sábado, 16 de março de 2024

DEPOIMENTO DOS ALTOS COMANDANTES MILITARES SOBRE A “MINUTA GOLPISTA”: O PENTÁGONO ACHOU GRAÇA DO HILÁRIO ROTEIRO DE BOLSONARO 

Depoimentos dos ex-Altos Comandantes Freire Gomes, do Exército, e Baptista Junior, da Aeronáutica, divulgados ontem na mídia corporativa, revelaram detalhes do suposto “plano golpista” de ruptura institucional montado pelo então presidente Jair Bolsonaro. A reação do Pentágono, quem realmente dá as ordens no ACFA, não poderia ser outra a não ser de riso, diante da pataquada pretendida pelo hilário protofascista. Diante do roteiro cômico bolsonarista, a Casa Branca nem se dignou a mobilizar seus comandados tupiniquins para evitar um possível ensaio de quartelada, como fez em1977 contra o general Silvio Frota que ameaçava tomar de assalto o Planalto. Biden empenhado até a medula na eleição fraudulenta de Lula, apenas mandou um recado a Bolsonaro pela via de sua embaixada em Brasília: “Caia fora do Brasil o quanto antes e não atrapalhe a equipe de transição”, o patético protofascista acatou fidedignamente as ordens do chefe imperialista, isso ninguém pode negar…

O então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, detalhou reuniões que teve com Bolsonaro e como o então presidente apresentou o plano para consumação do golpe militar. Os depoimentos foram divulgados após uma quebra de sigilo do Ministro do Supremo Tribunal Federal, o neofascista Alexandre de Moraes.

Freire Gomes admitiu que participou de uma reunião no Palácio da Alvorada em 7 de dezembro de 2022. A ida foi a convite do então Ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira. Segundo Gomes, o assessor da Presidência, Filipe Martins, leu na reunião “os ‘considerandos’ que seriam os ‘fundamentos jurídicos’ da referida minuta do golpe”. O general também admitiu que Bolsonaro apresentou diferentes hipóteses para a realização de um golpe, que seria consumado a partir da “utilização de institutos jurídicos” como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio. A execução do plano seria uma reação ao resultado do pleito fraudado pelas urnas “roubotrônicas” de 2022.

Em primeiro lugar é preciso afirmar categoricamente que antes de “apontar o dedo” cretinamente contra o palhaço Bozo, é necessário sublinhar que a própria “Constituição Cidadã” é golpista de “cabo a rabo”. A “queridinha” da exquerda burguesa, promulgada em 1988 sob os protestos dos Marxistas Revolucionários, possui um “DNA” golpista que permite o acionamento “democrático” de mecanismos repressivos de supressão das garantias individuais e da liberdade de organização política a qualquer momento de crise no regime político vigente. O GLO (já acionado em governos petistas de colaboração de classes), Impeachment e o Estado de Defesa são apenas termos maquiados para designar formas distintas de golpes institucionais, com ou sem a presença das Forças Armadas.

Todos esses mecanismos constitucionais da nossa Carta Magna não tem nada de democráticos, porque excluem qualquer possibilidade de participação popular nas decisões do Estado burguês, representam na verdade uma atentado à soberania popular. O suposto “Estado de Direito” não passa de assegurar o direito dos capitalistas manterem suas propriedades e meios de produção! Com Bolsonaro ou Lula na gerência estatal, a exploração da classe operária (extração de mais-valia pelos patrões) continuará a mesma, e a subordinação política e econômica do país ao imperialismo ianque ainda se mostra mais profunda nos governos da Frente Popular.