sábado, 11 de julho de 2015


HÁ UM ANO DA PROVOCAÇÃO IMPERIALISTA QUE DERRUBOU O BOEING CIVIL NA UCRÂNIA

Há cerca de um ano da derrubada do Boeing da Malaysia Airlines na Ucrânia (17 de julho de 2014), o BLOG da LBI reproduz a matéria histórica na qual fomos a primeira corrente política a denunciar que a ação se tratava de uma provocação imperialista para deflagrar uma ofensiva contra os povos das Repúblicas Populares do leste ucraniano que encabeçavam a resistência ao governo golpista de Kiev, apoiado pela Casa Branca e a União Europeia. Até hoje, a grande mídia acoberta os verdadeiros responsáveis pela tragédia cuja autoria creditamos a CIA e ao exército ucraniano, que tentaram atingir o avião da comitiva presidencial de Putin que retornava do Brasil vindo da reunião dos BRICS em julho de 2014 e acabaram matando centenas de civis, passageiros do 777. O "estranho" silêncio em torno da derrubada do Beogin desde o ocorrido é uma tentativa do imperialismo encobrir seus crimes, mas ao completar um ano da tragédia tratamos de relembrá-la para denunciar o cerco que se mantém as cidades de Donetsk e Lugansk, bastiões da luta dos rebeldes contra os bandos neofascistas apoiados por Obama. Os rebeldes cinicamente foram acusados a época de serem os autores do ataque ao avião, estúpida tese que a LBI vigorosamente combateu mas que foi “comprada” por uma série de correntes revisionistas como podemos verificar no artigo abaixo que deixa importantes lições programáticas.

A ESTÚPIDA TESE DO IMPERIALISMO QUE A DERRUBADA DO BOEING NA UCRÂNIA SERVIRIA AOS INTERESSES DOS REBELDES PRÓ-RUSSOS

Um dia após a derrubada do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia, Obama cinicamente afirmou que o Boeing 777 foi abatido por “um míssil terra-ar lançado a partir de uma área controlada por rebeldes pró-Moscou”. Desde a Casa Branca, o falcão negro acusou que ataques desse tipo não são possíveis sem treinamento e equipe especializada, insinuando que foi com a ajuda da Rússia que a resistência separatista derrubou a aeronave. No mesmo tom, a embaixadora ianque na ONU, Samantha Power, declarou que “Devido à complexidade técnica, é improvável que os separatistas pudessem operá-lo (sem assistência técnica). Não podemos descartar a assistência técnica dos russos”. Por fim, a víbora Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, defendeu medidas enérgicas caso se comprove uma ligação da Rússia com a derrubada do avião. Durante uma entrevista, “madame” Clinton afirmou: “Parece haver uma consciência crescente de que insurgentes russos estavam por trás da derrubada de um avião Malaysia Airlines na Ucrânia. Se houver evidências que apontem nessa direção, o equipamento veio da Rússia. Há uma grande preocupação não só com um avião civil derrubado, mas o que isso significa sobre a continuação do conflito no Leste da Ucrânia e do papel da Rússia”. Como se observa, o imperialismo, seus porta-vozes e a mídia venal já estão em plena “campanha” para acusar os rebeldes e a própria Rússia como responsáveis pela derrubada do Boeing, quando na verdade o ataque se tratou de uma operação desastrosa montada pela CIA em conjunto com as FFAA da Ucrânia para abater o avião presidencial de Putin que voava no mesmo horário e região, errando o alvo e matando centenas de civis. A tese patrocinada por Obama é absolutamente ridícula, tanto do ponto de vista político como militar. De forma alguma interessava aos separatistas das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk abaterem um avião civil matando quase 300 pessoas, tendo em vista que tal ação desencadearia uma feroz ofensiva política, diplomática e militar internacional contra a resistência pró-russa, como já está ocorrendo através da farsa orquestrada por Obama e toda a corja capitalista. Além disso, do ponto de vista estritamente militar, os rebeldes não possuem esse tipo de míssil terra-ar, inclusive seus dirigentes já haviam denunciado há várias semanas que o próprio Putin não estava fornecendo armas e munições para o combate da resistência aos bandos fascistas e ao governo fantoche de Kiev, que estavam avançando rapidamente sobre as “repúblicas populares”. Na verdade, está em curso uma verdadeira operação política e midiática mundial montada pelo imperialismo, com o apoio dos investigadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que estão no local da queda do avião, para culpar os rebeldes visando tanto seu completo esmagamento militar como aumentar a pressão e as sanções sobre a Rússia, que já não vinha prestando apoio aos rebeldes, porém os defendia no campo diplomático e na ONU. No mais, o fato dos restos do avião terem caído nas proximidades da cidade de Donetsk, forçando que os rebeldes permitam o acesso de “investigadores-espiões” imperialistas na delicada zona de conflito que controlam reforça o quão patética é a tese vendida pelo imperialismo e seus lacaios. O mais grave é que esta cantilena estúpida, que serve à ofensiva da OTAN na Ucrânia, será “comprada” pelo revisionismo trotskista que desde o início da crise da Ucrânia tem se postado no campo político e militar dos golpistas de Kiev, dos bandos fascistas e do imperialismo!


Não estamos “apenas” diante de uma “guerra de versões” como deseja fazer crer a mídia “murdochiana” enquanto trafica e patrocina em uníssono “a” versão que melhor convêm aos EUA e a UE, mas frente a uma verdadeira operação tramada nos gabinetes do Pentágono para isolar a Rússia e eliminar o próprio Putin fisicamente, como o imperialismo ianque fez com Chávez e Israel com Arafat. Como fracassou a tentativa de derrubar o avião presidencial russo, a Casa Branca resolveu utilizar o bárbaro crime que perpetrou contra centenas de civis para justificar o incremento militar da OTAN nas ex-repúblicas soviéticas, acusando os rebeldes pró-russos de ter abatido o avião e convocando reuniões emergenciais da ONU e da OTAN para organizar a pressão contra o Kremlin e a resistência. Alguém em sã consciência pode duvidar que após o bombardeio midiático e dos “laudos” dos peritos imperialistas da OSCE, a ofensiva militar sobre Donetsk e Lugansk não será ainda mais fulminante? Lembremos da Síria... na época os peritos da ONU acusaram o governo Assad de lançar gás mortal contra seu próprio povo quando na verdade o envenenamento em massa foi perpetrado pelos “rebeldes” pró-OTAN armados e financiados pelas potências imperialistas! Não por acaso, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, afirmou que “A queda do avião da Malaysia Airlines é um crime contra a humanidade cometido por terroristas apoiados pela Rússia”, exigindo uma reação diplomática e militar ainda mais forte, como fazem os facínoras neste momento para legitimar frente à “opinião pública” uma nova onda de ataques genocidas aos rebeldes “russos”!

Para que incautos e ingênuos não digam que apenas se trata de mais uma “teoria da conspiração” lançada pela LBI, é importante saber que já durante a cúpula dos BRICS em Fortaleza, Putin (que foi importante dirigente da KGB) denunciou publicamente que agentes secretos da CIA estavam infiltrados entre jornalistas e repórteres na cerimônia no Brasil para através de disparos de flashes fotográficos por máquinas ultramodernas lançarem ataques radioativos que poderiam debilitar gravemente sua saúde. Naquele momento ele já alertava que estava em curso um plano para eliminá-lo. Hoje sabemos muito bem que basta receber um “abraço” de alguém portando um transmissor de radiação acima dos padrões suportáveis ao ser humano ou mesmo um “flash” para desencadear um processo de reprodução anômala (cancerígena) nas células. Obviamente, que o agente encarregado da missão se protegia com um colete de chumbo para não se contaminar radiativamente também. No caso em questão, não temos a menor dúvida que esta caçada encontra-se em andamento, ainda mais em um momento onde a polarização mundial coloca o imperialismo ianque e europeu em confronto iminente com poderosas nações semicoloniais como a Rússia e o Irã, que tem forte poderio bélico e inclusive nuclear. A crise no Oriente Médio com o genocídio sionista de Israel contra o povo palestino coloca ainda mais em revelo esta perspectiva.

Putin foi muito comedido porque sabe do alcance que a crise poderia tomar e por estar à frente de um governo burguês nacionalista, limitado em seus conflitos com o imperialismo. Atribuiu o ataque ao Boeing 777 da Malaysia Airlines ao governo de Kiev: “O país em cujo espaço aéreo ocorreu a queda é o responsável. A tragédia não teria ocorrido se as ações militares não tivessem sido retomadas na região por Kiev”. Por sua vez, o governo da Ucrânia montou uma série de diálogos falsos gravados para “provar” que o míssil partiu dos rebeldes. Os separatistas negaram ter abatido a aeronave. O porta-voz da república popular de Donetsk, Sergey Kavtaradze, disse ao canal de TV russo Rossiya que eles não seriam capazes de derrubar um avião comercial voando a 10 mil metros: “Os sistemas de defesa aérea portáteis que nós temos trabalham até um máximo de 3 a 4 mil metros. Portanto, é possível dizer até mesmo antes de uma investigação que as forças armadas ucranianas destruíram (o avião)”. Nesta sexta-feira, o ministério da Defesa russo afirmou que o sistema de mísseis ucraniano estava ativo na quinta-feira, dia da queda do avião: “Os meios de detecção eletrônicos russos registraram no dia 17 de julho uma atividade na estação de radar Kupol, que trabalha em conexão com os sistemas de mísseis Buk-M1”. Segundo o ministério, a estação de radar situa-se a 30 km de Donetsk, a cidade do leste da Ucrânia próxima ao local da catástrofe aérea, em uma zona onde são registrados combates entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos.


Neste momento crucial onde o imperialismo monta uma farsa para esmagar as “repúblicas populares” e colocar a responsabilidade do ataque do avião e da morte de quase 300 civis na “conta” dos rebeldes e da Rússia é urgente que os revolucionários desmascarem esta farsa. Não nos surpreenderemos que os revisionistas do trotskismo (que até agora adotaram a política de avestruz diante do ataque ao Boeing 777) se somem a esta orquestração montada pela mídia burguesa e a Casa Branca contra os rebeldes e a Rússia, afinal de contas estão no campo político e militar dos bandos fascistas e do governo de Kiev. Ao contrário destes filisteus, os Marxistas-Leninistas convocamos em especial os trabalhadores russos a saírem às ruas para denunciar a orquestração imperialista e a defender o apoio militar e político de seu governo as “repúblicas populares”, inclusive conformando brigadas antifascistas em defesa dos rebeldes de Donetsk a fim de barrar a ofensiva militar e expropriar os burgueses que colaboram com Kiev!