quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

CONCHAVO IMUNDO PARA ENTREGAR O PRÉ SAL AO IMPERIALISMO: SERRA E DILMA SELARAM ACORDO ANTINACIONAL NO SENADO APUNHALANDO A COMBALIDA PETROBRAS


Sem refinarias novas, com o preço mundial do petróleo aviltado pelos EUA e agora sem o monopólio do Pré Sal: Quanto tempo mais será necessário para tombar a maior estatal brasileira? Se depender dos canalhas Tucanos e da anturragem neoliberal Dilmista muito pouco tempo restará para a Petrobras ser privatizada totalmente! Na noite desta quarta (24/02) o país presenciou uma das cenas mais degradantes de sua história, o plenário do Senado Federal (por ampla maioria) aprovou o segundo golpe mortal na vida da Petrobras, o primeiro ainda na trágica era FHC foi a quebra do monopólio da exploração do petróleo pela Petrobras permitindo que empresas transnacionais operassem em território brasileiro, o segundo golpe mais de um década depois em pleno governo central do PT retirou da estatal a exclusividade das atividades de operação na camada do Pré Sal, inclusive a participação obrigatória de 30% em consórcios de empresas estrangeiras que tenham interesse na compra de blocos marítimos na costa nacional. O PLS 131/2015 do senador Tucano José Serra, elaborado sob encomenda dos cartéis internacionais de energia, tramitou em caráter de urgência com a cumplicidade do mafioso Renan Calheiros (presidente do covil) e na reta final de sua aprovação foi endossado pela presidente Dilma e sua base aliada na Casa. Enquanto alguns senadores do PT como Lindbergue Farias e Fátima Bezerra utilizavam a tribuna para condenar o projeto entreguista de Serra, caciques do partido como José Pimentel (líder do governo no Congresso Nacional) articulavam o apoio pessoal de Dilma a iniciativa tucana. Na noite anterior (23/02) por uma margem bem apertada, o PSDB com apoio de Renan conseguiu aprovar o regime de urgência na votação da proposta de Serra, estava aberta a ponte entre os Tucanos e o governo para fecharem o acordo bastardo no dia seguinte. O Planalto então "costurou" com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) um texto que agradou a todos os privatistas. O conluio estabelece que a Petrobras deverá se manifestar sobre sua preferência como operadora dos campos que serão licitados e essa manifestação será avaliada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A palavra final do CNPE é sempre da Presidência da República. Com a votação nominal no Senado o resultado final da aprovação do substitutivo do senador Romero Jucá ao PLS Serra foi de 40 votos sim, 26 não e uma abstenção. O famigerado Projeto de Lei agora segue para análise da Câmara dos Deputados após ser vergonhosamente considerado um "avanço" pela maioria da base governista do Senado, com a única exceção de Roberto Requião que denunciou na tribuna da Casa a "covardia" da presidenta Dilma. Capitulo a parte desta patifaria antinacional merece a farsa da "esquerda" corrompida como o PCdoB e PCO, enquanto a senadora Vanessa Grazziotin atacava demagogicamente os cardeais do PSDB, o dirigente dos "neocomunistas" Haroldo Lima (ex- diretor da ANP no governo Lula) defendia nos gabinetes o projeto Serra. Vejamos o que disse o próprio Haroldo no blog de Renato Rabelo: "O projeto de lei do senador José Serra, PLS 131/2015, também do PSDB, propõe o fim dessa obrigatoriedade. É positivo". Como qualquer um pode comprovar o engodo dos apologistas da Frente Popular não tem sequer disfarces, são parceiros dos Tucanos na agenda neoliberal para " vender" (a preço de banana) o país ao imperialismo e atacar conquistas históricas operárias obtidas com muita luta do proletariado. Na mesma trilha de capitulação seguiu a CUT e a FUP, que apesar da extrema importância da votação no Senado para os rumos da Petrobras não convocou paralisação alguma, sequer um dia nacional de luta. A mídia "murdochiana" não conseguiu esconder seu frenesi macabro com a votação do Senado, agora estão mais seguros da conivência política do governo com os planos traçados por Washington para acabar de vez com a Petrobras, já obrigada a importar (pagando em dólar) dos EUA derivados do petróleo pela reduzidíssima capacidade de refino no Brasil, será obrigada a "doar" o nosso Pré Sal para a SHELL e BP sem obter retorno financeiro algum. Neste momento o tripé da desnacionalização está montado: Moro, Tucanos e governo Dilma agindo em uníssono para arrasar o país, somente a ação independente e revolucionária da vanguarda proletária poderá derrotar este bando neoliberal, e o PT já demonstrou de fato em que "time joga"...

O "padrinho" da negociata do Pré Sal não poderia ser outro, o chantagista Renan intermediou todo o processo de consenso entre a quadrilha Tucana e o Planalto. Estas "tratativas" não se deram somente na tarde do último dia 24, como alguns petistas tentam passar a versão do "ruim mas poderia ser pior". Desde o dia 16/02 Dilma buscou interlocutores junto à Serra, deixando para apresentar no último momento a "carta na manga" de Jucá previamente já elaborada com a ajuda de Jaques Wagner. Este fato foi noticiado pela própria agência oficial de notícias do governo, EBC, no dia 16: "O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu hoje (16) com a presidenta Dilma Rousseff e disse que ela não tem objeção quanto ao projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba com a obrigatoriedade de participação da Petrobras na exploração de todos os campos do Pré-sal". Portanto o "sentimento de surpresa e traição" externado agora pelo senador Lindbergh Farias não passa de puro teatro eleitoral "para a plateia".

O conchavo podre celebrado entre governo Dilma e a oposição pró-imperialista não foi um "raio carregado de chuva em pleno céu de brigadeiro", a política do Planalto em desmontar a Petrobras segue o cronograma imposto pela Casa Branca, tendo vários "operadores" no país, do juiz "nacional" Moro até o tucanato, passando pelos próceres do Planalto. A política neoliberal de desinvestimentos da estatal (que entre 2015 e 2017 deve chegar a um corte total de 35 bilhões de Reais) e a venda a preço de banana de subsidiárias da Petrobras, como a Transpetro e BR distribuidora, são a plataforma do governo Dilma para o próximo período. Soma- se a este "programa" da equipe econômica palaciana a paralização das obras de conclusão das novas refinarias, o que deverá gerar um prejuízo total de mais de 50 bilhões de Reais a estatal. Tudo em nome de honrar os "compromissos" da Lava Jato em "moralizar" a Petrobras.

Somente idiotas ou "rentados" pelo governo petista podem enxergar algum conteúdo nacionalista ou defensista nas ações privatistas da presidenta Dilma. Os reformistas que concebem a luta de classes como um conflito eleitoral exclusivo entre "direita versus esquerda" devem estar neste momento tentando enganar incautos anunciando a " iminência do golpe", enquanto o governo burguês neoliberal do PT entrega as reservas estratégicas do país aos especuladores imperialistas. O movimento operário deve estar atento a estes charlatães da "esquerda chapa branca" que vivem profetizando a possibilidade do "mal maior", para deixar livre o caminho no sentido da adoção do ajuste neoliberal implementado pelo governo da Frente Popular.