LAVA JATO “SACRIFICA” CABRAL LIVRANDO O GOVERNO PEZÃO PARA
APLICAR O AJUSTE CONTRA O FUNCIONALISMO E CONTINUAR A CHACINA CONTRA O POVO
POBRE E NEGRO
Um "sacrifício" político foi necessário no
interior do bando mafioso que governa o Rio de Janeiro há mais de dez anos,
estamos falando é claro da prisão de Sérgio Cabral, que com a ajuda da Lava
Jato tenta livrar o governador Pezão para conseguir aprovar o covarde ajuste
neoliberal nas costas dos trabalhadores do estado. Todos no Rio sabem que Pezão
era uma peça chave no governo do seu chefe Cabral, o atual governador era nada
menos que o Secretário de Obras encarregado de estipular o valor das
"comissões" (propinas) em cada um dos empreendimentos executados pelas
empreiteiras no estado. Porém na decisão do juiz Moro de mandar prender o
" chefe" Cabral e parte de sua gangue , simplesmente ignorou todas as
denúncias e "delações" feitas contra o governador Pezão, a razão do
"justiceiro" parece bastante óbvia, é necessário concluir o ajuste
neoliberal que descarrega nas costas do funcionalismo público a conta da crise
financeira do estado fluminense provocada pela "farra" da máfia
peemedebista. O empenho político de Cabral para eleger o "simplório" afilhado Pezão ao governo em 2014 foi algo inédito, o então governador
renunciou até o mandato para assegurar uma difícil vitória do PMDB contra os
candidatos Garotinho(PR) e Crivella (PRB). Nesta época a gangue de Cabral
deliberou apoiar simultaneamente duas candidaturas ao Planalto, tanto Dilma
como Aécio Neves receberam votos da ampla coligação que triunfou com Pezão em
2014. Entretanto mesmo formalmente fora do governo, Cabral continuou a exercer
o comando do PMDB, convertendo o escritório de advocacia de sua esposa como o
caixa da gangue que arrecadava milhões em "comissões" de grandes
empresas sediadas no Rio, principalmente as empreiteiras. A "farra"
das grandes obras teve plena continuidade nos governos da dupla Pezão e Paes (prefeitura), mesmo quando o estado foi atingindo com a brusca redução dos
royalties do Pré Sal originários da Petrobras. Mas como diz o ditado popular
"o que já estava ruim sempre pode ficar pior" e o desmonte da maior
estatal do país pela famigerada Lava Jato levou o colapso financeiro para o
Rio, tendo o estado fluminense como principal palco de operações econômicas da
Petrobras. Os patifes da Lava Jato, atuando como agentes diretos de companhias
multinacionais do setor energético, suspenderam a construção do complexo petroquímico
de Campos (Comperj), que além de trazer desemprego para milhares de operários
gerou um enorme prejuízo para o desenvolvimento econômico do Rio e do Brasil.
Não "contentes" com a destruição das refinarias e seu polo
industrial, a turma do Moro também inviabilizou a retomada dos estaleiros
nacionais que tinham iniciado a fabricação de plataformas e grandes navios para
Petrobras, substituindo desta forma às importações deste setor estratégico para
o país. Toda a patifaria pró-imperialista da Lava Jato foi feita é claro em
nome do "combate à corrupção", com o aval da mídia
"murdochiana" e da famiglia Marinho. Colapsado o Rio, somente agora a
Lava Jato percebeu que Sérgio Cabral era o "capo" de um bilionário
esquema mafioso, "apenas" deixando de fora das grades seu atual
operador: o governador Pezão. A manobra distracionista de Moro tenta dar fôlego
político a Pezão para finalizar o "trabalho sujo" e ao mesmo tempo
semear um novo "centro de poder" no Rio, eliminando Garotinho e Cabral
da próxima disputa ao Palácio Guanabara. É necessário que o movimento de massas
não conceda nenhuma trégua ao corrupto Pezão, escandalosamente inocentado pela
"República de Curitiba", somente idiotas úteis como o PSTU podem
acreditar nas "puras"intenções de Moro. Enquanto recebe o indulto da
Lava Jato, Pezão e sua polícia assassina continua a praticar chacinas contra a
população pobre e negra da periferia carioca, desgraçadamente um setor da
esquerda continua apoiando as reivindicações das sinistras corporações da
(in)segurança pública. Só pode haver um único caminho para a vitória das
corajosas lutas contra o ajuste da máfia peemedebista no Rio, a trilha da
independência de classe em relação aos embustes reacionários que tentam desviar
a radicalidade do movimento de massas. Nem trégua, nem CPI's, o norte político
dos trabalhadores deve ser a preparação da Greve Geral!