terça-feira, 23 de agosto de 2011

Submissa ao imperialismo, Dilma pretende reconhecer o governo títere do CNT/OTAN na Líbia

Como um governo totalmente servil ao grande “amo do norte”, o imperialismo ianque, a frente popular sob a atual “gerência” de Dilma Rousseff já anunciou sua disposição em legitimar o reconhecimento do governo títere do CNT, após a ocupação da Líbia pelas forças da OTAN, desde o último sábado. A posição do Brasil de abstenção na votação no Conselho de Segurança da ONU da criação da chamada “zona de exclusão aérea” sobre a Líbia, um torpe pretexto para o imperialismo iniciar os covardes bombardeios da OTAN contra o regime do coronel Mohamar Kadaffi, representou uma vergonhosa capitulação dos “neoliberais” petistas aos carniceiros imperiais travestidos de protetores “humanitários” da população civil líbia.

A reação doméstica, tendo como porta-vozes a Globo, Veja, o Estadão e, pasmem, também o PSTU, não contente com a posição subalterna do governo Dilma na ONU, afirmou que o Brasil estava seguindo os passos de Cuba e Venezuela no apoio ao “ditador” Kadaffi! Este mesmo bloco, unindo desde os “direitopatas” da mídia burguesa até a “esquerdotalha” do revisionismo, agora exige que Dilma rompa relações diplomáticas com a Síria para, é claro, ajudar Israel a atacar o Hezbolah no Líbano.

Diante do brutal massacre militar sofrido por um país oprimido por parte de uma coalizão de bandidos imperialistas, o governo Dilma silenciou criminosamente (como aliás sua “oposição de esquerda”), para depois anunciar sua simpatia política pelos “rebeldes” pró-OTAN. O chanceler da frente popular, Antonio (nada) Patriota, declarou hoje, 23/07, que: “O Brasil apóia as aspirações do povo líbio por liberdade, por democracia, por melhores oportunidades e por progresso institucional de forma geral”. Segundo o mesmo Patriota: “o governo brasileiro está em contato com representantes dos rebeldes, por meio do embaixador brasileiro no Egito, Cesario Melantonio”. Ávidos por fazerem negócios com o novo governo títere do CNT, que sequer tomou o poder de Estado na Líbia, a frente popular parte na dianteira da bajulação aos amos imperiais e seus ratos acólitos “insurgentes”.

Os “amigos” da Líbia, como os governos da África do Sul, Venezuela e Cuba, nada fizeram para efetivamente combater a ofensiva assassina da OTAN, a não ser declarações formais denunciando o massacre imperialista. Já Rússia e China seguiram uma posição de pretensa “neutralidade”, a mesma adotada covardemente na invasão do Iraque há quase uma década. Nesta etapa histórica faz falta a existência da URSS, que mesmo burocratizada, significava um bloqueio real às investidas sanguinárias do imperialismo contra nações e povos oprimidos.