quinta-feira, 10 de novembro de 2016

“11 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DE GREVE”?: POR UMA VERDADEIRA PARALISAÇÃO NACIONAL CONSTRUÍDA DESDE AS BASES OPERÁRIAS, ESTUDANTIS E POPULARES PARA DERROTAR OS ATAQUES DO GOLPISTA TEMER, JUDICIÁRIO E PATRÕES!


A CUT, CTB, Conlutas e Intersindical convocaram para este 11 de novembro, o “Dia Nacional de Greve”. A burocracia sindical não fala seriamente, não preparou a paralisação nas categorias, não convocou assembleias de base, não mobilizou os trabalhadores. No máximo, vai se apoiar nas ocupações de escolas e universidades e nas atividades do funcionalismo público. Não é por falta de “motivos” que a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo agiram desta forma, trata-se de uma política deliberada de fazer pequenas manifestações pontuais sem unificar as lutas para construir a Greve Geral. Na verdade, a CUT tem como estratégia apenas desgastar o governo golpista de Temer visando a eleição de Lula em 2018. Nesse interregno, vai levando em “banho maria” as lutas em curso. A prova disso é que a única luta direta nacional no país contra a PEC 241/55, o pacote de maldades de Temer, são as ocupações estudantis, que ocorreram espontaneamente e por fora dos aparatos sindicais. Mesmo com todos ataques impostos pelo STF (fim da desaposentação, ataque ao direito de greve, ampliação da terceirização) as direções sindicais vem fechando acordos rebaixados e traidores com o governo e patrões, sem unificar as lutas. Foi assim nos bancários e logo depois nos trabalhadores dos correios. Por sua vez, a Conlutas chama “Preparar as mobilizações do dia 11 e fortalecer o 25 de novembro – Dia Nacional de Paralisação e Greves; por uma Greve Geral, já!” mas nas categorias onde atua (metalúrgicos, metroviários) não organiza nenhuma paralisação de fato. Vale registrar que os servidores das universidades já estão em greve na maioria das unidades. Docentes e funcionários de escolas técnicas também estão mobilizados. Pelo (não)“esforço” empreendido até agora pelas centrais sindicais tudo leva a crer que esse dia 11 será uma repetição de atos de dirigentes sindicais liberados e balões das centrais sindicais como as “paralisações” passadas, havendo manifestações mais radicalizadas nas escolas e universidades. É necessário preparar a resistência desde as bases operárias, populares e estudantis! O governo golpista de Temer resolveu "radicalizar" as iniciativas do "ajuste" de sua antecessora, aproveitando-se da fragilidade da organização operária para superar suas velhas direções corrompidas pelo regime da democracia dos ricos. A Frente Popular em um período de recessão e crise econômica capitalista se mostrou impotente para "despejar" todo o pacote neoliberal que a burguesia exigia aplicar no país, articulado o golpe parlamentar Temer tem a função de finalizar o "trabalho sujo" mal concluído por Dilma. Para além das lutas corporativas e economicistas, as atividades estão sendo chamadas formalmente para enfrentar os ataques que o governo golpista do canalha Temer deseja impor ao conjunto dos trabalhadores: fim da CLT, aumento da jornada de trabalho, reforma da previdência e trabalhista, contra o PL 257, a PEC 241/55 e o PL 4567 e as privatizações. O fato concreto é que a maioria destas centrais sindicais já estão negociando na mesa do golpista Temer a "mediação" das reformas trabalhista e previdenciária, uma exigência dos rentistas internacionais. Em nome da LBI e dos sindicalistas revolucionários da TRS nos opomos que as lutas deste mês de outubro tenham um eixo político de apenas pressionar o parlamento burguês. Nosso método é preparar a Greve Geral, nossa estratégia é construir o poder dos trabalhadores, nesse caminho a luta para derrotar o governo Temer deve ser a ação direta e revolucionária, nunca uma alternativa nos marcos das apodrecidas instituições burguesas. Da parte da TRS-LBI interviremos nos atos do dia 11 e 25 para alavancar a luta direta rumo a Greve Geral mas ao mesmo tempo denunciamos a política distracionista das burocracias sindicais e apontamos que é necessário organizar as mobilizações desde as bases das categorias, com assembleias e discussões nos locais de trabalho e estudo!