GOVERNADORES DO PT/PC DO B FAZEM PACTO COM O GOLPISTA
TEMER/MEIRELLES EM APOIO AO DRACONIANO AJUSTE NEOLIBERAL: CAI A MÁSCARA DA
FRENTE POPULAR EM SUA DEMAGOGIA CONTRA A PEC 241/55
O apoio dos governadores do PT e PCdoB ao draconiano pacote
de ajuste fiscal celebrado entre a União e os estados nesta semana (22.11)
deixa claro que a Frente Popular é favorável aos duros ataques promovidos pelo
golpista Temer contra os trabalhadores. Em troca de receberem R$ 5 bilhões da
chamada “repatriação” todos os governadores comprometeram-se a nos próximos dois
anos não darem aumento salarial aos servidores públicos, aumentar a contribuição
previdenciária do funcionalismo de 11% para no mínimo 14% e a apoiar politicamente a PEC 55
(antiga 241), a famigerada Reforma da Previdência e outras medidas de ajuste,
assim como emendar no mesmo sentido as previdências estaduais nas assembleias
legislativas. Além de legitimar o canalha golpista, os representantes do PT e
PCdoB apoiaram todas as medidas anunciadas por Meirelles, como declarou Camilo
Santana, governador petista e aliado de Ciro Gomes (PDT): “Durante esta tarde,
em Brasília, participamos de reunião com o presidente Michel Temer, os
ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), além
dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros. Os
governadores e o Governo Federal firmaram um pacto pela austeridade e retomada
do crescimento econômico. Foi criado um grupo de trabalho, formado pelos
secretários de Fazenda e Secretaria do Tesouro Nacional, para elaborar uma
proposta com ações favoráveis à recuperação econômica e o retorno do
desenvolvimento do país” (Diário do Nordeste, 22/11). Além de Camilo estiveram
presentes Fernando Pimentel (MG), Rui Costa (BA), Tião Viana (AC) e Wellington
Dias (PI). Flávio Dino (PCdoB) mandou o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB),
representá-lo no pacto macabro contra os trabalhadores. Em nota consensual
elaborada ao fim da reunião os participantes declaram “Unidade absoluta de ação
da União e dos estados no ajuste fiscal proposto pelo governo federal, assim
como aquelas medidas já apresentadas e outras que serão propostas sobre a
reforma da previdência; 2. Que os governadores formalizarão, com número necessário
de apoio de deputados federais, emenda à PEC da reforma da Previdência a ser
apresentada pela União com vistas a constarem no texto as obrigações
previdenciárias aplicáveis pelos estados e pelo Distrito Federal; 3. A partir
desta quarta-feira (23/11), os secretários de Fazenda elaborarão, com a
secretaria do Tesouro Nacional, proposta de ajuste dos estados a ser
apresentada, na próxima semana, por um grupo de governadores representando as
regiões, ao ministro da Fazenda, para detalhar as propostas limitadoras dos
gastos nos estados; 4. O compromisso com o corte de gastos foi também acordado
unanimemente entre os governos dos estados e a União”. Como se observa toda a
demagogia de Lula e da direção do PT/PCdoB contra a PEC 241-55 não passa de
jogo de cena visando as eleições presidenciais de 2018 já que na prática o
partido apoia os ataques da dupla de canalhas Temer-Meirelles. O homem forte do
gabinete “golpista” de rapineiros, Henrique Meirelles, anunciou as medidas
acusando os gastos sociais como fator chave do chamado desequilíbrio fiscal.
Lembremos que Meirelles é nome do círculo político de confiança íntima de Lula
e foi indicado pelo ex-presidente operário para substituir o estafeta Levy
quando da saída deste da equipe econômica Dilmista. Essa interseção política
revela que o programa neoliberal anunciado por Temer (Reformas Previdenciária e
Trabalhista), Parcerias Público-Privadas (PPP´s), privartizações e redução de
gastos públicos nada mais é que a continuidade aprofundada da política de ajuste
que vinha desenvolvendo o governo da ex-presidente Dilma. Como avaliamos
anteriormente, a tendência hegemônica da etapa política apontava para o PT
atuar como cúmplice impotente de seu próprio achacamento político, admitindo
até indicar nomes de “confiança” para o novo ministério golpista, como Henrique
Meirelles muito próximo as ideias de Lula para a economia nacional. O apoio dos governadores do PT/PCdoB as duras
medidas neoliberais de Temer são a prova concreta do que afirmamos. Fica claro
que o PT optou por sustentar indiretamente Temer (sabendo de seu inevitável
desgaste com o ápice da recessão) e aguardar que Lula vença o pleito natural de
2018. Alertamos que o sonho de Lula voltar ao Planalto em 2018 talvez se
transforme no pesadelo de sua prisão pela famigerada Lava Jato. O movimento de
massas deve se organizar para combater pelo seu próprio poder estatal,
conquistado na via revolucionária da ação direta da classe operária. Portanto o
eixo de agitação e propaganda dos Comunistas Leninistas neste período de
instabilidade do regime burguês, no marco geral da ofensiva imperialista
neoliberal, deve ser o da construção de uma alternativa independente do
proletariado rumo ao seu próprio governo, demarcando vigorosamente com a Frente
Popular e as direções sindicais, como a CUT-CTB que fazem demagogia com seus
“dias de luta” enquanto os governadores do PT e o PCdoB apoiam os ataques
covardes de Temer!