HÁ UM ANO DA TRAGÉDIA DE MARIANA: TEMER REÚNE-SE COM A
SAMARCO NO PALÁCIO DO PLANALTO... AGONIZANTE GOVERNADOR PIMENTEL (PT) FOI AVALIZAR NEGOCIATA MILIONÁRIA ENTRE O GOLPISTA E A MINERADORA ASSASSINA!
Em um escárnio completo às vítimas da tragédia de
Mariana (MG) e a destruição gigantesca do meio ambiente, que não foram reparadas pela
Vale, Samarco e a multinacional BHP, o golpista Temer e sua máfia neoliberal reuniu-se com os
representantes das empresas para “comemorar” as supostas medidas tomadas pelos grupos
capitalistas. Na claque para aplaudir a farsa estava o agonizante governador de
Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, que perseguido pela Operação Acrônimo
esqueceu a denúncia do “Golpe de Estado”, já se encontrou antes reservadamente
com o canalha Temer e declarou apoio a Reforma da Previdência. Desta vez o
governador do PT foi tratar de negócios no Palácio do Planalto. Desta forma,
como denunciamos em 2015, mantém a conivência histórica dos governos burgueses,
incluindo o PT, com as empresas mineradoras que rapinam as riquezas
nacionais. O encontro desta quinta-feira durou quase duas horas. Para a “alegria” de todos os picaretas
presentes, “a Samarco informou que está atuando na construção de novas
barragens e diques, na retirada de rejeitos do reservatório da Usina de
Candonga e na recuperação de afluentes da Bacia do Rio Doce. A empresa disse,
ainda, que entregou 131 imóveis aos moradores no município do Barra Longa. Ao
todo, foram gastos nas ações R$ 1,1 bilhão” (O Globo, 03.11). Como se observa trata-se de uma
operação midiática para preservar a Vale e a BHP, controladoras da Samarco, em
um acordo entre o golpista, o governador do PT e empresa, que tem como pano de
fundo um negócio milionário. Em 02 de março deste ano, a União e os governos de
Minas Gerais e do Espírito Santo assinaram um acordo com Samarco, Vale e BHP
Billiton para a “recuperação social, ambiental e econômica das regiões
atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. O acordo definia a criação de
uma fundação de direito privada que seria responsável pela execução de cerca de
40 programas de reparação. A Samarco repassaria à Fundação R$ 4,4 bilhões nos
três primeiros anos para custear os projetos e, a partir de 2019, as
contribuições anuais para a Fundação seriam definidas de acordo com a previsão
de execução anual dos projetos. Em 2019, 2020 e 2021, os valores anuais para
essas contribuições ficariam entre R$ 800 milhões e R$ 1,6 bilhão. E também
havia ficado definido que, nos próximos 15 anos, seriam aplicados R$ 240
milhões por ano para ações compensatórias”. Em resumo, uma fundação privada
ligada a empresa controla as verbas indenizatórias e de suposta recuperação ambiental,
em uma grande negociata pelas costas dos trabalhadores e moradores, as 19
vítimas oficiais mortas diretas da tragédia!!! Não por acaso, estavam presentes
na reunião o presidente da Vale, Murilo Ferreira, o diretor nacional da BPH
Billiton, Flávio Bulcão, assim como o presidente da Fundação Renova, Roberto
Waack. O mais escandaloso é que em troca de receber sua “comissão” nesse
negócio Pimentel autorizou a doação de mais terras para a Samarco agora no mês
de setembro: “Proprietários de terras localizadas perto da barragem de Fundão, pertencente
à Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, em Mariana, na Região
Central de Minas Gerais, serão obrigados a ceder seus terrenos para a
construção do dique S4, estrutura que, segundo a mineradora, evitaria novo
carreamento de rejeitos no período chuvoso. A requisição administrativa de 56
hectares pertencentes a 55 proprietários foi autorizada pelo governador
Fernando Pimentel (PT) através de um decreto publicado nesta quarta-feira (21)
pelo Diário Oficial de Minas Gerais. O prazo de vigência desta medida
interventiva é de três anos” (G1, 21.09). De acordo com o decreto assinado pelo
governador, “as empresas Samarco Mineração S/A, Vale S/A e BHP Billiton Brasil
Ltda responsabilizam-se pelo custeio das indenizações referidas e pelo ressarcimento
ao estado de todo e qualquer custo decorrente da requisição administrativa”. No
entanto, o documento não descreve qual seria o valor a ser pago aos
proprietários das terras ou prazo para que isso seja feito. Registre-se que em maio a obra havia
sido embargada porque a Samarco foi flagrada pela Polícia de Meio Ambiente
desmatando cerca de 1,3 km² de mata atlântica. Boa parte da madeira já estava
cortada e amontoada à beira de um barranco. Além disso, os policiais
verificaram que um trecho do córrego Santarém tinha sido aterrado. Na época, a
mineradora também havia sido acusada de invadir propriedade privada. A posição
do moribundo Pimentel - que devido a Operação Acrônimo deve ser obrigado a ceder
lugar a um vice do PMDB no governo de Minas em um “Golpe Institucional” via o
parlamento local aos moldes do imposto a Dilma - demonstra a conivência das
gerências do PT com as grandes mineradoras, além de não dar qualquer
importância a demagogia de seu partido sobre o “Golpe de Estado” optando por
negociar nos bastidores um acordo podre com Temer. É preciso uma apuração que
seja independente das mineradoras e dos governos burgueses do PT e do PSDB que
estão a serviço do lucro dessas empresas, a punição dos alto-executivos da
empresa responsáveis pela não desativação das represas, assim como o confisco
dos bens da Samarco para que todo ele seja revertido no atendimento da
população, familiares e a reconstrução da região devastada pela sede de lucro
das mineradoras! Em oposição a esse acordo podre celebrado por Temer e Pimentel
defendemos a reestatização da Vale do Rio Doce sem indenização assim como a
exploração das riquezas nacionais sobre o controle dos trabalhadores. A parte
da Samarco que pertence a multinacional australiana BHP deve ser nacionalizada,
seus bens confiscados e seus lucros retidos a fim de serem revertidos para
pagar as indenizações aos trabalhadores, moradores e o conjunto da população
dos municípios atingidos pela lama tóxica da extração de minério de ferro!