Depois do “acordão” com o Tea Party é a hora dos parasitas “realizarem” seus lucros freneticamente
Os efeitos do “acordão” que Obama realizou com o Tea Party, em torno do alargamento do teto da dívida pública dos EUA, foram imediatos e devastadores para o mercado financeiro mundial. Desde o dia 29/07 as principais bolsas de valores já acumularam perdas na ordem de mais de três trilhões de dólares. Mas o “golpe de misericórdia” viria mesmo na última sexta-feira (05/07), com a decisão da agência de classificação de riscos para investidores, Stand & Poor’s, rebaixar a classificação dos títulos da dívida norte-americana. A ação da S&P , um covil de bandidos a serviço dos rentistas, tem como objetivo principal promover um verdadeiro ataque especulativo contra os estados nacionais que detém em suas reservas monetárias grande quantidade dos “papéis” ianques. A China detém um terço de suas reservas em títulos do Tesouro norte-americano e poderá ser obrigada a vendê-los “subvalorizados” em função de uma cláusula no contrato de compra dos títulos que exige a classificação máxima destes papéis por parte destas “agências de risco”.
A operação dos parasitas financeiros, que controlam estas falsas agências reconhecidas oficialmente pelo governo dos EUA, consiste em promover uma brutal desvalorização dos títulos públicos norte-americanos forçando a venda destes pelos países semicoloniais, para depois revender estes mesmos títulos a um preço muito superior, obviamente depois destas agências restabelecerem a classificação máxima dos papéis ianques. No bojo deste ataque especulativo as nações dos rentistas também “queimarão” uma boa parte do excedente financeiro virtual que circula internacionalmente pela via das bolsas de valores. Como calcula-se que o PIB de todo o planeta gira em torno de 65 trilhões de dólares e atualmente circula nos mercados algo em torno de 750 trilhões de dólares em papéis fictícios, portanto mais de dez vezes o valor de toda produção e bens reais da humanidade, se faz necessário de “tempos em tempos” torrar montanhas de ações “podres” para que o próprio mecanismo do mercado financeiro mundial possa continuar funcionando, ou melhor, parasitando!
A LBI foi a única corrente política marxista que em 2008 caracterizou corretamente o que ocorria realmente como desdobramento do crash financeiro. Afirmávamos que a crise capitalista não tinha surgido com o colapso dos títulos “sub prime” e tampouco com a falência do Lehman Brothers e muito menos este mesmo capitalismo, em crise estrutural desde o final da Primeira Guerra Mundial, iria acabar como consequência “natural” do crash das bolsas. Agora as turbulências dos mercados já aponta para um novo repique do crash financeiro de 2008, onde estados e “magnatas” podem perder bilhões de dólares em poucas horas. A enorme bolha de crédito deve sofrer novamente uma drástica redução, principalmente nas economias imperialistas, agravando ainda mais os efeitos da crise estrutural capitalista como o desemprego, por exemplo. A vanguarda do proletariado mundial deve se preparar para um recrudescimento ainda mais forte da ofensiva capitalista contra suas conquistas, seja pela via da guerra como na Líbia ou pela via institucional como nos EUA. Fugindo das “teorias” catastrofistas e messiânicas do fim “espontâneo” do regime capitalista, a classe operária deve ter claro que o agonizante modo de produção capitalista só será enterrado definitivamente pela sua própria ação revolucionária, instaurando uma nova ordem social, a ditadura do proletariado.
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