segunda-feira, 4 de março de 2024

CONGRESSO DO ANDES: BUROCRACIA SINDICAL LULOPETISTA SE CONVERTE EM BRAÇO POLICIAL DO ESTADO BURGUÊS 

Quando a LBI denunciou que a Frente Popular, por ausência de apoio de massas, cada vez mais vem recorrendo aos órgãos da repressão estatal burguesa para perseguir o Bolsonarismo sempre alertamos que essa sanha reacionária acabaria se voltando mais cedo do que tarde contra a esquerda revolucionária e a vanguarda classista do movimento operário que não se vendeu a política de colaboração de classes do governo Lula e sairia em luta contra suas medidas de ajuste neoliberal e arrocho salarial. Entenda-se “Frente Popular” como o conceito político elaborado por Trotsky nos anos 30 mas plenamente atual, que compreende no Brasil não só a gerência estatal comandada pelo PT mas também os sindicatos controlados pela CUT e demais centrais que apoiam o governo da Frente Ampla. O que presenciamos no Congresso Nacional do Andes que acabou de se realizar em Fortaleza, nas dependências da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi justamente o desdobramento no plano concreto desse processo que analisamos, onde a burocracia sindical “Lulopetista” se converteu em braço policial do Estado burguês ao ameaçar chamar a Polícia Federal para impedir que a LBI distribuísse sua declaração política no plenário do encontro!

Trata-se de um acontecimento gravíssimo que precisa não apenas ser repudiado pelas correntes políticas revolucionárias e sindicatos combativos que se não se integraram política e materialmente a gerência da Frente Ampla, mas que deve ser profundamente analisado porque foi a primeira ação repressiva desse tipo ocorrido no novo mandato de Lula, que completou pouco mais de um ano e acabou de oferecer “Reajuste 0%” para a categoria dos professores universitários, com a direção nacional do ANDES sendo claramente um freio de contenção para a luta direta contra o governo burguês do PT, tendo que recorrer a métodos policialescos para calar os que denunciam sem vacilar essa relação “promíscua” entre governo e sindicatos.

Não por acaso essa mesma direção (que abarca setores do PSOL e do PT) aprovou um indicativo genérico de “greve geral” sem nenhuma preparação e organização na base da categoria, apesar do tremendo arrocho salarial imposto pelo Palácio do Planalto em sua “mesa de enrolação”.   

Os fatos são claros e demonstram a completa truculência da burocracia sindical contra os militantes da LBI. A vice-presidente do ANDES, Raquel Dias (dirigente da corrente Resistência do PSOL) e o Presidente da Comissão Organizadora local do congresso, Bruno Rocha (ligado ao PT, ex-presidente da ADUFC e recém “agraciado” com o cargo de Pró-Reitor de Assistência Estudantil da UFC), tentaram impedir por todas as formas que a militância da LBI distribuísse sua declaração política no plenário em que denunciávamos justamente a escalada repressiva de “Xandão” (STF) contra as liberdades democráticas em nosso país, espiral reacionária apoiada pelo governo da Frente Ampla e a esquerda “Lulomoraesista”. 

A dupla de burocratas sindicais ficou na porta do auditório no dia do enceramento do congresso (01/03), tendo em sua ação intimatória o suporte de sua “tropa de choque” formada por uma “equipe de apoio e segurança” para impedir o livre acesso da militância da LBI ao plenário do congresso que se realizava em uma dependência de universidade pública federal, a UFC. Raquel Dias não satisfeita ainda verbalizou vários impropérios e calúnias contra nossa militância (“vão se fuder”, “vagabundos”) e ameaçou chamar a Polícia Federal para retirar nossos camaradas através de uma força policial do Estado burguês controlada diretamente pelo governo Lula. A ação foi tão truculenta que gerou o protesto e questionamento do professor Baltazar Macaíba, delegado eleito pela seção sindical da UFPB (ADUFPB). 

É preciso registrar ainda outro fato gravíssimo que ocorreu no Congresso do ANDES e demonstra a premeditada perseguição política da burocracia sindical contra a esquerda revolucionária. Apesar da LBI solicitar o credenciamento do Jornal Luta Operária como imprensa para cobrir o evento, os burocratas sindicais não liberaram arbitrariamente as credenciais de acesso porque não reconhecem legitimidade de nossa imprensa operária, pelo visto só admitem a grande mídia corporativa! Estava, portanto, armado o cenário para bloquear nosso acesso e recorrer a PF! 

Não esqueçamos que hoje a Rede Globo da mafiosa Famiglia Marinho é apoiadora do governo Lula&Alckmin, dá todo suporte midiático para a ofensiva repressiva de “Xandão” no STF contra as liberdades democráticas usando sempre como pretexto o espantalho do “combate ao Bolsoranismo” e patrocina no parlamento o projeto que criminaliza as postagens nas redes sociais. Essa espiral repressiva tem como inimigo central estratégico não os acuados palhaços bolsonaristas mas o movimento de massas e suas organizações de luta! 

Como vemos a burocracia sindical do ANDES é parte da grande cadeia política de sustentação ordem burguesa que une o governo da Frente Ampla, a Rede Globo e o STF, se apoiando justamente nesse tripé para perseguir a esquerda revolucionária, recorrendo inclusive a “polícia política” do regime burguês, que é nada menos a Polícia Federal com uma vasta “folha corrida” de serviços prestados ao grande capital na morte e tortura de militantes revolucionários! Por essa relação “íntima” denunciamos publicamente que a burocracia sindical “Lulopetista” se converteu em braço policial do Estado Burguês! 

O clima repressivo no Congresso Nacional do ANDES foi tamanho que se criou uma tal “Comissão de Enfrentamento ao Assédio” com o objetivo de investigar a conduta de supostos “transgressores” no evento, com os trabalhadores “fichados” podendo ser denunciados a polícia após um relatório que será entregue para a direção nacional em 30 dias! Chegamos ao ponto de um congresso sindical tornar-se um espaço de repressão paraestatal, impondo um “padrão moral” alinhado aos preceitos do identitarismo, um programa burguês patrocinado pelo imperialismo ianque e sua Nova Ordem Mundial para substituir os princípios marxistas da luta de classes por “categorias” policlassistas que no fundo estão voltadas a diluir a luta pela revolução proletária mundial. Por essa razão consideramos que seria melhor chamar mais esse embuste repressivo criado pela direção nacional do ANDES de “comissão moral identitária” que não temos a menor dúvida vai acabar servindo como biombo para os seus objetivos políticos de calar e disciplinar seus adversários, como sempre ocorre com tais instrumentos arbitrários travestidos de defensores da “moral e da ordem”! 

Alertamos por fim que essa ação policialesca da burocracia sindical do ANDES contra a LBI é apenas a “ponta do iceberg” e não irá parar em nossa corrente política bolchevique... Na medida que as corrompidas direções sindicais e das centrais pelegas como a CUT tiverem que sabotar as lutas, implodir as greves, trair as paralisações para seguir como lacaios as ordens do governo burguês Lula&Alckmin de manter o movimento de massas paralisado, cada vez mais burocratas sindicais como Raquel Dias e Bruno Rocha vão se tornar cães de guarda raivosos da gerência burguesa da Frente Ampla e guardiões policialescos do regime política recorrendo a truculência e a repressão. Trata-se de uma dinâmica inexorável da luta de classes. Portanto nesse momento crucial é dever de todo ativista sindical combativo assim como das correntes políticas e agrupamentos classistas que defendem a democracia operária denunciar os fatos gravíssimos ocorridos no Congresso Nacional do ANDES. 

Desde já a direção nacional da LBI reafirma que mesmo sofrendo todo tipo de intimidações, processos judiciais, perseguições políticas e policiais como ocorrida no Congresso Nacional do ANDES não nos calaremos do combate sem tréguas a Frente Popular desde a trincheira da Oposição Operária e Revolucionária ao governo Lula, que recorre a esses burocratas sindicais pelegos na vã tentativa de calar dos Bolcheviques Leninistas em nosso país! Não passarão esses neofascistas a serviço da falsa “ordem democrática”!