FORA CUNHA, RENAN E O PARLAMENTO BURGUÊS CORRUPTO QUE
APROVOU O AJUSTE NEOLIBERAL E A CONTRARREFORMA POLÍTICA! CONSTRUIR UMA
ALTERNATIVA REVOLUCIONÁRIA DE PODER DOS TRABALHADORES!
As denúncias que vieram à tona de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu 5 milhões de dólares de empreiteiras não são nenhuma
novidade. É de conhecimento público que o fascista presidente da Câmara dos
Deputados é financiado pelos planos de saúde, empreiteiras, a Rede Globo e grandes empresas,
assim como o são o grosso dos deputados e senadores. Renan Calheiros segue o
mesmo script, assim como os parlamentares da base de apoio do governo Dilma e
da oposição conservadora, tendo o PSDB na cabeça. São estes os responsáveis por
aprovar o ajuste neoliberal de Dilma-Levy, os ataques aos direitos dos
trabalhadores, a terceirização, a redução da maioridade penal e a contrarreforma
política que representa em um verdadeiro golpe contra as liberdades
democráticas e o direito de organização política dos explorados. Nesse sentido,
a vanguarda classista deve lutar através de sua ação direta não só pelo Fora
Cunha, Renan... mas denunciar o conjunto do corrupto parlamento burguês
serviçal dos grandes grupos econômicos capitalistas. Acuado, Cunha rompeu com o
governo Dilma: “Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente
estou rompido. Vou tentar que o meu partido vá para a oposição”. Mas esta
“ruptura” representa apenas uma tentativa desesperada de chantagem contra
Dilma, sem que represente nenhum recuo na ofensiva contra os explorados, pelo
contrário, o “Zumbi” Cunha sai atirando para que a direita se fortaleça ainda
mais em sua sanha reacionária contra o frágil governo da frente popular, uma
gerência burguesa totalmente refém do PMDB e dos demais partidos patronais que
controlam todos os cargos chaves da República em uma sangria incessante dos
recursos estatais. O PMDB, como já declarou sua direção nacional, segue com
Dilma rapinando o botim estatal e apoiando o ajuste neoliberal, personificado
na figura do Michel Temer como articulador político do governo. O momento agora
é, como dizia Lenin, aproveitar a crise “dos de cima” para forjar uma
alternativa política independente e de classe através de mobilizações diretas dos trabalhadores da cidade e do campo em conjunto com a juventude plebeia.
Agitar somente o “Fora Cunha” como fazem os revisionistas e reformistas de
plantão (PSOL e PSTU) não basta, é preciso denunciar o parlamento corrupto e o
conjunto do regime político burguês em que se assenta a democracia dos ricos,
apontando a necessidade de se construir uma alternativa revolucionária ao PT,
sem nunca abrir espaço para a direita demo-tucana e a reação fascista como em
geral faz a mal chamada “oposição de esquerda” que deseja capitalizar
eleitoralmente a crise petista. O PSOL, por exemplo, defende a saída de Cunha
como uma forma de preservar o parlamento burguês, como afirma a nota de sua
bancada parlamentar de 17.07 “Não havendo expectativas no gesto de grandeza que
seria ele próprio licenciar-se temporariamente da presidência, nós do PSOL
vamos buscar construir uma posição conjunta de partidos para que essa cobrança
seja feita, em defesa da Câmara dos Deputados”. Desgraçadamente, o movimento
operário acompanha a crise política dos partidos burgueses e os ataques neoliberais
perpetrados pelo governo Dilma sem uma reação à altura. Já passa da hora de aproveitar esse momento de disputa fratricida entre as diversas alas da burguesia para
colocar em cena o movimento de massas empunhando suas reivindicações políticas
e econômicas, para forjar uma conjuntura que possibilite aos explorados de
forma organizada sair da defensiva a fim de avançar na resistência para
derrotar os ataques deferidos pelo conjunto dos bandidos burgueses que estão
alojados em todos os partidos da ordem, no parlamento e no Palácio do Planalto!