sábado, 26 de novembro de 2016

MORRE O COMANDANTE FIDEL CASTRO: VIDA LONGA A REVOLUÇÃO CUBANA! NÃO A RESTAURAÇÃO CAPITALISTA DA ILHA! PELA DEFESA INCONDICIONAL DO ESTADO OPERÁRIO DIANTE DA OFENSIVA IMPERIALISTA, MANTENDO VIVA A LUTA CONTRA A BUROCRACIA STALINISTA!


Morreu na noite desta sexta-feira (25/11) o comandante Fidel Castro, dirigente máximo da revolução social Cubana. Seu irmão, Raul, anunciou o falecimento “Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz. Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas deste sábado” prosseguiu o irmão. Fidel Castro tinha completado 90 anos recentemente, em agosto. Uma historia de combate anticapitalista marca a vida do velho comandante, que agora já não esta fisicamente entre nós, mas que aos 32 anos dirigiu ao lado de Che Guevara a Revolução Cubana vitoriosa em 1959. De forma premonitória, em um discurso proclamado durante o VII Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC) em abril deste ano, Fidel falou com voz entrecortada “Logo devo fazer 90 anos, nunca me ocorreu tal ideia e não foi fruto de esforço, mas um capricho da sorte. Logo serei como todos. Para todos chega a vez... Talvez seja uma das últimas vezes que fale nesta sala”. Como Trotskistas respeitamos sua heroica trajetória militante mesmo nos delimitando publicamente de suas posições políticas e programáticas, cujo limite é desgraçadamente sua adesão posterior ao stalinismo e sua estratégica de coexistência pacífica com o imperialismo. Reconhecemos que tenha havido conflitos pontuais importantes de Fidel com a burocracia soviética, mas nunca uma ruptura com sua orientação, ao contrário, nas questões fundamentais Castro esteve ao lado de Moscou e inclusive atacou o Trotskismo e seu camarada de trincheira, Che Guevara. A Direção Nacional da LBI neste momento de dor pela morte de Fidel Castro aproveita as reflexões em torno da morte do “comandante para reafirmar a defesa incondicional da ilha operária e de suas conquistas históricas rechaçando a ofensiva imperialista através do bloqueio econômico e da política de “reação democrática” levada acabo no último período por Obama ao mesmo tempo em que polemiza com a orientação programática adotada pela burocracia castrista, em que esta ataca uma série de direitos históricos dos trabalhadores com o objetivo de avançar o processo de restauração capitalista. Mantemos a vigência programática da revolução política em Cuba para que o proletariado possa efetivamente ingressar na etapa histórica do genuíno socialismo. A melhor forma dos revolucionários honrarem Fidel, que apesar de todos os seus erros manteve-se com um combatente anti-imperialista e anticapitalista é responder as investidas do imperialismo ianque que agora deve se incrementar com a ascensão de Trump a Casa Branca, chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca e a Igreja Católica. Orgulhamo-nos de em meio à ofensiva mundial do imperialismo contra Cuba e outros regimes políticos que são alvo da sanha guerreirista da Casa Branca, como a Síria e o Irã, estarmos na linha de frente do combate internacionalista para derrotar as grandes potências capitalistas, inclusive em unidade de ação com o PC cubano diante dos ataques do pior inimigo dos povos, o imperialismo. Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário cubano e das nações oprimidas, fazemos o combate programático e político pela construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o proletariado.  Não vamos aqui escrever, mesmo que criticamente, a “biografia” de Fidel, apenas pontuar questões que consideramos fundamentais nas tarefas que Cuba enfrenta neste século XXI para sobreviver ainda que seja na condição de um Estado Operário burocratizado e isolado. Deixamos para os stalinistas “Amigos de Cuba” as homenagens acríticas a Fidel. Aliás, apesar de gerações de cubanos cresceram com a imagem e presença próxima de Fidel, o mesmo pregou a rejeição ao “culto à personalidade”: “Sou hostil com tudo o que possa parecer um culto a pessoas (...) e não há uma só escola, fábrica, hospital ou edifício que leve meu nome. Não há estátuas, nem praticamente retratos meus”. O fundamental é que como Marxistas-Leninistas compreendemos a importância histórica de defender o Estado operário cubano das investidas do imperialismo. Saudamos a revolução vitoriosa dirigida por Fidel e Che que arrancou a pequena ilha das garras dos grandes monopólios ianques, transformando um país que era literalmente um prostíbulo da burguesia norte-americana em uma nação que anos depois rompeu com o jugo da dominação da cadeia de espoliação capitalista, garantindo a seu povo conquistas históricas como educação pública, gratuita e um dos sistemas de saúde mais avançados do planeta. Nem os mais de 50 anos de criminoso bloqueio econômico fizeram ruir essas conquistas que permanecem socialmente vigentes para o proletariado, apesar das imensas dificuldades que impõe a Cuba até hoje. Sabemos perfeitamente que Cuba atravessa um momento extremamente difícil em sua existência. Desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, quando a restauração capitalista varreu o Leste Europeu e a União Soviética, em uma profunda derrota do proletariado mundial, a economia cubana perdeu grande parte dos seus parceiros comerciais impondo-se ainda mais a ilha operária o isolamento político e econômico. Foram tomadas várias medidas de mercado para tentar revitalizar sua economia. Não nos opomos por princípio à adoção dessas medidas, pois até Lenin e o Partido Bolchevique as tomaram na URSS por meio da NEP. Mas compreendemos que a melhor forma de defender as conquistas da revolução neste momento difícil é reforçando o chamado a derrotar o imperialismo em nível mundial e não a estabelecer com a Casa Branca e a Igreja Católica uma política de “coexistência pacífica”. O legado teórico de Trotsky nos ensinou que era preciso defender incondicionalmente a URSS, apesar dos erros e traições de Stalin. Hoje, com Cuba fazemos o mesmo. Ainda que tenhamos críticas à direção do PCC, jamais nos somamos ao imperialismo e sua corja arquirreacionária nos ataques ao Estado operário. Pelo contrário! Sempre estivemos na linha de frente da sua defesa, não apenas como “amigos de Cuba”, mas acima de tudo como internacionalistas proletários e defensores do socialismo científico como alternativa à barbárie capitalista que ameaça a existência da própria humanidade. Acreditamos que somente a mobilização internacionalista da classe operária poderá fazer frente aos planos do império para aniquilar totalmente a enorme referência mundial da revolução cubana. Por isso não devemos depositar nenhuma confiança nos “acordos” amistosos com os chefes “democratas” dos estados terroristas como os EUA e a França. A trágica lição abstraída da guerra da Líbia, onde Kadaffi “confiou” inicialmente nos abutres imperiais europeus que logo em seguida devastaram seu país, deve servir como um farol revolucionário para a vanguarda classista do proletariado mundial na defesa de Cuba.
  
Tragicamente, diversas correntes que se reivindicam trotskistas, rompendo com o mais elementar critério de classe, hoje atuam como verdadeiros agentes da contrarrevolução “democrática”. Já durante a chamada “crise dos balseiros” em 1994 esses senhores se postaram ao lado dos mafiosos gusanos e clamavam por “liberdade” em Cuba, quando esta campanha midiática não passava de uma trama do imperialismo para isolar a ilha e buscar a desestabilização do regime no lastro do fim da URSS. Essa conduta vergonhosa, que enlameia o nome do “trotskismo”, ganhou o justo ódio da classe operária cubana e da vanguarda internacionalista que defende o Estado operário. Mas o genuíno Trotskismo, repetimos, não é partidário dessa cantilena montada nos gabinetes do Pentágono sobre o cínico pretexto da “defesa dos direito humanos”. Da mesma forma que denunciamos a farsesca “Revolução Árabe”, voltada a atacar regimes políticos que são obstáculos aos planos neocolonialistas de Obama para o norte da África e Oriente Médio (primeiro Líbia, agora Síria e depois Irã), nos postamos contra tais “movimentos democráticos” made in CIA urdidos contra Cuba. Por isso alertamos, os próximos passos da Casa Branca estão bastante claros: primeiro a chantagem “democrática” via os acordos recentes celebrados por Obama com Raul, utilizando a dissidência contrarrevolucionária como as “Damas de Branco”. Se essa política não der o efeito desejado vem depois a tradicional agressão militar apoiada na colossal superioridade bélica do Pentágono. Nesse cenário, não nos surpreenderemos se amanhã esses mesmos “trotskistas” calhordas paladinos da “Primavera Árabe” saírem a saudar entusiasticamente os “rebeldes cubanos” que se levantam contra o que eles chamam cinicamente de “ditadura dos irmãos Castro”. A LBI não apenas denuncia publicamente esses canalhas que maculam a bandeira da IV Internacional como se posta incondicionalmente a lado do povo cubano e em frente única com o PCC na defesa da ilha operária. Não por acaso, fizemos questão de lançar como artigo inicial de nosso blog político em julho de 2011 um texto somando-se à campanha pela libertação imediata dos cinco militantes cubanos encarcerados pelo império terrorista, alertando que o método da ação direta e mobilização permanente da classe operária mundial era o caminho correto para apontar na libertação dos companheiros Fernando González, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Gerardo Hernández e René González, acusados farsescamente de terrorismo pelo então governo Clinton e que cumpriram severas penas desde 1998, mantidos encarcerados por um longo período pelo mesmo bando ianque “democrata”, chefiado pelo assassino Obama, que mantem o cárcere de Guantánamo e tem as mãos sujas de sangue do povo líbio. Os atuais acordos entre Obama e Raul Castro não nos fazem esquecer os crimes do imperialismo. Justamente por defendermos incondicionalmente Cuba e as conquistas históricas da revolução, apontamos que para garantir a manutenção do Estado Operário os trabalhadores cubanos devem lutar pela imediata expulsão dos agentes da CIA, combater a nefasta influência ideológica da Igreja Católica e derrotar todas as organizações anticomunistas camufladas de democráticas. Ao mesmo tempo, como aponta o Programa de Transição elaborado por Trotsky em 1938, não defendemos a volta à democracia burguesa e a legalização de todos os partidos de uma maneira geral em Cuba, mas a revolução política para que os conselhos populares decidam verdadeiramente como melhor levar a luta contra os privilégios, a desigualdade social e o reforço da economia planificada segundo os interesses dos próprios trabalhadores. Lutamos decididamente contra a destruição do Estado Operário cubano, já que isso representaria uma enorme derrota para o proletariado latino-americano e mundial, abrindo um período sem precedentes de avanço imperialista. Neste momento da morte de Fidel declaramos que a defesa incondicional de Cuba contra o imperialismo ianque é para a LBI tarefa primordial assim como para todos aqueles que se colocam pela construção de uma América Latina socialista e revolucionária!
  
Pontuamos apenas inicialmente que o fracassado ataque ao quartel de Moncada em 26 de julho de 1953, ação protagonizada por Fidel Castro e outros membros do Partido Ortodoxo, expressou a perda das esperanças da oposição pequeno-burguesa nacionalista em utilizar-se dos meios institucionais para restaurar a caricatura de democracia burguesa na Ilha e a adoção da luta armada como método para derrotar a ditadura de Fulgêncio Batista. Apesar da maioria ter sido morta em combate e poucos sobreviventes presos, entre eles Fidel e Raul Castro, esse episódio se tornou uma referência para o movimento guerrilheiro que dirigiu a Revolução Cubana. Anos depois, em junho de 1955 Che Guevara se encontrou com Fidel Castro e os cubanos exilados do “Movimento 26 de Julho”. Fidel comandava a oposição ao regime ditatorial de Fulgêncio Batista e planejava o retorno a Cuba para derrubar o governo pró-imperialista ianque. No dia 25 de novembro de 1956, 82 homens partem a bordo do velho iate Granma. Era o início da Revolução Cubana. No dia do morte de Fidel Castro declaramos que para nós trotskistas defender o Estado Operário burocratizado cubano das investidas do imperialismo hoje significa preparar a revolução política na Ilha para assegurar as conquistas sociais existentes no Estado operário, ameaçadas pelo bloqueio econômico e a pressão pela restauração capitalista.
  
Lembramos que por ordem do então presidente “democrata” Kennedy, a Casa Branca suspendeu em 1962 as relações comerciais com o Estado operário cubano, além de proibir linhas de crédito e vários outros tipos de intercâmbios. A medida era uma retaliação às nacionalizações de empresas norte-americanas e às crescentes relações com a URSS. Essa política tem sido levada a cabo até hoje, sendo renovada sistematicamente por outro “democrata”, Obama, pondo assim um fim às ilusões da burocracia castrista que acreditou inicialmente que este alteraria as relações políticas entre Cuba e os EUA. Hoje, o bloqueio é usado como fonte de forte pressão para impor dificuldades econômicas ao povo cubano e, ao mesmo tempo, serve de chantagem para o incremento da abertura capitalista por parte da direção do PCC, opositora do programa trotskista da revolução permanente. Com a liquidação contrarrevolucionária da URSS, os efeitos do bloqueio econômico ianque se fizeram sentir ainda mais ferozmente. A derrubada do Muro de Berlim e a liquidação da URSS entre os anos de 89-91, saudada como um “avanço ao socialismo” por grupos revisionistas como a LIT/PSTU, forçou o castrismo a adotar uma série de medidas de mercado para incrementar a atividade econômica na Ilha. Até então a ilha mantinha 85% de seu intercâmbio econômico e comercial com a URSS. Com o fim do Estado operário soviético Cuba deixa de receber abruptamente 14 milhões de toneladas de combustível ao ano a preço abaixo do mercado mundial, quando a produção nacional chegava a no máximo 500 mil toneladas anuais. O desaparecimento das condições vantajosas do comércio de Cuba com o Leste europeu e, fundamentalmente, com a URSS fez caírem as exportações cubanas em mais de 70% em apenas três anos, entre 1989 e 1993. Como produto dessa situação 1/3 do PIB caiu, dividido na redução de 50% da produção da agricultura, 30% da indústria e 70% da construção civil. Em resposta à Lei de Torricelli e a Lei Helms-Burton que reforçaram o bloqueio econômico, o governo cubano aprovou a Lei de Inversões Estrangeiras, em 1995, que flexibilizou o monopólio do comércio exterior, permite investimentos do capital estrangeiro em ramos centrais da economia, autoriza a remessa integral dos lucros e dissolveu a Junta Central de Planificação, órgão responsável pela planificação da economia no Estado operário.

Inicialmente Fidel Castro escondeu a nocividade destas medidas e buscou identificá-las com a NEP de Lenin, quando na verdade sua política não estava baseada na expansão da revolução mundial, como podemos ver claramente nas relações que Cuba estabelece com o chavismo, apoiando o “presidente bolivariano” em sua política nacionalista-burguesa de não-ruptura com o modo de produção capitalista, como fez anteriormente com a Nicarágua de Daniel Ortega. Hoje esta orientação está clara nas resoluções do VI Congresso do PCC, condensadas nas palavras de Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular: “O socialismo não é a propriedade pública de todos os meios de produção. A luta política e nosso próprio voluntarismo conduziram a exageros no passado, que precisam ser retificados. Não podemos mais compreender o empreendedorismo privado, sob controle do Estado, apenas como uma concessão temporária. Essa atividade deve ter seu lugar em nosso modelo socialista. Para essa tarefa, precisamos entender qual o socialismo possível, capaz de trazer desenvolvimento e prosperidade para as novas gerações. Não temos medo de criticar nossos próprios erros, pois não há outra forma de construir um projeto histórico de nação.” (Opera Mundi, 08/02). Ao contrário dessa apologia a abertura feita pela direção castrista, que ataca direitos históricos dos trabalhadores, os genuínos trotskistas não escondem por um só momento a angustiante realidade por que passa Cuba, produto da própria etapa contrarrevolucionária aberta com o fim da URSS e da ação da burocracia parasitária.

A burocracia castrista instalada na cabeça do Estado operário cubano optou por um caminho de sucessivas concessões políticas ao imperialismo ianque, ainda que mantendo as principais bases da economia socializada. Com a eleição da ala “democrata” do império em 1992 (Clinton), o próprio Fidel Castro alimentou enormes expectativas na melhoria do relacionamento político com os ianques, o que resultou em um retumbante fracasso, levando inclusive ao relaxamento de normas de segurança que facilitaram a prisão de militantes dos serviços de inteligência cubana em Miami, como atesta o recente livro do escritor “progressista” Fernando Morais (Os últimos soldados da Guerra Fria). Alimentando ilusões no governo do Partido Democrata de Bill Clinton, em 1998 Fidel Castro pediu que Gabriel Garcia Marquez se encontrasse com o presidente ianque para entregar-lhe um dossiê organizado pelo serviço de inteligência cubana que atuava secretamente nos EUA em que denunciava a ação de terroristas na Flórida. Longe de combater os agentes da reação interna, Clinton ordenou que a CIA e o FBI montassem uma operação de “guerra” contra Cuba, resultando na prisão dos chamados “5 Heróis cubanos”. Com a posse de Obama, o “fenômeno” da empatia dos stalinistas cubanos com os carrascos “democratas” se repetiu. Nunca é demais lembrar que Cuba chegou a demonstrar inicialmente simpatia com os “rebeldes” monárquicos da Líbia. Somente quando se delineou a intervenção militar da OTAN, Fidel percebeu que o “conto” da tal “revolução árabe” estava voltado a dar uma cobertura “humanitária” a mais uma invasão ianque, e o que é pior, o próximo alvo “democrático” do imperialismo poderia ser a própria Cuba! Os “ziguezagues” do castrismo diante da ofensiva mundial do imperialismo ianque colocam em risco a defesa das conquistas históricas da revolução cubana, que mesmo debilitadas por um bloqueio criminoso, permanecem socialmente vigentes para o proletariado da ilha operária. Agora o mesmo se repete com a aproximação entre os EUA e Cuba pelas mãos de Obama.

A opção do imperialismo ianque em um futuro breve é fomentar a “reação democrática”, ou seja, minar as bases do Estado operário “por dentro”. As bases materiais da divisão da burocracia são as próprias relações comerciais de Cuba com os Estados capitalistas que fortalecem no interior da camarilha burocrática a tendência a que em pouco tempo um setor desta rompa com o aparato central do castrismo e se lance em luta aberta pela restauração capitalista do Estado operário. Esse perigo torna-se ainda maior diante da avançada idade de Raul Castro e com a morte de Fidel. Por essa razão, a burocracia castrista tenta aparentemente copiar parcialmente a “via chinesa” de restauração capitalista, em um processo ordenado e centralizado de medidas que, levadas a frente sob seu controle político, avançam o ritmo da restauração capitalista. Para os Marxistas Revolucionários faz-se necessário hoje, quando Fidel já não está mais vivo, enfrentar o “abraço de urso” restauracionista que Obama e o Papa Francisco desejam impor ao Estado Operário com a redobrada defesa da revolução e das conquistas sociais frente à “nova” tática do imperialismo ianque. A destruição do Estado operário cubano seja pela via da agressão militar ou da contrarrevolução “democrática” como deseja Obama e o Papa, inspirada na farsesca “revolução árabe” apoiada por todo arco revisionista, não por acaso os mesmos canalhas de “esquerda” que clamam pela “derrubada da ditadura dos irmãos Castro”, representará uma enorme derrota para o proletariado da América Latina, abrindo um período sem precedentes de avanço imperialista. Por isso, nossa resposta nesta data de luto revolucionário continua sendo a defesa incondicional de Cuba e das conquistas da revolução!