 2011

O novo porta-voz “de esquerda” da OTAN: a LIT!

“O sanguinário regime de Muamar Kadaffi, na Líbia, está desmoronando. O mundo inteiro assiste comovido as imagens de rebeldes armados, acompanhados pela população faminta e sedenta por liberdades democráticas, entrando na capital Trípoli como parte da ofensiva final de uma guerra civil que já dura mais de cinco meses”. Não (!), estas frases não foram proferidas pelo apresentador global Wiliam Boner (Simpson), nem tampouco pelo âncora da CNN Anderson Cooper (Field), apesar da frenética campanha da mídia imperialista contra o regime nacionalista burguês de Kadaffi, para dar legitimidade à ofensiva criminosa da OTAN contra a população da Líbia. Parece inacreditável, mas existem no interior da “esquerda” revisionista forças ainda mais pró-imperialistas do que a CNN, FOX e GLOBO, todas juntas! A citação acima é parte da mais recente declaração da LIT (26/08/2011) sobre a guerra civil ainda em curso na Líbia, apesar dos enormes esforços militares da OTAN em aniquilar “de uma só vez” a verdadeira resistência popular à ocupação imperialista de seu país.

Em matéria de mais puro cinismo, a LIT não fica atrás da porta-voz oficial da OTAN, Oana Lungescu, que diante das evidências da coordenação tático-operacional com os rebeldes que adentraram em Trípoli, declarou: “Executamos operações na Líbia seguindo ao pé da letra nosso mandato (do Conselho de Segurança da ONU) para proteger os civis” (G1, 25/8). Para a LIT, a afirmação da criminal Oana é a mais pura verdade, em sua declaração não existe o menor indício de uma guerra da coalizão imperialista contra um país semicolonial, governado por um caudilho nacionalista decadente, simplesmente aconteceu uma “revolução contra um ditador sanguinário”. Para esta canalha de “esquerda” nunca existiram monstruosos bombardeios da OTAN na semana que precedeu a “tomada” de Trípoli, apenas aconteceu um “assalto rebelde que tomou o poder”, sem é claro... nenhuma “ajudinha” das tropas da OTAN por ar, terra e mar!

A escória pró-imperialista da LIT, agora convertida em braço político da OTAN, segue em sua “análise” que parece ser fabricada nos estúdios da Disney na Flórida: “Temos que chamar as coisas pelo seu nome: estamos diante de uma impressionante vitória de um povo que tomou as armas - e seu próprio destino - em suas mãos”, ou seja, agora o destino dos povos é lançado pelas decisões da ONU, que resolveu armar e financiar os “rebeldes” e sua bandeira monarquista para legitimar o saque do conluio dos centros imperialistas as riquezas de uma nação oprimida. Por acaso os revisionistas da LIT acreditam em contos de fadas e pensam que o armamento dos “rebeldes” caiu do céu? Será que desconhecem o caráter de estreita colaboração militar entre as forças do CNT e as investidas assassinas da OTAN? Realmente não acreditamos que a “cúpula” morenista seja tão estúpida assim, trata-se de um outro fenômeno, qual seja a decomposição ideológica de uma corrente política que um dia já foi de esquerda, para melhor se adaptar aos “tempos modernos”, da brutal ofensiva imperialista pós-queda do Muro de Berlim.

O objetivo de derrubar o regime de Kadaffi, por parte da coalizão imperialista, utilizando-se da cobertura política de cretinos “úteis” como os chamados “rebeldes” e grupos de “esquerda” como a LIT e similares espalhados pelo “mundo ocidental”, corresponde a etapa de profundo parasitismo da crise estrutural do regime capitalista, nada tem a ver com uma suposta “vitoriosa rebelião popular”. Sem a colossal ofensiva da OTAN os “rebeldes” e seu CNT ainda estariam acuados em Benghazi, um protetorado das grandes companhias de petróleo europeu que operavam na Líbia. Esta é a pura verdade (a primeira vítima de uma guerra!) da guerra civil em pleno andamento nas mesmas areias do deserto onde o general nazista Romel foi derrotado, uma realidade para além dos estúdios de Hollywood, que felicitam esta esquerda prostituída pelos “bons” serviços prestados.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ONU, covil de abutres que autorizou agressão imperialista a Líbia, é alvo do legítimo ódio do povo da Nigéria

A sede da ONU na Nigéria, país localizado no chamado Magreb Islâmico, região africana próxima a Líbia, foi alvo de um ataque com carro-bomba nesta sexta-feira, 26/08, que deixou aproximadamente 20 mortos. A ação contra a representação da ONU, organismo internacional que autorizou a agressão imperialista ao território líbio e acaba de liberar mais de 1 bilhão de dólares para os “rebeldes” pró-OTAN, é um claro ato de repúdio a guerra de ocupação levada a cabo no país vizinho. O ataque a sede da ONU, localizada nas proximidades da Embaixada dos Estados Unidos na Nigéria, foi precedido de outras ações contra alvos policiais e fazem parte da justa e legítima reação dos povos oprimidos e suas organizações políticas contra a sistemática guerra de colonização levada a cabo pelo imperialismo e suas “alianças multilaterais” sobre os países semicoloniais da região africana, muitas vezes com a cumplicidade de governos nativos lacaios, como é o caso da Nigéria.

Obama, Sarkozy e Cameron, os mesmos carniceiros “democráticos” que bombardeiam a Líbia e caçam Kadaffi em conjunto com os “rebeldes” mercenários a serviço da ONU e da OTAN, saíram a condenar o ataque como um “ato terrorista bárbaro”, com a mídia alardeando que possivelmente a ação foi desatada pelo grupo Boko Haram ou AQIM (Al Qaeda no Maghreb Islâmico). Trata-se de um completo embuste, os verdadeiros “terroristas” são as potências capitalistas que assassinam o povo líbio com bombardeios diários nos últimos quatro meses para controlar o petróleo e rapinar o ouro do país. Vergonhosamente, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, havia anunciado poucos dias antes do ataque a sede da ONU que reconhecia os lacaios da OTAN na Líbia agrupados em torno do CNT como a nova “autoridade legítima”, rompendo a unidade da União Africana que até então se colocava formalmente contra as investidas ao regime nacionalista de Kadaffi.

Frente ao ataque a sede da ONU na Nigéria, declaramos que toda nossa simpatia está ao lado dos “bárbaros” nigerianos que se levantam com os meios militares não convencionais (carro-bomba) que dispõem para atacar os alvos do imperialismo “democrático”. São os “civilizados” facínoras imperialistas que impõem pela força das armas mais sofisticadas da OTAN seu domínio colonial no planeta. Neste momento os verdadeiros terroristas ianques, britânicos e franceses, sobre a chancela da ONU e em nome do combate a suposta “ditadura de Kadaffi” ocupam a Líbia com o auxílio dos “rebeldes” para impor um regime títere, cabeça de ponte do imperialismo ianque em todo Magreb africano.

Precisamente por estes motivos políticos e militares todos os responsáveis pelo genocídio imperialista na Líbia são alvos do justo ódio das massas, inclusive a própria ONU. O ataque a sua sede na Nigéria é legítimo, ainda que possamos ter profundas diferenças políticas e programáticas com a força política que o organizou. Ações como a ocorrida no país africano tendem a se multiplicar como forma dos povos oprimidos e suas organizações enfrentarem a sanha belicosa de Washington com os meios de que dispõe. Esta realidade se potencia, já que não há mais o contraponto político e militar da URSS ao poderio norte-americano que se apresenta como uma hiper-potência mundial, a polícia suprema do mundo. Esses ataques representam uma resposta militar dos povos oprimidos e suas organizações ao imperialismo, muitas vezes por meios não convencionais de combate militar. Como trotskistas, lutamos pela revolução proletária mundial e a reconstrução da IV Internacional. Defendemos a unidade de ação com as forças que estão em luta contra o imperialismo. Nesse combate consideramos justa toda e qualquer ação de resistência armada das massas à dominação belicista das metrópoles capitalistas sobre os povos oprimidos!

Leia também:

EXPLOSÃO DO QUARTEL GENERAL DA ONU EM BAGDÁ
Um ataque legítimo contra as forças de ocupação e pilhagem do Iraque

(25 de agosto de 2003)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Trabalhadores e estudantes unidos se levantam em greve geral de 48 horas no Chile. Sem uma plataforma revolucionária movimento pode reforçar demagogia “antineoliberal” do PS

Nesta quarta-feira, 24/8, teve início uma greve nacional paralisou o Chile, convocada pela Central Unificada de Trabalhadores (CUT). O governo Piñera enfrenta a primeira greve nacional desde que assumiu a presidência do país em março de 2010. As direções sindicais da CUT, a maior central do país, convocaram uma greve de apenas 48 horas, apesar de inúmeras categorias de trabalhadores já estarem paralisadas há algum tempo e os estudantes se encontrarem nas ruas de Santiago há pelo menos quatro meses protestando contra a política “neoliberal” do governo. O Partido Socialista da ex-presidenta Bachelet apóia o movimento que se autoproclama “pacífico”, pela ausência de uma perspectiva revolucionária de suas direções democratizantes.

O descontentamento com os planos “neoliberais” aprofundados pelo herdeiro de Pinochet, o megaempresário direitista Sebástian Piñera, fez com que trabalhadores, estudantes e populares aderissem à paralisação quase que espontaneamente, levantando barricadas, realizando cortes de ruas, queimando pneus em vários bairros de Santiago. O funcionalismo público aderiu em massa, o setor fabril parou totalmente. Os mineiros cupríferos, incluindo a maior mina privada do mundo, La Escondida, representam um setor que concentra o maior contingente operário do planeta, também entraram na paralisação nacional. Os operários das minas sofrem com a superexploração, além das bárbaras e desumanas condições de trabalho. A repressão dos “carabineiros” foi bastante violenta, jatos d’água, bombas de gás, prisões..., como tem sido de Pinochet, passando pela “Concertación” até o atual governo.

Os estudantes exigem educação pública gratuita, eliminada durante a ditadura Pinochet (1973-1990), durante a qual universidades públicas passaram a cobrar mensalidades, obrigando atualmente o jovem, após cursar quatro anos de universidade, a pagar durante os próximos dez anos, ou mais, o financiamento da mesma. Três décadas se passaram e nada mudou, nem mesmo o governo da “Concertácion” alterou a estrutura educacional do país. Ao contrário, tratou de “aperfeiçoar” o sistema pinochetista “apenas” baixando os juros das mensalidades e “aumentando” subvenções estatais para o ensino privado! Pesquisa realizada recentemente revela que mais de 100 mil estudantes encontram-se em situação de inadimplência, isto num país que tem a maior renda per capita da América Latina, mas em termos de desigualdade social coloca-se na quarta colocação, evidenciando um tremendo abismo social-econômico entre “ricos” e explorados.

A plataforma de reivindicações elaborada pela CUT, como a revogação da Constituição pinochetista, reforma tributária, mudanças no código trabalhista e renacionalização das minas de cobre, é bastante limitada e pouco atende às demandas dos superexplorados trabalhadores chilenos que amargam na carne um índice de desemprego que supera os 10% da população economicamente ativa. Mesmo assim, os trabalhadores e estudantes aderiram em massa à paralisação, contando inclusive com ocupações isoladas de fábricas e minas. No entanto, pelo caráter atomizado e disperso os protestos carecem de um eixo de real enfrentamento com o governo fascistizante de Piñera. É necessário superar a política das direções sindicais burocráticas do PS, PC e da CUT, a fim de unificar todas as lutas em curso num só movimento, rumo à greve geral por tempo indeterminado e não simplesmente em um movimento voltado a desgastar eleitoralmente o governo neopinochetista para posteriormente ser capitalizado no terreno institutucional pela “Concertación”.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O ouro da Líbia, um saque pouco mencionado pelos piratas da OTAN

Na medida em que vão chegando as informações sobre os últimos acontecimentos da guerra de ocupação imperialista a Líbia, fica absolutamente cristalino que a “ocupação” parcial de Trípoli foi produto exclusivo da ofensiva das forças militares da OTAN (terra e ar) e não da ação do destacamento de lumpens e mercenários monarquistas, batizados pela ONU de “rebeldes” do CNT (Conselho Nacional de Transição). As imagens da tomada do QG (Bab Al-Aziziya) do coronel Kadaffi revelaram a destruição completa do complexo militar pelos pesados bombardeios da OTAN, com uma descarga de mais de sessenta mísseis Tomahawk em menos de uma hora, um míssil por minuto com a capacidade de destruição de uma quadra inteira! Os mercenários lumpens do CNT quando chegaram ao QG, não encontraram resistência alguma por uma correta decisão tática do exército nacional líbio de evacuar o local em função de ser impossível responder belicamente a “tempestade” de bombas de última geração lançadas pelos caças e navios da OTAN. Mesmo assim, a captura do QG foi apresentada pela mídia imperialista como uma “brava ação dos rebeldes”, que ensandecidos pelo “cheiro” do ouro líbio destruíram os símbolos da resistência nacional anti-imperialista, como o monumento da mão esmagando um jato ianque (erguido logo após os criminosos ataques a Líbia em 1986). Pelo menos os “rebeldes” saqueadores foram sinceros em mostrar ao mundo a quem servem, revelando seu caráter de capachos servis do imperialismo!

Obama, aquele mesmo que cortou gastos sociais em seu próprio país alegando falta de recursos estatais, já ofereceu de “ajuda” ao futuro governo títere do CNT a bagatela de um bilhão de dólares, gesto logo seguido pelo “generoso” colega britânico Cameron, que só aprecia a ação de “saqueadores” em terras coloniais. Esta verdadeira quadrilha, a qual se soma o “cafetão” Sarkozy, está oferecendo aos mercenários monarquistas, incumbidos do trabalho “sujo e miúdo” em Trípoli, apenas uma pequena parte do que já foi confiscado do povo líbio em depósitos nos bancos imperialistas. O regime Kadaffi em franca rota de aproximação com o “mundo ocidental” confiou os recursos monetários (reservas em dólares) da nação nas mãos dos rentistas internacionais, além de intensificar a parceria comercial da companhia estatal de petróleo da Líbia com as grandes empresas europeias do setor, como a Total, Eni e BP. O resultado desta “inflexão” ao império operada por Kadaffi acionou apetites muitos vorazes em um momento internacional onde o saque a Líbia pode significar uma válvula de descompressão momentânea à crise econômica europeia.

Mas os abutres da coalizão imperialista não estão só interessados em se apossar totalmente (sem as parcerias oferecidas por Kadaffi) das imensas reservas naturais de gás e petróleo da Líbia, estimadas pela OPEP em cerca de 50 bilhões de barris, ficando atrás na região somente da Arábia, Irã e Iraque, dos quais somente o Irã é um país independente. O estoque em ouro físico, depositado no banco central Líbio é um dos maiores do mundo, corresponde a 150 toneladas em lingotes, segundo o relatório oficial do FMI. Acontece que os dados das reservas de ouro da Líbia só foram repassados ao organismo multilateral dos “tubarões” a partir da década passada, quando Kadaffi queria mostrar-se simpático aos governos imperialistas, calcula-se que o acumulado em ouro do país possa ser três vezes maior, em razão dos anos de bloqueio internacional quando o petróleo líbio só poderia ser vendido a estados nacionais desprovidos de dólares em seus “caixas”.

A crise mundial do padrão dólar revelou que a moeda norte-americana não tem mais lastro em ouro físico no Tesouro ianque. Desde quando o então presidente Nixon retirou em 1971 o lastro de ouro que apoiava o dólar, especula-se que atualmente o FED não tenha nem mais uma grama do “vil metal” em seus cofres. Na Europa a situação não é muito diferente, ou ainda pior que nos EUA, devido a severa crise fiscal por que atravessa, onde o ouro já foi “queimado” logo da criação do Euro. Portanto, a disputa pelo controle do “botim” líbio pode significar bem mais do que o importante domínio do fluxo internacional de petróleo, está em jogo nesta guerra da Líbia o próprio futuro do lastro monetário em ouro das falidas moedas do imperialismo ianque e europeu.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reproduzimos uma declaração política do WRP (Workers Revolutionary Party) organização inglesa, acerca dos últimos acontecimentos na Líbia. O WRP, uma corrente revisionista que em meados dos anos 90 estabeleceu relações fraternais com a LIT, tendo como base a caracterização da queda da URSS como um fato histórico "revolucionário" para o proletariado mundial, agora assume uma posição progressiva em relação à defesa da Líbia diante da guerra de ocupação imperialista. Na foto, o WRP mostra uma manifestação de imigrantes líbios em Londres, denunciando os “rebeldes” como agentes contra-revolucionários a serviço da OTAN.


BATTLE FOR TRIPOLI!


HEAVY fighting continues in many areas of Tripoli today, especially around the compound of Libyan leader Col Muammar Gadaffi, as soldiers and armed civilians deal blow after blow against the NATO-backed counter-revolutionary ‘rebels’.

As NATO declared that its cowardly bombing raids over Libya will continue until all pro-Gadaffi forces are defeated, large parts of the capital remain in the hands of pro-government loyalists and the ‘rebels’ are suffering heavy casualties.

Libyan leader Colonel Muammar Gadaffi hasn’t surrendered and in a defiant audio message broadcast before the NATO bombers put Libyan TV off the air yesterday, called on residents to ‘save Tripoli’ and ‘liberate it from gangs’.

‘How come you allow Tripoli, the capital, to be under occupation once again?’ he asked.

‘The traitors are paving the way for the occupation forces to be deployed in Tripoli.’

He called on all Libyan people to come out and resist NATO and to ‘march on Tripoli from inside and outside’.

Venezuelan President Hugo Chavez said yesterday: ‘Today we are seeing images of how the democratic European governments – well some of them – are practically demolishing Tripoli with their bombs and the supposedly democratic government of the United States, because they feel like it.

‘Today they dropped I don’t know how many bombs and they are dropping them indiscriminately and openly, over schools, hospitals, houses, businesses, factories, farms.

‘And we call on God to bring peace to the Libyan people and the people of the world.’

The counter-revolutionary ‘rebel’ advance on Tripoli yesterday came courtesy of NATO drones, particularly US Predators, which indicated where the Libyan government forces were preparing ambushes on the main roads upon which the counter-revolutionary forces were advancing, and their subsequent bombardment by British and French helicopter gunships.

However, Libyan Information Minister Moussa Ibrahim said yesterday that the government has 65,000 loyal soldiers under its command and there are also hundreds of thousands of armed pro-Gadaffi loyalists both within Tripoli itself and throughout the country.

Ibrahim said fighting in the city since noon on Sunday had left 1,300 people dead and 5,000 wounded.

He denounced Nato for backing the ‘armed gangs’ with air power, adding, however, that the Gadaffi government was prepared to negotiate directly with the counter-revolutionary NTC.
On Sunday night Ibrahim, told ‘the Libyan people’ that ‘our country will be safe, in peace and in tranquillity soon.’

He said that ‘these are the moments of the last battle in which we will be victorious God willing and the remnants of these gangs which are acting under NATO’s orders will be destroyed.’

He said that the ‘rebels’ were indeed ‘killing their families and brothers under the banner of the crusaders and unbelievers, whereas we are fighting under the name of (Prophet) Mohammed, Peace be Upon Him.’

Tuesday, 23 August 2011

Leia também:

LIT - WI (WRP) – ARTIGO HISTÓRICO –
Uma nova “fusão” sem princípios

(Janeiro de 1996)
Submissa ao imperialismo, Dilma pretende reconhecer o governo títere do CNT/OTAN na Líbia

Como um governo totalmente servil ao grande “amo do norte”, o imperialismo ianque, a frente popular sob a atual “gerência” de Dilma Rousseff já anunciou sua disposição em legitimar o reconhecimento do governo títere do CNT, após a ocupação da Líbia pelas forças da OTAN, desde o último sábado. A posição do Brasil de abstenção na votação no Conselho de Segurança da ONU da criação da chamada “zona de exclusão aérea” sobre a Líbia, um torpe pretexto para o imperialismo iniciar os covardes bombardeios da OTAN contra o regime do coronel Mohamar Kadaffi, representou uma vergonhosa capitulação dos “neoliberais” petistas aos carniceiros imperiais travestidos de protetores “humanitários” da população civil líbia.

A reação doméstica, tendo como porta-vozes a Globo, Veja, o Estadão e, pasmem, também o PSTU, não contente com a posição subalterna do governo Dilma na ONU, afirmou que o Brasil estava seguindo os passos de Cuba e Venezuela no apoio ao “ditador” Kadaffi! Este mesmo bloco, unindo desde os “direitopatas” da mídia burguesa até a “esquerdotalha” do revisionismo, agora exige que Dilma rompa relações diplomáticas com a Síria para, é claro, ajudar Israel a atacar o Hezbolah no Líbano.

Diante do brutal massacre militar sofrido por um país oprimido por parte de uma coalizão de bandidos imperialistas, o governo Dilma silenciou criminosamente (como aliás sua “oposição de esquerda”), para depois anunciar sua simpatia política pelos “rebeldes” pró-OTAN. O chanceler da frente popular, Antonio (nada) Patriota, declarou hoje, 23/07, que: “O Brasil apóia as aspirações do povo líbio por liberdade, por democracia, por melhores oportunidades e por progresso institucional de forma geral”. Segundo o mesmo Patriota: “o governo brasileiro está em contato com representantes dos rebeldes, por meio do embaixador brasileiro no Egito, Cesario Melantonio”. Ávidos por fazerem negócios com o novo governo títere do CNT, que sequer tomou o poder de Estado na Líbia, a frente popular parte na dianteira da bajulação aos amos imperiais e seus ratos acólitos “insurgentes”.

Os “amigos” da Líbia, como os governos da África do Sul, Venezuela e Cuba, nada fizeram para efetivamente combater a ofensiva assassina da OTAN, a não ser declarações formais denunciando o massacre imperialista. Já Rússia e China seguiram uma posição de pretensa “neutralidade”, a mesma adotada covardemente na invasão do Iraque há quase uma década. Nesta etapa histórica faz falta a existência da URSS, que mesmo burocratizada, significava um bloqueio real às investidas sanguinárias do imperialismo contra nações e povos oprimidos.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Bairro a bairro, rua a rua de Trípoli se desenvolvem os combates entre a heróica resistência popular e a contra-revolução imperialista 
Apesar do “alucinado orgasmo” coletivo da mídia capitalista mundial ao anunciar o colapso do regime Kadaffi e a vitória final dos “rebeldes” pró-OTAN, os combates frontais entre a heróica resistência do povo líbio e a contra-revolução imperialista seguem rua a rua na capital Trípoli. Os chacais imperiais como Obama, Sarkozy e Cameron já salivam o sangue assassino e exigem que o “ditador” deixe o poder imediatamente, enquanto prosseguem os maiores bombardeios aéreos que a humanidade já presenciou em toda sua história. A OTAN deslocou por terra seu poderoso destacamento militar “Alfa” para orientar seus comandados do Conselho Nacional de Transição (CNT, órgão máximo dos “rebeldes”), no assalto a pontos estratégicos da capital como aeroportos e a TV estatal e no objetivo de capturar e assassinar Kadaffi e sua família. De fato os “rebeldes” mercenários chegaram a anunciar o sequestro de dois filhos de Kafaffi, Mohamed e Seif Al islam, que já foram libertados em combate pelas tropas das “brigadas revolucionarias” (milícias populares leais ao regime). Os noticiários da reação global, os mesmos que clamam pela severa repressão aos que consideram os “vândalos saqueadores de Londres”, mostram imagens da classe média festejando o fim do “ditador” na cidade de Benghazi, anunciada fraudulentamente como se fossem em Trípoli. A verdade é que a atual ofensiva “rebelde” mesmo contando com o suporte de centenas de mísseis de longo alcance, toneladas de bombas despejadas pelos modernos caças e por um comando terrestre da OTAN, ainda está longe de infringir a derrota final as forças que apóiam o regime nacionalista burguês de Kadaffi.
A batalha pelo controle de Trípoli foi pacientemente preparada pela OTAN, minando todo arsenal bélico do exército nacional líbio. Durante seis meses de intensos bombardeios pela reunião da maior frota aérea do planeta, só sobraram armas de artilharia leve para as forças militares de apoio a Kadaffi, que mesmo sendo distribuídas massivamente para as milícias populares não poderiam fazer frente a imensa superioridade da colossal maquina de guerra da OTAN. No sentido inverso, os “rebeldes” vem recebendo arsenal de ponta do imperialismo, além de recursos financeiros para promover a deserção nas hostes do regime Kadaffi. O bloqueio dos reservas monetárias da Líbia por parte de bancos europeus e o cancelamento da entrada de divisas oriundas da exportação de petróleo (sob o controle do CNT em Benghazi), levaram a um estrangulamento econômico do regime, que não contou com o apoio efetivo de nenhum país. Esta situação de isolamento internacional impediu a reposição de material bélico pesado por parte do exército nacional líbio, facilitando a ação de sabotagem dos “rebeldes” made in CIA, apesar das inúmeras derrotas sofridas por estes no campo da luta direta.
A política de Kadaffi e seu staff sempre foi a de buscar uma solução negociada do conflito, procurando reatar os vínculos recém estabelecidos com as metrópoles imperialistas. Mesmo com os seguidos triunfos na arena militar sobre os “boys” da OTAN, em função da ausência completa por parte dos “rebeldes” de uma base social proletária, Kadaffi se recusava a esmagar a contra-revolução com os métodos próprios da classe operária, como fez Trotsky em Kronsdat quando dirigia o Exército Vermelho na URSS. Por outro lado a OTAN avançava a passo largos na destruição da infra-estrutura do país, a espera do melhor momento para desencadear uma brutal ofensiva aérea sobre Trípoli. Ainda sob as pesadas nuvens de fumaça dos criminosos bombardeios, os “rebeldes” conseguem adentrar na capital e sob a coordenação do comando “Alfa” da OTAN infringem um importante recuo das forças nacionalistas. Mas a guerra civil não chegou ao final e mesmo com a possibilidade de perderem Trípoli, em uma retirada tática, as milícias populares já anunciaram que estabelecerão a estratégia de guerrilha, tendo como base cidades fiéis ao regime Kadaffi.
A solidariedade ativa ao povo líbio, bombardeado covardemente pela OTAN e a reacionária mídia global, se impõe como tarefa prioritária a todos aqueles que se reivindicam da luta socialista e revolucionária. Neste momento um triunfo militar e político da coalizão imperialista sobre um país oprimido, independente do caráter burguês do governo Kadaffi, reforçaria tremendamente a linha de ataque as conquistas do proletariado mundial. O anúncio do “presidente” do CNT, Mustafa Abdul Jalil, que seria extremamente grato aos países que ajudaram a “derrubar o ditador” Kadaffi é apenas um prenúncio do tamanho do saque que estes piratas pretendem realizar, caso consigam estabelecer um governo nacional.


domingo, 21 de agosto de 2011

PSTU: agente da contra-revolução na Líbia

Diante da criminosa ofensiva militar da OTAN, denominada de “Operação Sereia”, que está conduzindo devastadores bombardeios aéreos e marítimos sobre a população civil de Trípoli com o avanço por terra das hordas dos “rebeldes” sob o comando do Conselho Nacional de Transição (CNT) para derrubar o regime nacionalista-burguês de Muamar Kadafi, o PSTU lançou um comunicado de total apoio ao bando de provocadores fascistas que invadiu a embaixada da Líbia em Brasília, na sexta-feira (19/08), saudando o levante armado dos partidários do retorno da monarquia do rei Idris e dos mercenários a serviço do imperialismo sediados em Benghazi como mais um episódio do que cinicamente chamaram de “revolução árabe”.

Conforme afirmam em seu comunicado, os morenistas chegaram a enviar militantes para frente da Embaixada líbia, “para exigir do governo Dilma a ruptura imediata de relações comerciais e diplomáticas com a Líbia, enquanto perdurar esta ditadura” (site PSTU, 19/8) e se solidarizarem com a escória fascista que foi hastear a bandeira da antiga monarquia destituída do poder em 1969 e que foi agora adotada como símbolo dos “rebeldes” pró-imperialistas a serviço da OTAN.

Defendendo o “Abaixo Kadafi!” e “Todo o apoio à insurreição líbia!”, colocando-se abertamente na mesma trincheira dos “rebeldes” mercenários, o PSTU e a LIT assumem indisfarçavelmente o total apoio às forças de agressão imperialista da OTAN, transformando em frase morta a sua cínica defesa de “não à intervenção imperialista”. A ridícula tentativa de desvincular os “rebeldes” dos seus amos imperialistas é uma farsa, uma vez que a própria Casa Branca, através de Josh Earnest, porta-voz de Barack Obama, garantiu que “os Estados Unidos mantêm contato permanente com os aliados, os nossos parceiros e o Conselho Nacional de Transição (órgão político da rebelião líbia)” (O Estado de S.Paulo, 20/8). Incrivelmente, para o PSTU, “sanguinário” é o regime de Kadaffi, e não o bombardeio covarde do imperialismo sobre a Líbia!

Neste domingo, 21/8, como resultado dos ataques da OTAN já somam mais de 300 civis mortos e milhares de feridos, além da destruição da infraestrutura de Trípoli. O Palácio Presidencial de Kadaffi foi bombardeado e a população civil vem sendo aterrorizada a todo instante com o lançamento de bombas sônicas por parte da OTAN. Numa situação de ataque cerrado do imperialismo sobre uma nação oprimida é tarefa imprescindível dos revolucionários a defesa da vitória militar desta perante os agressores das grandes potências capitalistas. Qualquer outra posição é se postar criminosamente ao lado da contra-revolução e na trincheira do inimigo número um dos povos, o imperialismo.

sábado, 20 de agosto de 2011

Aplastar a ofensiva contrarrevolucionária da OTAN sobre Trípoli! Armar as milícias populares para a batalha final! Denunciar o silêncio criminoso do revisionismo como cúmplice do imperialismo!

Nos últimos dias a OTAN recrudesceu os bombardeios sobre a capital líbia, Trípoli, com o objetivo de destruir toda a infraestrutura e logística da principal cidade do país, sob o total controle das forças sociais que apóiam o regime nacionalista-burguês do coronel Muamar Kadaffi. A brutal ofensiva da OTAN, que mobilizou em menos de uma semana o deslocamento de mais de 700 caças ianques, franceses e ingleses de última geração, teria o poder de aniquilar uma superpotência militar como a Rússia, por exemplo. A decisão de “barbarizar” a população civil líbia, tomada pelos EUA (que, de fato, controla a OTAN) teve como base as seguidas derrotas políticas e militares dos chamados “rebeldes” no terreno da guerra civil em curso. O assassinato do principal comandante militar do “Conselho Nacional de Transição (CNT)”, general Yunes, por uma feroz disputa intestina no CNT, acionou o sinal vermelho dos piratas imperialistas da OTAN de que os “rebeldes” estavam a um passo da liquidação de sua “aventura” reacionária. Sem o colossal suporte bélico aéreo fornecido pela OTAN, as tropas mercenárias monarquistas, sem o menor apoio nas massas líbias, não ofereceram a menor possibilidade de triunfarem sobre o exército nacional, representante, ainda que deformadamente, das conquistas históricas da “revolução dos coronéis”, ocorrida no início da década de 70. A fenomenal resistência do atual regime, enfrentando quase seis meses do maior bombardeio já presenciado em toda a história da humanidade, superando inclusive os ataques sofridos pela URSS na Segunda Guerra Mundial, só se explicam pela enorme disposição do proletariado líbio em defender com o próprio sangue suas conquistas diante dos saqueadores imperialistas.

Se restava alguma dúvida acerca do caráter político neofascista dos “rebeldes”, agora a máscara caiu completamente diante das comemorações que esta escória mercenária realiza a cada covarde bombardeio da OTAN contra os alvos civis e da infraestrutura nacional. A marcha contrarrevolucionária destes “rebeldes” em direção a Trípoli é marcada por um rastro de sangue deixado por cada ataque das centenas de modernos caças da OTAN. Neste sentido, estes agentes colaboracionistas, tal qual o regime de Vichi na França ocupada pelos nazistas, dirigem suas atenções para as refinarias e campos petrolíferos da Líbia na intenção de amealhar milhões de dólares na venda do óleo junto ao mercado comprador de Rotterdam.

Não menos criminoso do que a ação dos “rebeldes” mercenários à soldo da OTAN, é o atual silêncio cínico do centro revisionista mundial (LIT, PTS, PO, CMI, SU etc...) no momento em que o imperialismo despeja milhares de toneladas de bombas sobre uma nação oprimida, com o claro objetivo de pilhagem de seus recursos materiais e naturais. Esta verdadeira confraria revisionista foi a mesma que saudou em uníssono a destruição contrarrevolucionaria da URSS, classificada por estes elementos antimarxistas como o “cárcere dos povos”. Agora torcem freneticamente pelos sucessos dos “rebeldes” líbios, mesmo que para isso tenham que ser coniventes politicamente com o brutal massacre perpetrado pela OTAN ao povo líbio. Esta “central” do antileninismo, que desconhece completamente as lições do líder bolchevique que afirmou que “o imperialismo é o pior inimigo dos povos”, deve ser colocada no mesmo balaio da contrarrevolução mundial junto com seus novos “amigos” pró-imperialistas do famigerado CNT.

Para aplastar definitivamente a ofensiva imperial e seus cúmplices “internos e externos” é necessário armar as milícias populares para triunfarem na batalha final que se delineia no horizonte da guerra civil. Esta é a tarefa imediata que se coloca para o regime de Kadaffi, no qual os revolucionários estabelecem uma frente única militar, sem depositar nenhum apoio político incondicional em suas ações ou medidas estatais. Para os genuínos trotskistas a construção do Partido Operário Revolucionário se impõe como uma necessidade histórica e imediata, confluindo politicamente com a necessidade da mais ampla unidade de ação para derrotar o imperialismo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Fascistas e “skinheads” invadem embaixada da Líbia em Brasília para hastear a bandeira da monarquia

Cerca de 30 pessoas “representantes” da escória fascista a serviço da covarde ofensiva da OTAN, ocuparam a embaixada da Líbia em Brasília na tarde desta sexta-feira (19/8). A pretexto de festejarem o “ramadã” (comemoração religiosa muçulmana), armaram uma provocação de cunho eminentemente nazista, invadiram a embaixada, arrancaram e rasgaram a bandeira oficial líbia, hasteando em seu lugar a dos “rebeldes”, simbolizando a monarquia do rei Idris.

Trata-se, na verdade, de mais uma tentativa midiática do imperialismo de isolar o governo líbio para forçar a sua deposição, jogando a opinião pública burguesa no Brasil “democrático” da frente popular contra o “ditador Kadaffi”. Isto em meio ao mais covarde e brutal bombardeio da OTAN sobre a população civil de Trípoli. Como parte desta campanha contra o atual regime nacionalista-burguês líbio, a imprensa pró-imperialista difunde mais uma vez a mentira de que Kadaffi está prestes a ser derrotado pelas tropas “insurgentes” em nome do farsesco “Conselho Nacional de Transição” (CNT) sediado em Benghazi.

É necessário que os militantes e ativistas anti-imperialistas repudiem com veemência esta provocação fascista a serviço da OTAN e as mentiras plantadas pela mídia pró-imperialista. Para tanto, os revolucionários nos colocamos pela vitória militar da Líbia contra as tropas da OTAN! Esta é uma luta programática que levamos a cabo contra a ofensiva do imperialismo. Desgraçadamente os revisionistas do trotskismo tomam criminosamente o campo dos “rebeldes” a serviço da OTAN em um momento que o povo líbio está sendo barbaramente bombardeado pelas potências capitalistas para impor um regime plenamente servil a seus interesses saqueadores e colonialistas.

Dilma troca um quadrilheiro amador por um mafioso profissional no comando da agricultura

A saída do quarto ministro em menos de um ano do governo Dilma poderia apontar um cenário de profunda instabilidade política nesta terceira gestão da frente popular no comando do Estado capitalista, mas no caso da saída do ministro da agricultura, Wagner Rossi, a questão é exatamente inversa. Dilma atuou preventivamente diante da enxurrada de denúncias de corrupção envolvendo a pasta da agricultura, retirando Rossi um estafeta do vice Temer por um quadro da alta direção da máfia criminosa do PMDB. A nomeação do deputado gaúcho Mendes Ribeiro representou um “golpe de mestre” no tabuleiro da crise política provocada pela onda de denuncismo enfrentada por Dilma. A indicação do novo ministro, Mendes Ribeiro (MR), “acalmou os mercados”, para usar uma linguagem comercial própria do balcão de negócios em que se transformou a política burguesa nacional, sob a batuta do PT.

MR é a expressão máxima da máfia peemedebista, que liderou a venda do partido ao governo tucano de FHC. Junto a Eunício Oliveira e Michel Temer apoiaram na Câmara Federal todas as iniciativas mais podres, incluindo a privataria e a reeleição, do “príncipe” da academia transformado em presidente “office-boy” da Casa Branca. Com a eleição de Lula em 2002, estas ratazanas logo trocaram de lado (mas permaneceram no mesmo campo de classe), passando a apoiar “fielmente” o novo governo da frente popular, obviamente em troca de generosos favores estatais mantidos e ampliados pelo PT, afinal ninguém é de ferro...

Assumindo a primeira linha do agronegócio, o ministro MR logo foi saudado pelo que há de mais reacionário no congresso nacional, como a senadora da UDR, Kátia Abreu e o deputado Ronaldo Caiado. A cúpula do PMDB voltou a “lua de mel” com Dilma, recuperando os abalos sofridos pelas prisões no ministério do turismo, produto da atrapalhada “operação voucher” da PF. Como os meliantes do PMDB, como o ex-deputado Colbert Martins, já estão todos em liberdade e o “capo” do partido ganhou um ministério, a “paz” voltou a reinar no corrupto condomínio palaciano, montado pela frente popular.

O movimento de massas mais uma vez esteve ausente de uma intervenção independente no embrião da crise política. Os arautos de “esquerda” da democracia burguesa, ética é claro, repetiram suas fórmulas de CPI no interior do covil dos bandidos, a inovação ficou por conta do PSTU que desta vez, assumindo “honestamente” a condição de conselheiro de Dilma, sugeriu a esta que confiscasse os bens de seus pares, oriundos da corrupção. Seria cômico se não fosse trágico, uma organização que se diz “trotsquista” reivindicar do Estado capitalista o confisco do “dinheiro sujo”, como se a corrupção estatal não fosse endêmica do próprio regime do regime burguês, estes revisionistas nem sonham em lutar pela expropriação do conjunto dos meios de produção capitalista (pela via da ação revolucionária) afinal de contas para eles não seria “ético” se apropriar do capital “limpo”!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PSTU exige que “Dilma rompa relações com a ditadura síria”, mas não se incomoda com sua “diplomacia” diante dos “governos democráticos” carniceiros de Cameron, Sarkozy e Obama

Muito empolgado com as sanções econômicas da Casa Branca contra a Síria e a resolução da ONU condenando o governo de Bashar Al Assad, o PSTU vem fazendo a vergonhosa exigência de que a presidente Dilma Rousseff rompa relações comerciais e diplomáticas com a Síria! Estes mesmos morenistas, tão “zelosos” em sua campanha, em uníssono com a rede Globo, contra a “criminosa e sangrenta repressão da ditadura síria a justa insurreição do seu povo pela democratização do país”(sitio do PSTU, 12/08), não fazem qualquer menção em exigir o mesmo tratamento “exemplar” por parte do governo brasileiro diante do facínora Cameron, que reprimiu barbaramente a juventude rebelada nos subúrbios pobres de Londres e muito menos abriram a boca para reivindicar que Dilma rompesse política ou comercialmente com o governo Sarkozy, um dos principais patrocinadores do genocida bombardeio ao povo líbio, responsável por matar milhares de pessoas, entre os quais mulheres e crianças indefesas. Quanto a Obama, o falcão negro na Casa Branca que comanda duas guerras de rapina no Oriente Médio, o PSTU longe de solicitar qualquer retaliação do governo brasileiro em respostas aos diversos atos terroristas perpetrados pelo imperialismo ianque pelo mundo afora, “exige” justamente o contrário da nossa diplomacia, ou seja, que o Itamaraty cobre uma postura ainda mais dura dos EUA na ONU contra o regime sírio e, dando o exemplo, que o Brasil “deixe de apoiar esta ditadura sanguinária e rompa imediatamente as relações comerciais e diplomáticas com a Síria, enquanto a ditadura se mantiver no poder”! (Idem)

Na visão dos morenistas, supostamente há um regime ditatorial na Síria que deve ser derrubado como parte da fantasiosa “revolução democrática” que vem da Tunísia e do Egito, cabendo aos governos que se dizem democráticos romperem relações com a “ditadura de Assad”. Segundo os critérios do PSTU, como Cameron, Sarkozy e Obama... foram eleitos “democraticamente”, podem reprimir a bel-prazer seu próprio povo e agredir outros sem que seja necessário que os “indignados” morenistas da LIT levantem a voz para “exigir” qualquer ruptura de relações comerciais e diplomáticas por parte do Brasil com estes governos imperialistas! Para o PSTU, estes governos burgueses ainda que sejam carniceiros passaram pelo “crivo das urnas”, uma “cláusula pétrea” respeitada pelos morenistas, mas que para os marxistas não passa de uma farsa para melhor encobrir a ditadura do capital sobre os trabalhadores. Tamanha prudência da LIT em não incomodar a gerência desses facínoras se deve ainda mais pelo fato dos seus governos “democráticos” serem patrocinadores dos “rebeldes” líbios, os arquirreacionários remanescentes da monarquia do rei Idris apoiados histericamente pela LIT, mercenários que subitamente agora seriam porta-vozes da “revolução democrática” tão almejada pelo “Ocidente”.

Esses governos imperialistas “democráticos”, junto com Israel, são carniceiros que vêm buscando desestabilizar o regime nacionalista sírio para colocar em seu lugar um marionete que não apóie o Hezbolah e a luta do povo palestino contra o enclave sionista, tudo urdido cinicamente em nome da “luta contra a ditadura”, o pretexto recorrente de que se utilizam os morenistas para exigir de Dilma a ruptura das relações diplomáticas com a Síria. O PSTU cinicamente ainda lamenta a suposta timidez das grandes potências capitalistas no tratamento ao governo sírio, reclamando “em que pese algumas declarações formais contra a violenta repressão, a ONU e os países imperialistas, especialmente os EUA, silenciam diante deste verdadeiro ‘banho de sangue’” (sítio PSTU, 12/08). Para a LIT, não basta condenações formais, pressões diplomáticas e sanções econômicas que geram terríveis consequências ao povo sírio, é preciso agir, ou seja, intervir militarmente já “contra a ditadura Assad”, assim como fizeram a ONU e a OTAN na Líbia, cabendo ao Brasil romper relações comerciais e diplomáticas para isolar ainda mais o regime sírio, a fim de melhor sufocá-lo para facilitar a tarefa dos grupos tribais arquirreacionários financiados por Israel e a Arábia Saudita, aliados carnais dos EUA na região. Com essa “receita” que mais parece um golpe contrarrevolucionário tramado nos gabinetes do Pentágono teremos, segundo os morenistas, mais uma “revolução democrática” no Oriente Médio.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quem matou a juíza Patrícia Acioli?

O assassinato da juíza Patrícia Acioli, na última sexta-feira (12/08), na Cidade de Niterói, suscitou um debate nas entidades de defesa dos direitos humanos acerca da ousadia do crime organizado no Rio de Janeiro em uma ação voltada desta vez contra o Poder Judiciário. Patrícia vinha sofrendo ameaças de máfias criminosas, em particular da chamada milícia, um grupo de bandidos paramilitares com suporte na alta cúpula da Secretaria de Segurança fluminense. Por conta de várias sentenças proferidas por Patrícia contra “milicianos”, esta tinha recebido escolta policial por determinação do Tribunal de Justiça carioca (TJ), suspensa inexplicavelmente em 2007. Diante do covarde assassinato da juíza, em uma emboscada muito bem preparada na porta de sua residência, o TJ veio a público afirmar que teria sido a própria Patrícia quem solicitou a retirada de sua “proteção”, fato logo desmentido por familiares da juíza através da comprovação de vários ofícios solicitando exatamente o contrário. Mas, afinal, quem são os responsáveis pela morte de Patrícia, uma juíza da vara de execuções criminais, um organismo “chave” da estrutura da justiça burguesa que, diga-se de passagem, não condena só máfias organizadas, mas também muitos trabalhadores que sequer podem pagar por suas defesas e muito menos recebem qualquer assistência jurídica do Estado.

Em primeiro lugar, é preciso deixar absolutamente claro que esta ação criminosa da milícia teve o aval do alto comando da Polícia Militar e possivelmente até do Secretário de Segurança do RJ, o falso vestal Beltrame. Por mais ousadas que sejam as operações da milícia, estas quando são dirigidas contra membros do “staff” do Estado burguês, como juízes e parlamentares, têm que ser “autorizadas” por quadros superiores do regime vigente. Neste caso a “negligência” do TJ com a segurança de Patrícia não parece ser uma simples coincidência trágica. O aparato policial do estado do Rio, sob o manto midiático da “depuração” promovida nos morros cariocas com a implantação das UPPs, mantém intacto seu caráter de uma verdadeira quadrilha estatal, na batuta do governador Sérgio “caveirão”. Como a juíza estabelecia íntimas relações afetivas com policiais e agentes penitenciários, um ponto considerado vulnerável por seus chacais de “colarinho branco”, seria fácil estourar a “bomba” na mão destes suspeitos mais “evidentes”.

O braço assassino da milícia, contando com o escoro estatal, desta vez fez cair sua ira assassina sobre um representante da elite dominante, quando diariamente golpeia modestos trabalhadores e desempregados que se põem em seu caminho. Patrícia foi mais uma vítima deste monstruoso esquema repressivo: polícias, milícias e ironicamente até o judiciário. Sua morte demonstra que não existem “inocentes” dentro desta estrutura institucional das classes dominantes que deve ser demolida, e não reformada como pretendem os “éticos” do PSOL e PSTU, pela ação revolucionária do proletariado.