PSTU ACREDITA NA “PROMESSA” DE QUE A BUROCRACIA ULTRA-PELEGA
DA FORÇA SINDICAL IRÁ MOBILIZAR CONTRA TEMER NO DIA 25/11: UNIDADE COM PAULINHO
NÃO SERVE PARA O PROLETARIADO DERROTAR A OFENSIVA NEOLIBERAL
Logo após os representantes da Força Sindical (Juruna), CSB
(Antonio Neto), UGT (Ricardo Patah) e Nova Central (José Calixto Ramos)
participarem da reunião do “Conselhão” com o golpista Temer dando apoio não só
ao governo assim como as suas reformas neoliberais, a Conlutas anunciou como
uma “grande vitória” o acordo com esses ultra-pelegos para a convocação do
25/11, apresentado como um “dia nacional de luta e paralisações”. O site do
PSTU declara eufórico “Centrais sindicais prometem Dia de Paralisações e
Protestos em 25 de novembro” (21/11) e conclui “O dia 25 de novembro será o
ponto alto da Jornada de Lutas com a participação e convocação de todas as
centrais sindicais e entidades de base. A CSP-Conlutas defendeu que o acúmulo
de forças e unidade são fundamentais neste momento e que a única forma de
barrar os ataques promovidos pelo governo Temer é com a realização de uma
grande Greve Geral”. Mas como a unidade com os traidores e o sindicalismo
amarelo pode barrar os ataques de Temer?
A resposta é simples, não se trata de uma mobilização de verdade contra
o governo golpista. Tanto que o mafioso Paulinho da Força, apoiador de Temer e
articulador do impeachment de Dilma, ciente da inofensividade da manifestação
declara seu apoio “Juntos dia 25 pelos direitos e empregos!” (site FS,
21/11). A classe operária e a vanguarda
classista não devem nutrir ilusões nesta “amplíssima” frente sindical que está
fincada na conjuntura da crise capitalista para trair e não derrotar a ofensiva
neoliberal do atual governo golpista de Temer.
A pauta formal que motivou a mobilização unificada da burocracia
sindical foi a “oposição” as propostas que já tramitam no Congresso Nacional
para liquidar as parcas conquistas e direitos que o proletariado conquistou em
mais de um século de combates heroicos de classe. O governo golpista de Temer
resolveu “radicalizar” as iniciativas do “ajuste” de sua antecessora,
aproveitando-se da fragilidade da organização operária para superar suas velhas
direções corrompidas pelo regime da democracia dos ricos. A Frente Popular em
um período de recessão e crise econômica capitalista se mostrou impotente para
“despejar” todo o pacote neoliberal que a burguesia exigia aplicar no país,
articulado o golpe parlamentar Temer tem a função de finalizar o “trabalho
sujo” mal concluído por Dilma. Fica evidente que com este “time” de pelegos
amarelos de sempre e chapa branca de ontem não está planejado para o 25/11
nenhum método combativo de ação direta, como a greve geral e ocupações de
fábrica, as manifestações estarão focadas na surrada pressão parlamentar e
demagogia eleitoral em atos públicos nas principais cidades do Brasil. O fato
concreto é que a maioria destas centrais sindicais já estão negociando na mesa
do golpista Temer (vide sua participação no “Conselhão”) a “mediação” das
reformas trabalhista e previdenciária, uma exigência dos rentistas
internacionais. Como em um “teatro” sincronizado com atores e roteiristas a
burocracia sindical ensaia uma “luta unitária” para depois entregar de
“bandeira” na mesa dos patrões as conquistas operárias. A TRS /LBI vem ao
conjunto do movimento de massas denunciar politicamente esta farsa de unidade
sindical que nem de longe se assemelha a uma frente única operária de combate e
ação direta. A presença da Conlutas (PSTU) e Intersindical (PSOL) e mesmo da
CUT não muda em nada o caráter do engodo de colaboração de classes deste
arremedo de união sindical, apenas legitimam a derrota que se avizinha no caso
da inação política da vanguarda classista em preparar uma verdadeira greve
geral. Somente com a organização independente e de base da classe operária e
seus aliados históricos poderemos derrotar a dura ofensiva neoliberal, unindo
sim os todos explorados com o norte programático da revolução e do socialismo!
A atividade deste dia 25.11, completamente desvincula de uma organização real
nas bases operárias e populares, serve apenas para demonstrar que o conjunto da
burocracia sindical deseja negociar com Temer pequenos ajustes nos projetos
draconianos enviados pelo Planalto ao parlamento. A Força Sindical (FS) por
exemplo concorda com a elevação da idade mínima para aposentadoria desde que
válida para os nascidos a partir de 2001 e junto com a UGT, Nova Central e CSB
estão negociando o pacote antioperário com o governo. A CUT diz que não negocia
com Temer mas durante o governo Dilma se mostrou favorável a mudanças nas
regras previdenciárias. A fala de Juruna, representando da FS, revela bem o
caráter canalha da atividade. Segundo ele “Essa manifestação mostra a unidade
dos trabalhadores novamente. Até agora estávamos divididos entre o ‘Fora Temer’
e o ‘Fica Dilma’. Claro que todo mundo defende suas posições mas conseguimos
unificar na defesa do emprego e contra a retira da direitos. O mais trágico
dessa “unidade sindical” é que ela demonstra a pouca capacidade de resistência
da classe trabalhadora aos ataques do governo e serve como termômetro para a
patronal e seus representantes políticos avançarem ainda mais contra os
direitos e conquistas. Em nome da LBI e dos sindicalistas revolucionários da
TRS nos opomos que as lutas deste mês de novembro tenham um eixo político de
apenas pressionar o parlamento burguês. Nosso método é preparar a Greve Geral,
nossa estratégia é construir o poder dos trabalhadores, nesse caminho a luta
para derrotar o governo Temer deve ser a ação direta e revolucionária, nunca
uma alternativa nos marcos das apodrecidas instituições burguesas. Da parte da
TRS-LBI interviremos nos atos do dia 25 para alavancar a luta direta rumo a
Greve Geral mas ao mesmo tempo denunciamos a política distracionista das
burocracias sindicais e apontamos que é necessário organizar as mobilizações
desde as bases das categorias, com assembleias e discussões nos locais de
trabalho e estudo!