Ato nº 2 da operação fraude Marina: “Institutos” de Pesquisas
já apontam derrota de Dilma
Mal acabaram de se lambuzar com a lambança que provocou a
queda do jato que conduzia o ex-candidato Eduardo Campos e sua equipe, as
hienas conservadoras que se escondem por trás da fabricada imagem da “santinha” Marina, partem para o segundo ato de sua “operação” política com objetivo de retirar o PT da gerência do Estado Burguês. Se
provocar um “acidente” aéreo fatal para tirar Campos do cenário
eleitoral recolocando Marina no centro da disputa pelo Planalto envolve
elementos bastante complexos em todos os sentidos, colocar em marcha os
“institutos” de pesquisas para já apontar a derrota do PT no segundo
turno é uma tarefa bem mais simples. Neste momento (antecipado a
“fórceps”) as duas principais frações da burguesia nacional se
colocam em um confronto direto com suas duas candidaturas, Dilma e Marina tem a
absoluta certeza que uma delas ocupará a presidência da república. Empreiteiros e banqueiros, os dois setores
hegemônicos no interior das classes dominantes, ocupando lados eleitorais
opostos nesta conjuntura, descartaram qualquer possibilidade de dar uma
sobrevida política ao Tucanato, se o PSDB ainda tiver algum lugar na história
do país será ao lado de um possível governo central encabeçado pelo PSB
“Marineiro”. O precipitado cenário eleitoral posto na mesa do
“pocker” da burguesia não significa uma “crise da
direita”, como alguns tolos revisionistas insistem em caracterizar a atual
conjuntura. A “opção Marina” foi estabelecida pelo capital financeiro (nacional e internacional) há
algum tempo, não configura de forma alguma uma “saída de crise” nem
para a burguesia e tampouco para o imperialismo ianque. Ingenuamente, segmentos
da esquerda realizam uma “leitura” completamente equivocada da
delicada situação política, “comemorando” a irreversível derrota de
Aécio como um triunfo antecipado da peleja pelo botim estatal, não conseguem
enxergar que o que está se gestando com Marina é uma ofensiva neoliberal sem
precedentes na história política recente do Brasil.
É certo que no caso da eleição de Marina, e somente nesta
hipótese, o seu partido REDE não teria seu processo de registro concluído. A
anturragem Marineira aportaria definitivamente no PSB, o partido dispõe de uma
estrutura institucional razoável além de um arco social já bem consolidado em
função de sua longa permanência na sombra política da Frente Popular. Marina
não cometeria o erro grosseiro de tentar governar o país com um partido “nanico”,
como fez Collor e foi apeado do Planalto por “roubar galinhas”. Nesta variante “pensada”
pelo imperialismo o Tucanato deteriorado praticamente deixaria de existir e boa
parte dos seus “quadros” migraria para o PSB, que se configuraria no Brasil
como uma espécie de partido Trabalhista inglês com origem histórica na esquerda
e vínculos carnais com os ocupantes de plantão da Casa Branca, sejam
Republicanos ou Democratas. A burguesia nacional abstraiu suas lições dos
fracassos de governos populistas de direita, Jânio, Collor etc., não repetirá o
“erro” com Marina, amplamente lastreada em setores das classes dominantes e com
a importante “missão” de por fim ao longo ciclo das gerências petistas.
Porém, Marina ainda não conquistou o seu “consenso”
nacional, apesar do grande esforço da mídia “murdochiana”, empreiteiros veem
com muita desconfiança suas “propostas” de abrir o mercado das chamadas “obras
públicas” para empresas transnacionais, rompendo assim o cartel das “cinco
famílias” que dominam este lucrativo setor que “vive muito bem” à custa do
orçamento estatal. Quanto aos ruralistas do agronegócio as restrições a Marina
são ainda maiores, a ex-seringueira é ligada aos produtores norte-americanos,
como os fundamentalistas da corporação “QUACKER” que financiam sua campanha.
Durante os anos de governo da Frente Popular os ruralistas foram levados a
exportar suas commodities para além dos EUA, conquistando principalmente o
mercado asiático, gerando uma enorme massa de divisas cambiais para o Tesouro
Nacional. Agora com a retração do mercado chinês, provocando um drástico “enxugamento”
do superávit comercial brasileiro, volta a discussão acerca do eixo econômico
do país, retorno aos “braços dos EUA” ou seguir em frente na turbulência dos
BRICS? Esta é a questão fulcral que hoje divide a burguesia entre os dois
principiais projetos eleitorais, Dilma e Marina.
A opção Marina, exige das corporações midiáticas um esforço “extra”,
no sentido de embrulhar o “velho pacote” conservador com uma nova roupagem “verde
e sustentável”. As massas populares não tem conhecimento do entorno corrupto,
reacionário e neoliberal que cerca a “santinha” Marina, capaz até de conspirar
fatalmente contra o seu antigo companheiro de chapa à presidência. Nem o PT e
tampouco o PSOL, partem para desmascarar frontalmente o embuste Marineiro,
ambos temendo uma ruptura dos laços políticos que fortemente mantêm com a elite
dominante. O PSTU que tenta ensaiar um “confronto” com Marina, divulgando uma
declaração de denúncia de seu militante seringueiro do Acre, Osmarino Amancio,
tem o “rabo muito preso” com o REDE ao qual está coligado em Alagoas. O combate
radical ao engodo Marina será travado pela via da ação direta do proletariado,
que avançará para uma vigorosa denúncia do conjunto do circo eleitoral da
burguesia. Somente a construção de uma alternativa de poder dos trabalhadores,
demarcando com todas as variantes capitalistas “da esquerda até a direita”,
conseguirá libertar nosso povo da brutal opressão social burguesa maquiada
cinicamente de “democracia participativa”.