quarta-feira, 22 de outubro de 2025

GUSTAVO PETRO QUE PROPÔS UMA “OTAN AMAZÔNICA” AGORA VIRA ALVO DO IMPERIALISMO IANQUE: QUEM MUITO SE AGACHA… ACABA HUMILHADO! EM DEFESA DA VENEZUELA E DA COLÔMBIA CONTRA OS ATAQUES ORDENADOS PELA CASA BRANCA!

Os Estados Unidos atacaram outro navio, matando de duas a três pessoas, desta vez no lado Pacífico da América do Sul, acusadas de tráfico de drogas. O ataque ocorreu na noite de terça-feira, de acordo com duas autoridades norte-americanas, que o chamaram de oitavo ataque realizado pelo governo Trump desde 2 de setembro. Os outros sete ataques tiveram como alvo embarcações no Caribe. No total, 34 pessoas morreram até o momento em ataques ianques a navios que Washington acusa de transportar drogas para os Estados Unidos. Os ataques fazem parte da retórica belicosa do governo Trump contra a Venezuela e seu presidente, Nicolás Maduro, a quem Washington vincula, sem nenhuma evidência, ao chamado Cartel dos Sóis.

O governo venezuelano denuncia a enorme presença militar dos EUA no Caribe, que inclui o envio de destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e aproximadamente 6.500 soldados, bem como ações militares contra barcos civis e pescadores.

A Colômbia por sua vez denuncia que o suposto esforço antidrogas dos EUA na América Latina causou milhares de mortes e devastou territórios, sem reduzir o consumo. Caracas questionou as verdadeiras intenções de Washington, chamando as ações dos EUA de uma “guerra multifacetada” que visa impor uma mudança de regime e tomar os recursos naturais do país.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, reafirma o apoio das forças armadas de seu país à Colômbia diante das ameaças dos EUA. Em declarações feitas na terça-feira, o general López defendeu o presidente colombiano Gustavo Petro das acusações de seu homólogo americano, Donald Trump, descrevendo esse comportamento como uma “estratégia grosseira, bizarra e sem sentido” que ofende os povos das Américas e do Caribe.

Padrino López rejeitou assim a presença militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe, afirmando que a luta contra o narcotráfico é apenas um pretexto para agredir a soberania dos países da região e apropriar-se dos seus recursos naturais.

O alto oficial militar venezuelano destacou as operações das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) no combate ao narcotráfico e os sucessos alcançados na última semana. Ele enfatizou que mais de 20.000 soldados estão mobilizados ao longo da fronteira oeste para expulsar grupos responsáveis ​​pela violência e preservar a soberania nacional. Nesse contexto, ele enfatizou que as Forças Armadas estão comprometidas em defender “cada centímetro” do território nacional.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também expressou seu apoio à Colômbia na segunda-feira, afirmando que as duas nações são uma só e que um conflito com o país vizinho também seria considerado uma ameaça à Venezuela.

Nos últimos dias, as acusações de Trump contra Gustavo Petro e a Colômbia se intensificaram, enquanto ele já declarou que autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar operações terrestres na Venezuela.

Não esqueçamos que em 2022, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em entrevista recente, deu informações sobre entendimentos mantidos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com os EUA para, “em vista da importância da crise climática, ter ajuda na região da Floresta Amazônica”. Disse que “tinha conseguido alcançar importantes objetivos com os EUA e a Otan”. “Com os EUA, o que estou tentando é levar o diálogo para outras áreas, além do combate às drogas, que fracassou.” “Foi criada a primeira unidade militar, com 12 helicópteros Black Hawk, mais de polícia do que militar, para ajudar a combater as queimadas na Amazônia.” “Será uma mudança completa no que a ajuda militar dos EUA tem sido até aqui. É uma grande conquista. Já há três helicópteros em ação. Vou continuar nesta linha porque me parece que neste caminho podemos construir um diálogo muito mais positivo com os EUA.” Por outro lado, Petro mencionou que “o objetivo das conversas com a Otan, da qual somos parte, é trazer a Organização do Tratado do Atlântico Norte para cuidar da Floresta Amazônica, para emprestar colaboração tecnológica”. Em resumo, trata-se de entregar o “ouro ao bandido”, ou seja, ao imperialismo ianque!

A movimentação para o controle internacional da Amazônia pela Governança Global do Capital Financeiro atua rapidamente. Essa operação mundial de exploração e roubo tem por trás grandes empresas imperialistas que desejam controlar integralmente a floresta. O Blog da LBI denuncia e conhece muito bem os interesses econômicos e ações criminosas de madeireiras e garimpeiros na região, porém os interesses do imperialismo ianque na Amazônia são bem mais profundos e afetam a própria soberania nacional do nosso país e de todo o continente! Neste marco, a eleição de Petro e Lula apoiada pelos Democratas e amplamente comemorada pela Casa Branca, puseram em marcha uma operação de grande envergadura pelo controle estratégico da Amazônia pelo imperialismo!

A Colômbia mantém, desde 2015, um acordo de cooperação com a Otan no tocante a segurança eletrônica, marítima, crime organizado e terrorismo. A Colômbia é o único parceiro global latino-americano da Otan e o primeiro país sul-americano a concluir um acordo de cooperação com a organização.

A aproximação com a Otan naquela época, por influência dos EUA, pode ser atribuída à presença da Rússia e da China na Venezuela e às tensões ideológicas e políticas com o vizinho, cuja relação está hoje normalizada. Por outro lado, Joe Biden, no dia 21 de setembro de 2022, em comunicação à presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, formalizou a designação da Colômbia como um aliado estratégico fora da Otan. Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Biden afirma que essa designação era “um reconhecimento da importância da relação entre os EUA e a Colômbia e das contribuições cruciais da Colômbia para a segurança regional e internacional”. “A Colômbia é a pedra angular de nossos esforços compartilhados para construir um hemisfério próspero, seguro e democrático.” O status de “aliado importante não pertencente à Otan” é concedido pelos EUA a 18 países, com benefícios em questões militares e comerciais, inclusive a Argentina, desde 1998, e o Brasil, desde 2019, incluído por Donald Trump, até agora os únicos latino-americanos.

A iniciativa colombiana de chamar a Otan e os EUA para ter presença na Amazônia foi de extrema gravidade por suas possíveis implicações estratégicas, ambientais, políticas e de defesa. O novo conceito estratégico da Aliança Atlântica definido em 2010 ampliou o escopo e o raio de atuação da aliança – não mais restrito ao teatro europeu, como ocorre hoje no conflito na Ucrânia e no Indo-pacífico. Uma interpretação literal desse conceito indica que a Otan passaria a poder intervir em qualquer parte do mundo, inclusive no Atlântico Sul, para defender os interesses dos países-membros em áreas como agressões ao meio ambiente, antiterrorismo, ações humanitárias, tráfico de drogas, “ameaças à democracia”, entre outras.

A internacionalização da Amazônia e a criação de bases militares de países de fora da região em países vizinhos, são ambas possibilidades presentes na evolução futura da posição da Colômbia. Sem falar na perspectiva de aumento das tensões em nossa fronteira, pela presença da China e da Rússia na Venezuela.

A proposta foi feita durante uma reunião com a chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Laura J. Richardson, realizada em Bogotá em 7 de setembro de 2022. Segundo a agência Infobae (08/09/2022), a imprensa não teve acesso ao encontro, mas Petro revelou depois os assuntos tratados, que incluíram a colaboração na política antidrogas e a criação da força militar amazônica. De acordo com ele, a força teria o objetivo central de combater os incêndios cada vez mais frequentes no bioma, representando um problema de segurança que envolve toda a humanidade.

“Propus à general a construção de uma força, que, segundo me disse ela, teria um esboço no Brasil (sic), uma força militar com helicópteros etc, mas destinada a apagar os incêndios da floresta amazônica, que hoje é o principal problema de segurança da humanidade”, disse o mandatário.

“O nosso rival está nessas chamas que podem queimar a floresta. E a melhor mensagem que uma colaboração militar entre os EUA e a Colômbia poderia transmitir ao mundo é precisamente que não se queime, e que estabelecemos os mecanismos econômicos e sociais, por um lado, e os mecanismos militares e operativos, do outro, para impedir a queima da floresta amazônica”, completou.

Uma iniciativa do gênero foi tudo de que os EUA necessitavam para fincar uma presença militar na Amazônia, além dos assessores que mantêm na Colômbia como parte da colaboração antidrogas, o que está se cocretizando agora, demonstrando que quem muito de agacha… acaba sendo humilhado, como ocorre agora com Petro, alvo do imperialismo ianque.

Os Marxistas Leninistas que não tem qualquer vínculo político com o governo do PSUV e, muito menos, com Gustavo Petro, pelo contrário, somos oposição revolucionária a ambos governos burgueses, denunciando particularmente a conduta venal de Petro que defendeu em 2022 uma “Otan Amazônica”, mas que ainda assim é apresentado pelo exquerda burguesa como um consequente líder anti-impeialista. Fazemos um chamado para o proletariado venezuelano e colombiano exigir que Maduro e Petro transformem suas palavras em atitude concreta, formando suas próprias brigadas populares armadas para enfrentar a ofensiva reacionária do Pentágono.