BALANÇO DO 11/11: SEM PARALISAÇÕES E DESLOCADO DA LUTA DAS OCUPAÇÕES ESTUDANTIS
O “dia nacional de greve” ocorrido nesse 11 de novembro foi
marcado justamente pela ausência completa de paralisações das principais
categorias como operários, bancários, correios, químicos, etc. Em poucas capitais, os trabalhadores dos transportes coletivos pararam por algumas horas no começo da manhã. Nem mesmo as
ocupações de escolas e universidades foram apoiadas pela burocracia sindical
ligadas a CUT, com a juventude combativa somando-se espontaneamente ao protesto. No máximo, setores do funcionalismo público se integraram a
atividade com atos localizados e houve fechamentos de rodovias em São Paulo
pelo MTST. A burocracia sindical não preparou a paralisação nas categorias, não
convocou assembleias de base, não mobilizou os trabalhadores, apenas organizou
manifestações nas capitais para expressar de forma super-estrutural o
descontentamento com o canalha Temer e seu pacote de maldades. Como alertamos,
a CUT tem como estratégia apenas desgastar o governo golpista visando a eleição
de Lula em 2018. Nesse interregno, vai levando em “banho maria” as lutas em
curso. Este dia 11 foi uma repetição de atos de dirigentes sindicais liberados
e balões das centrais sindicais como as “paralisações” passadas, um poucos mais
massivo devido a greve dos servidores das universidades. Apesar de todas essas
limitações, os militantes e sindicalistas da TRS-LBI intervimos nas
manifestações para alavancar a luta direta rumo a Greve Geral mas ao mesmo
tempo denunciamos a política de paralisia das burocracias sindicais. Apontamos
que é necessário organizar as mobilizações desde as bases operárias, estudantis
e populares, com assembleias e discussões nos locais de trabalho e estudo para
romper a política de colaboração de classes da Frente Popular, tendo como objetivo
enfrentar na luta direta os ataques que Temer, o Juidiciário e os patrões vem
impondo aos trabalhadores!