sexta-feira, 11 de novembro de 2016

BALANÇO DO 11/11: SEM PARALISAÇÕES E DESLOCADO DA LUTA DAS OCUPAÇÕES ESTUDANTIS


O “dia nacional de greve” ocorrido nesse 11 de novembro foi marcado justamente pela ausência completa de paralisações das principais categorias como operários, bancários, correios, químicos, etc. Em poucas capitais, os trabalhadores dos transportes coletivos pararam por algumas horas no começo da manhã. Nem mesmo as ocupações de escolas e universidades foram apoiadas pela burocracia sindical ligadas a CUT, com a juventude combativa somando-se espontaneamente ao protesto. No máximo, setores do funcionalismo público se integraram a atividade com atos localizados e houve fechamentos de rodovias em São Paulo pelo MTST. A burocracia sindical não preparou a paralisação nas categorias, não convocou assembleias de base, não mobilizou os trabalhadores, apenas organizou manifestações nas capitais para expressar de forma super-estrutural o descontentamento com o canalha Temer e seu pacote de maldades. Como alertamos, a CUT tem como estratégia apenas desgastar o governo golpista visando a eleição de Lula em 2018. Nesse interregno, vai levando em “banho maria” as lutas em curso. Este dia 11 foi uma repetição de atos de dirigentes sindicais liberados e balões das centrais sindicais como as “paralisações” passadas, um poucos mais massivo devido a greve dos servidores das universidades. Apesar de todas essas limitações, os militantes e sindicalistas da TRS-LBI intervimos nas manifestações para alavancar a luta direta rumo a Greve Geral mas ao mesmo tempo denunciamos a política de paralisia das burocracias sindicais. Apontamos que é necessário organizar as mobilizações desde as bases operárias, estudantis e populares, com assembleias e discussões nos locais de trabalho e estudo para romper a política de colaboração de classes da Frente Popular, tendo como objetivo enfrentar na luta direta os ataques que Temer, o Juidiciário e os patrões vem impondo aos trabalhadores!