quarta-feira, 23 de novembro de 2016

PSTU ACREDITA NA “PROMESSA” DE QUE A BUROCRACIA ULTRA-PELEGA DA FORÇA SINDICAL IRÁ MOBILIZAR CONTRA TEMER NO DIA 25/11: UNIDADE COM PAULINHO NÃO SERVE PARA O PROLETARIADO DERROTAR A OFENSIVA NEOLIBERAL        


Logo após os representantes da Força Sindical (Juruna), CSB (Antonio Neto), UGT (Ricardo Patah) e Nova Central (José Calixto Ramos) participarem da reunião do “Conselhão” com o golpista Temer dando apoio não só ao governo assim como as suas reformas neoliberais, a Conlutas anunciou como uma “grande vitória” o acordo com esses ultra-pelegos para a convocação do 25/11, apresentado como um “dia nacional de luta e paralisações”. O site do PSTU declara eufórico “Centrais sindicais prometem Dia de Paralisações e Protestos em 25 de novembro” (21/11) e conclui “O dia 25 de novembro será o ponto alto da Jornada de Lutas com a participação e convocação de todas as centrais sindicais e entidades de base. A CSP-Conlutas defendeu que o acúmulo de forças e unidade são fundamentais neste momento e que a única forma de barrar os ataques promovidos pelo governo Temer é com a realização de uma grande Greve Geral”. Mas como a unidade com os traidores e o sindicalismo amarelo pode barrar os ataques de Temer?  A resposta é simples, não se trata de uma mobilização de verdade contra o governo golpista. Tanto que o mafioso Paulinho da Força, apoiador de Temer e articulador do impeachment de Dilma, ciente da inofensividade da manifestação declara seu apoio “Juntos dia 25 pelos direitos e empregos!” (site FS, 21/11).  A classe operária e a vanguarda classista não devem nutrir ilusões nesta “amplíssima” frente sindical que está fincada na conjuntura da crise capitalista para trair e não derrotar a ofensiva neoliberal do atual governo golpista de Temer.  A pauta formal que motivou a mobilização unificada da burocracia sindical foi a “oposição” as propostas que já tramitam no Congresso Nacional para liquidar as parcas conquistas e direitos que o proletariado conquistou em mais de um século de combates heroicos de classe. O governo golpista de Temer resolveu “radicalizar” as iniciativas do “ajuste” de sua antecessora, aproveitando-se da fragilidade da organização operária para superar suas velhas direções corrompidas pelo regime da democracia dos ricos. A Frente Popular em um período de recessão e crise econômica capitalista se mostrou impotente para “despejar” todo o pacote neoliberal que a burguesia exigia aplicar no país, articulado o golpe parlamentar Temer tem a função de finalizar o “trabalho sujo” mal concluído por Dilma. Fica evidente que com este “time” de pelegos amarelos de sempre e chapa branca de ontem não está planejado para o 25/11 nenhum método combativo de ação direta, como a greve geral e ocupações de fábrica, as manifestações estarão focadas na surrada pressão parlamentar e demagogia eleitoral em atos públicos nas principais cidades do Brasil. O fato concreto é que a maioria destas centrais sindicais já estão negociando na mesa do golpista Temer (vide sua participação no “Conselhão”) a “mediação” das reformas trabalhista e previdenciária, uma exigência dos rentistas internacionais. Como em um “teatro” sincronizado com atores e roteiristas a burocracia sindical ensaia uma “luta unitária” para depois entregar de “bandeira” na mesa dos patrões as conquistas operárias. A TRS /LBI vem ao conjunto do movimento de massas denunciar politicamente esta farsa de unidade sindical que nem de longe se assemelha a uma frente única operária de combate e ação direta. A presença da Conlutas (PSTU) e Intersindical (PSOL) e mesmo da CUT não muda em nada o caráter do engodo de colaboração de classes deste arremedo de união sindical, apenas legitimam a derrota que se avizinha no caso da inação política da vanguarda classista em preparar uma verdadeira greve geral. Somente com a organização independente e de base da classe operária e seus aliados históricos poderemos derrotar a dura ofensiva neoliberal, unindo sim os todos explorados com o norte programático da revolução e do socialismo! A atividade deste dia 25.11, completamente desvincula de uma organização real nas bases operárias e populares, serve apenas para demonstrar que o conjunto da burocracia sindical deseja negociar com Temer pequenos ajustes nos projetos draconianos enviados pelo Planalto ao parlamento. A Força Sindical (FS) por exemplo concorda com a elevação da idade mínima para aposentadoria desde que válida para os nascidos a partir de 2001 e junto com a UGT, Nova Central e CSB estão negociando o pacote antioperário com o governo. A CUT diz que não negocia com Temer mas durante o governo Dilma se mostrou favorável a mudanças nas regras previdenciárias. A fala de Juruna, representando da FS, revela bem o caráter canalha da atividade. Segundo ele “Essa manifestação mostra a unidade dos trabalhadores novamente. Até agora estávamos divididos entre o ‘Fora Temer’ e o ‘Fica Dilma’. Claro que todo mundo defende suas posições mas conseguimos unificar na defesa do emprego e contra a retira da direitos. O mais trágico dessa “unidade sindical” é que ela demonstra a pouca capacidade de resistência da classe trabalhadora aos ataques do governo e serve como termômetro para a patronal e seus representantes políticos avançarem ainda mais contra os direitos e conquistas. Em nome da LBI e dos sindicalistas revolucionários da TRS nos opomos que as lutas deste mês de novembro tenham um eixo político de apenas pressionar o parlamento burguês. Nosso método é preparar a Greve Geral, nossa estratégia é construir o poder dos trabalhadores, nesse caminho a luta para derrotar o governo Temer deve ser a ação direta e revolucionária, nunca uma alternativa nos marcos das apodrecidas instituições burguesas. Da parte da TRS-LBI interviremos nos atos do dia 25 para alavancar a luta direta rumo a Greve Geral mas ao mesmo tempo denunciamos a política distracionista das burocracias sindicais e apontamos que é necessário organizar as mobilizações desde as bases das categorias, com assembleias e discussões nos locais de trabalho e estudo!