segunda-feira, 18 de março de 2024

EUA, O MENTOR DAS FRAUDES ELEITORAIS E GOLPES DE ESTADO NO PLANETA: AGORA “ESPERNEIA” DIANTE DA VITÓRIA “MANIPULADA” DE PUTIN 

Somente os revisionistas muito tolos poderiam imaginar que um país em plena guerra e sob o cerco militar da poderosa OTAN, poderia realizar eleições presidenciais como se estivesse passeando em um “lindo jardim democrático”. É óbvio e ululante que as eleições russas tiveram um relativo grau de manipulação estatal no curso de todo o seu processo. Putin, que concorreu como candidato independente (sem partido), não enfrentou nenhum adversário com chances reais de vitória, o segundo colocado mais votado do pleito obteve menos de 5% dos sufrágios, e mesmo assim era uma candidatura “colateral” do Kremlin, Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista da Federação Russa. Representando o ressurgimento de um sentimento anti-imperialista, “amassado” pela destruição contra-revolucionária da antiga URSS e seguida pela ascensão do ultra neoliberal Yeltsin, Putin canalizou a imensa simpatia popular com sua “guinada à esquerda”, e muito provavelmente nem precisaria “limpar previamente o terreno” contra seus oponentes oligarcas, para triunfar esmagadoramente nestas eleições. O imperialismo em seu conjunto não engoliu a acachapante derrota militar na Ucrânia, e a “procuração” dada pela OTAN para guerrear contra a Rússia foi jogada na lata do lixo pelas modernas Forças Armadas do Kremlin. As eleições burguesas no país dos antigos sovietes refletiram essa realidade inexorável, agora os EUA, o mentor planetário das fraudes eleitorais e golpes de Estado “esperneia” histericamente sobre a ilegitimidade da recondução institucional de Putin ao poder estatal no maior país do mundo.

O resultado final da “goleada putiana” sobre a oposição pró-imperialista, que apostava nas sanções econômicas dos EUA e UE para debilitar a Rússia e gerar uma crise social, expressa a forte unidade nacional em um momento delicado da conjuntura mundial, onde o imperialismo pretendia não mais do que “simplesmente” provocar a fragmentação do país. É também o reconhecimento inequívoco do proletariado russo de que Putin enfrentou e venceu a ofensiva militar Otanista e agora são as forças “atlantistas” que estão na defensiva. A estratégia da CIA de fomentar “revoluções coloridas” e instrumentalizar intentonas golpistas para depor o chefe do Kremlin, também não conseguiu “colar” em Putin.

O surpreendente crescimento econômico russo, apesar das sanções internacionais e particularmente com a quebra do contrato bilionário no fornecimento de gás natural para a Alemanha, foi sem dúvidas alguma o elemento central do sucesso de Putin. A Rússia é o país que detém as maiores reservas minerais do Planeta Terra, além da indústria armamentista mais avançada do globo, e assim foi capaz de “driblar” os vaticínios da Casa Branca que planejaram um rápido “default” do país, com seu isolamento do mercado financeiro internacional. Guardadas as proporções históricas, esse também foi o grande erro do imperialismo após a Revolução Bolchevique de 1917. A Rússia já demonstrou mais de uma vez que pode sobreviver isolada do “império” financeiro, contando apenas com suas próprias reservas agro-minerais e sua possante defesa militar. Só não consegue suportar incólume aos traidores da grande pátria, como Gorbachev e Yeltsin.

Não nos surpreende que o Joecida Biden e o imundo consórcio mundial da mídia corporativa (representado no Brasil pela famiglia Marinho), além das “tradicionais” correntes da esquerda revisionista, tenham expressado grande “insatisfação” com o resultado das eleições presidenciais na Rússia. Os EUA, mentores planetários de softwares de fraude eleitoral e fomentadores de Golpes de Estado no mundo inteiro, ficaram um pouco invejosos com o “pequeno grau de manipulação” que Putin precisou utilizar para obter quase 90% do total de votos nesta eleição, afinal os ianques chegam até a empregar parte de sua frota naval para conseguir impor certos “candidatos a vassalo” em seu mundo imperializado.

Por outro lado a esquerda reformista, que vai sempre a reboque das burguesias progressistas, como o PCdoB e PCO no Brasil, comemorou a recondução de Putin como sendo a “vitória do mundo multipolar”. Estes setores totalmente corrompidos, abriram mão da perspectiva socialista revolucionária, em favor da estratégia “briciana capitalista”. Não contribuem desta forma com a derrota estratégica do imperialismo e só empurram os governos nacionalistas burgueses cada vez mais à direita, no caminho reacionário de um “tão sonhado acordo pela paz mundial”.