HÁ UM ANO DA PROVOCAÇÃO IMPERIALISTA QUE DERRUBOU O BOEING
CIVIL NA UCRÂNIA
Há cerca de um ano da derrubada do Boeing da Malaysia
Airlines na Ucrânia (17 de julho de 2014), o BLOG da LBI reproduz a matéria histórica na qual fomos a
primeira corrente política a denunciar que a ação se tratava de uma provocação
imperialista para deflagrar uma ofensiva contra os povos das Repúblicas Populares do leste ucraniano que encabeçavam a resistência ao governo golpista
de Kiev, apoiado pela Casa Branca e a União Europeia. Até hoje, a grande mídia
acoberta os verdadeiros responsáveis pela tragédia cuja autoria creditamos a
CIA e ao exército ucraniano, que tentaram atingir o avião da comitiva presidencial
de Putin que retornava do Brasil vindo da reunião dos BRICS em julho de 2014 e
acabaram matando centenas de civis, passageiros do 777. O "estranho" silêncio em torno da
derrubada do Beogin desde o ocorrido é uma tentativa do imperialismo encobrir seus crimes, mas ao completar um ano da tragédia tratamos de relembrá-la para
denunciar o cerco que se mantém as cidades de Donetsk e Lugansk, bastiões da luta
dos rebeldes contra os bandos neofascistas apoiados por Obama. Os rebeldes cinicamente foram
acusados a época de serem os autores do ataque ao avião, estúpida tese que a LBI
vigorosamente combateu mas que foi “comprada” por uma série de correntes revisionistas como podemos verificar no artigo abaixo que deixa importantes lições programáticas.
A ESTÚPIDA TESE DO IMPERIALISMO QUE A DERRUBADA DO BOEING NA
UCRÂNIA SERVIRIA AOS INTERESSES DOS REBELDES PRÓ-RUSSOS
Um dia após a derrubada do avião da Malaysia Airlines na
Ucrânia, Obama cinicamente afirmou que o Boeing 777 foi abatido por “um míssil
terra-ar lançado a partir de uma área controlada por rebeldes pró-Moscou”.
Desde a Casa Branca, o falcão negro acusou que ataques desse tipo não são
possíveis sem treinamento e equipe especializada, insinuando que foi com a
ajuda da Rússia que a resistência separatista derrubou a aeronave. No mesmo
tom, a embaixadora ianque na ONU, Samantha Power, declarou que “Devido à complexidade
técnica, é improvável que os separatistas pudessem operá-lo (sem assistência
técnica). Não podemos descartar a assistência técnica dos russos”. Por fim, a
víbora Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, defendeu
medidas enérgicas caso se comprove uma ligação da Rússia com a derrubada do
avião. Durante uma entrevista, “madame” Clinton afirmou: “Parece haver uma
consciência crescente de que insurgentes russos estavam por trás da derrubada
de um avião Malaysia Airlines na Ucrânia. Se houver evidências que apontem
nessa direção, o equipamento veio da Rússia. Há uma grande preocupação não só
com um avião civil derrubado, mas o que isso significa sobre a continuação do
conflito no Leste da Ucrânia e do papel da Rússia”. Como se observa, o
imperialismo, seus porta-vozes e a mídia venal já estão em plena “campanha”
para acusar os rebeldes e a própria Rússia como responsáveis pela derrubada do
Boeing, quando na verdade o ataque se tratou de uma operação desastrosa montada
pela CIA em conjunto com as FFAA da Ucrânia para abater o avião presidencial de
Putin que voava no mesmo horário e região, errando o alvo e matando centenas de
civis. A tese patrocinada por Obama é absolutamente ridícula, tanto do ponto de
vista político como militar. De forma alguma interessava aos separatistas das
“repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk abaterem um avião civil matando
quase 300 pessoas, tendo em vista que tal ação desencadearia uma feroz ofensiva
política, diplomática e militar internacional contra a resistência pró-russa,
como já está ocorrendo através da farsa orquestrada por Obama e toda a corja
capitalista. Além disso, do ponto de vista estritamente militar, os rebeldes
não possuem esse tipo de míssil terra-ar, inclusive seus dirigentes já haviam denunciado
há várias semanas que o próprio Putin não estava fornecendo armas e munições
para o combate da resistência aos bandos fascistas e ao governo fantoche de
Kiev, que estavam avançando rapidamente sobre as “repúblicas populares”. Na
verdade, está em curso uma verdadeira operação política e midiática mundial
montada pelo imperialismo, com o apoio dos investigadores da Organização para
Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que estão no local da queda do avião,
para culpar os rebeldes visando tanto seu completo esmagamento militar como
aumentar a pressão e as sanções sobre a Rússia, que já não vinha prestando
apoio aos rebeldes, porém os defendia no campo diplomático e na ONU. No mais, o
fato dos restos do avião terem caído nas proximidades da cidade de Donetsk,
forçando que os rebeldes permitam o acesso de “investigadores-espiões”
imperialistas na delicada zona de conflito que controlam reforça o quão
patética é a tese vendida pelo imperialismo e seus lacaios. O mais grave é que
esta cantilena estúpida, que serve à ofensiva da OTAN na Ucrânia, será
“comprada” pelo revisionismo trotskista que desde o início da crise da Ucrânia
tem se postado no campo político e militar dos golpistas de Kiev, dos bandos
fascistas e do imperialismo!
Não estamos “apenas” diante de uma “guerra de versões” como
deseja fazer crer a mídia “murdochiana” enquanto trafica e patrocina em
uníssono “a” versão que melhor convêm aos EUA e a UE, mas frente a uma
verdadeira operação tramada nos gabinetes do Pentágono para isolar a Rússia e
eliminar o próprio Putin fisicamente, como o imperialismo ianque fez com Chávez
e Israel com Arafat. Como fracassou a tentativa de derrubar o avião
presidencial russo, a Casa Branca resolveu utilizar o bárbaro crime que
perpetrou contra centenas de civis para justificar o incremento militar da OTAN
nas ex-repúblicas soviéticas, acusando os rebeldes pró-russos de ter abatido o
avião e convocando reuniões emergenciais da ONU e da OTAN para organizar a
pressão contra o Kremlin e a resistência. Alguém em sã consciência pode duvidar
que após o bombardeio midiático e dos “laudos” dos peritos imperialistas da
OSCE, a ofensiva militar sobre Donetsk e Lugansk não será ainda mais
fulminante? Lembremos da Síria... na época os peritos da ONU acusaram o governo
Assad de lançar gás mortal contra seu próprio povo quando na verdade o
envenenamento em massa foi perpetrado pelos “rebeldes” pró-OTAN armados e
financiados pelas potências imperialistas! Não por acaso, o primeiro-ministro
ucraniano, Arseni Iatseniuk, afirmou que “A queda do avião da Malaysia Airlines
é um crime contra a humanidade cometido por terroristas apoiados pela Rússia”,
exigindo uma reação diplomática e militar ainda mais forte, como fazem os
facínoras neste momento para legitimar frente à “opinião pública” uma nova onda
de ataques genocidas aos rebeldes “russos”!
Para que incautos e ingênuos não digam que apenas se trata
de mais uma “teoria da conspiração” lançada pela LBI, é importante saber que já
durante a cúpula dos BRICS em Fortaleza, Putin (que foi importante dirigente da
KGB) denunciou publicamente que agentes secretos da CIA estavam infiltrados
entre jornalistas e repórteres na cerimônia no Brasil para através de disparos
de flashes fotográficos por máquinas ultramodernas lançarem ataques radioativos
que poderiam debilitar gravemente sua saúde. Naquele momento ele já alertava
que estava em curso um plano para eliminá-lo. Hoje sabemos muito bem que basta
receber um “abraço” de alguém portando um transmissor de radiação acima dos
padrões suportáveis ao ser humano ou mesmo um “flash” para desencadear um
processo de reprodução anômala (cancerígena) nas células. Obviamente, que o
agente encarregado da missão se protegia com um colete de chumbo para não se
contaminar radiativamente também. No caso em questão, não temos a menor dúvida
que esta caçada encontra-se em andamento, ainda mais em um momento onde a
polarização mundial coloca o imperialismo ianque e europeu em confronto
iminente com poderosas nações semicoloniais como a Rússia e o Irã, que tem forte
poderio bélico e inclusive nuclear. A crise no Oriente Médio com o genocídio
sionista de Israel contra o povo palestino coloca ainda mais em revelo esta
perspectiva.
Putin foi muito comedido porque sabe do alcance que a crise
poderia tomar e por estar à frente de um governo burguês nacionalista, limitado
em seus conflitos com o imperialismo. Atribuiu o ataque ao Boeing 777 da
Malaysia Airlines ao governo de Kiev: “O país em cujo espaço aéreo ocorreu a
queda é o responsável. A tragédia não teria ocorrido se as ações militares não
tivessem sido retomadas na região por Kiev”. Por sua vez, o governo da Ucrânia
montou uma série de diálogos falsos gravados para “provar” que o míssil partiu
dos rebeldes. Os separatistas negaram ter abatido a aeronave. O porta-voz da
república popular de Donetsk, Sergey Kavtaradze, disse ao canal de TV russo
Rossiya que eles não seriam capazes de derrubar um avião comercial voando a 10
mil metros: “Os sistemas de defesa aérea portáteis que nós temos trabalham até
um máximo de 3 a 4 mil metros. Portanto, é possível dizer até mesmo antes de
uma investigação que as forças armadas ucranianas destruíram (o avião)”. Nesta
sexta-feira, o ministério da Defesa russo afirmou que o sistema de mísseis
ucraniano estava ativo na quinta-feira, dia da queda do avião: “Os meios de
detecção eletrônicos russos registraram no dia 17 de julho uma atividade na
estação de radar Kupol, que trabalha em conexão com os sistemas de mísseis
Buk-M1”. Segundo o ministério, a estação de radar situa-se a 30 km de Donetsk,
a cidade do leste da Ucrânia próxima ao local da catástrofe aérea, em uma zona
onde são registrados combates entre as forças ucranianas e os rebeldes
pró-russos.
Neste momento crucial onde o imperialismo monta uma farsa
para esmagar as “repúblicas populares” e colocar a responsabilidade do ataque
do avião e da morte de quase 300 civis na “conta” dos rebeldes e da Rússia é
urgente que os revolucionários desmascarem esta farsa. Não nos surpreenderemos
que os revisionistas do trotskismo (que até agora adotaram a política de
avestruz diante do ataque ao Boeing 777) se somem a esta orquestração montada
pela mídia burguesa e a Casa Branca contra os rebeldes e a Rússia, afinal de
contas estão no campo político e militar dos bandos fascistas e do governo de
Kiev. Ao contrário destes filisteus, os Marxistas-Leninistas convocamos em
especial os trabalhadores russos a saírem às ruas para denunciar a orquestração
imperialista e a defender o apoio militar e político de seu governo as
“repúblicas populares”, inclusive conformando brigadas antifascistas em defesa
dos rebeldes de Donetsk a fim de barrar a ofensiva militar e expropriar os
burgueses que colaboram com Kiev!