Em nome da fantasiosa “revolução árabe”, PSTU clama por intervenção imperialista na Síria
Depois de repetir como papagaios a versão enganosa da grande mídia burguesa que o governo de Assad reprimiu violentamente os protestos na cidade de Hama e matou mais de 80 pessoas, obviamente sem denunciar que os “rebeldes” eram grupos tribais arquirreacionários patrocinados por Israel e o imperialismo que atacaram os apoiadores do regime, o PSTU pede que a OTAN lance um ataque militar contra a Síria. Para os que ainda têm alguma dúvida quanto à política canalha dos morenistas, vejam por seus próprios olhos o que eles escreveram: a “OTAN diz que ‘não são atendidas as condições’ para intervir na Síria. Dentre os ditadores árabes, nenhum reagiu com uma violência mais descontrolada do que Bashar al-Assad aos protestos sociais. Apesar das lágrimas de crocodilo do presidente dos EUA, Barack Obama, que se declarou ‘profundamente chocado com a brutalidade do regime sírio’, afirma que a intervenção militar está ‘fora de questão’” (“Na Síria, Assad continua a matar seu povo, mas a revolução avança”, sítio PSTU, 03/08). Para o bom entendedor meias palavras bastam, mas no caso de sua diabrite pró-imperialista o PSTU preferiu usar todas as letras!!!
Trata-se de um “pedido” ávido e direto dos morenistas para que o imperialismo ianque e a ONU ajam imediatamente e ataquem a Síria com as forças de rapina da OTAN, como fizeram na Líbia em apoio aos “rebeldes” mercenários financiados pela CIA, vendidos como “revolucionários” pela LIT! Em sua “denúncia” de porquê Obama e a OTAN supostamente estariam protelando um ataque militar a Síria, o PSTU cinicamente alega que “o imperialismo sustenta Al Assad” e declara: “Diferente do que ocorreu com Kadafi, os governos imperialistas continuam sustentando-o acreditando, mesmo com muitas dúvidas, que Assad ainda possa controlar o levante contra seu governo. Consideram-no o guardião da ordem e da estabilidade regional. Os EUA e Israel temem que o regime sírio caia, pois seu maior medo é a “desestabilização” de toda região. Isto é, o avanço da revolução árabe.”(Idem). Esta “tese” furada é a prova cabal da falência destes trânsfugas. Primeiro disseram com relação à Líbia que Kadaffi era apoiado pelo imperialismo e que o bombardeio da OTAN seria para “esmagar” a tal “revolução árabe”. Agora que a OTAN já matou parte da família de Kadaffi e as potências capitalistas fornecem abertamente armas para os “insurgentes”, colocando assim a nu a idiotice alardeada pela LIT e seus satélites, os morenistas vêm com a mesma conversa fiada na Síria. Chegam ao delírio de afirmar que o governo nazi-sionista de Israel sustenta o regime de Assad para deter o avanço da “revolução árabe”, justamente quando o Mossad financia os “revoltosos” para debilitar a oligarquia síria devido a seu apoio ao Hezbollah, visando substituí-la por um marionete aliado e submisso integralmente a seus ditames! Se as potências capitalistas não atacaram a Síria ainda é justamente porque na Líbia a agressão da OTAN está sendo derrotada pelas milícias populares que apóiam Kadaffi, como já reconhecem até mesmo os líderes “rebeldes” e não seria prudente abrir duas frentes de guerra neste momento de revés das forças de rapina no Oriente Médio!
Em seu bestial apoio a uma intervenção militar a Síria, o PSTU reclama até mesmo da suposta “passividade” do governo Dilma, isto quando o ministro das relações exteriores do Brasil, Antônio Patriota, acaba de vergonhosamente subscrever uma declaração condenando o regime Assad aprovada no Conselho de Segurança da ONU. Mas, para os morenistas esta chantagem da ONU apoiada por Dilma é pouco, é preciso atacar a Síria imediatamente em apoio a fantasiosa “revolução”. Vejam o que dizem esses revisionistas sem o menor pudor: “Vergonhosa é a posição do governo brasileiro, que tenta evitar uma resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) alegando evitar uma intervenção militar. O imperialismo não pretende intervir neste massacre e, ao governo brasileiro ser mais realista que o rei, defende o governo sanguinário de Assad. Depois o governo Dilma se diz comprometido com os ‘direitos humanos’”. Como se vê, o PSTU exige que Dilma apóie na ONU o mesmo script usado por Obama para agredir a Líbia: acusar o governo de atacar os “indefesos rebeldes” patrocinados pela Casa Branca e Israel em nome da defesa dos “direitos humanos” para preparar as condições de uma intervenção militar da OTAN contra o regime de Assad. Nesta senda contrarrevolucionária, os morenistas reclamam que o governo do PT é “mais realista que o rei” porque não apóia uma intervenção imediata na Síria, optando momentaneamente pela pressão diplomática que também tem o objetivo de debilitar o governo Assad. Como se vê, os calhordas do PSTU querem se postar ao lado do “imperador” Obama no apoio a agressão “humanitária” contra a Síria, apesar de reclamarem que as bombas da OTAN já deveriam estar caindo sobre Damasco e o povo sírio há mais tempo!!!