sexta-feira, 15 de agosto de 2014


Epidemia de Ebola: Pentágono “testa” nova arma biológica, deixa milhares de mortos na África e planeja utilizá-la na guerra contra seus adversários políticos

A epidemia de Ebola na África se espalha como um “rastilho de pólvora”... Seria mais preciso afirmar, tanto usando o critério científico como político e mesmo militar, que a doença avança como resultado dos testes de “arma biológica” desenvolvidos pelo Pentágono em território africano. Após décadas de uso de armas químicas e biológicas em guerras e experimentos científico-militares, as potências capitalistas e suas organizações “internacionais” de saúde já deram razões de sobra para serem vistas como verdadeiros responsáveis pela atual epidemia em curso nos países do Oeste africano. Além de Guiné, as nações mais afetadas pelo surto do vírus mortal foram Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Mali. Apesar de ser encoberto pela mídia capitalista, sabe-se que por muitos anos o governo dos EUA, especialmente o Pentágono, usa as instalações existentes em Fort Detrix como um laboratório para o desenvolvimento de armas químicas, biológicas, vírus de todos os tipos, experiências para controlar a mente, Anthrax, chamados patógenos exóticos e qualquer coisa que possa ser usado contra adversários políticos internos ou externos e mesmo grupos étnicos que são considerados “cobaias” (negros e latinos). Dentro de todos esses vírus não poderia faltar o Ebola, que a indústria militar em conjunto com as grandes empresas farmacêuticas está trabalhando nos últimos trinta anos tanto para uso como arma de guerra como para gerar lucros milionários com a “descoberta da cura”. No caso da Epidemia de Ebola, não temos a menor dúvida de que neste momento o Pentágono “testa” uma nova arma biológica e deixa milhares de mortos na África para depois utilizá-la na guerra contra seus adversários políticos e militares.

Não por acaso, a notícia que “O Ebola impulsiona as ações das indústrias farmacêuticas na Bolsa” (CNN, 08/08), foi manchete mundial ao se referir a Tekmira Pharmaceuticals, uma empresa que trabalha com o financiamento do Departamento de Defesa dos EUA. Ela é uma das corporações farmacêuticas que está trabalhando em um antiviral, para o qual há um contrato de 140 milhões de dólares com o Departamento de Defesa dos EUA para desenvolver esses medicamentos, como informou o Global Research. Recebia, inclusive, financiamento da transnacional Monsanto, empresa dedicada aos agronegócios. A companhia poderia ganhar já em 2017 mais de 100 milhões de dólares pelo remédio TKM-ebola. Sem corrermos o menor risco de temermos ser acusados de “teóricos da conspiração”, afirmamos categoricamente que a exploração do fenômeno epidêmico do Ebola extrapola a intenção de multiplicar os negócios milionários das indústrias farmacêuticas com a fabricação de vacinas. Além das multinacionais dos medicamentos se beneficiarem com a “indústria da doença”, estes “testes” genocidas visam também aprofundar a possibilidade de ataque militar a países adversários pela via de doenças como já fizeram com o “Agente Laranja” no Vietnã ou mesmo na Palestina via os ataques de Israel, “testando” previamente suas armas nas “cobaias” humanas. Com o mais descarado cinismo, o Departamento de Defesa dos EUA enviou representantes aos países da África Ocidental através do Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CDC) e anunciou que os laboratórios de seu país estavam lutando para “controlar o flagelo” e declarou: “Temos uma longa história na África através do Pentágono, tanto em apoio logístico como no manejo clínico do vírus”, argumentou o doutor coronel do Exército, James Cummings, que dirige o Global Emerging Infections Surveillance and Response System (GEIS), órgão das Forças Armadas.

Utilizado pelo Pentágono, o Fort Detrick é um centro de pesquisa biológica e de desenvolvimento de armas químicas, acusados de inocular vírus como o HIV, Ebola, peste bubônica, o antraz e vírus do Nilo Ocidental. O governo ianque já foi denunciado por Fidel, Chávez e recentemente pelo próprio Putin por numerosos casos de “bioterrorismo”: Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, já foram alvos não declarados. O atual surto começou em dezembro do ano passado na Guiné, acentuou-se em março e se expande com uma rapidez atípica, de acordo com a OMS. Logo surgiu uma possível explicação: “seus sistemas de saúde (dos países com epidemia) são frágeis e têm graves deficiências em recursos humanos, econômicos e materiais”. Na sexta-feira, 08 de agosto, o órgão declarou estado de emergência internacional de saúde: “constitui um evento extraordinário e representa um risco para a saúde pública de outros Estados”, indicaram no relatório. O Ebola é um dos vírus mais letais para o ser humano, com uma taxa de mortalidade entre 25 e 90%, devido as grandes hemorragias internas e externas que provoca. Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça, dor muscular, diarreia e erupções cutâneas. O nome do vírus remete ao rio homônimo na República Democrática do Congo, onde ele foi detectado pela primeira vez em 1976. Desde então, surgiram diferentes surtos epidêmicos no Sudão, Kuwait, Gabão e Uganda: desde o primeiro caso na década de 70 até 2012, faleceram em decorrência do vírus 1.590 pessoas, de 2.387 infectados – índice de 66,6% de mortalidade.

Dias atrás, a rede CNN também anunciou que o governo ianque estaria aprovando um tratamento para curar a infecção: “o medicamento era desenvolvido pela companhia biotecnológica com sede em São Diego, EUA, chamada Mapp Biopharmaceutica, cuja equipe científica trabalha com o exército estadunidense no Fort Detrick”, detalhou a jornalista do RT, Karen Méndez. Dentro da pesquisa que está sendo realizada em Fort Detrix sobre Ebola, soube-se que há um ano o vírus inoculado em um grupo de macacos, porém, mantiveram-se completamente omissos sobre se esses macacos estavam nos Estados Unidos ou qualquer outro país se que encontravam em cativeiro ou livres em seu ambiente natural, os quais são de grande importância saber como a doença se originou em vários países africanos. O desenvolvimento do Ebola na África, sem determinar a origem da doença e em vários países, é no mínimo suspeito, poderia estar sendo usado pelo Pentágono para medir os efeitos da epidemia, como uma de suas “armas étnicas”.

Note-se, a França que ocupa o Mali tem gasto centenas de milhões de euros em suas operações militares no país (em 2013 foram quase 2,7 milhões de euros ao dia). O dinheiro investido em operações militares designadas para promover a hegemonia imperialista por todo norte e oeste da África (uma extensão da intervenção da OTAN na Líbia) faria qualquer um acreditar que tais fundos deveriam também ser direcionadas para prevenir “epidemias sem precedentes” de doenças mortais como o Ebola, mas aparentemente as mesmas preparações feitas em Uganda pela Cruz Vermelha foram negligenciadas em Mali, assim como em outros países tendentes aos surtos de Ebola. A devastação deixada na esteira do uso de Agente Laranja na guerra do Vietnã e na contínua tragédia resultante do uso de urânio empobrecido no Iraque são dois exemplos extremos de como o imperialismo ianque submeteu populações inteiras a agentes mutagênicos que irão ecoar nas gerações ainda por vir. Mais perturbador ainda é o papel que agências internacionais, supostamente neutras, tiveram ao encobrir tais atrocidades. O artigo do Guardian, “Como a OMS encobriu o pesadelo nuclear do Iraque”, mostra como as conclusões da organização foram manipuladas por uma ciência politizada. Além do Agente Laranja e urânio empobrecido, a ONU e os EUA são acusados de ter participação em centenas de milhares de casos de esterilizações forçadas no Peru entre 1995 e 1997. Houve também uma matéria da NBC, intitulada “EUA pede desculpas à Guatemala pelos experimentos com DST”, onde se afirma que “Os pesquisadores da área de medicina do governo dos EUA infectaram propositalmente com gonorreia e sífilis centenas de pessoas na Guatemala, incluindo pacientes mentais institucionalizados, sem o conhecimento ou permissão deles, há mais de 60 anos. Muitos desses infectados eram encorajados a passar a doença para outros, como parte do estudo. Cerca de um terço dessas pessoas nunca conseguiram tratamento adequado”.

Mais esclarecedoras ainda são as palavras dos lobistas ligados aos falcões da Casa Branca. A proposta de usar armas biológicas em alvos geneticamente escolhidos foi mencionada no Projeto Neoconservador para um Novo Século (PNAC, sigla em inglês) de 2000: “Remontando as Defesas da América”, no qual leia-se em algumas partes: “A proliferação de mísseis balísticos e veículos aéreos não-tripulados tornarão muito mais fácil projetar um poder militar ao redor do mundo. As próprias munições estão ficando cada vez  mais precisas, enquanto novos métodos de ataque – eletrônicos, não-letais, biológicos – estarão amplamente mais disponíveis. Como a conclusão do processo de transformação pode levar décadas, a arte de se guerrear no ar, na terra e no mar estará muito diferente do que é hoje e o ‘combate’ provavelmente se dará em novas dimensões: no espaço, no ‘cyber-espaço’ e talvez no mundo dos micróbios. E formas avançadas de tecnologia de guerra biológica que podem ‘alvejar’ genótipos específicos podem transformar o arsenal biológico do reino do terror em uma ferramenta politicamente útil”. Estas “experiências” foram realizadas com a colaboração de criminosos de guerra alemães e cientistas japoneses pelo fim da Segunda Guerra Mundial, eles foram contratados pelo Departamento de Defesa e da CIA, a fim de lhes levar a sua experiência e conhecimento sobre química, guerra biológica e bacteriológica. Em 1995, o governo dos Estados Unidos admitiu este tipo de contrato, que foi realizada por uma operação chamada ‘Project Paperclip’. De lá para cá, principalmente com o fim da URSS, a ofensiva mundial do imperialismo desgraçadamente avançou. Por esta razão, como Marxistas Revolucionários alertamos mais uma vez que no caso da epidemia de Ebola, não temos a menor dúvida que neste momento o Pentágono “testa” uma nova arma biológica e deixa milhares de mortos na África para depois utilizá-la na guerra contra seus adversários políticos e militares!