GLOBO DEMITE "PERCEVEJO", O CAPO TEMER É O PRÓXIMO
DA LISTA NEGRA DOS MARINHO
A renúncia do "percevejo de gabinete", Geddel
Vieira, já era esperada apesar do amplo apoio parlamentar recebido pelo ex-anão
do orçamento que também "passeou" tranquilamente nos governos Lula e
Dilma. A poderosa Rede Globo preparou profissionalmente a demissão de Geddel no
exato momento que deu cobertura midiática necessária as ações do "serial
killer" Marcelo Calero. Porém o objetivo central da famiglia Marinho
obviamente não é eliminar a hiena Geddel, como braço midiático da operação Lava
Jato a Globo pretende dar passagem a um novo governo que esteja em sintonia
perfeita com seus amos de Washington, sem o assédio dos ratos de Brasília
alojados no mafioso PMDB. Para redirecionar a economia brasileira no rumo de
uma franquia dos oligopólios imperialistas é necessário um poder estatal
"acima de qualquer suspeita" (a falsa ética dos picaretas togados) e
logicamente este não é o caso do governo golpista de plantão. Temer não oferece
sequer as condições básicas de estabilidade para concluir as reformas neoliberais
iniciadas pela neopetista Dilma. A cabeça de Temer já foi encomendada pelo
justiceiro Moro, trata-se apenas de uma questão de tempo para sua queda, mas
neste interregno outros membros do gabinete golpista serão sacrificados, o
próximo da lista negra chama-se Moreira Franco ou o "gato angorá" como
costumava chamar o ex-governador Leonel Brizola. A Frente Popular que ainda crê
que a matilha do Congresso Nacional possa lhe restituir o Palácio do Planalto
segue desmontado toda mobilização popular de massas que ameace a estabilidade
do governo golpista, desmarcaram inclusive o grande ato de rua em São Paulo no
próximo domingo (27/11) alegando estupidamente cancelamento na agenda de suas
lideranças. Se em meio a maior crise política dos seis meses do mandato golpista
o PT prefere apostar suas fichas no lobby parlamentar, ao invés de impulsionar
a greve geral e as multitudinárias mobilizações das massas, fica evidente que
também é parceiro de Temer na finalização do "ajuste", não por acaso
os governadores da Frente Popular selaram um pacto com o rentista Meirelles
para arrochar o funcionalismo público. Geddel que tinha todo apoio parlamentar
para continuar no cargo de "negociador geral" do governo, teme que
possa cair na malha fina de Moro, afinal no governo Lula comandou as
bilionárias obras de transposição do rio São Francisco, sua eventual prisão
pela famigerada Lava Jato afetaria diretamente o líder maior do PT. Por outro
lado para a burguesia é necessário pelo menos conceder uma trégua para que
Temer aprove a PEC do " fim do mundo" e ao mesmo tempo encaminhe para
a Câmara dos Deputados a draconiana reforma da previdência, esta são as duas
únicas razões para que por enquanto não "estourem" mais denúncias
contra sua interina gerência de crise. A cavalgada de Moro ao poder central
segue lenta e segura, assim como foi a "Abertura Política" do general
Golbery, os caciques tucanos cuidadosamente preservados pelo imperialismo
negociam com a "República de Curitiba" uma possível composição
governamental para 2018. Resta ao movimento de massas romper a orientação de
passividade imposta pela política imobilista da Frente Popular e ganhar as
ruas, escolas e fábricas na construção de uma verdadeira Greve Geral para
ocupar de forma revolucionária o poder estatal em nosso país.