Resistência Talebã avança na luta para derrotar o imperialismo no Afeganistão
As tropas de ocupação do imperialismo ianque e da OTAN no Afeganistão sofreram nos últimos dias a maior baixa provocada por um ataque da resistência afegã desde a invasão do país em 2001. Um helicóptero Chinook, conduzindo um comando do mesmo grupo de elite que supostamente assassinou Bin Laden, foi abatido na província de Maidan Wardak, na parte oriental do país, a oeste de Cabul. A aeronave foi atingida por um projétil lançado por combatentes talebãs, resultando na morte de 31 militares dos EUA. A mídia imperialista mais uma vez insistiu em apresentar esse ato de resistência contra a ocupação militar como um atentado terrorista.
Barack Obama enalteceu os soldados assassinos do povo afegão, chamando-os de heróis, e afirmou que continuará com sua “guerra ao terrorismo”, na verdade uma política de agressões e de terror imperialista contra qualquer país semicolonial que não se curve diante dos interesses dos EUA. A derrubada do helicóptero das forças de ocupação ianques e da OTAN, que mantém mais de 130 mil soldados no Afeganistão, não representa só mais um pequeno sucesso militar da resistência talibã. O que há de mais significativo é que esse não foi um fato isolado, faz parte de um quadro crescente de reveses sofridos pelas forças de invasão imperialista. Somente neste ano, a resistência talebã já provocou a queda de 17 helicópteros da OTAN e, com o helicóptero derrubado no último sábado, 06/08, subiu para 380 o números de soldados estrangeiros mortos em 2011, no Afeganistão.
O fracasso militar do imperialismo ianque não se evidencia somente no Afeganistão, onde a resistência amplia cada vez mais os territórios sob seu controle. Também no Iraque, onde os EUA ainda mantêm 47.000 soldados, a resistência anti-imperialista cresce aceleradamente. Já na Líbia, mesmo com os covardes bombardeios da OTAN contra Trípoli e as cidades onde a população apóia o regime de Kadaffi, os rebeldes reacionários do Conselho Nacional de Transição (CNT), financiados e armados pela CIA e o Mossad, estão sofrendo uma vergonhosa derrota militar diante das tropas do exército nacional líbio e das milícias populares.
Diante da impossibilidade de derrotar a resistência dos povos oprimidos, Obama pretende ampliar a chamada “guerra ao terrorismo”, utilizando-se cada vez mais de bombardeios com aviões não tripulados ou mísseis disparados de longa distância, atingindo propositadamente alvos civis, chacinando principalmente mulheres e crianças, para provocar terror e desespero na população. Essa verdadeira guerra de terror imperialista é a política da Casa Branca para auferir lucros para a poderosa indústria bélica ianque. Portanto, é uma guerra prolongada que só pode ser derrotada com a unidade dos povos oprimidos de todo o mundo. Esse é o motivo por que os marxistas revolucionários devemos apoiar cada ofensiva sobre os agressores imperialistas, postando-se em frente única com a forças que, neste momento, enfrentam as tropas de rapina das potências capitalistas. Cada revés sofrido pelos invasores dos EUA e da OTAN no Afeganistão, no Iraque, na Líbia ou em qual quer parte do mundo, ajuda a elevar o nível de consciência do proletariado e aumenta a sua confiança de que o imperialismo pode ser derrotado, forjando as condições para a construção de uma autêntica direção revolucionária que lute pela edificação do socialismo.