FECHAMENTO DE AGÊNCIAS E DEMISSÕES NO BB: POR UM ENCONTRO
NACIONAL DE BASE PARA PREPARAR A GREVE NACIONAL BANCÁRIA CONTRA OS ATAQUES DO
GOVERNO GOLPISTA DE TEMER!
A direção do Banco do Brasil
anunciou no último domingo (20/11) um plano de reestruturação de agências e de
pessoal que prevê o fechamento de 31 superintendências regionais e 402
agências, a transformação de outras 379 agências em postos de atendimento
bancário, a redução de jornada de trabalho para parte do quadro pessoal,
lançamento de um plano extraordinário de incentivo à aposentadoria (Peai) para
tensionar a saída de, pelo menos, 9.300 bancários dos 18 mil funcionários que
estão na condição de aderir ao plano. A justificativa desse ataque do governo
golpista de Temer é, sob o pretexto de “racionalizar os recursos”, economizar
cerca de R$ 750 milhões de gastos do banco, sendo R$ 450 milhões com a nova
estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de outras despesas, além
dos R$ 2,9 bilhões por ano com as 9 mil aposentadorias pretendidas pelo
governo. Também, combinado com essas medidas a serviço do mercado, o Presidente
do BB, Paulo Caffarelli, pretende intensificar o atendimento digital, isto é,
restringir o acesso às unidades por parte dos clientes e usuários, jogando a
clientela de baixa renda para o atendimento terceirizado de correspondentes
bancários. Os funcionários sofrerão com a redução salarial, transferências
arbitrárias, aposentadorias forçadas, perda de funções, mais assédio
institucionalizado, etc. Evidentemente, essa reestruturação do BB é parte da política
do governo de desmonte e privatização das estatais como a Petrobrás e a Caixa
Econômica Federal, cujo presidente Gilberto Occhi, já aventou a possibilidade
de fechar agências deficitárias e fazer um programa de apoio à aposentadoria.
Portanto, esse pacote ocorre no momento de profunda ofensiva do governo
golpista de colocar sobre as costas dos trabalhadores o ônus da crise
capitalista, enfiando goela baixo a PEC 55, as reformas previdenciária e
trabalhista, o arrocho salarial, etc. No entanto, frente a essa situação, a
burocracia sindical da CUT/CTB, depois de derrotar a campanha salarial dos
bancários, impondo um acordo bianual e um reajuste de apenas 8%, bem abaixo da
inflação, continua paralisada e comprometida com a estabilidade do regime. Atua
como guardiã dos interesses patronais e resigna-se a apenas reclamar que a
direção do BB não negociou o pacote com as entidades sindicais, além de apresentar
soluções palatáveis ao mercado como “a redução da taxa Selic, a utilização dos
bancos públicos para rebaixar o spread bancário e elevar o crédito, a liberação
de depósitos compulsórios com garantia de aplicação em áreas prioritárias”.
É preciso defender a reivindicação histórica dos
trabalhadores que a burocracia tratou de enterrar, mas tem se mostrado muito
atual: a defesa dos bancos públicos a partir da estatização sob controle dos
trabalhadores. Afinal, as crises, os desmandos administrativos, os escândalos
de corrupção, as perseguições políticas, o assédio moral, falta de isonomia, os
pacotes privatizantes, os subsídios e financiamentos ao capital apenas
expressam o verdadeiro “papel social” dos bancos públicos que é beneficiar e
financiar o grande capital, às custas dos interesses da classe trabalhadora.
Diferentemente do que diz a burocracia, se é público não é de todos, é deles!
Um exemplo claro da farsa do papel social do BB é o financiamento de grandes
empresas como a OI que, inadimplente e em recuperação judicial, deve ao BB
cerca de R$ 4,4 bilhões. É necessário, portanto, unificar as lutas sob uma política
de independência de classe que centralize o combate através dos métodos de ação
direta das massas como passeatas, greve, ocupações, piquetes, etc., em
detrimento das paralisações midiáticas e dispersas.
Nesse sentido, nós da TRS/LBI que impulsionamos o MOB (Movimento de Oposição Bancária) chamamos a vanguarda classista a construir um pólo alternativo de direção revolucionária que tenha como eixo o combate de classe ao governo golpista de Temer e a defesa de um programa operário e classista, capaz de orientar politicamente os próximos e duros combates contra a ofensiva patronal.
Nesse sentido, nós da TRS/LBI que impulsionamos o MOB (Movimento de Oposição Bancária) chamamos a vanguarda classista a construir um pólo alternativo de direção revolucionária que tenha como eixo o combate de classe ao governo golpista de Temer e a defesa de um programa operário e classista, capaz de orientar politicamente os próximos e duros combates contra a ofensiva patronal.