EXÉRCITO ALEMÃO PLANEJOU ATAQUE A PONTE DA CRIMEIA (RÚSSIA): É A VOLTA DO NAZISMO SOB UM GOVERNO SOCIAL DEMOCRATA E “CIVILIZATÓRIO”
Vimos afirmando sistematicamente desde o Blog da LBI que o
retorno do nazifascismo no cenário da luta de classes não viria pelo caminho da
extrema direita eleitoral, e sim pelas mãos do próprio “imperialismo
democrático”, uma ameaça real para suprimir as conquistas da classe operária e
a soberania dos povos. As guerras da Ucrânia e Palestina confirmaram
integralmente nossa caracterização, e colocaram a nu o verdadeiro caráter
nazifascista do chamado “campo civilizatório”, falsamente apresentado pela
esquerda reformista como uma alternativa progressista a extrema direita
“folclórica” e desarmada.
Desde a sua eclosão, há dois anos, a Guerra da Ucrânia continua sendo um importante ponto de fricção na cena da correlação de forças internacional, envolvendo não só os exércitos ucraniano e russo, mas também envolvendo diretamente a potência imperialista ianque, que hoje representa o braço militar da Governança Global do Capital Financeiro. Nesta perspectiva os governos “civilizatórios” europeus, se revelaram apenas “autarquias” subservientes as ordens do Pentágono, inclusive a Social Democracia alemã, a ponta de lança do retorno do nazifascismo com capacidade militar.
A recente divulgação de informações confidenciais interceptadas pela Rússia, mostrando os planos do exército alemão para protagonizar ações terroristas na Crimeia, apenas agrava a complexidade desta nova etapa mundial.
Em 19 de fevereiro, a mídia russa transmitiu trechos de uma reunião confidencial no exército alemão, a gravação dura 40 minutos. Participam da conversa o Brigadeiro General Frank Graefe, chefe do departamento de operações do Comando da Força Aérea da Bundeswehr (nome oficial das forças armadas da Alemanha), o Tenente General Ingo Gerhartz, inspetor da Força Aérea, e os oficiais de operações aéreas Stephan Fenske e Frostedte. Eles são ouvidos discutindo planos para atacar a Rússia na Crimeia com mísseis de cruzeiro Taurus, para os quais devem primeiro implantá-los na Ucrânia.
O governo Social Democrata alemão ficou “desnudo”, porque até agora o Chanceler Olaf Scholz tinha declarado estar relutante em fornecer mísseis Taurus à Ucrânia por razões políticas. Agora ficou cristalino que a volta das ações do exército alemão contra a Rússia, após sua derrota no fim da Segunda Guerra Mundial, é um sintoma objetivo do renascimento militar do nazismo, sob o signo de um governo “civilizatório”.
O governo de Berlim ordenou uma investigação por parte dos serviços de inteligência militar para compreender a extensão do vazamento. Naturalmente, o que vão investigar é o vazamento da informação, e não que soldados alemães de alto escalão tenham planejado um ataque à ponte Kersh na Crimeia. A explosão terrorista do gasoduto Nord Stream já deixou claro que o governo Social Democrata alemão não tem interesse em esclarecer nada, mas sim em encobrir tudo.
O governo da Rússia exigiu esclarecimentos ao chanceler Olaf Scholz, após o vazamento da informação, colocando Berlim em uma posição de afirmar publicamente que está com suas tropas atoladas na guerra da Ucrânia.