quarta-feira, 9 de novembro de 2016

GRANDE RECHAÇO POPULAR A SENHORA DA GUERRA SUPERA A FRAUDE PREPARADA, GARANTINDO UMA VITÓRIA INESPERADA A TRUMP

Cenário todo preparado para uma fraude eleitoral com objetivo de empoderar a senhora da guerra, Hillary Clinton, na Casa Branca não contava com o enorme rechaço Popular contra a candidatura Democrata. Todas as pesquisas até a tarde desta terça (08/11) davam uma margem de 85% de vitória para Clinton, porém no voto direto universal Trump conquistou um expressivo triunfo que também lhe assegurou uma pequena folga no Colégio Eleitoral, onde os delegados são orientados pelos resultados dos estados. A burguesia ianque perfilou de conjunto em torno dos Democratas, em função da necessidade de continuar a política guerreirista do Pentágono em todo mundo. Trump foi escolhido no interior do partido Republicano como um pária reacionário que sequer contava com o apoio da cúpula da legenda. Desenhada politicamente a derrota, Trump passou a denunciar a fraude e ameaçou não reconhecer o resultado das eleições. A partir deste ponto de inflexão a mídia corporativa (que adotou uma posição partidária de suporte a Hillary) passou a falar em um certo equilíbrio entre as duas candidaturas majoritárias, já que existe pelo menos uma dezena de postulantes que sequer foram registados nas cédulas de vários estados dos EUA. No desenrolar da abertura das urnas a vitória de Trump foi se configurando nacionalmente e no êxito da Florida foi confirmado o arremate final. A ofensiva neoliberal do imperialismo assume agora contornos mais ácidos e terá com a presidência de Trump um recrudescimento fascista em todo o globo, com uma boa dose de racismo. No plano interno dos EUA abre-se uma etapa de profunda turbulência política, não podendo ser descartada que a vitória de Trump represente apenas um trampolim para um próximo governo nazista do Tea Party. Os Republicanos tendem a se dividir com uma plataforma ultra nacionalista anunciada por Trump, podendo desta forma antecipar a ruptura de sua ala direitista sob as bênçãos do novo presidente da república. A Rússia e Putin ganham um certo tempo no confronto militar internacional, já que Trump deve voltar-se no primeiro momento para um ataque a Venezuela e possivelmente Cuba, retribuindo o apoio recebido pelos "gusanos". Entretanto o acordo nuclear com o Irã deve ser cancelado imediatamente, seguindo as promessas de campanha de Trump, reacendendo um confronto bélico de proporções nucleares no Oriente Médio. Este 09 de novembro entrará na história mundial da luta de classes como um marco de inflexão em que a própria burguesia imperialista ianque perdeu o controle político dos ritmos da crise estrutural do capitalismo, o que poderá acelerar a marcha da barbárie social que se avizinha.