segunda-feira, 25 de março de 2024

CASO MARIELLE E ANDERSON: QUANDO A FAMIGLIA MARINHO APONTA O DEDO PARA CULPAR ALGUÉM, PODE TER CERTEZA QUE O CRIMINOSO É OUTRO! 

Quando a Rede Globo desfere uma histeria midiática até à exaustão como sendo uma “verdade suprema”, nós lembramos da célebre afirmação do velho Leonel Brizola sobre a famiglia Marinho: “Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!”, uma assertiva que está mais atual do que nunca! Passados mais de quarenta anos os métodos burlescos da oligarquia mafiosa dos Marinho se sofisticaram muito, agora assumiram o posto de representação nacional do poderoso Consórcio Mundial da Mídia Corporativa, que tem Rupert Murdoch como presidente e fomentador ideológico da Nova Ordem Mundial. 

Pois bem,  para não alongar muito a trajetória histórica destes criminosos que desde o golpe militar de 64 determinam os rumos políticos do país, é impossível não recordar quando a Rede Globo publicava 24 horas por dia em sua grade de programação que Lula era o “dono do triplex do Guarujá”, e que o juiz Sérgio Moro e a Lava Jato eram “paladinos contra a corrupção”, ou quando afirmava que as vacinas experimentais da Covid “salvariam vidas”, a despeito de estarem matando pessoas saudáveis, ou mais recentemente na guerra da Ucrânia, dizendo que a “Putin era um ditador e que a Rússia invadiu um país soberano”, suprimindo o fato de que Moscou apenas ocupava um território que historicamente lhe pertencia e sobretudo a pedido da própria população russoparlante da região de Donbass e da Crimeia. E agora com a asquerosa campanha contra o Hamas , taxando de “organização terrorista” a heróica Resistência Palestina, enquanto glorifica o Estado genocida e assassino de Israel. Não precisamos nem falar como os Marinho tratam Cuba , Nicarágua e Venezuela, ao mesmo tempo em que falam que os “EUA é o paraíso da democracia na terra”. 

Neste momento a famiglia Marinho dirige uma furiosa campanha midiática sobre a “descoberta feita pela PF dos verdadeiros mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson”, a acusação da PF e do Ministério Público, após seis anos de embromação, desembocou subitamente na prisão de dois políticos do baixo clero carioca, um deputado federal e seu irmão Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, além de um delegado da polícia civil do estado. Obviamente que não foram os irmãos milicianos (Brazão) que planejaram e operacionalizaram o brutal assassinato da vereadora psolista , não porque são “puros” (tratam-se de dois bandidos toscos, com peso político local), porém não tinham o menor interesse em adentrar na esfera de um crime político que atrairia toda a atenção nacional, além de prejudicar seus negócios milicianos. 

A Globo, em conluio com os togados do STF, criaram um “factoide” com a revelação dos supostos autores intelectuais do crime, para dar um pouco de fôlego ao já exaurido governo Lula, e na mesma direção farsesca encobrir os verdadeiros assassinos de Marielle e Anderson, ou seja, a famiglia Marinho! Para potencializar o identitarismo no Brasil, uma pauta “religiosa” do Consórcio Mundial da Mídia Corporativa, nada melhor do que gerar nas telas da Globo uma “mártir”, no caso a vereadora da esquerda identitária (PSOL) Marielle Franco, uma “mulher negra e homossexual”, uma vítima sob medida para os planos da famiglia Marinho desencadear sua histeria midiática em torno das bandeiras ideológicas da Nova Ordem Mundial.

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QUEM REALMENTE ASSASSINOU MARIELLE?

Artigo histórico - Blog da LBI - 18/03/2018

O assassinato político de Marielle foi evidentemente operado por falanges policiais, p0rofissionalizadas em crimes de maior complexidade. Muito bem executado e de forma bem diferenciada das execuções praticadas por meras quadrilhas de traficantes de morro em guerra com seus oponentes. Porém o atentado criminoso não foi "pensado politicamente" por seus operadores, é uma mais peça da engrenagem golpista que tem na "Lava Jato" seu centro logístico e estatal no país, mas que segue uma rígida "agenda" organizada pelos "falcões" de Washington. Apear do governo central e retirar do PT a primazia política de uma esquerda que controla os movimentos sociais ainda com um viés da classe trabalhadora (formalmente classista), transferindo esta hegemonia para uma nova esquerda "identitária" e policlassista (como o PSOL) para catapultar as candidaturas de Boulos e Freixo (RJ) para o epicentro do cenário eleitoral de 2018, é parte do cronograma da Lava Jato, além é claro de quebrar as maiores empresas nacionais.

O protagonismo midiático que os Marinho deram ao assassinato de Marielle pode ser comparado a morte de Tancredo Neves ou mesmo o acidente da F-1 que vitimou Airton Sena. Criando este profundo clima de "comoção nacional" com o assassinato de Marielle, pode-se facilmente nestes próximos dias decretar a prisão de Lula, sem que ocorra uma reação de massas no sentido contrário, também é certo para a Famiglia Marinho que o PSOL se limitará a canalizar a repulsa popular pelo assassinato de sua parlamentar nos estreitos limites de um imenso reforço eleitoral, ou seja atos massivos mas sem nenhum corte de radicalização ou ruptura da ordem institucional.

A Lava Jato e os Marinho, ao que tudo indica até o momento, forneceram o planejamento estratégico da conveniência conjuntural da eliminação de Marielle, a milícia paramilitar se encarregou da operação física do crime. É óbvio que a execução de Marielle também serve como um duro "aviso" das forças policiais do RJ para que parlamentares de esquerda ou lideranças políticas não atrapalhem em seus "negócios" ou tampouco denunciem suas atrocidades contra a população negra e pobre das periferias. É sintomático que logo após as claras evidências de um crime político encomendado, o deputado Marcelo Freixo reforçou sua confiança na Polícia Militar e Civil fluminense para a apuração do assassinato de Marielle.

O PT assiste passivamente aos últimos fatos ocorridos no Rio e que marcaram a conjuntura nacional desta semana, com o PSOL protagonizando a grade do noticiário brasileiro. Lula já se prepara para ser encarcerado pela turma do Moro e aposta suas fichas em uma "ajudinha" posterior do STF. Uma prisão curta, mas uma longa desmoralização política/eleitoral é o que pretende a Lava Jato com a sentença judicial dada a Lula.

Para os Marxistas Leninistas a ampla repercussão social dada ao bárbaro assassinato de Marielle, gerando potencialmente uma latente rebeldia popular contra as instituições apodrecidas do regime da democracia dos ricos e seu governo golpista, deveria ser convertida em um chamado a ruptura com a própria institucionalidade burguesa que pretende eliminar política e fisicamente as principais referências da esquerda, sejam reformistas ou revolucionárias.

A organização de comitês populares de autodefesa é o primeiro passo desta importante tarefa. Convocar a greve geral contra a intervenção militar no Rio de Janeiro, o covarde crime contra Marielle e a pauta neoliberal do golpista Temer, é a única resposta possível que poderia honrar o combate de nossos companheiros que tombaram pelas mãos da reação fascistizante. Desgraçadamente nem o PT e tampouco o PSOL adotam uma tática minimamente justa para lutar corajosamente contra a brutal ofensiva da direita neoliberal e golpista. No Máximo a direção do PSOL e suas correntes internas estão tentando identificar nas redes sociais (para futuros processos) indivíduos fascistas que estão caluniando a trajetória em vida de Marielle. Muito mais do que o chamado "protocolar" do PSOL, é necessário a construção imediata de uma nova direção política (classista e revolucionária) para o movimento de massas!