quarta-feira, 30 de novembro de 2016

BLOG DA LBI ULTRAPASSOU A MARCA DE UM MILHÃO DE ACESSOS: UMA “PEQUENA” CONQUISTA DA CORAJOSA IMPRENSA TROTSKISTA E REVOLUCIONÁRIA NO BRASIL EM UM QUADRO DE PROFUNDA REAÇÃO IDEOLÓGICA PARA DELETAR O LEGADO LENINISTA NAS ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA EM TODO MUNDO. VIDA LONGA AO BLOG DOS MARXISTAS DA LBI!


O BLOG da LBI acaba de alcançar 1 milhão de acessos! Sem dúvida esta marca representa uma “pequena” conquista da corajosa imprensa Trotskista e Revolucionária no Brasil em um quadro de profunda reação ideológica para deletar o legado Leninista nas organizações de esquerda em todo mundo. Vale ressaltar que essa vitória política ocorre justamente às vésperas de 2017, ano em que a Revolução de Outubro completa seu centenário, sendo nossa página na internet e nossa própria organização política bolchevique um modesto mas importante fio de continuidade das lições políticas e organizativas nos legada por Lênin e Trotsky há 100 anos atrás. Desde o lançamento do BLOG da LBI em julho de 2011, há pouco mais de 5 anos, estamos acompanhando cada fato relevante na luta de classes, não como uma iniciativa individual, um capricho acadêmico ou de prestígio pessoal, mas como parte do esforço militante coletivo para edificar o Partido Operário Revolucionário em nosso país como parte do combate programático pela Reconstrução da IV Internacional. Sem falsa modéstia, estamos orgulhosos de conquistar esta marca histórica de 1 milhã de acessos porque sabemos que cada artigo elaborado pela equipe de redação representa um esforço militante heroico de combate ativo pelo programa revolucionário tão atacado pela burguesia e deformado pelos revisionistas do Trotskismo. Nesse período o BLOG da LBI vem pontuando de forma profunda mas concisa as principais posições Marxistas na conjuntura nacional e internacional, sendo porta-voz de ácidas polêmicas com outras correntes políticas de esquerda, muitas das quais se tornaram “papagaios” do imperialismo em sua ofensiva contra regimes nacionalistas burgueses, como ontem na Líbia e agora na Síria. Sabemos bem que pagamos um “preço político muito alto” por sustentar com vigor a ortodoxia do Trotskismo no mar de confusão teórica e degeneração material que hoje atravessa a esquerda mundial, porém mesmo “isolados” dos círculos da esquerda pequeno-burguesa rendida a “modernidade democrática”, continuaremos firmes e inflexíveis na defesa dos ideais Marxistas Leninistas! Sabemos que a marca de mais de 1 milhão de acessos, pequena em relação aos sites da mídia corporativa mas bem superior aos acessos dos blogs das seitas virtuais que pululam a esquerda Revisionista, representa muito mais que este número em si, ela expressa que é possível resistir firmemente à maré de ofensiva ideológica e cultural contrarrevolucionária que vem crescendo no planeta desde a queda do Muro de Berlim e da URSS, uma torrente reacionária que devastou por inteiro diversas organizações políticas centristas que se proclamavam “ortodoxas” e levou os reformistas a dar uma guinada à direita a nível mundial. Defender abertamente o Leninismo (não uma mera formalidade como fazem os revisionistas), o centralismo democrático como elemento fundamental de formar uma organização revolucionária disciplinada para lutar de forma conspirativa pela destruição do Estado burguês e a edificação da Ditadura do Proletariado é uma tarefa que o BLOG da LBI vem fazendo. Quando há pouco mais de cinco anos lançamos o BLOG da LBI com o primeiro artigo em defesa da liberdade dos cinco heróis cubanos presos nos EUA e agora analisamos a morte de Fidel Castro assim como as consequências da vitória eleitoral do reacionária Trump no cenário mundial, sabíamos que esta iniciativa não era apenas “testemunhal”, mas sim o início de uma série de elaborações programáticas diárias que vem refletindo também uma intervenção militante dos Trotskistas revolucionários na luta de classes, como agora mesmo ocorre na luta para por abaixo o golpista Temer no Brasil e o combate nas bases operárias, estudantis e populares pela construção da Greve Geral. Nada melhor que celebrar esta marca histórica (1.000.000) reafirmando na práxis revolucionária os princípios do Marxismo-Leninismo através deste bravo e ousado porta-voz das posições comunistas! Vida longa ao blog dos Marxistas da LBI, um trincheira viva de defesa do Partido Revolucionário e da Reconstrução da IV Internacional, herdeira dos valiosos ensinamentos deixados por Marx, Engels, Lênin e Trotsky!
CARTOLAS DA CHAPECOENSE, CBF E CONMEBOL SÃO OS RESPONSÁVEIS PELA TRAGÉDIA: FRETARAM A BAIXO CUSTO UM AVIÃO (JUMBOLINO) SEM AS MENORES CONDIÇÕES TÉCNICAS PARA TRANSPORTAR A DELEGAÇÃO PARA A COLÔMBIA


Os verdadeiros responsáveis pelo acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, quase a totalidade do time de futebol da Chapecoense e os jornalistas que iam cobrir o jogo da Copa Sul-Americana na Colômbia são os cartolas da Chapecoense, da CBF e da CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol). Os dirigentes do clube paranaense em nome do baixo custo de locação da aeronave optaram por contratar uma companhia “aeropirata” (LaMia) cujo avião tinha péssimas condições de uso, basta saber que havia deixado de ser fabricado em 2002, há 17 anos. O piloto, um venezuelano, era o proprietário da própria empresa familiar, proibida de voar na Venezuela por questões de segurança, mas que conseguiu uma licença para operar na Bolívia como “operador de pequeno porte”. Por se tratar de uma verdadeira “sucata aérea” o aluguel do Avro RJ-85 (popularmente conhecido como Jumbolino) custou R$ 500 mil enquanto especula-se que as outras companhias aéreas brasileiras (TAM e GOL) cobraram 4 vez mais, R$ 2 milhões para fazer o trajeto Guarulhos-Medellín de forma mais segura e menos desgastante. Na Copa Sul-Americana (promovida pela CONMEBOL) os times pagam as despesas com deslocamento e hospedagem, recebendo suas “cotas” depois das partidas, o que gera ainda mais pressão pela redução dos custos com viagens e hotéis. Como a ANAC não permitiu o vôo da LaMia no Brasil, a direção do time decidiu irresponsavelmente em função da ânsia de reduzir custos, que os jogadores da Chapecoense (que estavam em São Paulo devido a partida de domingo com o Palmeiras) voariam em avião de carreira para Bolívia (Santa Cruz de la Sierra) e de lá embarcariam rumo a Colômbia (Medellín) na companhia “aeropirata” venezuelana, dona do avião que caiu. Aqui prevalece de forma cristalina a lógica capitalista da busca da maior taxa de lucro, sacrificando a segurança dos jogadores e da comissão técnica, os trabalhadores do futebol. Não por acaso, o presidente da Chapecoense, assim como o prefeito da cidade paranaense não embarcaram na temerária aeronave. Mesmo sem grandes conhecimentos técnicos em aeronáutica, fica evidente que o jato apelidado de “Jumbolino” não possuía condições mínimas de transporte em longas distâncias, sem maior reserva de combustível e com lotação e peso máximo a bordo. Um avião fora de linha e “remontado” por outra empresa representa sempre um risco de vida a sua tripulação e passageiros, mas foi fretado levando em conta seu baixo custo. A fabricante inglesa chegou a vender quase 500 aeronaves deste modelo, porém a grande maioria destes jatos já estão “aposentados”, a cartolagem da Chapecoense fretou uma das poucas unidades em atividade que tinha tradição em transportar equipes de futebol na América do Sul justamente porque os dirigentes do continente desejam sempre reduzir os custos de deslocamento. Nossa solidariedade com a família dos jogadores, da comissão técnica e dos jornalistas soma-se a necessária denúncia vigorosa dessa conduta venal da cartolagem do futebol que ceifou a vida de 71 pessoas, mortes que poderiam ser evitadas, mas foram sacrificadas em nome de reduzir custos com os vôos e garantir para os capitalistas empresários-investidores do futebol e donos do clube uma parcela maior das cotas milionárias que receberiam devido a Chapecoense ser finalista da Copa Sul-Americana. 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

ENQUANTO POLÍCIA REPRIME DURAMENTE MANIFESTAÇÃO EM BRASÍLIA... SENADO VOTA AJUSTE COVARDE E CÂMARA APROVA AS MEDIDAS DE ENDURECIMENTO DO REGIME EXIGIDAS POR MORO-DELAGNOL. SÓ A LUTA DIRETA REVOLUCIONÁRIA PODE DERROTAR AS REFORMAS NEOLIBERAIS E A FAMIGERADA OPERAÇÃO LAVA JATO!


As cenas de repressão policial registraram a truculenta ação da PM contra os manifestantes na Capital Federal. Mais de 30 mil ativistas estiveram presentes ao protesto “Ocupa Brasília”, demonstrando a imensa disposição de luta contra o canalha golpista. Mas a pressão popular sobre o parlamento não pode barrar a aprovação da PEC-55 porque esse antro de bandido apoia intregralmente o pacote de maldades de Temer-Meirelles, os senadores de todos os partidos da base estão fechados com o Planalto, contando inclusive com o apoio dos governadores do PT e PCdoB que orientaram os parlamentares a votar pela aprovação do projeto que congela os “gatos sociais” em 20 anos, além de impor arrocho salarial a todos os trabalhadores e em particular aos servidores públicos. Por usa vez, na Câmara dos Deputados vota as “10 medidas contra a corrupção”, na verdade uma série de leis para fortalecer ainda mais o Judiciário, o MPF e a Polícia Federal, bases para o recrudescimento do regime político. Fica evidente que somente a luta direta e a convocação da Greve Geral desde as bases operárias e populares podem barrar a ofensiva política e econômica contra os direitos sociais e as liberdades democráticas. Como já afirmamos não já saída progressista dentro do marco do regime político e que seja produto da pressão sobre esse congresso venal. Nesse sentido nos opomos a todas estas receitas pretensamente democratizantes (Diretas Já, Impeachment, Renúncia e Assembleia Constituinte) que visam reorganizar o regime político burguês, mas que de fato favorecem a reação burguesa. Até porque a burguesia vai sustentar Temer até que ele aprove seu pacote de maldades integralmente e a Força Tarefa da Lava Jato saia ainda mais fortalecida no cenário nacional com a votação de hoje na Câmara. A militância da LBI defendeu hoje no “Ocupa Brasília” que para forjar uma saída progressista à debacle do governo Temer e a famigerada Operação Lava Jato, sem abrir espaço para a direita e suas manobras “golpistas” parlamentares e mesmo eleitorais, faz-se necessário forjar a luta direta e revolucionária por um Poder Operário e Camponês, para isso devemos construir desde as bases a Greve Geral, com ocupações de fábricas, locais de trabalho, no campo, universidades e escolas. Para marchar nessa sendo é fundamental compreender que a Frente Popular, em particular a CUT e o PT aposta todas suas fichas apenas no terreno eleitoral, pois tem acordo sobre a necessidade do ajuste neoliberal em curso. Não por acaso, Lula acabou de declarar seu apoio as “Diretas Já” temendo as eleições indiretas no Congresso em 2017: “Gostaria que tivesse eleição direta para presidente. Não posso aceitar que a gente tenha um presidente eleito indiretamente pelo Congresso” (Radio Itatiaia, 29/11). Não iremos legitimar o engodo político como o da convocação de novas “eleições gerais” ou “diretas já” já, conhecemos muito bem o seu desfecho histórico. Estas bandeiras que ora a esquerda reformista insiste em levantar, podem ser incorporadas perfeitamente pelo próprio regime burguês no caso de um colapso do governo Temer, fragilizado e sem a menor base social. É urgente fundir a energia política da juventude com a ação direta do proletariado, rumo a derrubada revolucionária do governo entreguista do bandido Temer. Por esta razão participamos do ato desta terça-feira, 29.11, com nosso próprio eixo político: “Abaixo Temer! Organizar a Greve Geral!” mantendo-se firme na senda da construção de uma alternativa de poder revolucionário, completamente por fora das instituições apodrecidas deste regime da democracia dos ricos.

O QUE EXISTE DE COMUM ENTRE AS ANÁLISES DOS PROFESSORES VALÉRIO ARCARY (MAIS) E FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (PSDB) ACERCA DA MORTE DE FIDEL CASTRO?


Muito tem se dito e escrito acerca da morte de Fidel Castro, obviamente não perderemos tempo analisando as posições da direita e dos fascistas que junto aos gusanos de Miami comemoraram como hienas a morte do dirigente da revolução social cubana. Tampouco nos servem as afirmações de um setor transloucado da esquerda, neste caso específico os Maoístas, que com seus vaticínios completamente fora da realidade, caracterizando Cuba como um país dominado por latifundiários, brindaram o falecimento de Fidel com um “Já vai tarde”. Para nós Marxistas repousa o interesse da polêmica no campo político daqueles que reconhecendo os avanços da revolução cubana decretaram precocemente a morte do Estado Operário em uma falsa sintonia com a perda física de Fidel. Neste setor da “intelectualidade” encontram-se não só os Morenistas mas também toda uma gama de social-democratas e até liberais da academia, como o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para este amplo arco a morte de Fidel representa o fim de um ciclo histórico, ou nas próprias palavras de FHC: “Sua morte, marca o fim de um ciclo, no qual, há que se dizer que, se Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas". Em outra versão mas com o mesmo conteúdo, os Morenistas sustentam que em Cuba já não existem mais as bases do Estado Operário, sufocadas pela falta de liberdades e pela restauração capitalista, vejamos o que disse o grupo MAIS: "Reivindicamos a revolução cubana e o que representou o processo revolucionário para o povo cubano e latino-americano, ao mesmo tempo, que somos opositores da Burocracia castrista e o seu curso de restauração do capitalismo em Cuba e a falta de liberdades democráticas na ilha", para logo depois fecharem a sentença de óbito: "Aos poucos foi caindo a planificação da economia, o monopólio do comércio exterior e a propriedade estatal dos meios de produção." (site do MAIS). Neoliberais e Morenistas tem em comum a caracterização de que em Cuba vige hoje as leis de mercado, formatadas por um regime político autoritário, como o de Putin na Rússia. Não se trata aqui de debater a trajetória contrarrevolucionária do Castrismo, que entre tantas "pérolas" detém o "feito" de ter condecorado em Havana o assassino de Trotsky, Ramon Mercader, ou mesmo recordar o boicote político e material feito contra seu camarada Che Guevara na guerrilha da Bolívia. Esta é a própria natureza da burocracia stalinista, defender as bases socializadas da economia, ao mesmo tempo em que impulsiona sua plataforma de colaboração de classes em nível mundial. Porém pretendemos esclarecer o atual caráter do regime social em Cuba, que nada tem a ver com o "modelo" russo ou mesmo chinês. Neste sentido é completamente incorreto atribuir a morte de Fidel com o "fim do ciclo", pelo simples fato de que em Cuba permanecem até hoje os mesmos mecanismos econômicos elementares que foram instaurados logo no início dos anos 60. É certo que a política do Castrismo "flexibilizou" muitos pontos, realizando tardiamente uma "NEP" em direção a pequenas atividades comerciais e de serviços, que podem ser exploradas por empreendedores individuais. Com o fim da parceria comercial com a URSS também houve a necessidade de abrir setores da economia para monopólios internacionais, como o turismo por exemplo. Entretanto mais de 70% do PIB cubano continua sob o rígido controle do Estado Operário, o que permitiu manter as conquistas sociais fundamentais da revolução de 59, ao contrário do que ocorreu na Rússia. Consiste em um completo equívoco teórico asseverar que em Cuba não existe a planificação central da economia, tomando apenas como base apenas a abertura em alguns segmentos onde o Estado não possuía capacidade de investimento. Os principais meios de produção, industriais e agrários do país não estão nas mãos de grupos capitalistas em Cuba, e este é motivo fulcral para que o Congresso Norte-Americano não retire o embargo comercial imposto à ilha, apesar dos "apelos" feitos por Obama. O regime stalinista se mantém de pé e com ele as conquistas da revolução cubana sobrevivem apesar do brutal cerco imperialista, esta constatação elementar não significa afirmar que as pressões políticas pela restauração capitalista não tenham se avolumado no marco da aproximação do Estado com monopólios internacionais. O fim da URSS e a posterior crise da Venezuela, iniciada com a morte de Chavez, impuseram um freio nos dois períodos de expansão econômica vívidos em Cuba, ou seja, anos 70 e início do século XXI. A situação de recessão mundial detonada com o crash financeiro de 2008 (queda das exportações), obrigou a burocracia Castrista a renegociar novas áreas de "livre comércio" no país, as tendências políticas em favor da introdução de instituições da democracia burguesa na Ilha Operária cresceram na mesma proporção da crise econômica. Portanto seria um crime histórico para os genuínos Trotskistas darem como perdida (ou abandonarem) a luta para se manter vivas para o povo cubano as imensas conquistas da revolução, ao contrário daqueles que "cantam loas" para comemorar o "fim do ciclo" dos Estados Operários.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ATO NA PAULISTA (27/11) E "OCUPA BRASÍLIA" (29/11): APESAR DA DISPOSIÇÃO DE LUTA DAS BASES CONTRA O GOLPE, AS DUAS MANIFESTAÇÕES SÃO DISTRACIONISTAS E BUSCAM SAÍDAS PARA A CRISE POLÍTICA NOS MARCOS DO REGIME BURGUÊS (DIRETAS JÁ, IMPEACHMENT OU ASSEMBLEIA CONSTITUINTE)!



Neste domingo, 27, ocorreu o ato na Av. Paulista convocado pela Frente Povo Sem Medo, sem a presença de Lula, Mujica e Chico Buarque, em um claro freio na mobilização no momento de aguda crise do governo Temer. Na terça, 29, está marcado o “Ocupa Brasília” pela Frente Brasil Popular para pressionar o parlamento burguês na votação em primeiro turno da PEC-55 no Senado. O que marca essa duas atividades é a completa ausência de mobilização na base das categorias, na medida em que a direção do PT e seus satélites não estão interessados em convocar uma Greve Geral para não polarizar a situação política no país, uma verdadeira paralisação nacional poderia abrir caminho para uma radicalização social e romperia a dinâmica política traçada pela Frente Popular: desgastar Temer e esperar pelas eleições presidenciais de 2018, tendo Lula como candidato. No máximo, alguns setores chegam a defender as “Diretas Já”, a renúncia ou mesmo o impeachment de Temer, em uma estratégia que fortalece uma alternativa burguesa ainda mais a direta, como a ascensão de figuras como Moro ou Alckmin ao Planalto. Os limites da política reformista destas duas frentes são claras. Boulos, por exemplo, pediu a renúncia de Temer (PMDB). “Não dá mais para o Michel Temer continuar no comando do Brasil. Desde o princípio, é um governo ilegítimo, governo que foi fruto de um golpe. Agora, além de ilegítimo, ele perdeu as condições de governar. Vai embora Temer, renuncia”. Já o presidente da CUT Vagner Freitas, que também esteve presente ao ato da Av. Paulista, afirmou: “O Brasil precisa se livrar dele (Temer), mas não com eleição indireta, no Congresso. O povo quer votar. O povo tem de escolher quem será o próximo presidente. Ainda mais agora, que fica demonstrado que Temer pratica advocacia administrativa usando o cargo de presidente, prevaricando de maneira direta”. Como se observa essa é a “saída” apresentada pela CUT, enquanto na prática os governadores do PT e PCdoB apoiam o ajuste neoliberal de Temer-Meirelles. Dentro dessa perspectiva foi convocado o “Ocupa Brasília” para esse dia 29. Segundo a UNE “Os estudantes vão pressionar senadores para que não aprovem a mudança na constituição que, além de desvincular recursos para Saúde e Educação, vai congelar os investimentos nas áreas durante 20 anos”. A proposta da PEC 55 enviada pelo governo ao Congresso no primeiro semestre, já foi aprovada na Câmara. Agora, para ir ao segundo turno no Senado, precisa do apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares, ou seja, 49 dos 81 senadores. A votação em segundo turno está marcada para 13 de dezembro. De fato, o PT prefere apostar suas fichas no lobby parlamentar ao invés de impulsionar a Greve Geral e as multitudinárias mobilizações das massas, ficando evidente que também é parceiro de Temer na finalização do “ajuste”, não por acaso os governadores da Frente Popular selaram um pacto com o rentista Meirelles para arrochar o funcionalismo público. O mais escandaloso é que todo o espectro político aposta em uma saída eleitoral nos marcos do regime político “esquecendo-se” que se houver a cassação de Temer pelo STF ainda no curso de 2017 desembocaria na convocação de uma nova eleição indireta, restrita ao Congresso Nacional convertido em Colégio Eleitoral. Neste cenário o "justiceiro" Moro seria o candidato preferencial da burguesia, em uma saída política costurada com o PSDB, a Globo e o Departamento de Estado ianque. Os Marxistas Revolucionários devem intervir nesta conjuntura de extrema polarização política com uma consigna de poder com um claro corte de classe, onde as reivindicações democráticas sejam acaudilhadas pelo proletariado em combate direto, denunciando a escalada reacionária da direita assim como a conduta de colaboração de classes do PT. Desde a LBI nos opomos a todas estas receitas pretensamente democratizantes (Diretas Já, Impeachment, Assembleia Constituinte) que visam reorganizar o regime político burguês, mas que de fato favorecem a reação burguesa. Denunciamos que qualquer palavra de ordem institucional para a agitação imediata voltada a pressionar o parlamento, mesmo recorrendo a adereços de aparência radical, fortalecem as pretensões “golpistas” da direita reacionária, que detém ampla maioria no Congresso Nacional, são na verdade feitas sob medida para um recrudescimento ainda maior do regime político vigente. Compreendemos que para forjar uma saída progressista à debacle do governo Temer, sem abrir espaço para a direita e suas manobras “golpistas” parlamentares e mesmo eleitorais, faz-se necessário forjar a luta direta e revolucionária por um Poder Operário e Camponês, recorrendo à tática da Frente Única de Ação Antifascista quando necessário. Defendemos que o proletariado não deve apresentar uma “agenda democrática” para a crise capitalista, como pretende todo arco reformista e revisionista. A única saída realmente progressista diante da barbárie capitalista é por abaixo a ditadura de classe da burguesia e construir o novo Estado Operário, a falência histórica da democracia formal emoldurada pelas elites reacionárias já demonstrou para os trabalhadores que sua única alternativa é a luta pelo socialismo!

domingo, 27 de novembro de 2016

Neste próximo 29 de novembro, em homenagem ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, republicamos hoje o artigo histórico da LBI lançado no Jornal Luta Operária de novembro de 1995 a vinte e um anos atrás. Nesta elaboração nossa jovem corrente Trotskista ainda não tinha sequer completado um ano de existência política, o que não impediu de assentar as bases do Marxismo Revolucionário em uma questão completamente confusa e crivada de capitulações para a totalidade das tendências revisionistas. Sem nenhuma falsa modéstia, passado mais de duas décadas de nossa caracterização científica acerca do conflito palestino podemos afirmar que marcamos um verdadeiro "divisor de águas" na esquerda mundial  e que se revelou plenamente correto no sentido de estabelecer um novo norte programático para os genuínos Trotskistas que intervêm em toda região árabe e palestina.


A QUESTÃO PALESTINA À QUEIMA ROUPA! *(NOVEMBRO DE 1995)

Os "Acordos de Paz", celebrados entre a OLP e o Estado de Israel na capital norte-americana em 1993, e ratificados este ano com a "devolução" de algumas cidades ocupadas pelo exército israelense na faixa de Gaza e na Cisjordânia, longe de colocarem um fim aos graves conflitos que assolam esta região, como tenta passar o imperialismo e suas agências de propaganda, apenas reacenderam com mais força ainda, as profundas tensões que cercam a luta heróica do povo palestino contra o enclave sionista de Israel.

sábado, 26 de novembro de 2016

MORRE O COMANDANTE FIDEL CASTRO: VIDA LONGA A REVOLUÇÃO CUBANA! NÃO A RESTAURAÇÃO CAPITALISTA DA ILHA! PELA DEFESA INCONDICIONAL DO ESTADO OPERÁRIO DIANTE DA OFENSIVA IMPERIALISTA, MANTENDO VIVA A LUTA CONTRA A BUROCRACIA STALINISTA!


Morreu na noite desta sexta-feira (25/11) o comandante Fidel Castro, dirigente máximo da revolução social Cubana. Seu irmão, Raul, anunciou o falecimento “Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz. Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas deste sábado” prosseguiu o irmão. Fidel Castro tinha completado 90 anos recentemente, em agosto. Uma historia de combate anticapitalista marca a vida do velho comandante, que agora já não esta fisicamente entre nós, mas que aos 32 anos dirigiu ao lado de Che Guevara a Revolução Cubana vitoriosa em 1959. De forma premonitória, em um discurso proclamado durante o VII Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC) em abril deste ano, Fidel falou com voz entrecortada “Logo devo fazer 90 anos, nunca me ocorreu tal ideia e não foi fruto de esforço, mas um capricho da sorte. Logo serei como todos. Para todos chega a vez... Talvez seja uma das últimas vezes que fale nesta sala”. Como Trotskistas respeitamos sua heroica trajetória militante mesmo nos delimitando publicamente de suas posições políticas e programáticas, cujo limite é desgraçadamente sua adesão posterior ao stalinismo e sua estratégica de coexistência pacífica com o imperialismo. Reconhecemos que tenha havido conflitos pontuais importantes de Fidel com a burocracia soviética, mas nunca uma ruptura com sua orientação, ao contrário, nas questões fundamentais Castro esteve ao lado de Moscou e inclusive atacou o Trotskismo e seu camarada de trincheira, Che Guevara. A Direção Nacional da LBI neste momento de dor pela morte de Fidel Castro aproveita as reflexões em torno da morte do “comandante para reafirmar a defesa incondicional da ilha operária e de suas conquistas históricas rechaçando a ofensiva imperialista através do bloqueio econômico e da política de “reação democrática” levada acabo no último período por Obama ao mesmo tempo em que polemiza com a orientação programática adotada pela burocracia castrista, em que esta ataca uma série de direitos históricos dos trabalhadores com o objetivo de avançar o processo de restauração capitalista. Mantemos a vigência programática da revolução política em Cuba para que o proletariado possa efetivamente ingressar na etapa histórica do genuíno socialismo. A melhor forma dos revolucionários honrarem Fidel, que apesar de todos os seus erros manteve-se com um combatente anti-imperialista e anticapitalista é responder as investidas do imperialismo ianque que agora deve se incrementar com a ascensão de Trump a Casa Branca, chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca e a Igreja Católica. Orgulhamo-nos de em meio à ofensiva mundial do imperialismo contra Cuba e outros regimes políticos que são alvo da sanha guerreirista da Casa Branca, como a Síria e o Irã, estarmos na linha de frente do combate internacionalista para derrotar as grandes potências capitalistas, inclusive em unidade de ação com o PC cubano diante dos ataques do pior inimigo dos povos, o imperialismo. Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário cubano e das nações oprimidas, fazemos o combate programático e político pela construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o proletariado.  Não vamos aqui escrever, mesmo que criticamente, a “biografia” de Fidel, apenas pontuar questões que consideramos fundamentais nas tarefas que Cuba enfrenta neste século XXI para sobreviver ainda que seja na condição de um Estado Operário burocratizado e isolado. Deixamos para os stalinistas “Amigos de Cuba” as homenagens acríticas a Fidel. Aliás, apesar de gerações de cubanos cresceram com a imagem e presença próxima de Fidel, o mesmo pregou a rejeição ao “culto à personalidade”: “Sou hostil com tudo o que possa parecer um culto a pessoas (...) e não há uma só escola, fábrica, hospital ou edifício que leve meu nome. Não há estátuas, nem praticamente retratos meus”. O fundamental é que como Marxistas-Leninistas compreendemos a importância histórica de defender o Estado operário cubano das investidas do imperialismo. Saudamos a revolução vitoriosa dirigida por Fidel e Che que arrancou a pequena ilha das garras dos grandes monopólios ianques, transformando um país que era literalmente um prostíbulo da burguesia norte-americana em uma nação que anos depois rompeu com o jugo da dominação da cadeia de espoliação capitalista, garantindo a seu povo conquistas históricas como educação pública, gratuita e um dos sistemas de saúde mais avançados do planeta. Nem os mais de 50 anos de criminoso bloqueio econômico fizeram ruir essas conquistas que permanecem socialmente vigentes para o proletariado, apesar das imensas dificuldades que impõe a Cuba até hoje. Sabemos perfeitamente que Cuba atravessa um momento extremamente difícil em sua existência. Desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, quando a restauração capitalista varreu o Leste Europeu e a União Soviética, em uma profunda derrota do proletariado mundial, a economia cubana perdeu grande parte dos seus parceiros comerciais impondo-se ainda mais a ilha operária o isolamento político e econômico. Foram tomadas várias medidas de mercado para tentar revitalizar sua economia. Não nos opomos por princípio à adoção dessas medidas, pois até Lenin e o Partido Bolchevique as tomaram na URSS por meio da NEP. Mas compreendemos que a melhor forma de defender as conquistas da revolução neste momento difícil é reforçando o chamado a derrotar o imperialismo em nível mundial e não a estabelecer com a Casa Branca e a Igreja Católica uma política de “coexistência pacífica”. O legado teórico de Trotsky nos ensinou que era preciso defender incondicionalmente a URSS, apesar dos erros e traições de Stalin. Hoje, com Cuba fazemos o mesmo. Ainda que tenhamos críticas à direção do PCC, jamais nos somamos ao imperialismo e sua corja arquirreacionária nos ataques ao Estado operário. Pelo contrário! Sempre estivemos na linha de frente da sua defesa, não apenas como “amigos de Cuba”, mas acima de tudo como internacionalistas proletários e defensores do socialismo científico como alternativa à barbárie capitalista que ameaça a existência da própria humanidade. Acreditamos que somente a mobilização internacionalista da classe operária poderá fazer frente aos planos do império para aniquilar totalmente a enorme referência mundial da revolução cubana. Por isso não devemos depositar nenhuma confiança nos “acordos” amistosos com os chefes “democratas” dos estados terroristas como os EUA e a França. A trágica lição abstraída da guerra da Líbia, onde Kadaffi “confiou” inicialmente nos abutres imperiais europeus que logo em seguida devastaram seu país, deve servir como um farol revolucionário para a vanguarda classista do proletariado mundial na defesa de Cuba.
BALANÇO DO 25/11: BUROCRACIA SINDICAL (CUT, FS, CONLUTAS) NÃO MOBILIZA, IMPONDO O FRACASSO AO “DIA DE LUTA” OCORRIDO EM MEIO À AGUDA CRISE DO GOVERNO TEMER


Ocorrido em meio à aguda crise no governo Temer envolvendo o percevejo” político Geddel Vieira, o “dia nacional de luta” deste 25/11 tinha tudo para ser uma importante manifestação contra o canalha golpista e suas medidas anti-operárias. Mas o que se viu foi justamente o contrário. A atividade desta sexta-feira ficou bem aquém da mobilização do dia 11 e não paralisou nenhuma categoria importante, no máximo houve o atraso na entrada de algumas poucas fábricas em São Paulo. Como alertamos, a “promessa” da burocracia sindical ultra-pelega (FS, UGT) de mobilizar suas bases não se concretizou. A CUT-CTB também não moveu “um dedo” para fortalecer as manifestações e restou a Conlutas promover pequenos atos pelo país, sem no entanto paralisar as categorias que controla como Metroviários-SP, Rodoviários-CE ou mesmo os metalúrgicos de SJC apesar das ameaças de demissões na Embraer. Os atos mais significativos foram no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro em função dos pacotes draconianos anunciados por Sartori e Pezão. Esse quadro de descenso ocorreu em plena crise política do governo Temer e só pode ser explicado porque a Frente Popular não desejou radicalizar em um momento de aguda fragilidade do gerente golpista. Colocar gente na rua neste momento significa questionar a existência do governo propriamente dito, colocar em luta os trabalhadores para derrubá-lo por seus métodos de luta, uma estratégia oposta a que vem sendo adotada pela CUT e o PT. Isso fica evidente pelo apoio dos governadores desses partidos ao ajuste fiscal de Meirelles, assim como pela desmarcação do ato do próximo domingo, que seria uma manifestação eminentemente política contra Temer. Esse vazia imposto ao movimento de massas fortalece a reação burguesa, tanto nos ataques as conquistas sociais via o parlamento como a atuação da famigerada “Operação Laja Jato” que vem atuando para abrir caminho para Moro assumir como NeoBonaparte em diante da crise política. Diante do fracasso do dia 25/11 a burguesia sente-se fortalecida para costurar uma saída por cima, preparando a saída de Temer após ele impor a Reforma da Previdência e a aprovação da PEC-55, em um acordo entre Moro e o PSDB (particularmente FHC) com o aval da Globo.  Nesse sentido, a grande lição a abstrair nesse balanço é justamente que a paralisia imposta pela burocracia sindical em seu mais variado espectro política (da FS, a Conlutas, passando pela CUT) vem possibilitando o recrudescimento do regime político em todos os terrenos. No máximo, as entidades sindicais ligadas a Frente Popular jogarão algum peso para “Ocupar Brasília” nesse dia 29, como parte do lobby parlamentar sobre o Senado na votação da PEC-55, mas como a direção do PT deseja que Temer aprove o ajuste fiscal para capitalizar eleitoralmente o desgaste do canalha golpista e seus governadores se beneficiem das verbas arrecadadas com o arrocho salarial e o aumento da contribuição previdenciária dos servidores federais, essa manifestação, assim como foi o dia 25/11 será totalmente impotente para barrar a ofensiva de Temer contra os trabalhadores, mesmo esta ocorrendo em meio a mais aguda crise política do gabinete golpista.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

GLOBO DEMITE "PERCEVEJO", O CAPO TEMER É O PRÓXIMO DA LISTA NEGRA DOS MARINHO


A renúncia do "percevejo de gabinete", Geddel Vieira, já era esperada apesar do amplo apoio parlamentar recebido pelo ex-anão do orçamento que também "passeou" tranquilamente nos governos Lula e Dilma. A poderosa Rede Globo preparou profissionalmente a demissão de Geddel no exato momento que deu cobertura midiática necessária as ações do "serial killer" Marcelo Calero. Porém o objetivo central da famiglia Marinho obviamente não é eliminar a hiena Geddel, como braço midiático da operação Lava Jato a Globo pretende dar passagem a um novo governo que esteja em sintonia perfeita com seus amos de Washington, sem o assédio dos ratos de Brasília alojados no mafioso PMDB. Para redirecionar a economia brasileira no rumo de uma franquia dos oligopólios imperialistas é necessário um poder estatal "acima de qualquer suspeita" (a falsa ética dos picaretas togados) e logicamente este não é o caso do governo golpista de plantão. Temer não oferece sequer as condições básicas de estabilidade para concluir as reformas neoliberais iniciadas pela neopetista Dilma. A cabeça de Temer já foi encomendada pelo justiceiro Moro, trata-se apenas de uma questão de tempo para sua queda, mas neste interregno outros membros do gabinete golpista serão sacrificados, o próximo da lista negra chama-se Moreira Franco ou o "gato angorá" como costumava chamar o ex-governador Leonel Brizola. A Frente Popular que ainda crê que a matilha do Congresso Nacional possa lhe restituir o Palácio do Planalto segue desmontado toda mobilização popular de massas que ameace a estabilidade do governo golpista, desmarcaram inclusive o grande ato de rua em São Paulo no próximo domingo (27/11) alegando estupidamente cancelamento na agenda de suas lideranças. Se em meio a maior crise política dos seis meses do mandato golpista o PT prefere apostar suas fichas no lobby parlamentar, ao invés de impulsionar a greve geral e as multitudinárias mobilizações das massas, fica evidente que também é parceiro de Temer na finalização do "ajuste", não por acaso os governadores da Frente Popular selaram um pacto com o rentista Meirelles para arrochar o funcionalismo público. Geddel que tinha todo apoio parlamentar para continuar no cargo de "negociador geral" do governo, teme que possa cair na malha fina de Moro, afinal no governo Lula comandou as bilionárias obras de transposição do rio São Francisco, sua eventual prisão pela famigerada Lava Jato afetaria diretamente o líder maior do PT. Por outro lado para a burguesia é necessário pelo menos conceder uma trégua para que Temer aprove a PEC do " fim do mundo" e ao mesmo tempo encaminhe para a Câmara dos Deputados a draconiana reforma da previdência, esta são as duas únicas razões para que por enquanto não "estourem" mais denúncias contra sua interina gerência de crise. A cavalgada de Moro ao poder central segue lenta e segura, assim como foi a "Abertura Política" do general Golbery, os caciques tucanos cuidadosamente preservados pelo imperialismo negociam com a "República de Curitiba" uma possível composição governamental para 2018. Resta ao movimento de massas romper a orientação de passividade imposta pela política imobilista da Frente Popular e ganhar as ruas, escolas e fábricas na construção de uma verdadeira Greve Geral para ocupar de forma revolucionária o poder estatal em nosso país.
CASO CALERO: FAMIGLIA MARINHO INICIA "FRITURA" DE TEMER, MIRANDO ELEIÇÃO INDIRETA DE MORO PELO CONGRESSO EM 2017

O diplomata do Itamaraty Marcelo Calero resolveu "soltar a língua", não só pediu sua demissão do Ministério da Cultura como também decidiu sair atirando não só contra o "percevejo" Geddel mas frontalmente contra o chefe do gabinete golpista, Michel Temer. A "ousadia" de Calero não se limitou a relatar para a mídia as ameaças sofridas em razão de sua decisão de não "liberar" a construção do espigão em Salvador, o ex-ministro chegou a gravar a chantagem realizada contra ele pelo próprio Temer, e agora prestes a ser divulgada em "exclusividade" pela Rede Globo. Somente os muito ingênuos podem acreditar que a súbita coragem do "coxinha" Calero seja fruto de uma tardia autocrítica por integrar um governo de bandidos. É óbvio que a movimentação política de Calero está sendo manietada por interesses em desestabilizar o governo golpista de conjunto e não apenas pela presão na saída do "percevejo do gabinete" Geddel. Nesta conjuntura também está absolutamente cristalino que a inoperante Frente Popular não aposta uma única ficha política na derrubada de Temer. Resta então abstrair uma conclusão que salta aos olhos e que a esquerda reformista faz questão de subestimar, a "República de Curitiba" representa hoje uma alternativa de poder real bem mais a direita do que a máfia peemedebista. Como apêndice de Moro e sua reacionária anturrage judiciária, a famiglia Marinho estimulou Calero para a gravar "ilegalmente" a conversa com Temer, pressionando o Ministério Público a apresentar denúncia formal contra o presidente golpista. O objetivo bem definido da "cilada" armada contra Temer é forçar a cassação do governo pelo STF ainda no curso de 2017, o que constitucionalmente desembocaria na convocação de uma nova eleição indireta, restrita ao Congresso Nacional convertido em Colégio Eleitoral. Neste cenário o "justiceiro" Moro (como qualquer outro cidadão brasileiro) poderia ser candidato, mas sufragado apenas por parlamentares em vigência do mandato. Se o golpe parlamentar contra Dilma teve como objetivo levar a frente de forma mais célere as reformas neoliberais exigidas pelo imperialismo, o impasse de Temer em finalizar o "trabalho sujo" o condena a ter o mesmo destino da presidenta neopetista. A famigerada Lava Jato que já co-governa o país, pretende não só impulsionar sua pauta de supressão das garantias democráticas (os tais 10 pontos contra a corrupção), como também liquidar as atuais reservas de mercado abrindo totalmente a economia nacional para os trustes imperialistas. Veremos nos próximos dias um governo golpista nas cordas por uma articulação política diretamente orientada pelas mesmas forças que encestaram o regime militar, agora sob o protagonismo da direita togada no lugar dos velhos coronéis. Seria cômico se não fosse trágico para o movimento de massas o pedido de impeachment de Temer feito pelo senador Lindberg Farias logo após as denúncias de Calero, os petistas ainda acreditam que a quadrilha do PMDB/DEM que domina o Congresso irá sacrificar o chefe por uma simples iniciativa parlamentar da esquerda reformista. Enquanto a crise do regime se aprofunda com uma vertente fascista no horizonte próximo, por sua vez o PSOL pede uma vaga de reboque no "trem" reacionário do Moro, que tem destino final no Palácio do Planalto. O movimento operário deve construir seu projeto de poder revolucionário antes que este desastre político seja consumado!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

GOVERNADORES DO PT/PC DO B FAZEM PACTO COM O GOLPISTA TEMER/MEIRELLES EM APOIO AO DRACONIANO AJUSTE NEOLIBERAL: CAI A MÁSCARA DA FRENTE POPULAR EM SUA DEMAGOGIA CONTRA A PEC 241/55

O apoio dos governadores do PT e PCdoB ao draconiano pacote de ajuste fiscal celebrado entre a União e os estados nesta semana (22.11) deixa claro que a Frente Popular é favorável aos duros ataques promovidos pelo golpista Temer contra os trabalhadores. Em troca de receberem R$ 5 bilhões da chamada “repatriação” todos os governadores comprometeram-se a nos próximos dois anos não darem aumento salarial aos servidores públicos, aumentar a contribuição previdenciária do funcionalismo de 11% para no mínimo 14% e a apoiar politicamente a PEC 55 (antiga 241), a famigerada Reforma da Previdência e outras medidas de ajuste, assim como emendar no mesmo sentido as previdências estaduais nas assembleias legislativas. Além de legitimar o canalha golpista, os representantes do PT e PCdoB apoiaram todas as medidas anunciadas por Meirelles, como declarou Camilo Santana, governador petista e aliado de Ciro Gomes (PDT): “Durante esta tarde, em Brasília, participamos de reunião com o presidente Michel Temer, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros. Os governadores e o Governo Federal firmaram um pacto pela austeridade e retomada do crescimento econômico. Foi criado um grupo de trabalho, formado pelos secretários de Fazenda e Secretaria do Tesouro Nacional, para elaborar uma proposta com ações favoráveis à recuperação econômica e o retorno do desenvolvimento do país” (Diário do Nordeste, 22/11). Além de Camilo estiveram presentes Fernando Pimentel (MG), Rui Costa (BA), Tião Viana (AC) e Wellington Dias (PI). Flávio Dino (PCdoB) mandou o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), representá-lo no pacto macabro contra os trabalhadores. Em nota consensual elaborada ao fim da reunião os participantes declaram “Unidade absoluta de ação da União e dos estados no ajuste fiscal proposto pelo governo federal, assim como aquelas medidas já apresentadas e outras que serão propostas sobre a reforma da previdência; 2. Que os governadores formalizarão, com número necessário de apoio de deputados federais, emenda à PEC da reforma da Previdência a ser apresentada pela União com vistas a constarem no texto as obrigações previdenciárias aplicáveis pelos estados e pelo Distrito Federal; 3. A partir desta quarta-feira (23/11), os secretários de Fazenda elaborarão, com a secretaria do Tesouro Nacional, proposta de ajuste dos estados a ser apresentada, na próxima semana, por um grupo de governadores representando as regiões, ao ministro da Fazenda, para detalhar as propostas limitadoras dos gastos nos estados; 4. O compromisso com o corte de gastos foi também acordado unanimemente entre os governos dos estados e a União”. Como se observa toda a demagogia de Lula e da direção do PT/PCdoB contra a PEC 241-55 não passa de jogo de cena visando as eleições presidenciais de 2018 já que na prática o partido apoia os ataques da dupla de canalhas Temer-Meirelles. O homem forte do gabinete “golpista” de rapineiros, Henrique Meirelles, anunciou as medidas acusando os gastos sociais como fator chave do chamado desequilíbrio fiscal. Lembremos que Meirelles é nome do círculo político de confiança íntima de Lula e foi indicado pelo ex-presidente operário para substituir o estafeta Levy quando da saída deste da equipe econômica Dilmista. Essa interseção política revela que o programa neoliberal anunciado por Temer (Reformas Previdenciária e Trabalhista), Parcerias Público-Privadas (PPP´s), privartizações e redução de gastos públicos nada mais é que a continuidade aprofundada da política de ajuste que vinha desenvolvendo o governo da ex-presidente Dilma. Como avaliamos anteriormente, a tendência hegemônica da etapa política apontava para o PT atuar como cúmplice impotente de seu próprio achacamento político, admitindo até indicar nomes de “confiança” para o novo ministério golpista, como Henrique Meirelles muito próximo as ideias de Lula para a economia nacional.  O apoio dos governadores do PT/PCdoB as duras medidas neoliberais de Temer são a prova concreta do que afirmamos. Fica claro que o PT optou por sustentar indiretamente Temer (sabendo de seu inevitável desgaste com o ápice da recessão) e aguardar que Lula vença o pleito natural de 2018. Alertamos que o sonho de Lula voltar ao Planalto em 2018 talvez se transforme no pesadelo de sua prisão pela famigerada Lava Jato. O movimento de massas deve se organizar para combater pelo seu próprio poder estatal, conquistado na via revolucionária da ação direta da classe operária. Portanto o eixo de agitação e propaganda dos Comunistas Leninistas neste período de instabilidade do regime burguês, no marco geral da ofensiva imperialista neoliberal, deve ser o da construção de uma alternativa independente do proletariado rumo ao seu próprio governo, demarcando vigorosamente com a Frente Popular e as direções sindicais, como a CUT-CTB que fazem demagogia com seus “dias de luta” enquanto os governadores do PT e o PCdoB apoiam os ataques covardes de Temer!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

PSTU ACREDITA NA “PROMESSA” DE QUE A BUROCRACIA ULTRA-PELEGA DA FORÇA SINDICAL IRÁ MOBILIZAR CONTRA TEMER NO DIA 25/11: UNIDADE COM PAULINHO NÃO SERVE PARA O PROLETARIADO DERROTAR A OFENSIVA NEOLIBERAL        


Logo após os representantes da Força Sindical (Juruna), CSB (Antonio Neto), UGT (Ricardo Patah) e Nova Central (José Calixto Ramos) participarem da reunião do “Conselhão” com o golpista Temer dando apoio não só ao governo assim como as suas reformas neoliberais, a Conlutas anunciou como uma “grande vitória” o acordo com esses ultra-pelegos para a convocação do 25/11, apresentado como um “dia nacional de luta e paralisações”. O site do PSTU declara eufórico “Centrais sindicais prometem Dia de Paralisações e Protestos em 25 de novembro” (21/11) e conclui “O dia 25 de novembro será o ponto alto da Jornada de Lutas com a participação e convocação de todas as centrais sindicais e entidades de base. A CSP-Conlutas defendeu que o acúmulo de forças e unidade são fundamentais neste momento e que a única forma de barrar os ataques promovidos pelo governo Temer é com a realização de uma grande Greve Geral”. Mas como a unidade com os traidores e o sindicalismo amarelo pode barrar os ataques de Temer?  A resposta é simples, não se trata de uma mobilização de verdade contra o governo golpista. Tanto que o mafioso Paulinho da Força, apoiador de Temer e articulador do impeachment de Dilma, ciente da inofensividade da manifestação declara seu apoio “Juntos dia 25 pelos direitos e empregos!” (site FS, 21/11).  A classe operária e a vanguarda classista não devem nutrir ilusões nesta “amplíssima” frente sindical que está fincada na conjuntura da crise capitalista para trair e não derrotar a ofensiva neoliberal do atual governo golpista de Temer.  A pauta formal que motivou a mobilização unificada da burocracia sindical foi a “oposição” as propostas que já tramitam no Congresso Nacional para liquidar as parcas conquistas e direitos que o proletariado conquistou em mais de um século de combates heroicos de classe. O governo golpista de Temer resolveu “radicalizar” as iniciativas do “ajuste” de sua antecessora, aproveitando-se da fragilidade da organização operária para superar suas velhas direções corrompidas pelo regime da democracia dos ricos. A Frente Popular em um período de recessão e crise econômica capitalista se mostrou impotente para “despejar” todo o pacote neoliberal que a burguesia exigia aplicar no país, articulado o golpe parlamentar Temer tem a função de finalizar o “trabalho sujo” mal concluído por Dilma. Fica evidente que com este “time” de pelegos amarelos de sempre e chapa branca de ontem não está planejado para o 25/11 nenhum método combativo de ação direta, como a greve geral e ocupações de fábrica, as manifestações estarão focadas na surrada pressão parlamentar e demagogia eleitoral em atos públicos nas principais cidades do Brasil. O fato concreto é que a maioria destas centrais sindicais já estão negociando na mesa do golpista Temer (vide sua participação no “Conselhão”) a “mediação” das reformas trabalhista e previdenciária, uma exigência dos rentistas internacionais. Como em um “teatro” sincronizado com atores e roteiristas a burocracia sindical ensaia uma “luta unitária” para depois entregar de “bandeira” na mesa dos patrões as conquistas operárias. A TRS /LBI vem ao conjunto do movimento de massas denunciar politicamente esta farsa de unidade sindical que nem de longe se assemelha a uma frente única operária de combate e ação direta. A presença da Conlutas (PSTU) e Intersindical (PSOL) e mesmo da CUT não muda em nada o caráter do engodo de colaboração de classes deste arremedo de união sindical, apenas legitimam a derrota que se avizinha no caso da inação política da vanguarda classista em preparar uma verdadeira greve geral. Somente com a organização independente e de base da classe operária e seus aliados históricos poderemos derrotar a dura ofensiva neoliberal, unindo sim os todos explorados com o norte programático da revolução e do socialismo! A atividade deste dia 25.11, completamente desvincula de uma organização real nas bases operárias e populares, serve apenas para demonstrar que o conjunto da burocracia sindical deseja negociar com Temer pequenos ajustes nos projetos draconianos enviados pelo Planalto ao parlamento. A Força Sindical (FS) por exemplo concorda com a elevação da idade mínima para aposentadoria desde que válida para os nascidos a partir de 2001 e junto com a UGT, Nova Central e CSB estão negociando o pacote antioperário com o governo. A CUT diz que não negocia com Temer mas durante o governo Dilma se mostrou favorável a mudanças nas regras previdenciárias. A fala de Juruna, representando da FS, revela bem o caráter canalha da atividade. Segundo ele “Essa manifestação mostra a unidade dos trabalhadores novamente. Até agora estávamos divididos entre o ‘Fora Temer’ e o ‘Fica Dilma’. Claro que todo mundo defende suas posições mas conseguimos unificar na defesa do emprego e contra a retira da direitos. O mais trágico dessa “unidade sindical” é que ela demonstra a pouca capacidade de resistência da classe trabalhadora aos ataques do governo e serve como termômetro para a patronal e seus representantes políticos avançarem ainda mais contra os direitos e conquistas. Em nome da LBI e dos sindicalistas revolucionários da TRS nos opomos que as lutas deste mês de novembro tenham um eixo político de apenas pressionar o parlamento burguês. Nosso método é preparar a Greve Geral, nossa estratégia é construir o poder dos trabalhadores, nesse caminho a luta para derrotar o governo Temer deve ser a ação direta e revolucionária, nunca uma alternativa nos marcos das apodrecidas instituições burguesas. Da parte da TRS-LBI interviremos nos atos do dia 25 para alavancar a luta direta rumo a Greve Geral mas ao mesmo tempo denunciamos a política distracionista das burocracias sindicais e apontamos que é necessário organizar as mobilizações desde as bases das categorias, com assembleias e discussões nos locais de trabalho e estudo!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

FECHAMENTO DE AGÊNCIAS E DEMISSÕES NO BB: POR UM ENCONTRO NACIONAL DE BASE PARA PREPARAR A GREVE NACIONAL BANCÁRIA CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO GOLPISTA DE TEMER!

A direção do Banco do Brasil anunciou no último domingo (20/11) um plano de reestruturação de agências e de pessoal que prevê o fechamento de 31 superintendências regionais e 402 agências, a transformação de outras 379 agências em postos de atendimento bancário, a redução de jornada de trabalho para parte do quadro pessoal, lançamento de um plano extraordinário de incentivo à aposentadoria (Peai) para tensionar a saída de, pelo menos, 9.300 bancários dos 18 mil funcionários que estão na condição de aderir ao plano. A justificativa desse ataque do governo golpista de Temer é, sob o pretexto de “racionalizar os recursos”, economizar cerca de R$ 750 milhões de gastos do banco, sendo R$ 450 milhões com a nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de outras despesas, além dos R$ 2,9 bilhões por ano com as 9 mil aposentadorias pretendidas pelo governo. Também, combinado com essas medidas a serviço do mercado, o Presidente do BB, Paulo Caffarelli, pretende intensificar o atendimento digital, isto é, restringir o acesso às unidades por parte dos clientes e usuários, jogando a clientela de baixa renda para o atendimento terceirizado de correspondentes bancários. Os funcionários sofrerão com a redução salarial, transferências arbitrárias, aposentadorias forçadas, perda de funções, mais assédio institucionalizado, etc. Evidentemente, essa reestruturação do BB é parte da política do governo de desmonte e privatização das estatais como a Petrobrás e a Caixa Econômica Federal, cujo presidente Gilberto Occhi, já aventou a possibilidade de fechar agências deficitárias e fazer um programa de apoio à aposentadoria. Portanto, esse pacote ocorre no momento de profunda ofensiva do governo golpista de colocar sobre as costas dos trabalhadores o ônus da crise capitalista, enfiando goela baixo a PEC 55, as reformas previdenciária e trabalhista, o arrocho salarial, etc. No entanto, frente a essa situação, a burocracia sindical da CUT/CTB, depois de derrotar a campanha salarial dos bancários, impondo um acordo bianual e um reajuste de apenas 8%, bem abaixo da inflação, continua paralisada e comprometida com a estabilidade do regime. Atua como guardiã dos interesses patronais e resigna-se a apenas reclamar que a direção do BB não negociou o pacote com as entidades sindicais, além de apresentar soluções palatáveis ao mercado como “a redução da taxa Selic, a utilização dos bancos públicos para rebaixar o spread bancário e elevar o crédito, a liberação de depósitos compulsórios com garantia de aplicação em áreas prioritárias”.
LAVA JATO “SACRIFICA” CABRAL LIVRANDO O GOVERNO PEZÃO PARA APLICAR O AJUSTE CONTRA O FUNCIONALISMO E CONTINUAR A CHACINA CONTRA O POVO POBRE E NEGRO

Um "sacrifício" político foi necessário no interior do bando mafioso que governa o Rio de Janeiro há mais de dez anos, estamos falando é claro da prisão de Sérgio Cabral, que com a ajuda da Lava Jato tenta livrar o governador Pezão para conseguir aprovar o covarde ajuste neoliberal nas costas dos trabalhadores do estado. Todos no Rio sabem que Pezão era uma peça chave no governo do seu chefe Cabral, o atual governador era nada menos que o Secretário de Obras encarregado de estipular o valor das "comissões" (propinas) em cada um dos empreendimentos executados pelas empreiteiras no estado. Porém na decisão do juiz Moro de mandar prender o " chefe" Cabral e parte de sua gangue , simplesmente ignorou todas as denúncias e "delações" feitas contra o governador Pezão, a razão do "justiceiro" parece bastante óbvia, é necessário concluir o ajuste neoliberal que descarrega nas costas do funcionalismo público a conta da crise financeira do estado fluminense provocada pela "farra" da máfia peemedebista. O empenho político de Cabral para eleger o "simplório" afilhado Pezão ao governo em 2014 foi algo inédito, o então governador renunciou até o mandato para assegurar uma difícil vitória do PMDB contra os candidatos Garotinho(PR) e Crivella (PRB). Nesta época a gangue de Cabral deliberou apoiar simultaneamente duas candidaturas ao Planalto, tanto Dilma como Aécio Neves receberam votos da ampla coligação que triunfou com Pezão em 2014. Entretanto mesmo formalmente fora do governo, Cabral continuou a exercer o comando do PMDB, convertendo o escritório de advocacia de sua esposa como o caixa da gangue que arrecadava milhões em "comissões" de grandes empresas sediadas no Rio, principalmente as empreiteiras. A "farra" das grandes obras teve plena continuidade nos governos da dupla Pezão e Paes (prefeitura), mesmo quando o estado foi atingindo com a brusca redução dos royalties do Pré Sal originários da Petrobras. Mas como diz o ditado popular "o que já estava ruim sempre pode ficar pior" e o desmonte da maior estatal do país pela famigerada Lava Jato levou o colapso financeiro para o Rio, tendo o estado fluminense como principal palco de operações econômicas da Petrobras. Os patifes da Lava Jato, atuando como agentes diretos de companhias multinacionais do setor energético, suspenderam a construção do complexo petroquímico de Campos (Comperj), que além de trazer desemprego para milhares de operários gerou um enorme prejuízo para o desenvolvimento econômico do Rio e do Brasil. Não "contentes" com a destruição das refinarias e seu polo industrial, a turma do Moro também inviabilizou a retomada dos estaleiros nacionais que tinham iniciado a fabricação de plataformas e grandes navios para Petrobras, substituindo desta forma às importações deste setor estratégico para o país. Toda a patifaria pró-imperialista da Lava Jato foi feita é claro em nome do "combate à corrupção", com o aval da mídia "murdochiana" e da famiglia Marinho. Colapsado o Rio, somente agora a Lava Jato percebeu que Sérgio Cabral era o "capo" de um bilionário esquema mafioso, "apenas" deixando de fora das grades seu atual operador: o governador Pezão. A manobra distracionista de Moro tenta dar fôlego político a Pezão para finalizar o "trabalho sujo" e ao mesmo tempo semear um novo "centro de poder" no Rio, eliminando Garotinho e Cabral da próxima disputa ao Palácio Guanabara. É necessário que o movimento de massas não conceda nenhuma trégua ao corrupto Pezão, escandalosamente inocentado pela "República de Curitiba", somente idiotas úteis como o PSTU podem acreditar nas "puras"intenções de Moro. Enquanto recebe o indulto da Lava Jato, Pezão e sua polícia assassina continua a praticar chacinas contra a população pobre e negra da periferia carioca, desgraçadamente um setor da esquerda continua apoiando as reivindicações das sinistras corporações da (in)segurança pública. Só pode haver um único caminho para a vitória das corajosas lutas contra o ajuste da máfia peemedebista no Rio, a trilha da independência de classe em relação aos embustes reacionários que tentam desviar a radicalidade do movimento de massas. Nem trégua, nem CPI's, o norte político dos trabalhadores deve ser a preparação da Greve Geral!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

HÁ TRÊS ANOS DAS PRIMEIRAS PRISÕES DE DIRIGENTES DO PT SOB AS ORDENS DE JOAQUIM BARBOSA (STF): UM PEQUENO BALANÇO DA COMPLETA FARSA DA OPERAÇÃO "MENSALÃO" MÃE DA FAMIGERADA "LAVA JATO", EM UM ARTIGO HISTÓRICO DA LBI PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2013 QUANDO TODA A "ESQUERDA"  REVISIONISTA VIBRAVA COM A "CAÇADA" PROMOVIDA PELA DIREITA JUDICIÁRIA

DIRCEU, GENOINO E DELÚBIO: POLÍTICOS PRESOS OU PRESOS POLÍTICOS, UMA POLÊMICA COM A ESQUERDA REVISIONISTA

Passada a primeira fase do sinistro êxtase da mídia capitalista com a espetaculosa prisão dos dirigentes petistas em pleno feriado de 15 de novembro, antes mesmo do julgamento final pelo STF de todos os recursos dos réus da Ação Penal 470 (conhecida como “Mensalão”), o movimento de esquerda foi cortado por duas posições antagonicamente frontais diante dos graves acontecimentos que envolveram a condenação dos fundadores do PT pela corte máxima da justiça burguesa no país. Os ex-dirigentes da corrente petista “Articulação” seriam ou não presos políticos em função do caráter das acusações que lhes foram imputadas? Como reconheceram publicamente a prática de “caixa 2”, obtendo recursos para o PT originários de comissões obtidas de grandes empresas “fornecedoras” de bens e serviços para o Estado capitalista, não seria o caso de serem qualificados simplesmente de “políticos presos”? Seria mesmo o caso de levantar a defesa da liberdade destes militantes “chapa branca” que se entregaram sem a menor resistência e luta diante da ofensiva reacionária de uma justiça patronal que vem criminalizando cada vez mais os lutadores sociais? A esquerda revisionista respondeu estas questões afirmando equivocadamente que: “Não estamos frente a presos e perseguidos políticos. Estamos frente a dirigentes que aproveitaram os cargos de governo que ocupavam para fazer corrupção com dinheiro público” (Uma opinião sobre julgamento do Mensalão e a prisão dos dirigentes do PT, Zé Maria presidente do PSTU, 20/11). Deixando de lado a pretensa “aula” de moralidade burguesa, como se o dinheiro do Estado capitalista em algum momento fosse “público”, o dirigente do PSTU foi obrigado a reconhecer que: “Em segundo lugar, quero dizer que é preciso, sim, combater a hipocrisia e o caráter político do judiciário brasileiro, do Supremo Tribunal Federal (STF) em particular. Visto sob o prisma da sociedade de classes em que vivemos, os tribunais brasileiros, inclusive o STF, são sim um tribunal de exceção” (idem). Ou seja, mesmo admitindo que a prisão dos “mensaleiros” petistas esteve diretamente relacionada com uma disputa intestina das frações burguesas pelo controle do botim estatal, não se pode negar que a condenação e posterior prisão de Dirceu e C&A teve um caráter eminentemente político! É a mais absoluta verdade afirmar que os dirigentes do PT em 2005, quando estourou o escândalo do “Mensalão”, não estavam empreendendo nenhum combate anticapitalista, pelo contrário estavam tratando de ampliar a base parlamentar de apoio ao governo neomonetarista de Lula com a grana recolhida das corporações empresariais que estabelecem negócios com o Estado (indutor da economia no regime capitalista), o “pequeno detalhe” é que isto nunca foi crime na história constitucional de nossa república! A principal acusação da Ação Penal 470 é simplesmente hilária... Dirceu e Genoino estariam pagando deputados ultraconservadores (partidos de centro-direita) para votar a favor da reforma neoliberal da previdência, como se esta escória parlamentar precisasse de algum suborno para votar uma matéria recomendada pelo FMI e os rentistas nacionais. Como o STF, pelo seu caráter de classe, está impedido juridicamente de “abolir” os mecanismos do funcionamento da economia capitalista (tarefa histórica para um partido revolucionário), chegamos a única conclusão possível: a condenação dos dirigentes petistas nada teve a ver com a quebra das normas legais vigentes (recebimento “informal” de comissões financeiras de grupos econômicos privados), foi produto de uma “purga” política da burguesia operada pelas mãos do STF. Quando sustentamos o conteúdo político das prisões “decretadas” monocraticamente pelo novo herói da mídia “murdochiana”, Joaquim Barbosa, não estamos afirmando que Dirceu, Genoino e Delúbio são “mártires” da luta proletária e popular, apenas foram alvo da ofensiva reacionária da burguesia contra setores do PT, como parte de uma escalada antidemocrática do regime que objetiva retirar direitos e garantias constitucionais do conjunto das tendências da esquerda brasileira, desde a socialdemocracia “reformista”, passando pelos ativistas anarquistas até os setores revolucionários do Marxismo-Leninismo.

domingo, 20 de novembro de 2016

20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA: LUTAR CONTRA O RACISMO É LUTAR CONTRA O CAPITALISMO! PROLETÁRIOS DE TODO MUNDO, UNÍ-VOS! CONSTRUIR AS MILÍCIAS DE AUTODEFESA CONTRA OS FASCISTAS!  


A população pobre e trabalhadora negra está entre a maioria dos presos, dos explorados, dos desempregados, dos analfabetos, dos que têm sua religiosidade perseguida, dos que são assassinados por grupos de extermínio e dos que possuem o salário médio mais baixo dentre todos os setores da sociedade brasileira. Não por acaso, a mesma acumulação originária do capitalismo que aprisionou o negro na África e o escravizou no Brasil, joga-o nas favelas e cortiços das cidades, explorando-o nas indústrias, utilizando-o como exército de reserva para pagar menores salários. Não por acaso a decisão de “libertar os escravos” no 13 de Maio de 1888 não passou de uma formalidade baseada em uma necessidade econômica capitalista, que manteve a terra nas mãos dos grandes proprietários que conseguiram mão de obra assalariada barata face à inexistência para o escravo de uma opção que não fosse vender sua força de trabalho aos antigos senhores. Hoje, como ontem, os trabalhadores negros continuam lutando ao lado de seus irmãos de classe pela verdadeira abolição da escravidão, que só pode vir pela liquidação do modo de produção capitalista e não pela via de sórdidas campanhas hipócritas patrocinadas pela classe dominante e suas abjetas celebridades. Para o capital é necessário que o racismo continue existindo para justificar a desvalorização extremamente lucrativa para o capitalista da força de trabalho negra e parda. Basta verificar que hoje no Brasil o salário dos negros e pardos é metade ou 60% do salário médio pago aos brancos. Isto não é um mero produto de resquícios dos preconceitos escravistas ainda presentes na mentalidade das pessoas. Essa profunda precarização das condições de vida da maioria da população pobre e negra, maquiada pelas pesquisas dos institutos oficiais e ONGs, é o fruto atual da bárbara recolonização imperialista no Brasil. Esta luta não diz respeito somente ao povo pobre e trabalhador negro, ela deve ser tomada por todo o proletariado, que aprendendo com a luta de Zumbi, deve lutar conseqüentemente por construir um instrumento capaz de conduzir a luta anti-racial e a quebra de todos os grilhões capitalistas, o partido revolucionário trotskista que deverá elevar o combate consciente da luta de toda a classe oprimida por varrer da face da Terra toda opressão e exploração imposta pelo imperialismo rumo à construção do socialismo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

LEIA A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 316 – 1ª QUINZENA DE NOVEMBRO/2016


EDITORIAL
As duas faces da ofensiva do imperialismo: Reformas Neoliberais e Operação Lava Jato. Construir a Greve Geral para derrotar o regime golpista burguês de Exceção!

CABRAL E GAROTINHO PRESOS
Ofensiva do Judiciário no RJ favorece a marcha da Universal agora rumo ao governo do Estado

FASCISTAS INVADEM CÂMARA DOS DEPUTADOS AOS GRITOS DE “VIVA SÉRGIO MORO!”
Nossa resposta deve ser: derrotar na luta direta a farsesca “Operação Lava Jato” e os ataques do golpista Temer!

OS “MORONISTAS” DO PSTU
Em defesa descarada da farsesca Operação Lava Jato

UM GIRO À DIREITA NO PAÍS COM A LIDERANÇA DO KAISER TUCANO ALCKMIN EM “DISPUTA” COM A CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍTICA DO JUSTICEIRO MORO
Quem encabeçará o próximo governo bonapartista?

ONTEM O CORAJOSO HERÓI DA LUTA CONTRA O GOLPE, HOJE UMA AMEAÇA A HEGEMONIA DA LIDERANÇA DE LULA
Ciro, o Neocoronel que sonha em ocupar o Planalto

UM PRIMEIRO BALANÇO ELEITORAL
PT carimba seu passaporte de retrocesso rumo ao “exílio estatal”, PSOL mesmo aliado a Globo e latifúndio fracassa na tentativa da “terceira via” do capital. Voto Nulo mantém crescimento de rejeição a democracia dos ricos!

BALANÇO DO 11/11
Sem paralisações e deslocado da luta das ocupações estudantis

“11 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DE GREVE”?
Por uma verdadeira paralisação nacional construída desde as bases para derrotar os ataques do golpista Temer, Judiciário e patrões!

ALERJ OCUPADA POR ENTIDADES DE POLICIAIS
Nenhum apoio às manifestações reacionárias do braço armado da burguesia! Mobilizar os trabalhadores para derrotar Pezão e seu pacote de maldades de forma independente dos agentes da repressão!

ENQUANTO A POLÍCIA ASSASSINA REPRIME COVARDEMENTE O MST, O GRUPO “MAIS” (Prof. VALÉRIO) PRESTA SOLIDARIEDADE A “GREVE” FASCISTA DOS POLICIAIS DO CEARÁ
Nenhum apoio às reivindicações reacionárias do braço armado do capital!

POLÍCIA DO KAISER ALCKMIN INVADE ESCOLA NACIONAL DO MST
Organizar as milícias de autodefesa contra a polícia assassina e as hordas fascistas!

ATO NACIONAL EM SOLIDARIEDADE AO MST!
LBI faz chamado pela construção de milícias de autodefesa!

OCUPAÇÕES ESTUDANTIS
Organizar o encontro nacional das escolas ocupadas rumo à Greve da Educação!

ATAQUE GERAL AOS TRABALHADORES
STF decide cortar salários dos servidores em greve, golpista Temer aplaude... Mais um passo rumo ao Estado de Exceção pavimentado pela política anti-operária dos governos Lula-Dilma!

BRUTAL ATAQUE AOS TRABALHADORES INATIVOS
STF cassa direito de revisão salarial da aposentadoria (Desaposentação), a pedido...do governo Dilma

103 ANOS DO NASCIMENTO DE VINÍCIUS DE MORAES
O poetinha de todos os “vícios”

VITAL FARIAS
Ex-candidato a senador pelo PCB/PB quis transformar show “Cantoria” em comício em apoio a farsa da Lava Jato e ao fascista Moro!

HÁ UM ANO DA TRAGÉDIA DE MARIANA
Temer reúne-se com a Samarco no Palácio do Planalto... Agonizante governador Pimentel (PT) foi avalizar negociata milionária entre o golpista e a mineradora assassina!

“BATALHA DE MOSSUL”: REDUTO DOS “REBELDES” TEM ARMAS DOS EUA...
Trotskistas revolucionários lutam pela derrota do EI no curso da expulsão do imperialismo ianque de toda região árabe

REELEIÇÃO DE DANIEL ORTEGA
FSLN mantém-se no comando de um dócil governo da centro-esquerda burguesa

“NOVO ACORDO” ENTRE AS FARC E SANTOS
Humilhante rendição recrudesce perseguição à guerrilha em sua integração ao regime da democracia dos ricos na Colômbia

BERNIE SANDERS AFIRMA QUE IRÁ COLABORAR COM TRUMP
Outra máscara “socialista” que caiu em defesa do imperialismo ianque

POR IRONIA DA HISTÓRIA...
Colégio Eleitoral da fraude garantirá posse de Trump

RECHAÇO POPULAR A SENHORA DA GUERRA SUPERA A FRAUDE PREPARADA
Vitória inesperada a Trump