quinta-feira, 24 de novembro de 2016

GOVERNADORES DO PT/PC DO B FAZEM PACTO COM O GOLPISTA TEMER/MEIRELLES EM APOIO AO DRACONIANO AJUSTE NEOLIBERAL: CAI A MÁSCARA DA FRENTE POPULAR EM SUA DEMAGOGIA CONTRA A PEC 241/55

O apoio dos governadores do PT e PCdoB ao draconiano pacote de ajuste fiscal celebrado entre a União e os estados nesta semana (22.11) deixa claro que a Frente Popular é favorável aos duros ataques promovidos pelo golpista Temer contra os trabalhadores. Em troca de receberem R$ 5 bilhões da chamada “repatriação” todos os governadores comprometeram-se a nos próximos dois anos não darem aumento salarial aos servidores públicos, aumentar a contribuição previdenciária do funcionalismo de 11% para no mínimo 14% e a apoiar politicamente a PEC 55 (antiga 241), a famigerada Reforma da Previdência e outras medidas de ajuste, assim como emendar no mesmo sentido as previdências estaduais nas assembleias legislativas. Além de legitimar o canalha golpista, os representantes do PT e PCdoB apoiaram todas as medidas anunciadas por Meirelles, como declarou Camilo Santana, governador petista e aliado de Ciro Gomes (PDT): “Durante esta tarde, em Brasília, participamos de reunião com o presidente Michel Temer, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros. Os governadores e o Governo Federal firmaram um pacto pela austeridade e retomada do crescimento econômico. Foi criado um grupo de trabalho, formado pelos secretários de Fazenda e Secretaria do Tesouro Nacional, para elaborar uma proposta com ações favoráveis à recuperação econômica e o retorno do desenvolvimento do país” (Diário do Nordeste, 22/11). Além de Camilo estiveram presentes Fernando Pimentel (MG), Rui Costa (BA), Tião Viana (AC) e Wellington Dias (PI). Flávio Dino (PCdoB) mandou o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), representá-lo no pacto macabro contra os trabalhadores. Em nota consensual elaborada ao fim da reunião os participantes declaram “Unidade absoluta de ação da União e dos estados no ajuste fiscal proposto pelo governo federal, assim como aquelas medidas já apresentadas e outras que serão propostas sobre a reforma da previdência; 2. Que os governadores formalizarão, com número necessário de apoio de deputados federais, emenda à PEC da reforma da Previdência a ser apresentada pela União com vistas a constarem no texto as obrigações previdenciárias aplicáveis pelos estados e pelo Distrito Federal; 3. A partir desta quarta-feira (23/11), os secretários de Fazenda elaborarão, com a secretaria do Tesouro Nacional, proposta de ajuste dos estados a ser apresentada, na próxima semana, por um grupo de governadores representando as regiões, ao ministro da Fazenda, para detalhar as propostas limitadoras dos gastos nos estados; 4. O compromisso com o corte de gastos foi também acordado unanimemente entre os governos dos estados e a União”. Como se observa toda a demagogia de Lula e da direção do PT/PCdoB contra a PEC 241-55 não passa de jogo de cena visando as eleições presidenciais de 2018 já que na prática o partido apoia os ataques da dupla de canalhas Temer-Meirelles. O homem forte do gabinete “golpista” de rapineiros, Henrique Meirelles, anunciou as medidas acusando os gastos sociais como fator chave do chamado desequilíbrio fiscal. Lembremos que Meirelles é nome do círculo político de confiança íntima de Lula e foi indicado pelo ex-presidente operário para substituir o estafeta Levy quando da saída deste da equipe econômica Dilmista. Essa interseção política revela que o programa neoliberal anunciado por Temer (Reformas Previdenciária e Trabalhista), Parcerias Público-Privadas (PPP´s), privartizações e redução de gastos públicos nada mais é que a continuidade aprofundada da política de ajuste que vinha desenvolvendo o governo da ex-presidente Dilma. Como avaliamos anteriormente, a tendência hegemônica da etapa política apontava para o PT atuar como cúmplice impotente de seu próprio achacamento político, admitindo até indicar nomes de “confiança” para o novo ministério golpista, como Henrique Meirelles muito próximo as ideias de Lula para a economia nacional.  O apoio dos governadores do PT/PCdoB as duras medidas neoliberais de Temer são a prova concreta do que afirmamos. Fica claro que o PT optou por sustentar indiretamente Temer (sabendo de seu inevitável desgaste com o ápice da recessão) e aguardar que Lula vença o pleito natural de 2018. Alertamos que o sonho de Lula voltar ao Planalto em 2018 talvez se transforme no pesadelo de sua prisão pela famigerada Lava Jato. O movimento de massas deve se organizar para combater pelo seu próprio poder estatal, conquistado na via revolucionária da ação direta da classe operária. Portanto o eixo de agitação e propaganda dos Comunistas Leninistas neste período de instabilidade do regime burguês, no marco geral da ofensiva imperialista neoliberal, deve ser o da construção de uma alternativa independente do proletariado rumo ao seu próprio governo, demarcando vigorosamente com a Frente Popular e as direções sindicais, como a CUT-CTB que fazem demagogia com seus “dias de luta” enquanto os governadores do PT e o PCdoB apoiam os ataques covardes de Temer!