GRANDE RECHAÇO POPULAR A SENHORA DA GUERRA SUPERA A FRAUDE
PREPARADA, GARANTINDO UMA VITÓRIA INESPERADA A TRUMP
Cenário todo preparado para uma fraude eleitoral com
objetivo de empoderar a senhora da guerra, Hillary Clinton, na Casa Branca não
contava com o enorme rechaço Popular contra a candidatura Democrata. Todas as
pesquisas até a tarde desta terça (08/11) davam uma margem de 85% de vitória
para Clinton, porém no voto direto universal Trump conquistou um expressivo
triunfo que também lhe assegurou uma pequena folga no Colégio Eleitoral, onde
os delegados são orientados pelos resultados dos estados. A burguesia ianque
perfilou de conjunto em torno dos Democratas, em função da necessidade de
continuar a política guerreirista do Pentágono em todo mundo. Trump foi
escolhido no interior do partido Republicano como um pária reacionário que
sequer contava com o apoio da cúpula da legenda. Desenhada politicamente a
derrota, Trump passou a denunciar a fraude e ameaçou não reconhecer o resultado
das eleições. A partir deste ponto de inflexão a mídia corporativa (que adotou
uma posição partidária de suporte a Hillary) passou a falar em um certo
equilíbrio entre as duas candidaturas majoritárias, já que existe pelo menos
uma dezena de postulantes que sequer foram registados nas cédulas de vários
estados dos EUA. No desenrolar da abertura das urnas a vitória de Trump foi se
configurando nacionalmente e no êxito da Florida foi confirmado o arremate
final. A ofensiva neoliberal do imperialismo assume agora contornos mais ácidos
e terá com a presidência de Trump um recrudescimento fascista em todo o globo, com uma boa dose de racismo.
No plano interno dos EUA abre-se uma etapa de profunda turbulência política,
não podendo ser descartada que a vitória de Trump represente apenas um
trampolim para um próximo governo nazista do Tea Party. Os Republicanos tendem
a se dividir com uma plataforma ultra nacionalista anunciada por Trump, podendo
desta forma antecipar a ruptura de sua ala direitista sob as bênçãos do novo
presidente da república. A Rússia e Putin ganham um certo tempo no confronto
militar internacional, já que Trump deve voltar-se no primeiro momento para um
ataque a Venezuela e possivelmente Cuba, retribuindo o apoio recebido pelos
"gusanos". Entretanto o acordo nuclear com o Irã deve ser cancelado
imediatamente, seguindo as promessas de campanha de Trump, reacendendo um
confronto bélico de proporções nucleares no Oriente Médio. Este 09 de novembro
entrará na história mundial da luta de classes como um marco de inflexão em que
a própria burguesia imperialista ianque perdeu o controle político dos ritmos
da crise estrutural do capitalismo, o que poderá acelerar a marcha da barbárie
social que se avizinha.