quarta-feira, 15 de outubro de 2025

PUTIN TRAI O “EIXO DA RESISTÊNCIA”: ENQUANTO SE ENCONTRA COM O TERRORISTA AL-GOLANI ALIADO DE ISRAEL/EUA… VIRA AS COSTAS PARA O COMBATE DO HEZBOLLAH E HAMAS

O presidente da Rússia comete uma traição aberta ao “Eixo da Resistência” e sua luta contra Israel ao se encontrar em Moscou com o terrorista Abu Muhammad al-Golani, chefe do grupo Hayat Tahrir al-Sham e governante de fato da Síria, aliado do enclave sionista e inimigo do povo palestino! Cinicamente Putin afirmou que “a Rússia sempre foi guiada pelos interesses do povo sírio em suas relações com aquele país” (RT) para justificar o encontro escandaloso desta quarta-feira (15/10). Registre-se que o presidente legítimo da Síria deposto pelo HTS, Bashar Al-Assad, se encontra exilado forçosamente na Rússia e foi alvo de uma tentativa de envenenamento em setembro último que quase o tirou a vida e ficando vários dias internado em estado grave de risco de morte, em uma operação terrorista ordenada pelo próprio al-Golani que estranhamente não foi desbaratada previamente pela segurança interna russa!

Como o Blog da LBI alertou a conduta de Putin foi de “virar as costas” no combate do Hamas e do Hezbollah contra Israel, apoiando inclusive o “plano de paz” trumpista que impõe o desarmamento da resistência armada. Na própria Síria a Rússia não deu o suporte militar necessário para o exército nacional de Al-Assad no final de 2024 enfrentar os terroristas do HTS apoiados por Israel e os EUA. Todos esses elementos apontam que Putin trai o combate do “Eixo da Resistência” se negando a apoiar efetivamente seu combate contra Israel, chegando a ponto de receber o canalha pró-sionista Al-Golani com honras de chefe de estado em Moscou!

Não esqueçamos que com o triunfo eleitoral de Trump, Putin encarregou os seus diplomatas, incluindo Lavrov, de equilibrar os seus pronunciamentos para permanecerem a “meio caminho” entre Israel e a Resistência Árabe e Persa, o que inclui o Regime dos Aiatolás. Nesta direção estratégica a Rússia nunca se aliou militarmente a nenhuma organização guerrilheira árabe, mantendo uma suposta neutralidade diante da guerra da Palestina, no Líbano e mesmo na Síria.

O Kremlin chegou mesmo até a ceder sua própria influência política e militar na Síria, diante dos acenos trumpistas de “negociar” a Ucrânia, abandonando Assad e suas próprias bases aéreas e navais no país dos cedros. Sabe-se agora que, depois da Rússia não ter levantado um dedo para “salvar” Assad, nunca foram realmente fortes aliados. No movimento das massas árabes, especulou-se que a Rússia “se rendeu aos sionistas”, mas a verdade é bem mais profunda do que essa capitulação a Israel: Putin pretende restabelecer as plenas relações econômicas com o imperialismo, posto que de fato nunca foram rompidas integralmente.

Putin tomou a decisão de “rifar” Assad priorizando os interesses nacionais do Estado Burguês Russo, uma decisão obviamente divorciada de qualquer elemento de internacionalismo proletário! O que é ainda pior, está preparando sua própria derrota na próxima etapa da luta de classes, depositando ilusões que o trumpismo poderá estabelecer uma relativa “soberania gerencial” diante da máquina de guerra do Deep State ianque.

Como avaliamos no final do ano passado, o rápido colapso do governo sírio levanta questões importantes sobre o papel da Rússia neste cenário de franco retrocesso. Há quase uma década, a intervenção militar de Moscou em 2015 permitiu ao governo sírio manter a sua autoridade nacional, ao mesmo tempo em que enfrentava um avanço significativo dos “rebeldes” da OTAN. Os ataques aéreos e o apoio logístico russos ajudaram a recapturar territórios importantes.

No entanto, face à ofensiva “relâmpago” dos jihadistas sobre Damasco no final de 2024, e a ausência de uma intervenção russa decisiva sugere uma mudança na posição política de Moscou em relação ao seu aliado histórico, único país fora das antigas fronteiras da URSS, onde a Rússia possuía duas estratégicas bases militares, em contraposição às centenas de bases imperialistas instaladas pela OTAN no mundo inteiro.

Putin que optou por “lavar as mãos”, mesmo recebendo vários avisos de alerta de quadros dirigentes do seu próprio governo, também saiu desmoralizado da queda de Assad.  O Kremlin deve ter calculado uma perigosa barganha com os EUA de Trump: “Entregamos a Síria e recebemos parte da Ucrânia”. O presidente russo Vladimir Putin afirmou anteriormente que a: “Rússia está disposta a normalizar relações com os Estados Unidos e outros países ocidentais”. Estas últimas declarações do chefe do Kremlin estão completamente “em linha” com a vergonhosa postura política de Putin ao abandonar a defesa do regime nacionalista de Assad e entregar a Síria na mão dos terroristas financiados pela tríplice aliança formada pelos EUA, Israel e Turquia.

Putin declarou vergonhosamente que “Moscou sempre se pautou pelos interesses do povo sírio em suas relações com Damasco” e indicou “que a Síria atravessa momentos difíceis, mas expressou esperança de que as recentes eleições parlamentares fortaleçam a cooperação entre todas as forças políticas do país”, dando clara legitimidade ao governo terrorista e golpista aliado de Israel. Diante de tanta presteza, o terrorista Al-Golani agradeceu a Putin por recebê-lo em Moscou e também enfatizou os laços históricos entre Moscou e Damasco: “Hoje vivemos em uma nova Síria. Estamos apresentando essa nova Síria ao mundo, e o mundo está começando a conhecê-la. Estamos nos esforçando para promover nossos objetivos políticos. Como já observei, temos uma conexão histórica, e a Rússia desempenhará um papel importante nesse processo” demonstrando que Putin virou as costas para o combate do Hezbollah e do Hamas, optando em se aliado a Trump, Netanyahu e Al-Gonali contra a resistência árabe e palestina!