O ESCROQUE PICCIANI É O NOVO HERÓI DA ESQUERDA "CHAPA
BRANCA": O FILHOTE DE BANDIDO É A CARA POLÍTICA DO GOVERNO DILMA E SUA
AGENDA NEOLIBERAL
A recondução do neomafioso deputado Leonardo Picciani
(PMDB/RJ) a liderança da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados gerou um
verdadeiro "frisson" nas hostes da esquerda "chapa branca",
considerado o novo herói nacional que sepultará definitivamente a aventura do
impeachment levada a cabo pelo antigo aliado, o náufrago Eduardo Cunha.
Picciani derrotou o colega paraibano Hugo Mota, apoiado pelo presidente da
Câmara, por um escore de 37 votos a 30. Picciani é filhote de uma reacionária
oligarquia regional carioca incrustada no PMDB , sua família controla a
Assembleia Legislativa do RJ sendo aliada fiel da máfia dirigida pelo
ex-governador Sérgio Cabral. Porém Picciani agora festejado como paladino da
democracia, por uma esquerda corrompida pelas verbas do Palácio do
Planalto, tem em seu DNA político a
marca do tucanato, junto a seu pai, o
deputado Jorge Picciani, impulsionou o apoio a Aécio Neves e Pezão em 2014, o movimento da direita
"infiel" ficou conhecido como "Aezão". Picciani assumiu
seu novo mandato no Parlamento em 2015 como o chefe da "tropa de
choque" do amigo e parceiro Eduardo Cunha. Sua primeira tarefa foi a de
articular a vitoriosa candidatura de Cunha para a presidência da Casa, na
sequência Picciani, como líder do PMDB, impulsiona a maioria da pauta
neoliberal para retirar direitos históricos dos trabalhadores, como a aprovação
da terceirização como padrão institucional regulamentado. O jovem mafioso se
vangloriava de cada derrota imposta pelo mercado contra o povo no
Congresso, entretanto a sanha
aventureira do parceiro Cunha contra Dilma, gerou uma ruptura no PMDB do Rio. A
cúpula pemedebista carioca não referendou a inflexão integral de Cunha em
direção aos planos golpistas de Aécio Neves. O grande trunfo de barganha
estatal manejado pela quadrilha política
dirigida por Cabral era exatamente o "jogo duplo", na medida em que
Cunha abraça o projeto tucano se desfaz este "acordo" entre as alas do PMDB fluminense. Picciani
passa a negociar vantagens diretamente com o governo, desagradando o antigo
padrinho Cunha que o destitui da liderança da bancada, com o apoio do vice
Michel Temer. A reação do Planalto contra Cunha é rápida, reforçada pelo
respaldo na votação do STF e da PGR, Dilma organiza o retorno de Picciani com o
apoio de Pezão e Cabral. A vitória de Picciani, embora apertada apesar do
intenso esforço do governo, marca o fim da curta "era Cunha" e seus planos de apear Dilma do Planalto de
forma precipitada. Segue a estratégia da
burguesia nacional em sangrar Dilma até a conclusão final da pauta conservadora
e neoliberal exigida pelos rentistas, a iminente missão nos próximos 60 dias é
a reforma da Previdência. Enquanto isso permanece a sinistra caçada da
"Lava Jato" contra as lideranças do PT. Os resultados das eleições
municipais do final deste ano selarão o
destino político de Dilma, se permanece no governo até o final ou será retirada
do Planalto em 2017 pelos mesmos "fiéis amigos" como Picciani e
C&A. O certo mesmo é que as classes dominantes já preparam a entrada de um
novo ciclo de poder para 2018, onde o modelo de gestão estatal da Frente
Popular (colaboração de classes) não terá mais espaço político. A vanguarda
classista do proletariado deve estar consciente da impotência histórica do PT (partido burguês de "pequenas reformas") em derrotar a ofensiva
imperialista contra a nação, preparando a construção de uma alternativa
revolucionária de poder.
Eduardo Cunha nasceu politicamente no ventre da máfia
liderada pelo então governador Garotinho, junto com Cabral e o velho Picciani
foram "crescendo" ainda na última gestão de Leonel Brizola à frente
do governo do Rio de Janeiro. Cabral logo traiu Garotinho, utilizando-se da
máxima que ladrão que rouba ladrão...e organizou sua própria quadrilha no
interior do PMDB, hegemônica no estado até hoje. Porém Cunha tem uma base
parlamentar nacional bem mais ampla do que a bancada fluminense na Câmara dos
Deputados. Este valioso elemento fez com que Cunha atuasse com certa
independência da máfia de Cabral, Picciani, Pezão e do prefeito Paes. Este
movimento de estreitamento dos vínculos do presidente da Câmara com o tucanato
acabou levando a uma ruptura temporal entre Cunha e o bando chefiado por
Cabral.
As razões da repentina "fidelidade" da máfia
cabralzista (da qual os Picciani têm papel de destaque) ao governo Dilma são
bastante evidentes, em primeiro lugar vem à completa falência financeira do
gestão Pezão, que herdou um governo literalmente assaltando pelo
"capo" Cabral. A dependência do estado fluminense (que sequer
consegue honrar os compromissos com a folha de pagamento do funcionalismo) com
os cofres federais, obrigou a quadrilha do PMDB regional a "jurar"
amor incondicional a presidenta Dilma. Em segundo lugar vem os vultosos
negócios que envolvem a realização da Olimpíadas na "Cidade
Maravilhosa" da elite dominante. Estas transações bilionárias que atraíram
grandes corporações internacionais para o Rio, tem como ponto de interseção a
cúpula do PT carioca e a máfia pemedebista de Cabral.
Com tanta identidade com o PMDB "antigolpista" não foi muito difícil para os próceres da esquerda "chapa branca", como o PCdoB e seu acólito PCO, festejarem a vitória de Picciani como o mais novo "cavaleiro" da luta democrática. Agora a trilha das reformas neoliberais no Congresso fica mais livre para uma ágil aprovação, sem o peso das chantagens de Cunha. Picciani e seus comparsas já firmaram compromissos com rentistas acerca de um novo "ajuste" para a desnacionalização da debilitada economia brasileira. Resta saber se esta esquerda corrompida pelas "vantagens" do governo burguês da Frente Popular também irá comemorar os ataques neoliberais contra as conquistas e direitos dos trabalhadores.
Com tanta identidade com o PMDB "antigolpista" não foi muito difícil para os próceres da esquerda "chapa branca", como o PCdoB e seu acólito PCO, festejarem a vitória de Picciani como o mais novo "cavaleiro" da luta democrática. Agora a trilha das reformas neoliberais no Congresso fica mais livre para uma ágil aprovação, sem o peso das chantagens de Cunha. Picciani e seus comparsas já firmaram compromissos com rentistas acerca de um novo "ajuste" para a desnacionalização da debilitada economia brasileira. Resta saber se esta esquerda corrompida pelas "vantagens" do governo burguês da Frente Popular também irá comemorar os ataques neoliberais contra as conquistas e direitos dos trabalhadores.